Nº 1275
SANTA EULÁLIA DE BARCELONA
Mártir (304)
Eulália de Barcelona, Santa
Santa Eulália nasceu em Espanha pelos fins do século II. Já na meninice e deu sinais inequívocos de alma privilegiada. Inimiga da vaidade e dos divertimentos, procurou unicamente agradar ao Esposo Divino. Tendo apenas catorze anos de idade, deu provas de coragem admirável. Quando, em 304, o imperador Maximiano encetou perseguição crudelíssima contra os cristãos, Eulália foi tomada de ardente desejo de oferecer a Jesus o sacrifici90o da vida. Para não expor a filha ao perigo que a ameaçava, os pais esconderam-na numa casa longe da cidade. Inútil foi a precaução. O amor de Deus e o desejo de martírio eram tão fortes na alma da donzela, que esta, iludindo a vigilância dos parentes e aproveitando o silêncio e as trevas da noite, fez a viagem de algumas horas, para chegar à cidade. Sem demora dirigiu-se ao palácio do juiz e, estando na presença do executor das ordens imperiais, invectivou-o energicamente por causa da idolatria.
Eulália de Barcelona, Santa
O Pretor, pasmado de ver tamanha coragem numa jovem de tão pouca idade, entregou-a aos soldados para ser castigada. Prevalecendo, porém, nele um momento os sentimentos de humanidade, procurou conquistar a simpatia de Eulália e ganhá-la para a religião oficial. Ela, porém, em vez de responder à voz cativante do sedutor, atirou para longe o turibulo com que devia incensar as imagens das divindades. Foi o bastante para ser entregue à tortura. Com ferros em brasa os algozes queimaram o corpo da donzela. Esta, cheia de alegria e gratidão para com Deus, exclamou em alta voz: “Agora, meu Jesus, vejo no meu corpo os traços a vossa Sagrada Paixão”. Tendo aplicado ainda outros tormentos, os algozes recorreram finalmente ao fogo, e no meio das chamas Eulália entregou o espírito a Deus. O poeta Prudêncio, a quem devemos a narração, diz que o próprio algoz viu a alma da Mártir, em forma de pomba, subir ao céu. Eulália morreu em 304 e o seu corpo achou repouso na igreja de Mérida, cidade onde sofreu o martírio. S. Gregório de Tours conta que, no adro dessa igreja, existiam três árvores que, no dia da festa de Santa Eulália se cobriam de flores aromáticas; estas, aplicadas a doentes, curavam-nas das enfermidades. Alguns eruditos defendem ter havido duas mártires com este nome: Eulália de Barcelona a e Eulália de Mérida. Outros afirmam ter sido apenas uma. Ao menos uma só foi martirizada nas circunstâncias indicadas. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTO ANTÓNIO AULEAS
Patriarca (901)
Os pais de António, originários da Frígia, tinham-se retirado para as vizinhanças de Constantinopla com medo dos iconoclastas, intransigentes com os que veneravam as imagens, e para servirem a Deus numa tranquila solidão. Foi lá que nasceu a criança-prodígio, que teve como primeiro mestre o Espírito Santo. Perdendo a mãe sendo ainda pequeno, foi entregue aos cuidados do pai, que não quis que ele frequentasse escolas públicas. Aos doze anos foi entregue aos cuidados dum santo abade e mostrou grande atrativo pela contemplação, pelo estudo da Sagrada Escritura e pelas cerimónias do culto. Uma vez sacerdote, António, apesar de muito contra-vontade, recebeu o cargo de abade, e o pai quis fazer-se monge para ficar sob a direção dele. A reputação de António chegou até Constantinopla e, por morte do patriarca Estevão, em 888, foi eleito unanimemente para o substituir no cargo. Nada diminuiu nas suas austeridades e esforçou-se por praticar uma humildade mais profunda, por exercer sobre si mesmo maior vigilância e por mostrar a todos mais terna caridade. Fez os maiores esforços para restabelecer, na Igreja do Oriente, a paz abalada pelo cisma de Fócio. Durante a última doença, não parou de rezar pelo seu povo. Ao receber a notícia de ele ter morrido, uma pobrezinha que tinha uma perna quebrada invocou-o com devoção e ficou sã enquanto dormia. A data da morte do santo foi colocada entre 895 e 901. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Benito (Bento) de Aniane, Santo
Monge
Benito de Aniane, Santo
Martirológio Romano: No mosteiro de San Cornélio de Indam, na Germânia, trânsito de são Benito, abade de Aniano (ou de Aniane), que propagou a Regra beneditina, confeccionou un Consuetudinário para uso de monges e trabalhou com empenho na instauração da liturgia romana (821). Etimologia: Benito = Benedito = Aquele a que Deus bendiz, é de origem latino. Benito foi filho de Aigulfo de Maguelone; servia de escanção ao rei Pepino e a seu filho Carlomagno. Com a idade de vinte anos resolveu procurar o Reino de Deus com todo seu coração. Tomou parte na campanha de Lombardia, mas, depois de se ter quase afogado em Tesino, perto de Pavía, tratando de salvar seu irmão, fez voto de abandonar o mundo por completo. À sua volta a Languedoc, confirmou sua determinação por conselho de um ermitão chamado Widmar, e foi à abadia de Saint-Seine, a vinte e quatro quilómetros de Dijon, onde o admitiram como monge. Passou ali dois anos e meio aprendendo a vida monástica e chegou ao domínio de si mesmo por meio de severas austeridades. Não satisfeito com guardar a regra de São Benito, praticava outros pontos de perfeição que encontrou prescritos nas regras de São Pacómio e São Basílio. Quando o abade morreu, os irmãos estavam dispostos a elegê-lo para que o substituísse, mas não quis aceitar o cargo, porque sabia que havia monges que se opunham a tudo o que fosse reforma sistemática. Com este motivo, Benito abandonou Saint-Seine e, ao regressar a Languedoc, construiu uma pequena ermida junto ao arroio Aniane, nas suas próprias terras. Aqui viveu alguns anos em privação voluntária, orando continuamente a Deus para que o ensinasse a fazer sua vontade. Alguns ermitãos, dos quais um era o santo Widmar, se puseram sob sua direção. Ganhavam seu sustento com o trabalho manual, viviam a pão e água, excepto os domingos e grandes festas, quando acrescentavam um pouco de vinho ou leite, se lhe eram dados de esmola. O superior trabalhava com eles nos campos e algumas vezes se dedicava a copiar livros. Quando o número de seus discípulos aumentou, Benito deixou o vale e construiu um mosteiro num sitio mais espaçoso. Amava tanto a pobreza, que por muito tempo utilizou cálices de madeira ou vidro para celebrar a missa, e se lhe davam ornamentos valiosos de seda, os obsequiava a outras igrejas. Sem embargo, posteriormente, mudou seu modo de pensar sobre este ponto, e construiu um claustro e uma majestosa igreja adornada com pilares de mármore, e dotou-a de cálices de prata, ricos ornamentos; além de comprar livros para a biblioteca. Em breve teve muitos religiosos sob sua direção. Ao mesmo tempo, levava ao cabo a inspeção geral de todos os mosteiros de Provença, Languedoc e Gasconha, e chegou a ser, com o tempo, o diretor e supervisor de todos os mosteiros do império; reformou a muitos com tão bom tino, que não encontrou grande oposição. O que principalmente recebeu sua influência foi o mosteiro de Gellone, fundado por São Guillermo de Aquitânia em 804. Para o ter à mão, o imperador Luis o Piedoso obrigou Benito primeiro a habitar na abadia de Maurmünster, na Alsácia, e depois, como ainda queria tê-lo mais perto, construiu um mosteiro no Inde, conhecido mais tarde como Cornelimünster, a uns 11 quilómetros de Aquisgrán, residência do imperador e sua corte. Benito viveu no mosteiro, mas continuou ajudando a restauração da observância monástica por toda França e Alemanha. A ele se deve principalmente, a redação dos cânones para a reforma dos monges do concílio de Aquisgrán em 817. Nesse mesmo ano presidiu à assembleia de abades para pôr em vigor o restabelecimento da disciplina. Seus estatutos, los Capitula de Aquisgrán, foram acrescentados à regra de São Benito e impostos a todos os monges do império. Benito também escreveu o "Codex Regularum" (Código de Regras), uma coleção de todas as regras monásticas existentes no seu tempo; compilou um livro de homilias para uso dos monges, tirado das obras dos Padres da Igreja; mas sua obra mais importante foi a "Concórdia Regularum," a "Concordância de Regras," na qual compara as regras de São Bento de Núrsia com as de outros patriarcas da observância monástica para mostrar sua semelhança. Este grande restaurador do monasticismo (ou Monaquismo) no ocidente, esgotado pelas mortificações e fatigas, sofreu muito de contínuas enfermidades em seus últimos dias. Em 821 morreu tranquilamente, em Inde, com a idade de setenta e um anos. Grande como era a energia e influência de São Benito de Aniane, há que admitir que seu plano para uma revolução pacífica da vida monástica não pôde ser levado ao cabo como ele havia projetado. De acordo com Edmund Bishop, a ideia que tinha Benito e seu patrono, o imperador Luis, era esta: Todas as casas haviam de reduzir-se a uma uniformidade absoluta de disciplinas, observância, e ainda hábito, de acordo com o modelo de Inde; se nomeariam visitadores para que vigiassem a observância da regra segundo as constituições. O novo plano seria lançado na assembleia de abades em Aquisgrán em 817. “Mas planear é uma coisa," o Sr. Bishop agrega, "e levar a cabo é outra. É claro que na assembleia geral de abades, Benito, respaldado como estava pelo imperador para conservar a paz e poder levar a cabo reformas substanciais, teve que renunciar a muitos detalhes de observância que ele estimava muito. Parece que isto mesmo afirma seu biógrafo e amigo Ardo, que havia observado tudo pessoalmente. Sem embargo, os decretos desta assembleia, da qual era Benito ao mesmo tempo autor, alma e vida foram um ponto decisivo na história dos beneditinos, porque estes formaram a base da legislação e prática posterior. Depois do grande fundador, Bento de Núrsia, nenhum outro homem influiu tanto no monasticismo ocidental como o fez o segundo Bento, o de Aniane." ("Liturgia Histórica," 1918, pp. 212-213). Poucos dos entendidos nesta matéria têm tanto direito para opinar sobre a história monástica do século IX, como Edmund Bishop. Estas palavras suas formam um tributo notável à obra que o grande reformador monástico levou a cabo; mas, como assinalou Dom David Knowles, sua influência foi bastante diferente da de Benito de Núrsia: "Benito de Aniane nunca foi um guia espiritual para monges." ¡ Felicidades a quem leve este nome!
• Humbelina, (ou Umbelina) Beata
Abadessa
Humbelina, Beata
Martirológio Romano: No mosteiro de July, na região de Troyes, em França, beata Humbelina, prioresa que, convertida por seu irmão são Bernardo de uma vida mundana, com o consentimento de seu marido abraçou a vida monástica (1136). Etimologia: Humbelina = Aquela que guia aos seus, é de origem germânica. Modernamente, para crescer como pessoa crente,é muito importante aderir a um grupo. Este te ajuda muito a amadurecer em teu caminho de fé, e te alenta quando te faz falta. Todos necessitamos sentir-nos seres vivos. E o grupo te impulsiona justamente a isso. Foi uma religiosa do século XII. Sua família vivia tão profundamente a vida cristã que todos foram religiosos ou religiosas. Quando detrás, no fundo em frente de uma pessoa se encontra uma família a carta cabal, é normal que nesse ambiente reine a concórdia e o afã por escalar a meta mais importante desta vida: a santidade. Ao falar um dia com seu padre acerca de sua vocação religiosa, este lhe disse: Mira a neve que há sobre o Monte Jura. É muito bela a panorâmica. É certo. Mas o que mais importa é que essa neve se converterá em água que regue estas terras. Sem ela, tudo seria um deserto em que não cresce nada.ai Os monges encerrados nos mosteiros parecem inúteis, mas são a fonte de que mana o bem espiritual para todos os demais. Outra vez perguntava Humbelina: ¿Como servir melhor a Deus? Então falou com prudência e alegria a seu marido acerca de seu propósito de meter-se a monja. E sem duvidar muito, se marchou ao convento de Jully, em que já estavam sua cunhada Isabel e sua sobrinha Adelina. À morte de Isabel, foi ela quem ocupou o cargo de abadessa do mosteiro. Havia uma sã competição. A mais sã que existe: lutar por ver quem é melhor e mais santo ou santa. Seu irmão são Bernardo lhe disse um dia que previa que ia a ser santa. Quando lhe chegou o momento final, foram seus irmãos a vê-la passar à Casa do Pai. Seu culto foi confirmado em 1763.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com
• Tomás Hemmeford e companheiros,
Jacobo Fenn, Juan Nutter, Juan Munden, Jorge Haydock, Beatos
Presbíteros e Mártires
Tomás Hemmeford e companheiros, Beatos
Martirológio Romano: Em Londres, em Inglaterra, beatos mártires Tomás Hemmeford, Jacobo Fenn, Juan Nutter, Juan Munden e Jorge Haydock, presbíteros, que, por fidelidade à Igreja romana e ante a pretensão da rainha Isabel I de se atribuir o primado no espiritual, foram condenados a morte, e esquartejados enquanto ainda respiravam (1584). Tomás Hemmeford nasceu em Dorsetshire (hoje Dorset), um condado de Inglaterra. Estudou em Oxford e, convertido ao catolicismo, foi a culminar seus estudos religiosos no Colégio Inglês em Roma. Ordenado sacerdote em 1583 retornou a sua pátria. Jacobo Fenn nasceu em Montacute, Inglaterra. Fez seus estudos no internato de Corpus Christi College e em Gloucester Hall da Universidade de Oxford. Se casou e foi professor. Logo depois de enviuvar, ingressou no colégio inglês em Reims (França) empreendendo estudos religiosos, se ordenou de sacerdote em 1580. Juan Nutter irmão do beato Robert Nutter, nasceu em Burnley, Inglaterra. Estudou em Saint John´s College de Cambridge, mas para continuar seus estudos religiosos se mudou para o colégio inglês em Reims (França). Foi ordenado sacerdote em 1581. Juan Munden nasceu em Coltley, Inglaterra, estudou em New College de Oxford, e seus estudos religiosos os segue no colégio inglês em Reims (França). Foi ordenado sacerdote em 1582. Suas normais vidas sacerdotais tiveram contexto dentro da trágica perseguição perpetrada contra a Igreja Católica pelos monarcas britânicos. Naquele período a rainha Isabel I, que desejava se reconhecesse sua supremacia inclusive no âmbito espiritual, condenou à morte a muitos católicos por sua fidelidade ao Romano Pontífice, entre eles os jesuítas Tomás Hemmeford, Jacobo Fenn, Juan Nutter e Juan Munden, junto a Jorge Haydock, sacerdote do vicariato apostólico de Inglaterra. Todos eles foram esquartejados vivos em Tyburn, perto de Londres, em 12 de Fevereiro de 1584. Estes mártires foram beatificados em 15 de Dezembro de 1929 pelo Papa Pío XI, e desde esse dia o Martirológio Romano comemora o dia de hoje seu nascimento ao reino dos céus.
• Ludano, Santo
Peregrino,
Ludano, Santo
Martirológio Romano: No lugar de Northeim, em Alsácia, junto ao rio Ill, são Ludano, oriundo de Escócia, que descansou no Senhor enquanto peregrinava ao sepulcro dos santos apóstolos (1202). ¿Que buscava Ludano, filho do príncipe Hildebold, cujo nome encontramos na abadia alsaciana de Andlau, para vir a morrer, em 12 de fevereiro de 1202, em Nordhouse, a poucos quilómetros da igreja de São Jorge?.
Havia deixado sua longínqua pátria, a Escócia, depois de se ter consagrado ao serviço dos enfermos e haver construído hospitais e orfanatos. No final de seus dias, abandonando o cansaço invasor sobre as pistas das campinas, pobre e mendigo como tantos outros, havia sulcado a Europa de Santiago a Roma, logo seguiu sem dúvida até Jerusalém. De regresso desta longa peregrinação, se deita, esgotado, sob uma tília, não longe do povo Nartz (hoje Nordhouse) para morrer ali. A tradição oral conta que um anjo desceu do céu e naquela nevada solidão lhe deu o Santo Viático, o corpo de Cristo ressuscitado (o facto está representado num quadro do século XVIII existente no coro da igreja de São Ludano). Então –segundo essa antiga tradição– os sinos das igrejas próximas começaram a mover-se para tocar o tanger fúnebre. Os habitantes da zona acudiram em multidão a rodear o corpo. Os sacerdotes das duas paróquias existentes naquela altura em Nordhouse: São Martín e São Miguel, pugnavam pelo direito de lhe dar sepultura, já que entre os documentos que transportava haviam descoberto sua origem principesca. O abade da célebre abadia de Ebersmunster arbitrou no conflito e aconselhou atar o corpo num carro levado por um cavalo indómito, e que seja este que leve o santo ao lugar de sua sepultura. O cavalo se deteve em Scheerkirche, na margem do rio do mesmo nome, o lugar hoje é conhecido sob o nome de Saint Ludan. Muitos dos detalhes narrados talvez sejam folclóricos,ou mais convencionais, mas não são nada improváveis, coincidem perfeitamente com a maneira de viver a fé nesses séculos, onde encontramos profusos exemplos de gente de bom berço que aprofunda na piedade pondo-se ao serviço dos pobres, e inclusive mais de um chegou a deixar literalmente tudo, em busca de uma maior radicalidade de vida em Deus... ¡é a mesma época do Pobre de Assis!.
responsável da tradução – para espanhol - : Xavier Villalta
• Melécio de Antioquia, Santo
Bispo,
Melécio de Antioquía, Santo
Martirológio Romano: Comemoração de são Melécio, bispo de Antioquia, que, por defender a fé de Nicea, foi exilado várias vezes e faleceu enquanto presidia ao primeiro Concílio Ecuménico de Constantinopla. São Gregório de Nisa e são João Crisóstomo exaltaram sua figura (381). São Melécio de Antioquía (Meletius, Melétios, em grego, Μελέτιος) foi um eclesiástico grego do século IV nascido em Melitene numa família destacada de que herdou uma fazenda na Arménia Menor e que faleceu no ano 381. Por seu bom carácter adquiriu uma grande reputação, e quando Eustáquio foi deposto como bispo de Sebaste no concílio de Melitene em 357, ocupou seu lugar; o lugar era conflituoso e renunciou, retirando-se a Berea (Alepo) de onde supostamente foi bispo e ficou a favor dos arianos e subscreveu provavelmente a confissão de fé de Ariminio, e a dos acacianos em Seleucia em 359 sob influência dos quais foi nomeado bispo (arcebispo) de Antioquía no ano 360 ou 361. Durante um tempo tentou contentar a todo o mundo, com uma linguagem ambígua, mas progressivamente regressou a uma plena comunhão com a Igreja. Foi chamado pelo imperador Constâncio II que ordenou a vários prelados que explicaram o texto do Livro dos Provérbios: «Deu-me Yavé o ser no principio de seus caminhos» (8,22-23). Havendo recebido já a Jorge de Laodicea e Acácio de Cesarea e haviam dado explicações mais ou menos heterodoxas, sem embargo, Melécio o expôs com sentido católico; os arianos o acusaram então de sabelianismo e convenceram o imperador de que o depusesse e desterrasse, coisa que fez e Melécio foi desterrado a Melitene; Euzoius, (que anteriormente havia sido expulso da Igreja por santo Alexandre, arcebispo de Alexandria), foi nomeado para ocupar o bispado que o desterro havia deixado vacante (desde o ano 361). Isto produziu um cisma, ainda que o inicio real deste foi o desterro de santo Eustáquio no ano 330. Ao chegar Juliano ao trono o ano 362, Melécio pôde regressar a Antioquía e tratou de reconciliar as partes, coisa que parecia mais fácil depois da morte de Eustáquio, mas o ordenamento de Paulino como bispo da Igreja em Antioquía, o fez impossível; enquanto os arianos conservavam muitas igrejas e os católicos tão só tinham duas. Valente as privou destas e Melécio foi novamente desterrado (em 365). Em sua ausência, os católicos foram dirigidos por Flaviano e Teodoro. Em 378, à morte de Valente, Melécio foi chamado outra vez, mas o édito de Graciano que permitia voltar aos exilados fez voltar também a Doroteo, o bispo ariano sucessor de Euzoius, que ocupou o arcebispado mas ao cabo de um tempo foi devolvido a Melécio; sem embargo, ainda estava ativo seu rival Paulino, que não acedeu às propostas que lhe foram feitas. Em 381, se reuniu em Constantinopla o segundo Concílio Ecuménico, e são Melécio o presidiu. Estando o Concílio em sessões, a morte levou a este bispo, que tanta paciência teve no sofrimento. A notícia de sua morte foi recebida com grande dor dos Padres conciliares e do imperador Teodósio, que lhe havia dado as boas vindas à cidade imperial com uma grande demostração de afecto, «como um filho que saúda a um pai por muito tempo ausente». Com sua humildade evangélica, Melécio se havia feito querer por todos os que o conheceram. Crisóstomo nos diz que seu nome era tão venerado, que a gente em Antioquía escolhia este nome para seus filhos; gravavam sua imagem em seus selos e a esculpiam sobre suas casas. Todos os Padres de Concílio e os fieis da cidade assistiram a seus funerais em Constantinopla. Um dos prelados mais eminentes, são Gregório de Nisa, pronunciou a oração fúnebre. Nela faz referência ao « doce e tranquilo olhar, radiante sorriso e bondosa mão que secundava a sua aprazível voz»; e termina com as palavras, «Agora ele vê a Deus cara a cara, roga por nós e pela ignorância do povo». Cinco anos mais tarde, são João Crisóstomo, a quem são Melécio havia ordenado diácono, pronunciou um panegírico em 12 de fevereiro, o dia de sua morte ou de sua translação a Antioquía. Todavia existem os panegíricos escritos por são Gregório de Nisa e são João Crisóstomo. Bibliografía: Vidas de los santos, Alban Butler
• Saturnino e companheiros mártires de Abitinia, Santos
Mártires,
Santos Saturnino e companheiros mártires de Abitinia, mártires
Em Cartago, cidade de África, comemoração dos santos mártires de Abitinia, que durante a perseguição sob o imperador Diocleciano, por haver-se reunido para celebrar a eucaristia dominical contra o estabelecido pela autoridade, foram presos pelos magistrados da colónia e os soldados de guarda. Conduzidos a Cartago e interrogados pelo procônsul Anulino, apesar dos tormentos confessaram sua fé cristã e a impossibilidade de renunciar à celebração do sacrifício do Senhor, derramando seu sangue em lugares e momentos distintos (304). Estes são os nomes:
santos Saturnino, presbítero, com quatro filhos: Saturnino júnior e Félix, leitores, e Maria e Hilarión, ainda criança; Dativo ou Sanator, Félix, outro Félix, Emérito e Ampélio, leitores; Rogaciano, Quinto, Maximiano ou Máximo, Telica ou Tacelita, outro Rogaciano, Rogato, Januário, Cassiano, Victoriano, Vicente, Ceciliano, Restituta, Prima, Eva, outro Rogaciano, Giválio, outro Rogato, Pompónia, Januária, Saturnina, Martín, Clautos, Félix júnior, Margarita, Mayor, Honorata, Victorino, Pelusio, Fausto, Daciano, Matrona, Cecília, Victoria, Berectina, virgem cartaginesa, Secunda, Matrona e outra Januária, um total de 48 mártires.
92723 > Sant' Antonio Cauleas Patriarca di Costantinopoli MR
91387 > San Benedetto d'Aniane MR
90999 > San Benedetto Revelli Vescovo di Albenga
40550 > San Damiano d'Africa Martire
91783 > San Damiano di Roma Martire
92095 > Beato Giorgio Haydock Sacerdote e martire
92107 > San Goslino (Gozzelino) Abate di S. Solutore
40640 > San Ludano MR
92140 > Santi Martiri di Abitina MR
92499 > San Melezio di Antiochia Vescovo MR
92836 > Beata Ombelina Badessa MR
91717 > Beato Paolo da Barletta Religioso Agostiniano
92849 > Beati Tommaso Hemmerford, Giacomo Fenn, Giovanni Nutter e Giovanni Munden Sacerdoti e martiri MR
• http://es.catholic.net/santoral; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por
António Fonseca
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