terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nº 53 - 22 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 1285

CADEIRA DE SÃO PEDRO

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A Cátedra do Apóstolo São Pedro

Festa


A Igreja celebra hoje a chamada “Cadeira de S. Pedro”. Cadeira significa assento de honra – com espaldar e até almofada – em que se punha quem tinha autoridade de juiz ou de mestre. Por isso, a cadeira por excelência é a do Bispo, juiz e ao mesmo tempo mestre; e chamam-se catedrais as igrejas onde se encontra a cadeira ou cátedra do magistério episcopal. A Igreja de S. Pedro em Roma poder-se-ia chamar a catedral das catedrais. Na verdade, aquela cadeira em que se encontra em cada igreja episcopal é, em S. Pedro do Vaticano, símbolo dum magistério universal e está colocada na mais destacada evidência. Ao lado, na verdade vive de há séculos o Papa, embora tenha a Sé episcopal mais longe, em S. João de Latrão. Entrando na basílica vaticana, logo se descobre no fundo , já de longe, aquilo que alguém chamou um deslumbrante ciclone dourado. Aproximando-se o visitante da abside fica surpreendido ao notar como aquele triunfo de anjos e aquele empolar-se de nuvens rasgadas pelas luzes radiantes vinda do Espírito Santo, representado em forma de pomba, são o glorioso enquadramento duma cadeira vazia, de bronze escuro, debruada de oiro. Uma cadeira como que lançada ao ar, suspensa entre nuvens e levantada por anjos; a cadeira sobre a qual ninguém se poderia sentar sem vertigens. Chama-se-lhe cátedra de S. Pedro e está no ponto extremo da majestade da nave central, pouco acima das figuras dos quatro doutores “máximos” da Igreja. Esse troféu, de inflamado e rutilante estilo barroco, não podia ser concebido nem feito senão pelo imaginoso arquiteto e escultor Lourenço Bernini, que soube prodigalizar o seu gosto cenográfico à volta duma cadeira suspensa. O trabalho foi-lhe confiado pelo Papa Alexandre VII, em 1663, e custou ao artista quatro anos de canseiras. Tratava-se de encerrar, dentro duma cadeira oca de novas formas, a antiga cátedra, de madeira encastrada em marfim, na qual a tradição pretendia ter-se sentado o próprio S. Pedro. Segundo os eruditas, porém, esta cátedra foi oferecida ao Papa João VIII por Carlos, o Calvo, rei de França (843-877). Já não é pequena glória que tenha servido a muitos sucessores de S. Pedro na cerimónia de eleição e nas maiores solenidades. Simboliza, como dissemos, o magistério supremo dos Papas, magistério infalível. É isto recordado e venerado pela festa de hoje. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

BEATA ISABEL DE FRANÇA

Religiosa (1225-1270)

Isabel de Francia, Beata

Isabel de França, Beata

Irmã de Luis VIII

Irmã mais nova de S. Luís, nasceu em 1225 e faleceu em 1270. No domínio próprio e na piedade correspondeu precocemente à educação que lhe deu a rainha, sua mãe, Branca de Castela. S. Luís gostava de contar que, certa manhã, tendo o criado de quarto enrolado o colchão e a coberta da cama de Isabel, se ouviu uma voz sumida que vinha de dentro da trouxa; era a voz de sua irmãzinha, tão absorvida na oração que nem reparou que estava a ser empacotada! Pretendida para esposa do herdeiro do Império, respondeu ao papa Inocêncio IV, que apoiava esta proposta: Prefiro ocupar a última fileira das virgens do Senhor a ser a primeira imperatriz do mundo. Fundou a abadia de Longchamp, na margem direita do rio Sena. Seguiram aí a regra de Santa Clara, 60 religiosas, que em grande parte  vinham dos círculos da corte. Embora Urbano IV tivesse tido o cuidado de lhe suavizar a regra, a princesa estava em tal estado de fraqueza que não podia observá-la; limitou-se a viver dentro da clausura sem pronunciar votos. Aí passou os últimos 10 anos de existência, consertando por suas mãos a roupa dos pobres, sofrendo com paciência contrariedades sem número e vigiando maternalmente as suas filhas. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

• Diego Carvalho, Beato
Sacerdote e Mártir,

Diego Cavalho, Beato

Diego Carvalho, Beato

Martirológio Romano: Na cidade de Sendai, no Japão, beato Diego Carvalho, presbítero da Companhia de Jesús e mártir, que, depois de suportar injúrias, cárceres e caminhadas realizadas em pleno inverno, com fé intrépida confessou a Cristo, junto com seus companheiros, no suplicio de água gelada (1624). Data de beatificação: 7 de maio de 1867 pelo Papa Pío IX. Nasceu por volta do ano 1578 em Coimbra, Portugal, não se conhecendo dados fidedignos de sua vida anteriores a seu ingresso na ordem jesuíta em 14 de novembro de 1594. Estudava filosofia quando foi enviado para a missão no Oriente. Zarpou de Lisboa com outros 19 jesuítas. Após uns meses em Goa (Índia), seguramente acabando o segundo ano de filosofia, foi enviado, em 1601, a Macau, onde cursou o terceiro ano e os três de teologia. Logo foi mestre de latim e dedicou-se à pregação durante uns seis meses. Em 29 de Junho de 1609 chegou ao Japão, participou num curso de japonês durante dois anos, tempo em que também colaborou como missionário em Amakusa. Em 1612 foi transferido para a zona de Miyaco (Kyŏto), onde seguiu seu trabalho missionário até inícios de 1614 quando a perseguição de Tokugawa Ieyaso buscava a expulsão dos missionários e a erradicação do catolicismo do Japão. Atendeu em Nagasaki e seus arredores as comunidades cristãs até novembro, mês em que a maioria dos missionários foram expulsos para Macau e Manila. Em 6 de Janeiro de 1615 partiu de Macau com destino à Conchinchina (Vietname) e logo a Turan (hoje Da Nang) com o fim de começar uma missão entre os residentes e emigrados japoneses naquelas zonas. Para a festa da Ressurreição tinham já edificada uma capela e celebraram os primeiros batismos.  Em 1616 regressou a Macau, e logo passou de novo ao Japão, aonde ingressou disfarçado. Cuidou um ano dos cristãos perseguidos na região de Õmura e logo partiu a Dewa, Õshū e Iwashiro, percorrendo uma extensa parte da região setentrional da ilha maior, onde o único jesuíta, Girolomo De Angelis, era um missionário itinerante. Percorreu sem cessar essas regiões, tendo como centro de operações as comunidades cristãs em Akita (fundadas por ele) e Sendai. Visitou três vezes os cristãos desterrados em Tsugaru. Em 1620 passou à ilha de Exo (Hokkaidō) onde, em 5 de agosto, celebrou a primeira Missa na história dessa ilha. As cartas que ele enviava à Europa, descrevendo suas visitas aos nativos ainu, detalhavam tão bem a geografia que ajudaram a aperfeiçoar a cartografia do Oriente que se fazia no continente europeu. Ao menos desde 1623 foi o superior da missão no Japão setentrional. Elm8 de fevereiro de 1624 prenderam-no em Oroshie, não longe de Mizusawa; deviam levá-lo a Sendai, partiram em 10 e chegaram em 17, pese a que en condições normais esse caminho se fazia somente em três dias; em 18 sofreu por primeira vez o tormento: o submergiam nas geladas águas do rio Hirose,ao pé da fortaleza do daimyō Date Masamune. Este tormento o repetiram em 22, desde as 10 da manhã até quase ao meio dia, esta vez o sacaram do rio já morto. fonte: Diccionario Histórico de la Compañía de Jesús - Tomo I: AA – Costa Rica - Autor: Charles E. O’Neill - Universidad Pontifica Comillas – MADRID - ISBN 84-8468-037-1 - Se tiverem  informação relevante para a canonização do Beato Diego, escreva a: - Catholic Bishops’ Conference of Japan
2-10-10 Shiomi Koto-ku - Tokyo 135-8585, JAPÓN

Margarita de Cortona, Santa
Laica Franciscana

Margarita de Cortona, Santa

Margarita de Cortona, Santa

A mulher escandalosa que chegou a ser de muito bom exemplo.

Martirológio Romano: Em Cortona, da Toscana, santa Margarita, que profundamente comovida pela morte de seu amante, limpou os pecados de sua juventude com uma penitência saudável, pois recebida na Terceira Ordem de São Francisco, se entregou à contemplação de Deus e foi favorecida por especiais carismas (1297)Etimologicamente: Margarita = Aquela de beleza pouco comum, é de origem latina.Margarita nasceu em Itália em 1247. Filha de uma família de agricultores, os primeiros anos os passa alegremente junto a sua mãe que é muito piedosa e que lhe ensina a oferecer pela salvação e pela conversão dos pecadores tudo o que faz e o que reza. Mas aos 7 anos fica órfã de mãe, e então seu pai casa-se com uma mulher dominante e agressiva que se dedica a fazer a vida impossível à jovem Margarita, que começa aficar triste e desconfiada e a procurar fora do lar as alegrias que em sua casa não consegue achar. Aos 17 anos é já uma jovem muito formosa mas não pode encontrar carinho no seu lar. É então que se deixa enganar por un terra tenente, um rico agricultor que prometendo-le que se casará com ela, consegue obter que saia de sua casa e vá com ele. Ela a principio opõe resistência porque sabe que o que lhe oferece é la desonra e uma vida de pecado, mas os regalos esplêndidos e as promessas mentirosas daquele enganador convencem-na, e uma noite sai fugindo e vai com ele. Viajam aquela noite por um rio numa balsa. Chocam e a balsa se afunda. Ela corre gravíssimo perigo de se afogar, mas seu prometido logra salvá-la nadando agilmente. A jovem considera isto como uma chamada de Deus, mas naquela hora podem mais as promessas do pecado que os avisos de Deus, e segue com aquele homem. São oito anos de pecado, de luxos, de festas e prazeres, mas sua alma não é feliz. Deseja fortemente voltar aos tempos antigos quando ainda que não tivesse luxos nem festas, nem honras, sem embargo tinha a alma limpa de pecado e tranquila sua consciência. Tem um filho (que mais tarde será franciscano) mas na sua alma se trava cada dia uma violenta batalha entre seu desejo de viver em graça e amizade com Deus e os desejos passionais de sua natureza humana. A gente a vê atravessar praças e ruas, elegantíssima, em luxuosas cavalgaduras, mas não imaginam que sua alma agoniza de angústia. Para acalmar um pouco os remorsos de sua consciência dedica-se a repartir esmolas entre os pobres. A uma velhinha agradecida que lhe disse: "Graças senhora, Você. sim é boa pessoa". Lhe responde: ¡Por favor: não diga isso, que eu só sou uma miserável pecadora! A espaços retira-se às solidões do bosque a chorar. E ali exclama: "Oh Deus: que bom é poder falar-te, ainda que a alma se sinta tão débil e pecadora. Te repito as palavras do filho pródigo: Hei pecado contra o céu e contra Ti".  Pede a seu companheiro que contraiam matrimónio porque sua alma não pode viver tranquila nessa vida de ilegitimidade, mas ele responde-lhe que prefere viver em união livre ainda por muitos anos. Então ela roga a Deus que lhe proporcione alguma solução. E não se cansa de lhe pedir, com lágrimas, penitências e muita fé.  Uma manhã seu companheiro vai ao campo a visitar suas quintas. Pelo caminho uns sicários guerrilheiros o atacam, e o matam a punhaladas, e escondem seu cadáver entre o mato. O homem não volta essa tarde a casa,mas seu fiel cão chega no dia seguinte dando latidos muito lastimosos e puxa insistentemente as saias de Margarita como a dizer: "Por favor, siga-me". Ela o segue cheia de afã e de temor de que algo grave haja sucedido a seu companheiro. No bosque, junto a uma grande árvore há um montão de ramos e até ali a leva o cão fiel. Margarita move os ramos e encontra o cadáver de seu amante, destroçado com horrorosas feridas e começando a ficar  descomposto. Margarita sente naquele momento como um relâmpago a chamada do céu a voltar a viver em graça e em amizade com Deus. Estala em pranto pela tristeza de ver morto a aquele homem e pelos terríveis remorsos que atormentam sua própria consciência. Mas recorda que o Pai Celestial tem sempre abertos seus braços bondosos para receber a todos os filhos pródigos que querem voltar à sua divina amizade, e que Jesus Cristo nunca recusa as Magdalena que queiram arrepender-se e mudar de comportamento, e com todas as energias de sua alma se propõe dar-lhe uma volta total a sua vida. Bem sabe que enquanto vivamos nesta terra nunca é tarde para converter-se e conseguir-se salvar. Margarita não é mulher de meias tintas. Quando se decide por algo o faz com todas suas forças. Assim que o primeiro que faz ao voltar do funeral de seu amante é devolver aos familiares dele todas as quintas que o homem tinha. Vende logo as joias e os luxos, e o dinheiro obtido o reparte com os pobres e ela se dispõe a seguir vivendo em total pobreza. Vai com seu filhinho apara casa de seu pai, mas a madrasta não permite que seja recebida ali, pois a considera uma mulher escandalosa, e não crê no seu arrependimento. Então sentada sob uma árvore se põe a chorar e a pensar. Os inimigos da salvação lhe dizem: "És formosa, tens apenas 25 anos, lança-te à vida, que amantes não te vão a faltar". Entretanto reza e sente que o Espírito Santo a inspira esta ideia: ¿Porquê não ir para a cidade de Cortona onde estão os Padres Franciscanos que são tão amigos dos pobres, e pedir-lhes que me ajudem? E para essa cidade dirige seus passos. Ao chegar a Cortona, na entrada da cidade encontra-se com duas boas senhoras que se comovem ao vê-la em tão impressionante estado de pobreza e oferecem-se para a ajudar. Levam-na a sua casa; se encarregam da educação do menino e elas mesmas vão onde estão os Padres Franciscanos para a recomendar. Uma grande bênção para Margarita foi encontrar entre os Padres Franciscanos dois santos e sábios sacerdotes que souberam dar-lhe uma excelente direção espiritual. Por três anos largos tem ainda que lutar esta jovem contra as terríveis tentações de sua carne, mas estos prudentes diretores a ajudam muitíssimo animando-a quando está decaída e deprimida e guiando-a com prudência quando ela se quer deixar levar por desmedidos entusiasmos. Desejava fazer excessivas penitências, porque dizia que com as paixões de seu corpo nunca podia fazer as pazes e que tinha que dominar à força esse corpo que tanto lhe havia feito ofender a Deus. Mas os Padres Franciscanos a moderavam e insistiam em que para a sociedade pode ser mais útil um burro vivo que um cadáver. Margarita foi ao povo e aos campos onde havia dado maus exemplos vivendo em concubinato, e foi vestida de penitência e pedindo perdão aos vizinhos por todos os escândalos que lhes havia dado com sua vida pecaminosa de outros tempos.
Logo por inspiração de Deus deixou de pensar tanto em seus antigos pecados, e se dedicou mais a pensar no amor que Deus nos vem dando, e isto a fez crescer muito em santidade. Então começou a ter êxtases (se chamam êxtases a certos estados de contemplação e de meditação profunda cujo resultado é a suspensão temporal da atividade normal dos sentidos e certa união mística com Deus, acompanhada de visões sobrenaturais). Seus diretores, os dois Padres Franciscanos, foram escrevendo todos os dados que lograram saber e redigiram a vida da santa e muitas de suas visões. Foi admitida como Terceira Franciscana, ou seja como religiosa secular, que vivendo no mundo, dedica-se a levar uma vida de muita oração e de intenso apostolado. Com a ajuda de outras jovens terceiras franciscanas, e pedindo esmolas e ajudas de todos os lados, Margarita funda um hospital em Cortona e ali se dedica com suas companheiras a atender gratuitamente a muitos enfermos. Nosso Senhor começa a falar-lhe em visões, e assim esta santa chega a ser uma das precursoras da devoção ao Sagrado Coração. Recordemos algumas das mensagens que Jesús lhe deu: "Quero que tu conversão seja um exemplo para muitos pecadores, para que se sintam animados também a deixar a vida de pecado que têm levado, e a empreender desde agora em diante uma vida cheia de boas obras. Desejo que todos os pecadores de todos os séculos recordem que estou disposto a recebê-los com os braços abertos como o pai recebeu ao filho pródigo". Quando a assaltam as angústias ao pensar se Jesus Cristo lhe terá perdoado todas suas maldades, ouve a voz de Nosso Senhor que lhe diz: "Porque morri na cruz para te salvar, por isso te perdoo todas tuas culpas, sem deixar nenhuma que não fique perdoada". Outro dia lhe diz Nosso Senhor: "Glorifica-me, e Eu te glorificarei. Ama-me, ama-me e Eu te amarei. Dedica-te a buscar lo que mais te convenha para tua salvação". Em seus últimos anos Margarita recebeu de Deus o dom de obrar milagres. E se dedica a contínuas penitências. Jejua; dorme sobre o duro solo; passa horas e horas rezando. Atende com infinito cuidado a toda classe de enfermos, especialmente aos mais repugnantes. Ajuda as mulheres pobres que vão a ter filhos e que não têm quem as atenda. E sobretudo suporta com grande paciência a incrível quantidade de contos e calúnias que as gentes malvadas  inventam contra sua boa fama. Até os Padres Franciscanos deixam de a atender porque as más línguas dizem que é uma mulher indigna. Se retira a passar seus últimos dias num rancho miserável e abandonado, para fazer penitência de seus pecados. Morre em 22 de fevereiro de 1297, aos 50 anos. A metade da vida a passou em pecado e a outra metade fazendo penitência e boas obras. A última coisa que disse que ao morrer foi: "Meu Deus: eu te amo". O Papa Bento XIII, ao declará-la santa em 1728, disse que Margarita é a mulher que mais se pareceu com María Magdalena. Santa Margarita, convertida: pede a Deus, que nós também logremos converter-nos. Nosso sacrifício mais agradável para Deus será arrepender-mo-nos e converter-nos de nossos pecados
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• María de Jesús, Beata
Fundadora

María de Jesús, Beata

María de Jesús, Beata

Fundadora da Congregação
de Irmãs de María Reparadora

Martirológio Romano: Em Florença, da Toscana, beata María de Jesús (Emília) d’Outremont, que, nascida na Bélgica e mãe de quatro filhos, ao ficar viúva, sem descuidar seus deveres maternos fundou e regeu a Sociedade de Irmanas de María Reparadora, confiando no auxilio divino, e superando não poucas enfermidades, quando regressava a sua pátria terminou sua terrena peregrinação, descansando no Senhor (1878). A Beata María de Jesús (no século: Emília D´Oultremont D´ Hoogvorst) nasce em Wégimont, Bélgica, em 18 de Outubro de 1818. Dotada de uma rica personalidade, tem encanto e vontade. Seu pai é embaixador de Bélgica ante a Santa Sede, e Emília o acompanha em suas viagens através de Europa. Muito jovem, se sente atraída fortemente por Deus como o absoluto e descobre a pessoa e a espiritualidade de Ignácio de Loyola. Nela cresce o desejo da vida religiosa. Mas aos 18 anos, seguindo o costume da época, seus pais lhe falam de matrimónio. Depois de um tempo de vacilação, em 19 de Outubro de 1837, contrai matrimónio com Victor d’Hooghvorst. É um matrimónio concertado que se vai transformar num matrimónio de amor e que será benzido com o nascimento de quatro filhos, dois meninos e duas meninas. A vida de Emília se reparte entre sua família, o serviço aos pobres e seus compromissos sociais. Um dia em Roma, no meio de um grande baile, Deus se le revela como o Único. Isto faz brotar nela a resposta: “¡Mestre, Tu só em minha vida!”A partir deste momento, compreendi que entre Ele e eu existia uma união que ninguém poderia romper”. A felicidade de Emília e de Victor será de curta duração: Victor contrai uma grave enfermidade e morre prematuramente em 1847. Aos 29 anos, Emília se encontra viúva e com quatro filhos, entre os 2 e os 9 anos, que ela educa com amor. Mas o desejo de pertencer totalmente a Jesus se apodera mais e mais de seu coração. Nos quatro anos seguintes à morte de seu marido, falecem também seus pais. Neste momento decide pôr a seus filhos num colégio em França e ela com suas filhas faz as gestões necessárias para estabelecer-se em París; em 1854 sai definitivamente de Bélgica, distanciando-se assim de sua família. Mas antes de sua marcha, uma de suas tias a convida a seu castelo de Bauffe. Ali a esperava Deus. Em 8 de Dezembro de 1854, no preciso momento em que o Dogma da Imaculada Conceição se proclama em Roma, Emília se encontra em oração na capela de Bauffe. Ali vive uma forte experiência espiritual que vai iluminar e a transformar sua vida para sempre. Emília relata esta experiência como um encontro com María. Esta lhe confia o desejo secreto de seu coração maternal. María a chama a amar a Jesús e aos membros de seu Corpo, “com a delicadeza do amor que se encontra no coração de uma mãe” e ser assim “María para Jesús”. É um convite a colaborar na missão de redenção e de reparação de Cristo. Emília responde sem reserva: Prometi tudo a María”. Emília se sente impulsionada a uma vida de “reparação”, segundo uma corrente espiritual do século XIX e numa época muito sensível às profanações da Eucaristia; valoriza o peso da ternura de Deus pelo mundo e toma consciência da urgência de responder com o dom de sua vida. Para Emília, reparar é querer estar voltada para Cristo sem cessar, desejar servi-lo e dar-lhe a conhecer, aceitar segui-lo até sua paixão, vivendo a solidariedade efetiva com a humanidade que sofre a prova, oferecer gestos de comunhão e ser artífices da paz. “Ao lado de María e por meio de seu Coração, tudo em nossa vida será para Deus, sua glória e a Reparação".  Desde o principio, Emília, rodeada de jovens de distintas nacionalidades e ajudada por vários Jesuítas começa uma experiência de vida religiosa, fundou a Congregação das Irmãs de María Reparadora. A primeira comunidade oficial se abre em Estrasburgo em 1 de Maio de 1857. Emília toma o nome de “María de Jesús”. Paralelamente a esta fundação, continua ocupando-se do cuidado e da educação de seus filhos e filhas. Desde as origens, a unidade do grupo faz-se em torno da Eucaristia, vivida na sua dupla dimensão de adoração e anúncio da Palavra cuidando um equilíbrio entre oração e atividade apostólica. Morreu em olor de santidade no dia 22 de fevereiro do ano de 1878 em Florença, em Itália,  na idade de cinquenta e nove anos. Sua Santidade o pontífice João Paulo II aprovou a heroicidade de suas virtudes e a declarou "Venerável" no dia 23 de dezembro do ano de 1993, finalmente, aprovou o milagre atribuído por sua intercessão e a declarou beata em 12 de outubro  de 1997.

¡• Outros Santos e Beatos
Completando santoral deste dia

São Papías, bispo

Em Hierápolis, na Frigia, são Papías, bispo, de quem se diz que havia escutado ao ancião João, que foi companheiro de são Policarpo, e que comentou os discursos do Senhor (s. II)

São Pascásio, bispo

Em Vienne, na Gália Lugdunense, são Pascásio, bispo, célebre por sua erudição e a santidade de seus costumes (s. IV).

São Maximiano, bispo

Em Ravena, na província de Flaminia, são Maximiano, bispo, que cumpriu com fidelidade sua função episcopal e lutou contra os hereges da época em favor da unidade da Igreja (556).

  

20800 > Cattedra di San Pietro Apostolo  - Festa MR
92279 > Beato Diego Carvalho Gesuita, martire  MR
90519 > Beata Isabella di Francia Principessa  MR
93696 > Beato Maometto Abdalla Mercedario 
31450 > Santa Margherita da Cortona Religiosa  MR
92541 > Beata Maria di Gesù (Emilia d’Oultremont d’Hooghvorst) Fondatrice  MR
42430 > San Massimiano di Ravenna Vescovo  MR
94728 > Santi Nove Fratelli di Kola Mariri georgiani(Chiese Orientali)
42450 > San Papia di Gerapoli Vescovo  MR
42420 > San Pascasio di Vienne Vescovo  MR

http://.es.catholic.net/santoral; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português

 por António Fonseca

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