domingo, 6 de fevereiro de 2011

6 de FEVEREIRO de 2011 – DOMINGO – 5º DOMINGO COMUM

 

 

Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

 

6 de Fevereiro  -  DOMINGO  -  5º DO TEMPO COMUM

 

Mt 5, 13-16

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Vós sois o sal da terra! Ora, se o sal se corromper, com quer se há-de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte  nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do velador, e assim alumia a todos os que estão em casa. Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.
 
1. Utilizando as metáforas do sal e da luz, o texto deste evangelho aponta a finalidade: o que Jesus quer é deixar claro que seus discípulos têm que viver e atuar de tal maneira que todo o mundo veja suas boas obras; e que essas obras sejam tais, que ao ver como vivem e o que fazem os discípulos de Jesus, quem vê isso, e por isso mesmo, se sinta motivado para dar glória a Deus. Quer dizer, a vida dos discípulos há-de ser tal que as pessoas, ao vê-los, não deixe de pensar que Deus existe, e que esse Deus merece ser acreditado e louvado.
 
2.  As metáforas que utiliza Jesus são eloquentes e simples. Jesus falava de forma que qualquer um podia entendê-lo. O sal e a luz são necessários para a vida. E para que a vida tenha sabor e beleza. A insipidez e a obscuridade são obviamente duas expressões de uma vida triste, desagradável, talvez insuportável. Pois bem, o que Jesus quer dizer é que o seu projeto incluí que a vida resulte gratificante, de forma que possamos disfrutar dela, sentirmos o paladar, gozar do sabor e da cor das coisas e da convivência com as pessoas.
 
3. O Evangelho, portanto, não é uma mensagem de renúncias e penas. E menos ainda é um chamamento a levar uma vida desagradável e sem os aliciantes que Deus mesmo colocou neste mundo e nesta existência. Mas, atenção; o mais importante que há neste evangelho está em que o positivo e belo da vida não nos será dado, sem que tenhamos que o dar aos outros. Não por meio de sermões, mandatos, ordens, proibições e ameaças. Jesus não quer nada disso. O que Jesus quer é que vivamos dessa maneira; e que nosso comportamento seja de tal natureza, que a gente, ao ver-nos, se sinta melhor, se sinta feliz e se sinta com vontade de ter fé em Deus. Mas, como é lógico, isto não se consegue sem a base de duas coisas fundamentais: 1) Uma grande humanidade; 2) uma profunda espiritualidade. Eis aqui duas fontes de energia que dão vida. Vida ditosa e abundante.
 

Compilação e tradução de

António Fonseca

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