sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CARTA AOS CORÍNTIOS - CAP XI - S. PAULO

11
1Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.
3. Assembleias litúrgicas
O véu das mulheres
2Elogio-vos, porque em todas as ocasiões vos lembrais de mim, e porque conservais as tradições conforme eu vo-las transmiti. 3Todavia, quero que saibais que a cabeça de todo o homem é Cristo, que a cabeça da mulher é o homem, e a cabeça de Cristo é Deus. 4Todo o homem que reza ou profetiza de cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5Mas, toda a mulher que reza ou profetiza de cabeça descoberta, desonra a sua cabeça; é como se estivesse com a cabeça rapada. 6Se a mulher não se cobre com o véu, mande cortar os cabelos. Mas, se é vergonhoso para uma mulher ter os cabelos cortados ou rapados, então cubra a cabeça. 7O homem não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e a glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. 8Pois o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher foi tirada do homem. 9E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher foi criada para o homem. 10Sendo assim, a mulher deve trazer sobre a cabeça o sinal da sua dependência, por causa dos anjos. 11Portanto, diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem, e o homem da mulher. 12Pois, se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus. 13Julgai por vós mesmos: será conveniente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com o véu? 14A própria natureza ensina que é desonroso para o homem ter cabelos compridos; 15no entanto, para a mulher é glória ter longa cabeleira, porque os cabelos lhe foram dados como véu. 16Contudo, se alguém quiser contestar, não temos esse costume, e nem as Igrejas de Deus.
Eucaristia e coerência
17Dito isto, não posso elogiar-vos, porque as vossas assembleias, em vez de vos ajudarem a progredir, prejudicam-vos. 18Antes de tudo, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, há divisões entre vós. E, em parte, acredito nisso. 19É preciso mesmo que haja divisões entre vós, a fim de que se veja quem dentre vós resiste a essa prova.
20De facto, quando vos reunis, o que fazeis não é comer a Ceia do Senhor, 21porque cada um se apressa a comer a sua própria ceia. E, enquanto um passa fome, outro fica embriagado. 22Será que não tendes as vossas casas para nelas comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e que reis envergonhar aqueles que nada têm? Que devo dizer-vos? Devo elogiar-vos? Não! Neste ponto não vos elogio. 23De facto, recebi pessoalmente do Senhor aquilo que vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de Mim». 25Do mesmo modo, depois da Ceia, tomou também o cálice, dizendo: «Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que beberdes dele, fazei-o em memória de Mim». 26Portanto, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.
27Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28Portanto, cada um examine-se a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, 29pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. 30É por isso que entre vós há tantos fracos e enfermos, e muitos morreram. 31Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; 32mas o Senhor corrige-nos por meio dos seus julgamentos, para que não sejamos condenados com o mundo. 33Em resumo, irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns pelos outros. 34Se alguém tem fome, coma em sua casa. Assim não vos reunireis para a vossa própria condenação. Quanto ao resto, darei instruções quando aí chegar.
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11,1-6: Como um pai conduz a filha ao noivo para o casamento, Paulo conduziu a comunidade de Corinto a Cristo. Agora ele teme que essa Igreja se deixe seduzir por falsos apóstolos, que apresentam evangelhos diferentes. A imagem do matrimónio exprime intimidade e pertença. Para o Apóstolo, cada comunidade está profundamente ligada a Jesus, seu Senhor único e exclusivo; e ninguém tem o direito de se apoderar de uma comunidade cristã.
7-15: O auxílio financeiro que Paulo recebe destina-se à evangelização e não a ele próprio. Além disso, frequentemente ele prefere exercer o ministério de maneira gratuita, para que não haja críticas ou objecções ao seu único interesse: servir as comunidades sob a sua coordenação. Em Corinto, provia ao seu sustento fabricando tendas (cf. Act 18,3).
16-33: Paulo não abusa da sua autoridade de Apóstolo para se impor às comunidades. Os títulos que apresenta de si próprio, mais do que diplomas que possam dar prestígio pessoal, são as suas lutas, sofrimentos, preocupações e perseguições, pelas quais passou no incansável trabalho de evangelização. A sua compaixão pelos mais fracos recomenda-o acima de todos os «super-apóstolos» que usam os seus títulos para explorar as comunidades por onde passam.
segue-se Capítulo XII
António Fonseca

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