II. ESCÂNDALOS CONTRA O TESTEMUNHO
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1. Incesto
1Todos dizem que entre vós existe imoralidade, e tal imoralidade que não se encontra nem mesmo entre os pagãos, a ponto de uma pessoa conviver com a mulher do seu pai. 2E vós encheis-vos de orgulho em vez de ficardes tristes, para que o autor desse mal seja eliminado do meio de vós. 3Pois bem! Ausente de corpo, mas presente em espírito, como se estivesse presente, eu já fiz o julgamento daquele que fez isso. 4Em nome de nosso Senhor Jesus, vós e o meu espírito reunidos em assembleia com o poder de nosso Senhor Jesus, 5vamos entregar esse homem a Satanás; humanamente ele ficará arrasado, mas o seu espírito será salvo no dia do Senhor. 6O motivo do orgulho que tendes não é coisa digna! Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7Purificai-vos do velho fermento, para serdes massa nova, já que sois sem fermento. De facto, Cristo, nossa páscoa, foi imolado. 8Portanto, celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães sem fermento, isto é, na sinceridade e na verdade. 9Na minha carta, escrevi-vos para não vos relacionardes com gente imoral. 10Não quis dizer que devíeis separar-vos dos imorais deste mundo, ou dos avarentos, ladrões e idólatras; se assim fosse teríeis que sair deste mundo! 11Não! Escrevi que não deveis associar-vos com alguém que traz o nome de irmão, e no entanto é imoral, avarento, idólatra, caluniador, beberrão ou ladrão. Com pessoas assim, não deveis nem sequer sentar-vos à mesa. 12Porventura, compete a mim julgar aqueles que estão fora? Não são os de dentro que deveis julgar? 13Deus é quem vai julgar os que estão fora. Afastai do meio de vós o homem mau.
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5,11-13: Os Coríntios estão divididos: uns reprovam os excessos de Paulo; outros acham-no prudente de mais. De facto, ele sabe tomar propositadamente atitudes contraditórias: entrega-se totalmente ao serviço do Evangelho; e, ao mesmo tempo, sabe agir com moderação em favor dos Coríntios. Na realidade, ele é guiado por uma só convicção: anunciar e testemunhar o Evangelho.
5,14-6,2: Os inimigos de Paulo dizem que ele não é Apóstolo porque não foi testemunha ocular da vida terrestre de Jesus, nem Lhe conheceu as palavras e actos. Por isso, não pode ser testemunha do Evangelho. No entanto, o Apóstolo mostra que o Evangelho não é a simples história de Jesus, mas o anúncio da sua morte e ressurreição, que restaura a condição humana, vence a alienação causada pelo pecado e inaugura uma nova era. A cruz de Jesus anuncia o fim da inimizade com Deus e inaugura uma nova era de reconciliação universal. Enquanto esperamos o dia da ressurreição, Deus escolheu Apóstolos para exercer o ministério da reconciliação. Por meio deles, o Senhor Jesus continua a sua actividade na Terra e convoca todos os homens: «reconciliai-vos com Deus».
segue-se capítulo 6
António Fonseca
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