Nº 1283
(*) Nota prévia – A ordem pela qual estão indicados os santos de hoje, está conforme vem mencionada no Livro Santos de Cada Dia, do qual normalmente transcrevo todas as biografias que lá vêm, em prejuízo das que estão insertas nomeadamente no site www.es.catholic.net/santoral e, devo confessar que o faço, de propósito, porquanto como na maioria dos casos, procedo à sua tradução de espanhol para português – salvo casos pontuais (da sua grande extensão ou até de falta de tempo) tenho seguido à risca. Além disso hoje é um dia especial para mim, já que é o meu aniversário e fiz questão – no primeiro caso - de Francisco e Jacinta Marto, transcrever primeiro o texto do livro e de imediato fazê-lo em referência à tradução do site espanhol – só para se apreciar a diferença das redações respectivas… TRATA-SE APENAS DE UM “CAPRICHO” TALVEZ, DA MINHA PARTE, mas espero que me desculpem esta repetição
Francisco e Jacinta Marto, Beatos
Videntes de Fátima (Francisco morreu em 4 de Abril de 1919)
Jacinta Marto, Beata
O dia 13 de Maio de 1917 passou à história da Igreja e da Humanidade como o dia memorável em que três crianças portuguesas viram, em Fátima, a Virgem Maria sobre uma azinheira; Lúcia dos Santos, de 10 anos, e os seus primos Francisco, de 9 anos e Jacinta, de 7. A 13 de Maio de 2000, João Paulo II beatificou, no mesmo lugar, duas daquelas crianças, mortas prematuramente (Francisco e Jacinta), tornando-se, assim, os beatos mais jovens, não mártires, do calendário cristão. Francisco e Jacinta eram duas crianças normais, travessas. alegres, educadas num ambiente cristão de máxima simplicidade. A oração, sobretudo a recitação do rosário, formavam parte do dia. Na primavera de 1916, apareceu-lhes o Anjo da Paz, na “Loca do Cabeço” e junto ao poço da casa de Lúcia, ensinando-os a rezar ao Santíssimo Sacramento e dando-lhes a Sagrada Comunhão. A 13 de Maio de 1917, dá-se a primeira aparição da Virgem Maria, pedindo-lhes que voltem ao mesmo lugar nos próximos seis meses, no mesmo dia e à mesma hora, recomendando-lhes que rezassem o rosário todos os dias e anunciando-lhes sofrimentos futuros. De facto, estes começaram imediatamente, porque ninguém acreditou no que eles contaram (ainda que tenham combinado não dizer nada), a começar pela própria família e assim se iniciou o doloroso calvário daquelas três crianças. Em relação ao futuro dos videntes, logo na aparição do dia 13 de Junho, a Senhora anuncia: “… A Jacinta e ao Francisco levá-los-ei brevemente (para o céu). Não puderam comparecer à aparição de 13 de Agosto, porque o administrador de Vila Nova de Ourém os tinha levado à vila para os obrigar a desmentir tudo o que tinham dito, ameaçando-os até com a prisão e de facto estiveram presos dois dias, mas contentes de sofrer “por amor de Jesus”. As aparições continuaram a realizar-se até ao dia 13 de Outubro, na qual Nossa Senhora se despediu dos pastorinhos e se realizou o milagre do sol, presenciado por milhares de pessoas e veio confirmar a veracidade de tudo o que os videntes tinham dito. Francisco e Jacinta pouco tempo sobreviveram às aparições. Entretanto, as qualidades humanas e cristãs destas duas crianças acentuaram-se visivelmente e tornaram-se um exemplo de virtudes cristãs e maturidade sobrenatural. A doença que em Portugal se chamou “gripe espanhola” chegou a Aljustrel e Francisco foi uma das suas primeiras vítimas. Aguardou com serenidade o fim da sua vida, aceitando a doença com toda a lucidez e fortaleza cristãs. da doença de Francisco escreveu a irmã Lúcia: “Durante a doença, Francisco mostrou-se sempre alegre”. E ele próprio declarou: “Sofro para consolar a Nosso Senhor, e depois ir daqui para o céu…”. A 4 de Abril de 1919, foi contemplar a Deus face a face. Jacinta estava convencida de que depressa iria para o céu com o seu irmão. A mesma “gripe espanhola” a afectou tão fortemente que tiveram de interná-la no hospital de Vila Nova de Ourém,., mas não se verificaram grandes melhoras. Acabou por ser operada no hospital de D. Estefânia, em Lisboa, sem anestesia… Foram 15 meses de dores atrozes, até à sua morte, a 20 de fevereiro de 1920, aceites sempre com a serenidade dos Santos, sabendo que Deus aceitava os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores. A irmã Lúcia evoca a mudança operada na sua prima, depois das aparições, declarando que se tinha tornado outra criança. “Aquilo que eu sentia junto de Jacinta, era aquilo que se sente ao lado duma pessoa santa, que em tudo parece comunicar com Deus. Jacinta refletia a presença de Deus em todos os seus atos”. A irmã Lúcia deixou-nos também o relato de algumas aparições da Santíssima Virgem à sua prima durante a doença, nas quais Nossa Senhora a confortava e lhe dava forças. Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Agora transcrição traduzida por mim, de www.es.catholic publicada em 20.2.2010.
Martirológio Romano: Em Aljustrel, perto de Fátima, em Portugal, beata Jacinta Marto, que, sendo ainda menina de tenra idade, aceitou com toda paciência a grave enfermidade que a afectava, demonstrando sempre uma grande devoção à Santíssima Virgem María (1920). Etimologicamente: Jacinta = Aquela que é bela como a flor do jacinto, é de origem grega. Em Aljustrel, pequeno povo situado a uns oitocentos metros de Fátima, Portugal, nasceram os pastorinhos que viram a Virgem Maria: Francisco e Jacinta, filhos de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto. Também nasceu ali a mais velha dos videntes, Lucía dos Santos, que morreu em 13 de Fevereiro de 2005.
°Francisco nasceu em dia 11 de Junho, de 1908. °Jacinta nasceu no dia 11 de Março, de 1910. Desde muito cedo, Jacinta e Francisco aprenderam a cuidar das más relações, e portanto preferiam a companhia de Lucía, prima deles, que lhes falava de Jesus Cristo. Os três passavam o dia juntos, cuidando das ovelhas, rezando e brincando. Entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, a Jacinta, Francisco y Lucía, lhes foi concedido o privilégio de ver a Virgem Maria na Cova de Iria. A partir desta experiência sobrenatural, os três se viram cada vez mais inflamados pelo amor de Deus e das almas, que chegaram a ter uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com o pedido da Virgem Maria. Se foi extraordinária a medida da benevolência divina para com eles, extraordinário foi também a maneira como eles quiseram corresponder à graça divina. Os meninos não se limitaram unicamente a ser mensageiros do anúncio da penitência e da oração, mas dedicaram todas suas forças para ser de suas vidas um anúncio, mais com suas obras que com suas palavras. Durante as aparições, suportaram com espírito inalterável e com admirável fortaleza as calúnias, as más interpretações, as injúrias, as perseguições e até alguns dias de prisão. Durante aquele momento tão angustioso em que foi ameaçado de morte pelas autoridades de governo (*) se não declarassem falsas as aparições, Francisco manteve-se firme para não atraiçoar a Virgem, infundindo este valor a sua prima e a sua irmã. Quantas vezes os ameaçavam com a morte eles respondiam: "Se nos matam não importa; vamos para o céu." Por seu lado, quando a Jacinta a levavam supostamente para a matar, com espírito de mártir, indicou a seus companheiros, "Não se preocupem, não lhes direi nada; prefiro morrer antes que isso."
Beato Francisco (6-11-1908 / 4-4-1919)
Francisco era de carácter dócil e condescendente. Gostava de passar o tempo ajudando ao necessitado. Todos o reconheciam como um rapaz sincero, justo, obediente e diligente. As palavras do Anjo na sua terceira aparição: "Consolai a vosso Deus", fizeram profunda impressão na alma do pequeno pastorinho. Ele desejava consolar a Nosso Senhor e à Virgem, que lhe havia parecido estavam tão tristes. Na sua enfermidade, Francisco confiou a sua prima: "¿Nosso Senhor ainda estará triste? Tenho tanta pena de que Ele esteja assim. Lhe ofereço quanto sacrifício eu puder." Na véspera de sua morte se confessou e comungou com os mais santos sentimentos. Depois de 5 meses de quase contínuo sofrimento, em 4 de Abril de 1919, primeira sexta-feira, às 10:00 a.m., morreu santamente o consolador de Jesus.
Beata Jacinta: (3-10-1910/ 2-20-1920)
Jacinta era de clara inteligência; ligeira e alegre. Sempre estava correndo, saltando ou bailando. Vivia apaixonada pelo ideal de converter pecadores, a fim de os arrebatar do suplicio do inferno, cuja pavorosa visão tanto a impressionou. Uma vez exclamou: ¡Que pena tenho dos pecadores! !Se eu pudesse mostrar-lhes o inferno! Morreu santamente em 20 de Fevereiro de 1920. Seu corpo repousa junto com o do Beato Francisco, no cruzeiro da Basílica, em Fátima. Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal depois das aparições. Lúcia começou a ir à escola tal como a Virgem lhe havia pedido, e Jacinta e Francisco iam também para a acompanhar. Quando chegavam ao colégio, passavam primeiro pela Igreja para saudar ao Senhor. Mas quando era tempo de começar as aulas, Francisco, conhecendo que não haveria de viver muito na terra, dizia a Lúcia, "Vão vocês para o colégio, eu ficarei aqui com Jesus Escondido. ¿Que proveito me fará aprender a ler se em breve estarei no Céu?" Dito isto, Francisco se ia tão perto como era possível do Tabernáculo. Quando Lúcia e Jacinta regressavam pela tarde, encontravam a Francisco no mesmo lugar, em profunda oração e adoração. Das três crianças, Francisco era o contemplativo e foi talvez ele que mais se distinguiu em seu amor reparador a Jesús na Eucaristia. Depois da comunhão recebida de mãos do Anjo, dizia: "Eu sentia que Deus estava em mim mas não sabia como era." Em sua vida se ressalta a verdadeira e apropriada devoção católica aos anjos, aos santos e a Maria Santíssima. Ele ficou assombrado pela beleza e a bondade do anjo e da Mãe de Deus, mas ele não se ficou por aí. Isso l levou a encontrar-se com Jesus. Francisco queria antes de tudo consolar a Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Durante as aparições, era isto o que impressionou ao jovem. Mais que nada Francisco queria oferecer sua vida para aliviar o Senhor que ele havia visto tão triste, tão ofendido. Inclusive, suas ânsias de ir para o céu foram motivadas unicamente pelo desejo de poder melhor consolar a Deus. Com firme propósito de fazer aquilo que agradasse a Deus, evitava qualquer espécie de pecado e com sete anos de idade, começou a aproximar-se, frequentemente ao Sacramento da Penitência. Uma vez Lúcia lhe perguntou, "Francisco, ¿que preferes mais, consolar ao Senhor ou converter aos pecadores?" E ele respondeu: "Eu prefiro consolar ao Senhor. ¿Não viste que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais ao Senhor, que está já tão ofendido? A mim me gostaria consolar ao Senhor e depois, converter aos pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor." E seguiu, "Cedo estarei no céu. E quando chegue, vou a consolar muito a Nosso Senhor e a Nossa Senhora." Através da graça que havia recebido e com a ajuda da Virgem, Jacinta, tão fervorosa em seu amor a Deus e seu desejo das almas, foi consumida por uma sede insaciável de salvar as pobres almas em perigo do inferno. A glória de Deus, a salvação das almas, a importância do Papa e dos sacerdotes, a necessidade e o amor pelos sacramentos - tudo isto era de primeira ordem em sua vida. Ela viveu a mensagem de Fátima para a salvação das almas em redor do mundo, demonstrando um grande espírito missionário. Jacinta tinha uma devoção muito profunda que a levou a estar muito perto do Coração Imaculado de Maria. Este amor a dirigia sempre e de uma maneira profunda ao Sagrado Coração de Jesus. Jacinta assistia à Santa Missa diariamente e tinha um grande desejo de receber a Jesús na Santa Comunhão em reparação pelos pobres pecadores. Nada a atraía mis que o passar tempo na Presença Real de Jesús Eucarístico. Dizia com frequência, "Quanto amo ele estar aqui, é tanto o que tenho que dizer a Jesús." Com um zelo imenso, Jacinta se separava das coisas do mundo para dar toda sua atenção às coisas do céu. Buscava o silêncio e a solidão para se dar à contemplação. "Quanto amo a nosso Senhor," dizia Jacinta a Lúcia, "às vezes sinto que tenho fogo no coração mas que não me queima."Desde a primeira aparição, as crianças buscavam como multiplicar suas mortificações Não se cansavam de buscar novas maneiras de oferecer sacrifícios pelos pecadores. Um dia, pouco depois da quarta aparição, enquanto caminhavam, Jacinta encontrou uma corda e propôs-se cingir a corda à cintura como sacrifício. Estando de acordo, cortaram a corda em três pedaços e ataram-se à cintura sobre a carne. Lúcia conta depois que este foi um sacrifício que os fazia sofrer terrivelmente, tanto assim que Jacinta apenas podia conter as lágrimas. Mas se se lhe falava para atirar, respondia em seguida que de nenhuma maneira pois isto servia para a conversão de muitos pecadores. Ao principio levavam a corda de dia e de noite mas numa aparição, a Virgem lhes disse: "Nosso Senhor está muito contente de vossos sacrifícios mas não quer que durmais com a corda. Levai-a somente durante o dia." Eles obedeceram e com maior fervor perseveraram nesta dura penitência, pois sabiam que agradavam a Deus e à Virgem. Francisco e Jacinta levaram a corda até à última enfermidade, durante a qual aparecia manchada em sangue. Jacinta sentia além disso uma grande necessidade de oferecer sacrifícios pelo Santo Padre. A ela se lhe havia concedido o ver numa visão os sofrimentos tão duros do Sumo Pontífice. Ela conta: "Eu o vi numa casa muito grande, ajoelhado, com o rosto entre as mãos, e chorava. Lá fora havia muita gente; alguns atiravam pedras, outros diziam imprecações e palavrões." Noutra ocasião, enquanto que na cova do monte rezavam a oração do Anjo, Jacinta se levantou precipitadamente e chamou a sua prima: "¡Vê! ¿Não vês muitos caminhos, sendeiros e campos cheios de gente que chora de fome e não têm nada para comer... E ao Santo Padre, numa igreja ao lado do Coração de María, rezando?" Desde estes acontecimentos, as crianças levavam em seus corações ao Santo Padre, e rezavam constantemente por ele. Inclusive, tomaram o costume de oferecer três Ave Marias por ele depois de cada rosário que rezavam (o que ainda se mantém hoje em dia, em todo o lado).. A Virgem María não deixava de escutar as ferventes súplicas destas crianças, respondendo-lhes a miúdo de maneira visivelmente. Tanto Francisco como Jacinta foram testemunhas de factos extraordinários: Num povo vizinho, a uma família havia caído a desgraça da prisão de um filho por uma denúncia que o à cadeia se não demonstrasse sua inocência. Seus pais, aflitos, mandaram Teresa, a irmã mais velha de Lúcia, para que suplicar às crianças que lhes obtivessem da Virgem a libertariam de seu filho. Lucía, ao ir para a escola, contou a seus primos o sucedido. Disse Francisco, "Vós ides para a escola e eu ficarei aqui com Jesus para lhe pedir esta graça." Na tarde Francisco disse a Lúcia, "Podes dizer a Teresa que faça saber que dentro de poucos dias o rapaz estará em casa." Com efeito, em 13 do mês seguinte, o jovem se encontrava de novo em casa. Noutra ocasião, havia uma família cujo filho havia desaparecido como pródigo sem que ninguém tivesse noticia dele. Sua mãe rogou a Jacinta que o recomendasse à Virgem. Alguns dias depois, o jovem regressou a casa, pediu perdão a seus pais e lhes contou sua trágica aventura. Depois de haver gasto quanto havia roubado, havia sido preso e metido na cadeia. Conseguiu evadir-se e fugiu a uns bosques desconhecidos, e, pouco depois, se achou completamente perdido. Não sabendo a que ponto dirigir-se, chorando se ajoelhou e rezou. Viu então a Jacinta que lhe tomou pela mão e o conduziu até um caminho, onde o deixou, indicando-lhe que o seguisse. Desta forma, o jovem pôde chegar até sua casa. Quando depois interrogaram a Jacinta se realmente havia ido a encontrar-se com o jovem, respondeu que não mas que havia rogado muito à Virgem por ele. Certamente que os prodigiosos acontecimentos dos que estas crianças foram protagonistas fizeram que todo o mundo se voltasse para elas, mas eles se mantinham simples e humildes. Quanto mas buscados eram pela gente, tanto mais procuravam ocultar-se. Um dia que se dirigiam tranquilamente pela estrada, viram que parava um grande automóvel diante de eles com um grupo de senhoras e senhores, elegantemente vestidos. "Olha,vêm visitar-nos..." começou Francisco. "¿Vamos?" pergunta Jacinta. "Impossível sem que o notem," responde Lucía: "Sigamos andando e vereis como não nos conhecem." Mas os visitantes os param: "¿Sois de Aljustrel?" "Sim, senhores" responde Lúcia. "¿Conheceis aos três pastores aos quais lhes apareceu a Virgem?" "Sim conhecemos" "¿Saberias dizer-nos onde vivem?" "Tomem este caminho e ali abaixo virem para a esquerda" lhes respondeu Lucía, descrevendo-lhes suas casas. Os visitantes marcharam, dando-lhes as graças e eles contentes, correram a esconder-se. Certamente, Francisco e Jacinta foram muito dóceis aos preceitos do Senhor e a as palavras da Santíssima Virgem Maria. Progrediram constantemente no caminho da santidade e, em breve tempo, alcançaram uma grande e sólida perfeição cristã. Ao saber pela Virgem María que suas vidas iam a ser breves, passavam os dias em ardente expectativa de entrar no céu. E de facto, sua espera não se prolongou. Em 23 de Dezembro de 1918, Francisco e Jacinta caíram gravemente enfermos pela terrível epidemia de bronco-pneumonia. Mas apesar de se encontrarem enfermos, não diminuíram em nada o fervor em fazer sacrifícios. Até ao final de Fevereiro de 1919, Francisco piorou visivelmente e do leito em que se viu prostrado não voltou a levantar-se. Sofreu com íntima alegria sua enfermidade e suas grandíssimas dores, em sacrifício a Deus. Como Lucía lhe perguntava se sofria. Respondia: "Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar a Nosso Senhor e em breve irei para o céu."No dia 2 de Abril, seu estado era tal que se acreditou conveniente chamar o pároco. Não havia feito todavia a Primeira Comunhão e temia não poder receber ao Senhor antes de morrer. Havendo-se confessado pela tarde, quis guardar jejum até receber a comunhão. No seguinte dia, recebeu a comunhão com grande lucidez de espírito e piedade, e apenas tinha saído o sacerdote quando perguntou a sua mãe se não podia receber ao Senhor novamente. Depois disto, pediu perdão a todos por qualquer desgosto que lhes houvesse ocasionado. A Lúcia e Jacinta lhes cresceu: "Eu me vou ao Paraíso; mas desde ali pedirei muito a Jesus e à Virgem para que os leve também rapidamente para lá acima." no dia seguinte, em 4 de Abril, com um sorriso angelical, sem agonia, sem um gemido, expirou docemente. Não tinha ainda onze anos. Jacinta sofreu muito pela morte de seu irmão. Pouco depois disto, como resultado da broncopneumonia, declarou-se-lhe uma pleurisia purulenta, acompanhada por outras complicações. Um dia declara a Lúcia: "A Virgem veio ver-me e me perguntou se queria seguir convertendo pecadores. Respondi que sim e Ela acrescentou que irei cedo para um hospital e que sofrerei muito, mas que o padecerei tudo pela conversão dos pecadores, em reparação das ofensas cometidas contra Seu Coração e por amor de Jesús. Disse que mamã me acompanhará, mas que logo ficarei sozinha." E assim foi. Por ordem do médico foi levada ao hospital de Vila Nova onde foi submetida a um tratamento por dois meses. Ao regressar a sua casa, voltou como havia partido mas com uma grande chaga no peito que necessitava ser medicada diariamente. Mas, por falta de higiene, lhe sobreveio na chaga uma infecção progressiva que resultou a Jacinta um tormento. Era um martírio contínuo, que sofria sempre sem se queixar. Intentava ocultar todos estes sofrimentos aos olhos de sua mãe para não fazê-la padecer mais. E ainda a consolava dizendo-lhe que estava muito bem. Durante sua enfermidade confiou a sua prima: "Sofro muito; mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para desagravar ao Coração Imaculado de Maria" Em Janeiro de 1920, um doutor especialista insiste com a mãe de Jacinta para que a levassem ao Hospital de Lisboa, para a atender. Esta partida foi desesperante para Jacinta, sobretudo por ter que se separar de Lucía. Ao despedir-se de Lucía lhe faz estas recomendações: ´Já falta pouco para ir para o céu. Tu ficas aqui para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando fores dizê-lo, não te escondas. Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Imaculado Coração de Maria. Que as peçam a Ela, que o Coração de Jesús quer que a seu lado se venere o Imaculado Coração de Maria, que peçam a paz ao Imaculado Coração, que Deus confiou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente a luz que tenho aqui dentro no peito, que me está abraçando e me faz gostar tanto do Coração de Jesús e do Coração de María." Sua mamã pôde acompanhá-la ao hospital, mas depois de vários dias teve ela que regressar a casa e Jacinta ficou sozinha. Foi admitida no hospital e em 10 de Fevereiro teve lugar a operação. Lhe tiraram duas costelas do lado esquerdo, onde ficou uma chaga larga como uma mão. As dores eram espantosas, sobretudo no momento da cura. Mas a paciência de Jacinta foi a de um mártir. Suas únicas palavras eram para chamar a Virgem e para oferecer suas dores pela conversão dos pecadores. Três dias antes de morrer disse à enfermeira, "A Santíssima Virgem me apareceu assegurando-me que cedo virá a buscar-me, e desde aquele momento me tirou as dores”. Em 20 de fevereiro de 1920, pelas seis da tarde ela declarou que se encontrava mal e pediu os últimos Sacramentos. Essa noite fez sua última confissão e rogou que lhe levassem pronto o Viático porque morreria muito cedo. O sacerdote não viu a urgência e prometeu levá-la no dia seguinte. Mas pouco depois, morreu. Tinha dez anos. Tanto Jacinta como Francisco foram trasladados para o Santuário de Fátima. Os milagres que foram parte de suas vidas, também o foram de sua morte. Quando abriram o sepulcro de Francisco, encontraram que o rosário que lhe haviam colocado sobre seu peito, estava enredado entre os dedos de suas mãos. E a Jacinta, quando 15 anos depois de sua morte, a iam a trasladar para o Santuário, encontraram que seu corpo estava incorrupto. Em 18 de Abril de 1989, o Santo Padre, João Paulo II, declarou a Francisco e Jacinta Veneráveis.Em 13 de Maio de 2000, o Santo Padre João Paulo II os declarou beatos na sua visita a Fátima, sendo as primeiras crianças não mártires em ser beatificados. Para ver mais sobre Jacinta e Francisca visitar Corazones.org.
¡Felicidades a quem leve este nome!
(*) Nota de António Fonseca – Este foi um dos benefícios (!) da instauração da República – a perseguição religiosa – que agora em que se passaram 100 anos tem vindo a ser tão glorificada e festejada por governantes e muitas entidades de nomeada neste triste Portugal – e que alguns parecem querer RESSUSCITAR, (Deus nos livre)…com a aprovação de leis iniquas (aborto, homossexualidade), ataques ao Santo Padre, - porque infelizmente existem “padres” pedófilos e “cristãos” homossexuais que reiteram o “direito de o serem” – direito dado por quem?… – vejam por favor as Epístolas de S. Paulo … “roubo descarado” dos benefícios às escolas fundadas pela Igreja, através das Misericórdias, e não só, que vêm sendo espoliadas dos proventos que lhes são devidos… etc., etc.. BREVEMENTE VOLTAREI A ESTE ASSUNTO. COLOCANDO OS DEVIDOS PONTOS NOS iiiS…António Fonseca
Eleutério de Tournai, Santo
Bispo
Eleutério de Tournai, Santo
Eleutério (ou Lehire) nasceu em Tournai, Bélgica, em 456. Contava entre os seus ascendentes um dos primeiros pagãos convertidos ao Cristianismo por diligências de S. Piat. Foi educado com o futuro São Medardo, que, segundo se diz, lhe predisse vir a ser elevado a bispo de Tournai, sua cidade natal. Tournai era então a residência dos reis francos; parece que a fé corria lá riscos, no princípio do reinado de Clóvis. As guerras contra os Romanos pareciam ir ter, como consequência, a guerra ao Cristianismo; o governador de Tournai julgou acertado expulsar as famílias cristãs. Em 486, Eleutério, então com trinta anos, teve de retirar-se para Blandin com os seus pais. Um pouco mais tarde, o casamento de Clóvis com Clotilde (493) garantiu aos fieis certa liberdade; a gente de Blandin aproveitou para construir uma igreja, cujo bispo, Teodoro, vitimado por uma faísca, foi substituído por Eleutério. Mas este, antes de receber a sagração episcopal, teve de ir a Roma para obter a aprovação do papa. Ao voltar , foi sagrado por São Remígio, bispo de Reims. A evangelização do povo não foi trabalho fácil; além de serem ainda numerosos os pagãos, havia opositores nalguns hereges que negaram a encarnação do Verbo. Deus, porém, manteve no seu lugar o seu Servo, concedendo-lhe o poder de fazer milagres. Três vezes empreendeu Eleutério a viagem a Roma, para se informar dos melhores meios para remediar os males da sua Igreja. Duma destas viagens trouxe ele relíquias de Santo Estevão, primeiro mártir; e de Santa Maria Egipcíaca. pelo ano de 520, reuniu um sínodo e, ao que parece, fez um discurso sobre o mistério da Encarnação. Todavia, este discurso, como outros que lhe são atribuídos, é considerado como pouco autêntico. O zelo de Eleutério, para manter o depósito da fé, custou-lhe a vida. Um dia, à saída da Igreja, foi atacado por hereges que lhe bateram imenso. Sobreviveu, porém, alguns dias a tais ferimentos. Faleceu a 20 de Fevereiro de 531 (ou a 30 de Junho de 532). Depois dele, o bispado de Tournai ficou reunido ao de Noyon, sob a autoridade de São Medardo. Eleutério, pela sua morte. mereceu o título de mártir, mas é venerado apenas como confessor. Depois das incursões normandas, foi duas vezes trasladado solenemente o seu corpo, em 1064 e em 1247. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Eusquério de Orleans, Santo
Bispo
Eusquério de Orleans, Santo
Em virtude de ser muito extensa a biografia inserta no livro SANTOS DE CADA DIA, transcrevo a tradução feita por mim em 20-2-2010, através de www.es.catholic.
Martirológio Romano: No cenóbio de santo Trudón, em Brabante, de Austrásia, trânsito de santo Eusquério, bispo de Orleans, que, desterrado por Carlos Martel por razão das calúnias de alguns invejosos, encontrou piedoso refúgio entre aqueles monges (c. 738). Etimologicamente: Eusquério = significa “de boa mão”. Vem da língua alemã. Natural de França e nascido de família nobre em redor do ano 690, em Orleães. Diz a lenda que sua mãe era piedosíssima e que pouco antes de ter ao filho teve um sonho angelical. Sim, uma criatura celeste lhe anunciava que ia a ser mãe de um futuro bispo muito santo. O caso é que nasceu como todos os meninos e com a ação de graças dos pais, como é normal. De menino se inicia no conhecimento das letras e quando jovem lhe entusiasmam os conhecimentos próprios do saber da época; Entra nas artes e nas ciências; Gosta de filosofia e prefere antes de tudo a teologia. No calor da devoção sincera com a Virgem começam a assinalar-se rasgos de profundidade na virtude. Quando Leodoberdo é bispo abraça o estado clerical. Logo se faz monge no mosteiro de Jumièges, na margem do Sena, perto de Ruão; ao que parece é um dos lugares santos de mais estrita observância. À oração e a penitência própria do mosteiro acresce o estudo dos sagrados cânones e dos santos Padres. Recebe a Ordem Sacerdotal e embrenha na Eucaristia com lágrimas nos olhos. Morto Severo, bispo de Orleães, é proposto para bispo da sede vacante. Tem que ser Carlos Martel, o rei merovíngio filho bastardo de Pipino de Heristal, quem quase o obrigue a aceitar, uma vez vencida a resistência pessoal a abandonar o silêncio do claustro e a companhia de seus irmãos monges. Pensava naquele momento que as «dignidades» bem poderiam ser causa de condenação. Parece que lhe vai bem o oficio de bispo, um tanto estranho para um monge. Desempenha seu ministério com um zelo pouco usual. Contam os cronistas que entra em cheio em cuidar a disciplina eclesiástica já que está convencido de que o bom exemplo é a primeira pregação ao povo. E assim sucedeu. Com um clero bem disposto, chegam cedo os frutos que pode recolher: há reforma nos costumes do povo; se dá uma volta à piedade sincera. Inclusive se trespassam os limites da diocese de Orleães que agradece de modo ostensível o recebimento a seu bispo-padre até nos lugares mais remotos. Não ia a estar isenta esta santa vida e labor de cruzes que purificam nem da ação dos que padecem o tique da inveja que sempre e em todo lugar foram muitos. Aqui também se levantam os ânimos de Carlos Martel, quando regressa de Aquitânia, voltando-os contra o seu protegido de outro tempo porque teve o valor de enfrentar o rei franco defendendo os bens da igreja ao utilizá-los como fundos para suas campanhas guerreiras. Os invejosos souberam aproveitar bem o momento e deitaram lenha ao fogo até levantar uma fogueira de tamanho natural. O resultado foi o desterro do bispo Eusquério que morre em 20 de Fevereiro do ano 743 na abadia de Tron onde passou em humilde e escondida santidade seus últimos seis anos.
• Mártires de Tiro, Beatos
Mártires
Mártires de Tiro, Beatos
Martirológio Romano: Comemoração de cinco santos mártires que pereceram na cidade de Tiro, em tempo do imperador Diocleciano, os quais, açoitados primeiro e logo expostos desnudos às feras, mostraram sua firme e inamovível constância apesar de sua juventude. Um deles, de apenas vinte anos, orava com os braços estendidos em forma de cruz, e todos, finalmente, foram degolados (303). Eusébio que foi testemunha destes martírios, os narra nos seguintes termos: "Vários cristãos egípcios que se haviam estabelecido na Palestina e outros em Tiro, deram provas de sua paciência e de sua constância na fé. Depois de haver sido golpeados inumeráveis vezes, coisa que suportaram com grande paciência, foram atirados aos leopardos, ursos selvagens, javalis e touros. Eu estava presente quando essas bestas, sedentas de sangue humano, fizeram sua aparição na arena; mas, em vez de devorar ou destroçar os mártires, se mantiveram a distância deles, sem lhes tocar, e se voltaram em troca contra os domadores e quantos se achavam perto; só respeitaram aos soldados de Cristo, apesar de que estes obedecendo às ordens recebidas, agitavam os braços para provocar as feras. Algumas vezes, estas se lançaram sobre eles com sua habitual ferocidade, mas voltavam sempre atrás, como movidas por uma força sobrenatural. O facto se repetiu várias vezes, com grande admiração dos espectadores. Os verdugos substituíram duas vezes as feras, mas foi em vão. Os mártires permaneciam impassíveis. Entre eles se achava um jovem de menos de vinte anos, que não se movia de seu sitio e conservava uma serenidade absoluta; com os olhos elevados ao céu e os braços em cruz, enquanto que os ursos e os leopardos com as fauces abertas ameaçavam devorá-lo de um momento para o outro; só por um milagre de Deus se explica que não lhe tocassem. Outros mártires se achavam expostos aos ataques de um touro furioso, que já havia ferido e golpeado a vários domadores, e deixando-os meio mortos; mas o touro não atacou os mártires; ainda que parecesse que ia a lançar-se sobre eles: suas patas rasgavam furiosamente o solo e agitava a cornadura em todas direções, mas sem chegar a investir aos mártires, apesar dos verdugos o incitarem com capas vermelhas. Depois de várias tentativas inúteis com diferentes feras, os santos foram finalmente decapitados e seus corpos atirados ao mar. Outros que se negaram a oferecer sacrifícios aos deuses, morreram à paulada, queimados e também executados em distintas formas." Os factos sucederam no ano 303.
Júlia Rodzinska, Beata
Religiosa e Mártir,
Júlia Rodzinska, Beata
Martirológio Romano: Em Stutthof, perto de Gdynia (Danzig), na Polónia, beata Júlia Rodzinska, virgem da Congregação de Irmãs de Santo Domingo e mártir, que durante a ocupação militar de sua pátria em tempo de guerra foi confinada num campo de concentração, onde, depois de ter contraído uma grave doença passou à glória (1945). O Papa João Paulo II beatificou em 13 de junho de 1999 em Varsóvia, durante sua sétima viagem apostólica a Polónia, 108 mártires vítimas da perseguição contra a Igreja polaca durante a ocupação alemã nazi, de 1939 a 1945. O ódio racial forjado pelo nazismo, provocou mais de cinco milhões de vítimas entre a população civil polaca, muitos de eles eram religiosos, sacerdotes, bispos e laicos católicos comprometidos.Recolhendo informação e testemunhos se pôde abrir vários processos de beatificação, o primeiro foi aberto pelo bispo de Wloclawek, de onde um grande número de vítimas padeceu o martírio; a este processo confluíram logo outros e o número de Servos de Deus, que inicialmente era de 92 paulatinamente chegou a 108. De entre esses nomes destaca no dia de hoje o da religiosa professa dominicana Júlia Rodzinska, que nasceu em 16 de março de 1899 na Polónia e que na pia batismal recebeu o nome de Stanislava.Dela se sabe que ingressou na ordem dominicana no ano 1916 e realizou sua profissão solene em 5 de agosto de 1924. Como educadora foi conhecida como “mãe dos órfãos”, além disso era chamada “a apóstola do Rosário”.Foi presa em 12 de Julho de 1943, sofreu por dois anos no campo de concentração de Stutthof, onde morreu a 20 de fevereiro de 1945, depois de haver contraído o tifo, enfermidade que açoitava o campo de concentração já que carecia de elementares condições higiénicas. Contraiu a enfermidade enquanto consolava e apoiava as prisioneiras judias já contagiadas e isoladas.É a única religiosa dominicana incluída neste numeroso grupo de mártires. responsável da tradução para espanhol: Xavier Villalta
BEATA AMADA
Religiosa (1200-1252)
Como Santa Clara, sua tia, e Frei Rufino (das Florinhas), seu tio, pertencia à família dos Offreducci, uma das mais distintas de Assis. Amada foi mundana até ao dia em que se converteu, ao visitar a tia no convento de São Damião. Decidiu nessa altura fazer-se imediatamente religiosa, sem mesmo voltar a casa e despedir-se dos seus. As austeridades que praticou no seu novo estado foram tais, escreve o seu biógrafo, “que devido a elas os seus dias vieram a abreviar-se”. Nascei e morreu em Assis, aproximadamente entre os anos 1200 e 1252. Do livro Santos de cada dia, de WWW.JESUITAS.PT
• Leão de Catânia
Bispo,
León de Catânia
Martirológio Romano: Em Catânia, de Sicília, são Leão, bispo, que se ocupou sobretudo do cuidado dos pobres (c. 787). Santo Leão, bispo de Catânia, na Sicília, havia nascido em Rávena, na metade do século VIII. Foi chamado o Taumaturgo, pelos muitos milagres que fazia. Seus pais o educaram para as glórias humanas.Mas eram distintas as aspirações de Leão. Pôs-se sob a direção do bispo de Rávena, que vendo sua pureza de costumes e seu zelo apostólico, decidiu conferir-lhe a ordenação sacerdotal.Pôde disfrutar dele pouco tempo, pois tendo morrido Sabino, bispo de Catânia, se decidiram os eleitores por Leão, não sem antes ter pedido a Deus acerto na eleição. Leão se opunha, mas o obrigaram a aceitar.Depois de sua resistência, pôs todo seu empenho em cumprir sua missão apostólica. Se dedicou à reforma de costumes, à instrução religiosa de seus fieis, a defender a verdade ante os hereges, ao cuidado de todos.Vivia, como feitas para ele, as recomendações de São Pedro na sua primeira Carta: "Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, não por força mas com brandura, segundo Deus. Nem por sórdido lucro, mas com prontidão de ânimo. Não como dominadores sobre a herdade, mas servindo de exemplo ao rebanho. Assim recebereis a coroa imarcescível da glória".De todas as partes acudiam a vê-lo e ouvi-lo. Todos queriam tocar seu manto para ser curados. Os imperadores conseguiram que fosse a Constantinopla, para tê-lo perto, para escutar seus sábios conselhos e pedir-lhe orações ante Deus.Regeu a diocese como um verdadeiro sucessor dos apóstolos durante 16 anos e em fins do século VIII, cheio de merecimentos, adormeceu no Senhor. O povo chorou sua morte como a de um pai e zeloso pastor. Foi sepultado num mosteiro que ele mesmo havia feito construir fora das muralhas de Catânia. Seu sepulcro foi muito venerado, sobretudo antes que os árabes ocupassem a Sicília. A fama de suas virtudes e de seus muitos milagres o converteu no centro de muitas peregrinações.
• Pedro de Treia, Beato
Presbítero Franciscano,
Pedro de Treia, Beato
Data de beatificação: Culto aprovado em 11 de setembro de 1793 pelo Papa Pío VI Em Treia, antigo município romano, na Província de Macerata, em 1225, nasceu outro dos santos franciscanos que povoaram uma época os campos de Itália, sobretudo a região das Marcas. Ainda que as virtudes sejam sempre as mesmas, a personalidade destas personagens medievais franciscanas sempre é diversa e interessante, e constituem um vasto florilégio de tipos humanos e fisionomias espirituais. O beato Pedro de Treia representa o tipo de contemplativo, cuja maior glória está em suas conquistas ascéticas. Também foi religioso ativo, sobretudo no ministério da palavra, como pregador irresistível. As Florecillas (ou Florinhas) o qualificam como “estrela brilhante na província da Marca e homem celestial”. E o martirológio franciscano diz dele que foi “célebre por sua santidade e sua pregação, insigne por sua devoção e seus milagres”. Por algum tempo participou do movimento religioso da Congregação Celestina, mas não aderiu à corrente secessionista dos “hereges fratricelos”. Muito jovem entrou na Ordem, desejoso de imitar as virtudes de São Francisco, seguia suas pisadas inclusive materialmente, permanecendo por longo tempo no monte Alvernia, opção que apresentava um claro sinal, porquanto foi o Calvário místico de São Francisco, que ali havia recebido as Chagas, e sobre essas rochas se dedicou, mais que ao ensino e pregação, à meditação e à ascese, entre êxtases e visões.Pedro foi também apóstolo da pregação, percorreu a região das Marcas fascinando com sua sagrada eloquência as multidões. Teve o dom de comover os pecadores, que mediante uma boa confissão, arrependidos, eram por ele conduzidos a Deus.São famosos seus êxtases e visões. Em Ancona o superior do convento o encontrou na igreja em oração, elevado da terra. Mais tarde, no convento de Forano, foi Pedro quem observou uma cena admirável na qual a Santíssima Virgem colocava afectuosamente o Menino Jesús nas mãos do co-irmão Conrado de Ofida. Pedro de Treia e Conrado de Ofida, ambos das Marcas, ambos franciscanos, ambos honrados como beatos, não somente foram co-irmãos e companheiros de apostolado, mas também verdadeiros companheiros de alma, cuja santidade procedia por caminhos iguais, e se alentava mutuamente numa santa emulação. Viveu nos conventos de São Francisco de Ancona, em Forano e em Sirolo. Pedro morreu em 19 de fevereiro de 1304, no convento de Sirolo, aos 79 anos de idade. Seus restos repousam na igreja do Rosário de Sirolo (AN).
• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia
São Serapião, monge mártir
Em Alexandria, no Egipto, comemoração de são Serapião, mártir, que, em tempo do imperador Décio, foi vítima de atrozes tormentos e, depois de desconjuntar-lhe todos os membros, foi precipitado desde o alto de sua própria casa (c. 248). ...[ler hagiografia]
São Tiranião, bispo e mártir
Em Antioquia, na Síria, comemoração de são Tiranião, bispo de Tiro e mártir, que, educado na fé cristã desde sua mais tenra idade, alcançou a coroa da glória ao ser destroçado com garfos de ferro, junto com o presbítero Zenóbio (311).
http://es.catholic.net/santoral – www.santiebeati.i – www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português
por António Fonseca
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