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Deus ama a quem dá com alegria
1Quanto ao serviço a ser prestado aos cristãos, é inútil que vos escreva. 2Conheço a vossa boa vontade e elogiei-a junto dos macedónios, dizendo-lhes: «A Acaia está preparada desde o ano passado.» E o vosso zelo tem servido de estímulo para a maioria das Igrejas. 3Entretanto, enviei-vos os nossos irmãos, a fim de que o elogio que fiz de vós não seja desmentido nesse ponto e para que — como eu dizia antes — estejais realmente preparados. 4Se alguns macedónios fossem comigo e não vos encontrassem preparados, essa plena confiança seria motivo de nos envergonharmos, para não dizer que seria motivo de vos envergonhardes. 5Julguei, portanto, necessário pedir aos irmãos que fossem à nossa frente ter convosco e organizassem as ofertas já prometidas; uma vez recolhidas, tais ofertas seriam sinal de autêntica generosidade e não demonstração de avareza.
6Lembrai-vos disto: quem semeia com mesquinhez, com mesquinhez há-de colher; quem semeia com generosidade, com generosidade há-de colher. 7Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama a quem dá com alegria. 8Deus pode enriquecer-vos com toda a espécie de graças, para que tenhais sempre o necessário em tudo e ainda sobre alguma coisa para poderdes colaborar em qualquer boa obra, 9conforme diz a Escritura: «Ele distribuiu e deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre».
10Deus, que dá semente ao semeador, também dará o pão em alimento; multiplicar-vos-á a semente, e ainda fará crescer o fruto da vossa justiça. 11E sereis enriquecidos de todos os modos para praticardes toda a espécie de generosidade, que provocará a acção de graças a Deus por meio de nós. 12De facto, o serviço desta colecta não deve apenas remediar as necessidades dos cristãos, mas há-de ser ocasião de dar efusivas acções de graças a Deus. 13Tal serviço será para eles uma prova; e eles agradecerão a Deus pela obediência que professais ao Evangelho de Cristo e pela generosidade com que repartis os bens com eles e com todos. 14Manifestarão a sua ternura, rezando por vós por causa da graça extraordinária que Deus vos concedeu. 15Graças sejam dadas a Deus pelo seu dom extraordinário.
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9,1-15: Volta o tema da colecta, como se nada tivesse sido dito no capítulo anterior. Na opinião de alguns estudiosos, Paulo escreveu também um bilhete dirigido às Igrejas da região de Corinto. É possível que 2Cor 9 seja esse bilhete, colocado aqui por tratar o mesmo assunto do cap. 8 (cf. Introdução). Toda esta preocupação pela colecta em favor dos necessitados da comunidade de Jerusalém demonstra que, desde o início, a questão económica também fazia parte do testemunho cristão. A partilha e a solidariedade em favor dos mais pobres não se manifestava só na própria comunidade, mas era sinal de unidade entre as diversas comunidades. Este intercâmbio material não era questão periférica da fé, mas autêntico veículo de comunicação do «dom extraordinário» de Deus (v. 15) e obediência ao Evangelho de Cristo (v. 13).
ver http://diocese-porto.pt
ver http://ecclesia.pt/anopaulino
A seguir Capítulo X - 2ª carta
António Fonseca
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