terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nº 39 - 8 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

Nº 1271

SÃO JERÓNIMO EMILIANO

Confessor (1481-1537)

Jerónimo Emiliani, Santo

Jerónimo Emiliano, Santo

Padroeiro dos órfãos e da juventude abandonada
Fevereiro 8

No século XVI, quando era tão grande o perigo de os cristãos se paganizarem devido ao falso Renascimento, Deus interveio diretamente e multiplicou os Santos e profetas, que falaram sobretudo com a linguagem do amor e da caridade. S. Camilo e S. Caetano levantam hospitais; S. José de Calasanz abre escolas para pobres; Santo Inácio abre colégios, universidades e uma casa de refúgio; S. Jerónimo Emiliano multiplica toda a espécie de beneficência, especialmente os asilos para órfãos. A vida deste pai dos órfãos é metade sombra e metade luz. Vive cerca de 30 anos nas sombras da paixão. Nasce no palácio dos Emiliani de Veneza, no ano de 1481, e passa a juventude entre a ambição e o prazer do aristocrata do Renascimento, amigo de festas, jogador e duelista. Serve Veneza como governador e como militar. Aos 15 anos é soldado e aos 25 senador. A desgraça abre.-lhe, como a tantos outros, os olhos da alma e, na noite do abandono e da humilhação, levanta-os para o céu. Na guerra de Veneza com Luis XII, Jerónimo intervém muito ativamente. Tinha 28 anos. Sitiado na praça de Castelnuovo, resiste como herói. O governador abandona a praça aproveitando a noite e Emiliano coloca-se à frente da guarnição, até que a fortaleza se transforma num montão de ruínas. O resultado foi ser preso e metido no calaboiço. Neste as trevas dão-lhe luz e começa a meditar pela primeira vez no assunto transcendente da alma. Uma tarde aparece ele inesperadamente em Trevino com as cadeias e as chaves da prisão a fim de colocá-las no altar da Mãe de Deus. Diz-se que a Virgem Maria lhe apareceu na masmorra, quebrou as cadeias e lhe abriu a porta. Regressa a Veneza, mas não já como aristocrata e senador; é mendigo voluntário, é apóstolo, é pai de todos os necessitados. Recebe o sacerdócio em 1518 e dedica-se por completo a todas as obras de caridade. A peste e a fome de 1528 oferecem-lhe campo fecundo de misérias e males para remediar. Funda hospitais, hospícios e casa de refúgio. Corre e multiplica-se com o alforge ao ombro, mendiga o pão, senta-se para comê-lo ao lado duma fonte,e convida todos os mendigos. Sempre alegre, parece o retrato da caridade. Quando exalta as alegrias da pobreza, o seu rosto ilumina-se e as palavras parecem chamas. Vai de igreja em igreja e de hospital em hospital; visita as casas e os antros dos pobres, para deixar a esmola, a resignação e o conforto da fé. Volta sempre ao seu lugar, acompanhado por todos os pequeninos que não têm pai nem mãe. Cada dia parece que há mais órgãos e Jerónimo converte-se em pai e mestre de todos. Em Somasca estabelece a casa central da Ordem dos Clérigos Regulares, por isso chamados de Somasca. Jerónimo falece em 8 de fevereiro de 1537, e conta-se que S. Carlos Borromeu, fazendo bastantes anos depois a visita pastoral em Somasca, deu conta da presença do corpo do Santo pelo odor que exalava o seu túmulo. Pediu um  turibulo, aproximou-se do sepulcro e incensou-o. Eram os princípios da veneração, que viria a decretar Clemente XIII em 1767. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATA JACOBA ou JAQUELINA

Viúva (1239)

Jacoba de Settesoli constituiu, com Santa Clara, o par de senhoras mais estimadas por S. Francisco. Este conheceu Jacoba provavelmente em 1212. Tinha ela então cerca de vinte e dois anos, e pertencia à primeira nobreza romana. Tendo enviuvado de Graciano Frangipani, teria sem dúvida abraçado a vida religiosa se a educação dos dois filhos e a necessidade de lhes assegurar o património não a tivessem impedido. Limitou-se assim a entrar para a ordem terceira. era mulher forte e que bem mereceu, pela sua energia viril, o nome de «Frei Jacoba”, com que S. Francisco a fez passar à posteridade. Durante as visitas à cidade eterna, o Poverello era muitas vezes seu hóspede e comia em casa dela um doce excelente chamado “mortairol”, feito de açúcar, amêndoas e outros ingredientes pisados num almofariz. Em reconhecimento das suas atenções afetuosas, o Santo presentou-a com um cordeiro que, no dizer de S. Boaventura, “parecia ter sido educado por ele para a vida espiritual». Seguia a dona até à igreja, ficava parado enquanto ela rezava e voltava na sua companhia para casa. Se, de manhã, Jacoba tardava em acordar, o cordeiro vinha dar-lhe turras com a cabeça e balava aos seus ouvidos, para a obrigar a ir às suas devoções. Alguns dias antes de deixar o mundo, o Poverello mandou dizer a Jacoba o seguinte: «Põe-te imediatamente a caminho, se me queres tornar a ver. traz contigo o que for necessário para o meu enterro e algumas daquelas boas coisas que me davas a comer quando eu estava doente em Roma». Jacoba partiu logo, levando consigo o que era necessário para sepultar o Poverello; um véu para lhe cobrir o rosto, a almofada onde a cabeça repousaria no caixão, o lençol de crina que deveria envolver o corpo, e toda a cera necessária para a velada e o funeral. Também lhe levou os doces de amêndoa que ele desejava, mas que mal conseguiu provar. Além de muitos outros desgostos, Jacoba teve o de sobreviver a todos os que amava; aos dois filhos e a todos os netos. Passou os últimos anos em Assis, a fim de estar perto dos que tinham conhecido S. Francisco. Foi sepultada perto dele, na grande basílica da Úmbria e sobre o seu túmulo puseram a seguinte inscrição: HIC REQUIESCIT JACOBA SANCTA NOBILISQUE ROMANA (aqui descansa Jacoba santa e nobre romana). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

SANTA JOSEFINA MARGARIDA FORTUNATA BAKHITA

Religiosa (1947)

Josefina Bakhita, Santa

Josefina Bakhita, Santa

Dificilmente se encontrará na hagiografia da Igreja caso semelhante ao de Josefina Bakhita, que veio ao mundo em terras do Sudão (África) por volta de 1870, de pais pagãos. Desconhece-se o seu nome de origem, pois o trauma causado pelos espantosos sofrimentos da infância e adolescência levaram-na a esquecer o próprio nome. Foram os seus raptores que – por ironia da história – a apelidaram de Bakhita, que quer dizer afortunada. Apesar de ser de família rica, logo de pequena começou a sofrer ao presenciar o rapto duma irmã mais velha. Dois anos depois, quando contava cerca de nove primaveras, também ela teve a mesma desgraça. Submetida a terríveis sevicias, caminhou com muitos outros prisioneiros durante dias seguidos. Numa noite conseguiu fugir com uma companheira, mas terminou por cair nas unhas de outros negreiros, que a venderam a um oficial turco. Este entregou-a ao tirânico poder da esposa, mulher sem sentimentos, que mais parecia uma fera selvagem. É impossível descrever quanto a criança sofreu nas mãos daquela sádica criatura. Basta dizer que a sujeitou ao tormento espantoso da tatuagem, abrindo-lhe feridas no corpo e cobrindo-as com sal. Deus, porém, protegeu aquela vítima inocente, dispondo as coisas de tal forma que em 1884 fosse comprada pelo cônsul italiano em Cartum. Ele depois levou-a para o seu país e deu-a de presente a um amigo, que tinha em casa um administrador muito piedoso e empenhado na difusão da fé católica. este tratou logo de ensinar os rudimentos da doutrina cristã à empregada negra, que não tinha religião nenhuma, mas possuía uma alma bem disposta. Com efeito, quando ainda era escrava, ao contemplar o céu estrelado, exclamava: “Que patrão tão poderoso, que acende tantas luzes”. Em Veneza foi admitida no Pio Instituto dos Catecúmenos, dirigido pelas Irmãs Canossianas. Em 1889 ela pediu para ficar com as religiosas e que a não forçassem a voltar para casa da família que a havia recebido e agora exigia o seu regresso para a levar consigo para África. Felizmente, as Irmãs conseguiram por meio dum Cardeal que o Governo italiano declarasse a escrava  livre, com direito a escolher o seu futuro. Estando bem instruída nas verdades da fé, no dia 9 de Janeiro de 1890 foi batizada com o nome de Josefina Margarida Fortunata Bakhita. Nesse mesmo dia recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão.

Josefina Bakhita, Santa

Josefina Bakhita, Santa

 

Podemos imaginar os sentimentos de júbilo que inundaram a alma pura daquela jovem sudanesa, que de escrava passou a filha de Deus. Estes sentimentos vão renovar-se sete anos mais tarde, a 8 de Dezembro de 1896, quando – depois de haver ingressado no noviciado das Irmãs Canossianas – pronunciou os votos de pobreza, castidade e obediência. Agora era não só filha de Deus, mas também esposa do Cordeiro Imaculado. Em toda a sua vida, Josefina Bakhita foi profundamente humilde, virtude que a acompanhou até à morte. A par da humildade, sobressaiu na obediência e no amor a Deus e ao próximo, desempenhando com alegria todos os ofícios que as Superioras lhe confiaram; cozinheira, porteira, sacristã e enfermeira. O que mais lhe custou foi ter de percorrer as diversas casas do Instituto numa promoção em favor das missões. Sujeitou-se, no entanto, sem palavra de queixa. Em 1945 celebrou com alegria os 50 anos de vida consagrada. Os tormentos que padecera na infância deixaram-ma marcada para o resto da vida. Com o andar dos anos foram-se acentuando os seus efeitos negativos.

Josefina Bakhita, Santa

Josefina Bakhita, Santa

 

No Inverno de 1947 foi atacada por uma pneumonia dupla. Sentindo que a morte se aproximava, pediu o sacramento da santa Unção que recebeu com sinais de grande fervor. No dia 8 de Fevereiro desse ano, partiu para os braços do Pai. Deus. que glorifica os humildes, glorificou a antiga escrava sudanesa com as honras da beatificação – a que assistiram, centenas de milhares de pessoas, provenientes de 60 países dos vários continentes – no dia 17 de Maio de 1992. Foi canonizada a 1 de Outubro de 2000. AAS 71 (1979) 460-4; I. ZANOLINI, Bakhita, Roma, 1961. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Eugénia, Santa
Fundadora

Era uma oração de confiança. Esta disposição ia crescendo nela cada vez mais e com maior intensidade. Centrou seu mundo interior na Eucaristia, a única que dá asas para voar pelo firmamento da santidade. Entregou-se a viver a caridade tão acima, que inclusive chegava até a preocupar-se pelas almas do purgatório.  Via tudo sob o prisma da comunhão dos santos. E pensando em tudo isto, fundou uma associação de 6.000 mulheres que buscaram e viram esta comunhão. Para dar-se conta de que não eram sonhos seus, foi a Ars, onde estava o cura João Bautista Vianney. Fez-lhe consulta sobre seu projeto divino.  E o santo Cura de Ars, mundialmente conhecido, lhe respondeu que como era coisa de Deus, seguisse adiante. Outra das missões destas Irmãs é a educação das crianças, sobretudo no tema da catequese e as missões.
Nasceu em Lille em 1825 e morreu em 1856
. ¡Felicidades a quem leve este nome!

93851 > Beati Alfonso de Riera, Francesco de Aretto, Dionisio Rugger e Francesco Donsu Mercedari 
40020 >
San Giacuto Monaco  MR
26050 >
San Girolamo Emiliani (Miani)  - Memoria Facoltativa MR
40025 >
Santa Giuseppina Bakhita Vergine  - Memoria Facoltativa MR
40050 >
Beata Giuseppina Gabriella Bonino MR
40100 >
Sant' Invenzio (Evenzio) Vescovo di Pavia MR
91090 >
San Laureato Martire
40010 >
Santi Martiri Costantinopolitani  MR
91437 >
Beato Matteo Gallo (de Gimmarra) Vescovo di Agrigento 
40040 >
San Nicezio (o Niceto) di Besancon Vescovo  MR
40030 >
Sant' Onorato di Milano Vescovo  MR
40060 >
San Paolo di Verdun Vescovo  MR
40080 >
Beato Pietro Igneo Monaco  MR
92863 >
Santa Quinta (Cointa) d’Alessandria Martire  MR
40000 >
Santo Stefano di Grandmont o di Muret Eremita  MR

http://es.catholic.net/santoral; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por

António Fonseca

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