quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

2 de FEVEREIRO DE 2011–A APRESENTAÇÃO DO SENHOR ou NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS

 

 

Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

 

2 de Fevereiro  -  Quarta-feira  -  Apresentação do Senhor
 
Lc 2, 22-40
 
(SENHORA DA CANDELÁRIA)

 

Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-nO a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: “Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor, e para oferecerem em sacrifício, como se diz na lei do Senhor, um par de rolas ou duas pombinhas Ora, residia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo e, quando os pais trouxeram o Menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a lei a Seu respeito, tomou-O nos braços, bendisse a Deus e exclamou: Agora, Senhor, podes deixar o Teu servo partir em paz, segundo a Tua palavra, porque os meus olhos viram a Salvação, que preparaste em favor de todos os povos; Luz para iluminar as nações e glória de Israel, Teu povo. Seu pai e Sua mãe estavam admirados com o que se dizia d’Ele. Simeão, abençoou-os e disse a Maria, Sua Mãe. «Este Menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição: uma espada trespassará a tua alma, a fim de se revelarem, os pensamentos de muitos corações». Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus, noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e robustecia-Se , enchendo-Se de sabedoria e a graça de Deus estava com Ele.
 
1. A festa da “apresentação” do Menino e da “purificação” da mãe eram, na religião de Israel, consequência de uma ideia do “puro” e do “impuro” que provém de tradições muito antigas na história das religiões. Segundo tais tradições, não só os pecados impurificam e afastam de Deus, mas também determinadas  ações humanas, que são próprias e até necessárias na condição humana. Por isso se compreendem as prescrições e os rituais de purificação que se impõem, por exemplo, em Lev 15, 4-12, 20-28; 11, 31.40 
2.  A ideia de fundo, que subjaz a estas normas, é que coisas, que são simplesmente “humanas”, não podem ser “sagradas”, nem portanto “religiosas”. Porque o mal é simbolizado como “mancha”, como “culpa” ou como “ofensa” a Deus ou ao próximo (P. Ricoeur). A ideia do mal como mancha é de origem mágica e nada tem que ver com Deus. Além disso, esta festa é um resíduo das leis do Antigo Testamento, que ficou no cristianismo. 
3. Para Jesus, não tem importância alguma a pureza “ritual”; só é importante a pureza “moral”, a bondade de coração (Mc 7, 15 par), que é na realidade a “humanização” que vence a “desumanização” que danifica e rompe as relações humanas.
 

Compilação e tradução de

António Fonseca

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