segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nº 38 - 7 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1270

AS CINCO CHAGAS DO SENHOR

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na Cruz e manifestou aos Apóstolos depois da Ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade.

São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e a instituições. Os Lusíadas sintetizam (1,7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo.

Assim, os Papas, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal esta festa particular, que ultimamente veio a ser fixada no dia 7 de fevereiro.

De: http://catholicum.wikia.com

21500

Imagem de www.santiebeati.it

“Encomendada a Mãe Santíssima, não faltava por se cumprir em Cristo mais que a última profecia. Como todo o Sangue do Corpo se tinha esvaído pelos açoites, pela coroa e pelas chagas dos cravos, era extraordinária a sede que o Senhor padecia,  de que estava estalando; mas não por alivio dela, que bem sabia que Lho não havia de dar a impiedade de seus inimigos, mas para dar cumprimento à Profecia, disse: «Tenho sede». Acudiram logo com uma esponja molhada em fel e vinagre, aplicaram-na à boca do Senhor, o qual tanto que gostou, disse: «já tudo está acabado e consumado». Faltava só o fel e o vinagre para complemento dos tormentos da Paixão do Senhor; porque todos os outros membros, todas as outras potências e sentidos tinham, padecido seu tormento particular, só sentido do gosto não. A cabeça estava atormentada com a coroa; as mãos e os pés com os cravos; os membros com a Cruz; as costas com os açoites; (…) a pele estava esfolada; as veias rasgadas; os nervos estirados; (…) o Sangue derramado… A Vida tinha padecido os tormentos na honra com as afrontas; (…) a memória padecia na lembrança dos pecados (dos homens); o entendimento na consideração das tiranias presentes; a vontade na dor das ingratidões futuras. Os olhos tinham padecido na vista da desconsolada Mãe; os ouvidos nas invejas e blasfémias; o olfacto no cheiro dos horrores e corrupção do calvário; o tacto nas penas de todo o Corpo; só faltava tormento particular para o gosto, que foi o fel e o vinagre, e neste se consumaram todos os tormentos. Tendo o Senhor assim consumado todas as ações e obrigações de Redentor, recolheu-Se o Senhor Consigo e com Deus no silêncio do seu espírito, esperando que acabasse de chegar a morte, e dando este exemplo para nos ensinar a morrer.

Cristãos: Quereis morrer cristãmente? – Acabai antes de morrer… Primeiro disse o Senhor: Já se acabou tudo; e então esperou pela morte. (…) O que havemos de fazer na enfermidade e na morte, façamo-lo na saúde e na vida. Examinemos muito de propósito nossa consciência; façamos uma confissão muito bem feita, como quem se confessa para dar contas a Deus; componhamos nossas coisas; digamos: Tudo está acabado, e então esperemos pela morte, como Cristo fez. Passado algum espaço neste profundo silêncio, levantou o Senhor a voz e os olhos ao Céu, dizendo: Pai, em vossas mãos encomendo o meu Espírito. E inclinando a cabeça, expirou (…)

Perguntam os santos porque inclinou o Senhor a cabeça? E respondem alguns contemplativos quer foi para o Senhor nos dar um Sim universal para todas (as) nossas petições. Pedis a um Cristo Crucificado vos perdoe vossos pecados? Sim. Pedis a um Cristo Crucificado que vos livre das tentações do Demónio? - Sim. Pedis a um Cristo Crucificado que vos acuda em todas (as) vossas necessidades ainda temporais? Sim. É possível, Senhor, que ainda que ajudei aos que Vos crucificaram, me fazeis participante do preço desse sangue?Sim… É possível, Senhor, que ainda que Vos tenha ofendido tanto em minha vida, me recebereis nesses braços que tendes abertos?Sim. É possível, Senhor, que ainda que eu seja tão infiel e tão ingrato, abrireis esse  Coração para me meter nele?Sim… Oh bendito seja tal Coração, benditos sejam tais braços, bendito seja tal Sangue, bendita seja tal  Misericórdia!” (…) Estrela

Estrela Os Lusíadas (1, 7), afirmam ser Portugal mais devoto de Cristo que os outros países do Ocidente europeu, como se deduz de lhe terem sido dadas como escudos as chagas ou quinas:

Vede-o no vosso escudo, que presente

Vos amostra a vitória já passada,

Na qual vos deu por armas e deixou

As que Ele para Si na Cruz tomou.

Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATO JOÃO MARIA MASTAI FERRETTI

PIO IX  - CCLV Papa (1792-1878)

Pio IX, Beato

Pio IX, Beato

O Beato João Maria, nasceu a 13 de Maio de 1792, em Senigallia, perto de Ancona. Ordenado sacerdote em 1819, é nomeado arcebispo de Spoleto, apenas com 35 anos de idade, e em 1840 recebe o barrete cardinalício. A 16 de Junho de 1846, é eleito Papa, quando contava somente 54 anos de idade. Como Vigário de Cristo, teve que governar a Igreja em momentos históricos particularmente difíceis, dos quais nascerá a nação italiana. Com uma alocução, em Abril de 1848, condenando a guerra contra a Áustria, começou a longa via sacra da sua vida. Logo neste ano, teve que abandonar a cidade de Roma e refugiar-se no porto de Gaeta, onde permanecerá até 1850, quando as tropas hispano-francesas conseguiram romper a defesa militar de Roma, montada por Garibaldi. O seu pontificado foi assinalado por algumas grandes etapas. A 8 de Dezembro de 1854, foi definido o dogma da Imaculada Conceição, facto importante no caminho da doutrina e devoção mariana; a 1 de Julho de 1861, aparece o primeiro número de L’Osservatore Romano; a 8 de dezembro de 1864, é publicada a Encíclica Quanta Cura e o Syllabus, sendo este último um dos documentos mais debatidos do seu pontificado; a 8 de Dezembro de 1869, deu início ao Concílio Vaticano I que estabeleceu a infalibilidade do magistério do Romano Pontífice, nas definições “ex cathedra”. Com a tomada de Roma, a 20 de Setembro de 1850, fecha-se um período da história de Pio IX; desaparecer os Estados Pontifícios, e assiste-se ao fim inexorável de uma época fortemente marcada pela ação do papa, no âmbito civil e eclesial. O Romano Pontifice opta pelo sue encerramento voluntário no Vaticano, depois de ter suspendido “sine die” o Concílio. Morre a 7 de fevereiro de 1878, depois de 32 anos de pontificado, o mais longo da história da Igreja. Foi beatificado por João Paulo II, a 3 de setembro de 2000. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

SANTA COLETA

Religiosa (1381-1447)

Esta grande reformadora franciscana nasceu em Córbia, diocese de Amiens, França, em 13 de Janeiro de 1381. Seus pais, quase sexagenários, puseram-lhe o nome de Nicoleta, em sinal de reconhecimento a S. Nicolau pelo nascimento dela. O pai era artista abastado e virtuoso; a mãe confessava-se todas as semanas. Morreram com pouco intervalo um do outro, deixando a filha, com a idade de dezoito anos, ao cuidado do abade do convento beneditino de Córbia. Este quis que ela se casasse; Coleta recusou-se e distribuiu os bens pelos pobres. O tutor permitiu-lhe afinal entrar para a beguinaria de Amiens, mas ela só lá esteve um  ano, por achar muito suava a disciplina lá vigente. A seguir entrou para o hospício das beneditinas de Córbia, do qual também saiu. Fez-se depois Clarissa no convento de Moncel, mas a regra de Urbano IV, que lá seguiam, pareceu-lhe muito pouco severa e por isso deixou esse convento. Fez-se então terceira de S. Francisco e o seu tutor autorizou-a a pronunciar o voto de reclusão. No dia 17 de Setembro de 1402, festa dos Estigmas de S. Francisco, emparedaram-na entre dois contrafortes de Nossa Senhora de Córbia, pequeníssima cela que recebia a luz através duma grade de ferro que dava para a Igreja. Lá viveu durante três anos. Depois,  por ordem de S, Francisco e Santa Clara, que lhe apareceram, empreendeu a reforma da Ordem Franciscana. Estava-se em pleno cisma do Ocidente, durante o qual houve 3 papas ao mesmo tempo; um em Roma, outro em Avinhão e o terceiro em Pisa. A França, como a Espanha e a Escócia, pertencia à obediência de Avinhão. Coleta dirigiu-se a Nice, a fim de se encontrar com Pedro de Luna, que tomara o nome de Bento XIII (mais tarde deposto e depois reeleito). Este impôs-lhe o véu e o cordão seráfico e nomeou-a Superiora Geral de todos os conventos de Clarissas que viesse a fundar ou reformar. A reforma Coletina, que ainda hoje perdura, estendeu-se rapidamente em França, Espanha, Flandres e Saboia. Abrangeu mesmo parte da ordem dos frades menores. Coleta viajou muito, operou numerosos milagres, suportou sofrimentos de toda a espécie e trabalhou denodadamente com S. Vicente Ferrer na extinção do cisma. Morreu em Gand, Bélgica no dia 6 de Março de 1447. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

SÃO RICARDO, rei de Inglaterra

(722)

O príncipe inglês deste nome, um dos monarcas mais ilustres da Grã-Bretanha, foi, durante o seu reinado, perfeito modelo de virtude. A Justiça era a norma das suas disposições; e mostrava-se tal o seu talento que tinha faculdade especial para aplacar todas as discórdias e harmonizar os interesses mais opostos. No curto tempo do seu reinado fez gozar sempre aos seus súbditos a mais doce tranquilidade. Os seus três filhos Winebaldo, Wilibaldo e Walberga, são honrados como santos. Depois dum breve e ditoso reinado, S. Ricardo abdicou da coroa e distribuiu grandes esmolas com o intuito de ir a Jerusalém e a Roma. O seu pensamento era terminar os dias da vida num mosteiro, porém o Senhor, que tinha outros desígnios, dispôs que ele falecesse em Lucca, Itália. Tendo embarcado em Amblehaven, com os filhos Winebaldo e Wilibaldo, aportou às costas da Nêustria, donde se dirigiu a Ruão. Depois de se demorar bastante tempo nesta cidade, continuou a viagem, dando por toda a parte as maiores provas de piedade. Não lhe foi possível chegar a Roma, Ao passar pela cidade de Lucca, morreu subitamente pelo ano de 722, sendo sepultado na igreja de S. Fridiano. Foram infrutuosas as diligências que se fizeram para obter o precioso depósito, pois os habitantes de Lucca não quiseram renunciar a tão rica herança, mercê da qual o Senhor operava muitos milagres, em atenção às virtudes com que em vida floresceu o ilustre monarca S. Ricardo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

Teodoro de Heraclea, Mártir
Mártir

Teodoro de Heraclea, Mártir

Teodoro de Heraclea, Mártir

Um dos mártires orientais provenientes do mundo da milícia. Foi capitão de soldados. Fez honra a seu nome -Teodoro é Adorador de Deus- com o testemunho de seu sangue derramado. Exerce o mando em tempos do imperador Licínio. Morreu mártir, em Heraclea, no ano 319, defendendo a fé e sabendo antepor a sua lealdade de soldado a preeminência de obedecer a Deus.  O resto é outro cantar. Muitos consideram os relatos como produto da fábula que se faz em torno a sua pessoa e a sua entrega; pode ser que tenham razão. Sendo sinceros, também nós encontramos dificuldades para aceitar o relato tal qual no-lo entrega o tempo sem o passar pelo crivo da história que o purifique. Muito provavelmente há elementos de relato bordados no tear da lenda. Porque dizem que passava sua valente vida livrando as terras de alimárias, monstros e dragões. E onde se ressalta sua condição de homem de fé é numa das caminhadas que fazia o imperador visitando o império, revistando suas forças militares e comprovando o estado das posições. Nesta ocasião, leva consigo todas as imagens idiolátricas dos deuses romanos. São ricas e minuciosamente trabalhadas pelos artistas palatinos. Quer doá-las a suas tropas para que lhe sirvam de proteção nas campanhas.  O capitão Teodoro faz as honras do recebimento. Logo, de modo ingénuo e serviçal, pede permissão ao imperador para que as estátuas dos deuses pagãos sejam depositadas nas dependências de sua casa com o pretexto de as custodiar e as perfumar. Assim - assegura em tom de pilhéria - estarão mais vistosas à hora de ser apresentadas ao grande público. E o mais que lhe ocorre é resolver destruir as imagens dos deuses falsos, obter o ouro que as recobre e posteriormente doá-lo aos pobres para que remedeiem suas misérias. ¡Claro que com sua atuação alegre e decidida dá um testemunho de onde tem postos seus valores e de em quem tem depositada sua fé! Mas valeu-lhe o martírio por degolação precedido de incontáveis tormentos que já estão previstos nos relatos das atas martiriais tardias. Assim, fala-se de suas muitas feridas saradas por anjos e de conversões multitudinárias de testemunhas presenciais ao comprovar sua firmeza até ao último momento de sua morte.  No céu nos encontraremos com Teodoro, o capitão de Heraclea e, se crê oportuno, nos contará a verdade do que passou. Não deixa por isso de animar nossa existência conhecer lo que os ancestrais disseram deste intrépido santo soldado pícaro, querendo personificar nele que a fé não está renhida com o sentido prático e que a valentia profissional deve acompanhar a fortaleza que dá a entrega a Deus.

Tobias, São
  Biografia – Antigo Testamento

Tobias, San

Tobias, São

Etimologicamente significa “Deus é bom”. Vem da língua hebraica. Situa-te no ano 700 antes de Cristo. E em continuação lê o livro de Tobias na Bíblia. É curto e agradável.
Este homem gozava cumprindo com seu dever religioso, apesar de que seus pais e familiares adorassem o bezerro de ouro ou a ídolos falsos. Sim seus familiares gostavam de ir às festas sagradas para os judeus na cidade santa de Jerusalém, e ele não perdia nenhuma.  A mulher sempre ajuda muito quando se compartilha tudo, inclusive o tema da fé.  A invasão de Israel por parte do rei de Nínive, fez que muitos judeus fossem desterrados. Tobias, que tinha muito boas qualidades, chegou a ocupar um bom posto na administração do governo.  E como os vaivéns da política são como são, ao entrar um novo rei em Nínive, chamado Senaquerib, atacou aos israelitas, e Tobias foi destituído do cargo que ocupava com o rei anterior. Tão mau era este monarca que não permitiu que enterrassem aos israelitas. Queria ver o festim que faziam os corvos com seus corpos. Tobias, expondo-se à morte, os enterrava de noite. E para cúmulo, ao ficar adormecido em casa, umas andorinhas soltaram seu excremento em seus olhos e ficou cego. Foi então sua mulher que saiu de casa para trabalhar como  fiandeira. Tobias ficou cego durante quatro anos. A economia de casa não ia bem. Recordou-se de que um amigo lhe devia dinheiro. Mandou-lhe seu filho Tobias que fosse pedi-lo com estas palavras: "Vai à praça e busque um bom homem que o queira acompanhar durante a longa e perigosa viagem, e diga-lhe que lhe pagaremos o soldo devido durante todo o tempo que dure a viagem". Foi são Rafael o companheiro, disfarçado de homem, o que o acompanhou. Ao chegar a casa que buscavam, Tobias enamorou-se da jovem Sara. Recebeu o dinheiro que lhe correspondia, a boda se celebrou tal e como era costume naquele tempo, e desde então toda a família gozou de muita paz, e o anjo Rafael desapareceu de sua vista.
¡Felicidades aos Tobias!

 

• Lucas o Jovem, Santo
Eremita

Etimologicamente significa “ luminoso”. Vem do grego e latim. Este maravilhoso trabalhador – como se conhece na igreja grega, o taumaturgo – morreu no ano 946. Seus pais eram campesinos na ilha Aegina, mas tiveram que sair dela por causa da invasão dos Sarracenos. Mas Deus sempre ajuda a quem põe sua confiança em suas mãos. Lograram, com muitos esforços, situar-se em Tessaly. Não tinham muitos meios económicos, mas ao menos intentaram dar uma boa educação a seus sete filhos. Lucas era piedoso mas não podia dominar seu mau génio. Foi vendo a cara dos mais pobres que ele, e assim conseguiu ir perdendo pouco a pouco seu mau temperamento. Deus bendizia a esta família com boas colheitas no campo. Lucas trabalhava muito e, sem embargo, não deixava nenhum dia de fazer suas orações a Cristo. Mas ele, à medida que passava o tempo, buscava sua vocação verdadeira. Numa ocasião sua mãe Eufrosina deu hospitalidade a dois monges que iam para Terra Santa.  Já na conversação, lhe disseram que permitisse a seu filho que fosse com eles. A mãe, muito generosa e respeitando ao filho, deixou-o partir.  E falando cada dia com eles pelo caminho, lhe entrou a vocação de se fazer monge como eles.  O abade do mosteiro que lhe deu as boas vindas e sua entrada para seguir seus caminhos, lhe disse que sua mãe o necessitava. Sem embargo, a mãe se deu conta de que seu filho devia fazer sua vida e não a sua. E aos quatro meses lhe permitiu que fosse ao mosteiro. Aos 18 anos construiu uma eremita num monte perto de Corinto e viveu feliz todo o resto de sua vida. Tinha êxtases na oração e levitava. À sua morte lhe levantaram duas capelas. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• Nivardo e Irmãos
Monge do século XII

Nivardo y Hermanos

Nivardo e Irmãos

Etimologicamente significa “relativo à neve” ou “Nirvana” (Tenerife). Vem da língua latina. Toda comunhão está minada na base pela desconfiança e o receio, o lacerante receio que pode chegar a tomar formas sedutoras. A confiança é essencial para evitar rupturas humanas e inclusive guerras..  A família de são Bernardo de Claraval viveu a unidade completa. Seus pais sonhavam com grandes glórias para seus filhos, e eles, sem embargo, ansiavam a santidade como ideal de suas vidas. Os pais os educaram a que vissem tudo sob o prisma da fé. Assim lhes foi relativamente fácil lograr o que se propunham. Nivardo era o último de seus filhos, seis no total. Aos 13 anos ia de vez em quando à abadia ver a seu irmão Bernardo.Todos lhe diziam que ficasse em casa para que a herança passasse inteiramente para ele. Ele, com inveja, dizia-lhes: Vós haveis escolhido o céu e a mim me deixais a terra. Disse-lhes que não. Ele preferia ficar na abadia com eles para estar mais unido a Deus e parecer-se mais a Jesus de Nazaré.
Se conta que Dona Sancha de Castela queria fundar em seu reino  outro mosteiro. E levada pela fama de são Bernardo, rogou-lhe que lhe enviasse monges. Bernardo, ao ver que seu irmão Nivardo ardia em desejos de ser monge, enviou-o como abade do novo mosteiro da Santa Espina. Tudo para ele foi de maravilha. Mas quando viu que seus anos tocavam ao seu fim, voltou para Claraval. Todo o mundo sentiu em Espanha sua ida para França. Foi um monge do século XII. Se alguma vez tiveres tempo, te recomendo que leias o livro “A família que alcançou a Cristo
”. ¡Felicidades a quem leve este nome!

Rosália Rendu, Beata
Virgem

Rosalía Rendu, Beata

Rosália Rendu, Beata

Filha da Caridade

Martirológio Romano: Na cidade de París, em França, beata Rosália (Juana María) Rendu, virgem das Filhas da Caridade, que trabalhou incansavelmente numa vivenda dos subúrbios mais pobres da cidade, disposta como refúgio para necessitados, visitando em suas casas os pobres. Em tempo de lutas civis trabalhou a favor da paz e convenceu a muitos jovens e a ricos para que se dedicassem a obras de caridade (1856). Etimologicamente: Rosália = Coroa de rosas, é de origem latino. Jeanne Marie se preocupa muito por corresponder bem às exigências de sua nova vida. Sua saúde se ressente tanto pela tensão de seu espírito como pela falta de exercício físico. Seguindo o conselho do médico e de seu padrinho, senhor Emery, enviam a Jeanne Marie a casa das Filhas da Caridade do bairro Mouffetard, para dedicar-se ao serviço dos pobres. Ali permanecerá 54 anos. A sede de ação, de entrega, de serviço, que abrasava Jeanne Marie não podia encontrar um terreno mais propício para ser saciada que este bairro parisiense. E, naquela época, o bairro mais miserável da capital em plena expansão: pobreza em todas as suas formas, miséria psicológica e espiritual, enfermidades, tugúrios insalubres, necessidades... são o lote quotidiano de seus habitantes que lutam por sobreviver. Jeanne Marie, que recebeu o nome de Soror Rosália, fez ali “sua aprendizagem” acompanhando as Irmãs na visita aos enfermos e aos pobres. Ao mesmo tempo ensina o catecismo e a leitura às meninas que acolhiam na escola gratuita. Em 1807, Sor Rosália, com emoção e com uma profunda alegria, rodeada das Irmãs de sua comunidade, se compromete por meio dos votos ao serviço de Deus e dos pobres. Em 1815, Soror Rosália é nomeada Superiora da comunidade da rua dos “Francs Bourgeois”, que será transferida dois anos mais tarde para a rua de “L´Epée de Bóis” por razões de espaço e de comodidade. Então vão poder revelar-se todas suas qualidades de abnegação, de autoridade natural, de humildade, de compaixão, sua capacidade de organização, etc. Seus pobres, como os chama, são cada vez mais numerosos nesta época turbulenta. Os estragos de um liberalismo económico triunfante acentuam a miséria dos marginais. Sor Rosália envia a suas Irmãs a todos os rincões da paróquia de “Saint Médard” para levar alimentos, roupa, atender a enfermos, dizer uma palavra reconfortante... as damas da Caridade as ajudam nas visitas a domicilio. A jovem Conferência de São Vicente de Paulo em buscar em Soror Rosália apoio e conselhos para ir em ajuda de todos os necessitados. Com o fim de aliviar a todos os que sofrem, Soror Rosália abre um dispensário, uma farmácia, uma escola, um orfanato, um patronato para as jovens operárias e uma casa para anciãos sem recursos. Muito cedo, vai estabelecer-se toda uma rede de obras caritativas para combater a pobreza. Seu exemplo estimula suas Irmãs, com frequência diz-lhes: “Deveis ser como um apoio em que todos os que estão cansados têm direito a depositar sua carga”. E assim, simplesmente, vive a pobreza e deixa transpirar a presença de Deus nela. Sua fé, firme como uma rocha e límpida como uma fonte, a faz ver a Jesus Cristo em toda a circunstância: experimenta no quotidiano a convicção de São Vicente: “Se vais dez vezes cada dia a ver a um pobre, dez vezes encontrareis nele a Deus... vais a pobres casas, mas ali encontrareis a Deus”. Sua vida de oração é intensa; como afirma uma Irmã, “vivia continuamente na presença de Deus; se tinha que cumprir uma missão difícil, estávamos seguras de a ver subir à capela ou de a encontrar de joelhos em seu despacho”. Estava atenta a assegurar a suas companheiras o tempo para a oração, mas havia “que saber deixar a Deus por Deus” como São Vicente havia ensinado a suas Filhas. Assim, Sor Rosália, ao ir com uma Irmã a fazer uma visita de caridade, convida-a dizendo: “Irmã comecemos nossa oração”. Indica com poucas e simples palavras a história e entra em profundo recolhimento. Como a religiosa no claustro, Soror Rosália caminha com Deus: fala-lhe daquela família com dificuldades porque o pai não tem já trabalho, desse ancião que corre o risco de morrer sozinho: “Nunca fiz tão bem a oração como na rua” diz ela. “Os pobres notavam seu modo de rezar e de atuar”, diz uma de suas companheiras. “Humilde em sua autoridade, Sor Rosália nos repreendia com uma grande delicadeza e tinha o dom de consolar. Seus conselhos, procedentes da justiça e com todo seu afecto, penetravam nas almas”. É muito atenta no modo de acolher os pobres. Seu espírito de fé vê neles a nossos “mestres e senhores”. “Os pobres os maltrataram”. Quanto mais mal-educados e insolentes sejam, com mais dignidade deveis tratá-los. Diz: “Recordai que esses farrapos escondem a Nosso Senhor”. (…), (…), As Damas da Caridade ajudam em suas visitas a domicilio. A miúdo podia ver-se no recebedor da casa a bispos, sacerdotes, o embaixador de Espanha, Donoso Cortés, Carlos X, o general Cavaignac, os homens de Estado e da cultura, até o imperador Napoleão III com seu cônjuge, assim como estudantes de direito, de medicina, alunos do politécnico, que iam a buscar informação, recomendações ou a pedir conselho sobre a que porta ir a chamar antes de fazer uma boa obra. Entre eles o beato Federico Ozanam, co-fundador das “Conferências de São Vicente de Paulo” e o Venerável João León Le Prévost, futuro fundador dos Religiosos de São Vicente de Paulo, que buscavam conselho para pôr em marcha seus projetos. Ela estava no centro de um movimento de caridade que caracterizou París e França na primeira metade do século XIX. (…), (…), (…) Durante os dois últimos anos de sua vida, vai ficando progressivamente cega e morre em 7 de fevereiro de 1856, após uma curta enfermidade. A emoção é grande no bairro e em todos os meios sociais de París e províncias. Depois de celebrar os funerais na Igreja de Saint Médard, sua paróquia, uma multidão imensa, embargada pela emoção, segue a seu cadáver até ao cemitério de Montparnasse, querendo assim manifestar sua admiração pela obra que realizou e seu afecto para com esta Irmã extraordinária. Numerosos artigos da imprensa dão testemunho da admiração e inclusive da veneração que Sor Rosália havia suscitado. Periódicos de toda tendência se fazem eco dos sentimentos do povo. L´Univers, periódico principal católico da época, dirigido por Louis Veuillot, escreve em 8 de fevereiro: “Nossos leitores compreenderam a grande desgraça que acaba de acontecer à classe pobre de París e uniram seus sufrágios às lágrimas e orações dos necessitados”. o Constitucional, periódico da esquerda anticlerical, não dúvida em anunciar a morte desta Filha da Caridade.“Os pobres do distrito 12 acabam de ter uma perda muito lamentável: Sor Rosália, superiora da comunidade da rua de l´Epée de Bois morreu ontem depois de uma longa enfermidade. Desde há muitos anos, esta respeitável religiosa era a providência das classes necessitadas, muito numerosas nesse bairro”. O periódico oficial do Imperio, le Moniteur, louva a ação benéfica desta Irmã: “Se hão rendido as honras fúnebres à Irmã Rosália com um brilho inabitual: esta santa mulher era, desde há cinquenta e dois anos, muito caritativa num bairro onde há muitos miseráveis a socorrer. Todos os pobres, cheios de gratidão, acompanharam-na a Igreja e ao cemitério. Um piquete de honra formava parte do cortejo” Muito numerosos são os que vão a visitá-la ao cemiterio “Montparnasse”. e a recolher-se perante o túmulo daquela que foi sua Providência. Mas !que difícil é encontrar o lugar reservado às Filhas da Caridade! Por isso, se mudaram seus restos para um lugar muito mais acessível, mais perto da entrada do cemitério. No seu túmulo simples, há uma grande cruz, em cuja base estão gravadas estas palavras: “A Sor Rosália, seus amigos agradecidos, os pobres e os ricos”. Mãos anónimas adornam e continuam adornando com flores sua sepultura como homenagem, discreta mas permanente, a esta humilde Filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Foi beatificada em 9 de novembro de 2003

• Anselmo Polanco e Felipe Ripoll, Beatos
Sacerdotes e Mártires,

Anselmo Polanco y Felipe Ripoll, Beatos

Anselmo Polanco e Felipe Ripoll, Beatos

Anselmo Polanco, bispo de Teruel
Felipe Ripoll seu Vigário Geral

Martirológio Romano: Em Pont de Molins, povo da província de Gerona, em Espanha, beatos mártires Anselmo Polanco, bispo de Teruel, e Felipe Ripoll, presbítero, que, apesar das ameaças e das promessas, mantiveram sua fidelidade à Igreja (1939). Data de beatificação: Foram Beatificados pelo Papa João Paulo II, em 1 de Outubro de 1995.

¿QUIÉN ES EL PADRE POLANCO?
En Buenavista de Valdavia, pueblo de Palencia, en una humilde familia de labradores nació el Padre Anselmo Polanco el año 1881. Cuando cumplió los once años entró en Barriosuso donde estudió Humanidades durante tres años y en 1896, ingresó en el colegio de Agustinos de Valladolid, del que un tío suyo era rector y vistió el hábito de San Agustín. Allí enfermó y tuvo que regresar al pueblo, donde viéndole tan ejemplar, sus paisanos llegaron a creer que «ser fraile es lo mismo que ser santo». En Navidad de 1904 celebró su primera Misa en el convento de La Vid. Viajó a Alemania, Filipinas. Hispanoamérica y Estados Unidos. En 1921 alcanza el grado de Maestro en Sagrada Teología. Su madre, Ángela, le dirá: «Siempre fuiste buen hijo para tus padres; ahora sé buen padre para tus hijos.» Cargos, viajes, vivencias de religioso observante, pulieron el carácter de fray Anselmo y dulcificaron su talante.
DON FELIPE RIPOLL
Nació en Teruel el 14 de septiembre de 1878. De niño tenía que recorrer diez kilómetros para ir al colegio. Estudió en el Seminario Conciliar y fue ordenado sacerdote el 29 de Marzo de 1901. Su nombramiento de profesor de los seminaristas, le hace continuar sus estudios. Diez años más tarde fue nombrado Canónigo y Rector del Seminario. Le atraía la Compañía de Jesús y durante dos años vivió con los Jesuitas, pero al resentirse su salud, regresó a la diócesis. Siguió unos años entregado al apostolado seglar, promovió las vocaciones sacerdotales y religiosas y dedicó mucho tiempo a la dirección espiritual. En el 1935, el Obispo Polanco, recién llegado a la diócesis, lo nombró Vicario General. Su fidelidad al obispo fue extraordinaria hasta permanecer con él como un hermano hasta la muerte. El 8 de Enero de 1938 fue hecho prisionero y conducido con el obispo Polanco a las cárceles de Valencia, Barcelona, Figueres y Pont de Molins. El 7 de febrero de 1939 fue martirizado en el Desfiladero de Can Tretze, a la edad de 61 años.
MUCHO TENDRA QUE SUFRIR
El día 21 de junio de 1935 el Padre Polanco fue preconizado obispo de Teruel. Se preparó con unos Ejercicios Espirituales en la Cartuja de Zaragoza y recibió la consagración en la iglesia de los Filipinos de Valladolid. Como su padre estaba enfermo, sólo pudo asistir a la consagración su madre, que cuando la felicitaban respondía: «No son éstos los mejores tiempos para ser obispo: mas, en fin, si le matan... ¡qué le vamos a hacer! También los mártires dieron su sangre por Jesucristo.» «Mucho tendrá que sufrir, pero más sufrió el Hijo de la Virgen.» En octubre de 1935 hizo su entrada en la diócesis de Teruel. Al tomar posesión dijo: “He venido a dar la vida por mis ovejas”. En el gobierno de la Diócesis brilló por su celo pastoral, por la pureza y santidad de costumbres, su amor a los pobres, su intensa vida de oración y austeridad, privándose de lo necesario para dárselo a los más necesitados.
SU RITMO DE VIDA DE CADA DÍA
Se levantaba a las cinco de la madrugada. Celebraba la Misa y dicen que infundía respeto después de haber celebrado. Luego oía otra misa. Después rezaba las horas menores y tomaba un frugal desayuno. Meditación, estudio, visitas. A la una la comida, sin apenas vino. Nunca tomó café ni licores. No fumaba y a los que fumaban les decía bromeando: «El que fume, fume de lo suyo; yo no pago vicios.» Vestía siempre el hábito de agustino. Tres veces al día visitaba al Santísimo con su familiar, a parte de sus visitas particulares. Recibía a los sacerdotes sin hacerles esperar y conversaba con ellos amigablemente. Los niños le acosaban para besarle el anillo. Les atraía su sonrisa y su bondad. En su corazón una espina: el “Arrabal”, barrio muy maleado por las doctrinas marxistas y que sufría las estrecheces de los trabajadores. Visitaba a las familias necesitadas y les resolvía problemas y la gente se admiraba de que, disponiendo de tan poco, llegara tan lejos en sus limosnas. Practicó la visita pastoral, realizada con el esmero que ponía en todo y confirió órdenes en la Catedral. Quiso que sus sacerdotes hicieran ejercicios espirituales, pero como no tenía medios para sufragarlos, escribió al doctor Irurita, obispo de Barcelona, después mártir como él, pidiéndole ayuda. Irurita le envió mil pesetas y se pudieron celebrar los Ejercicios, en los que participó y edificó a todos por su recogimiento y piedad. Uno de los asistentes comentó con su expresión aragonesa «¡El más majo de todos, el Obispo, maño!»
LA SITUACIÓN POLÍTICA DE ESPAÑA
El 16 de febrero de 1936 habría elecciones. El Padre Polanco orientó y animó a sus diocesanos. Antonio Montero, en su Historia de la persecución religiosa en España publicada por la BAC, cita y transcribe “La Carta colectiva de los Obispos españoles a los obispos del mundo entero” de 1 de julio de 1937, firmada por 49 prelados, entre ellos el de Teruel, Padre Polanco. De esa carta extraigo este párrafo: «Nuestro régimen de libertad democrática se desquició por arbitrariedad de la autoridad del Estado y por coacción gubernamental en pugna con la mayoría de la nación, dándose el caso de que con más de medio millón de votos de exceso sobre las izquierdas, obtuvieron las derechas 118 diputados menos que el Frente Popular, por haberse anulado las actas de provincias enteras». El padre Del Fueyo escribe: “Los otros obispos firmantes la firmaron con tinta y a buen recaudo; él la firmó en Teruel, primera línea de fuego, ciudad en peligro, y la rubricó después con la sangre propia en Can Tretze”. El 15 de agosto, fiesta de la Asunción de la Virgen, muere en Buenavista la madre del padre Polanco, asistida por él. Rige su diócesis con abnegada dedicación. En diciembre va a Burgos donde el Nuncio monseñor Antoniutti le ruega que no vuelva a su diócesis. Fray Anselmo le respondió: «yo no puedo faltar de allí.» «Mi trinchera y mi aprisco es Teruel. Dios y España así lo quieren.»
LA GUERRA CIVIL
Largo Caballero había dicho: «El día de la venganza no dejaremos piedra sobre piedra de esta España» y la diputada Margarita Nelken, gritaba en el Parlamento: «Pero ni la revolución rusa nos sirve de modelo porque necesitamos llamaradas gigantescas que se vean en todo el planeta y oleadas de sangre que enrojezcan los mares». Sólo en el mes y medio entre las elecciones de febrero hasta el 31 de marzo, fueron incendiadas o profanadas 411 iglesias. Hubo 74 muertos y 345 heridos en todos los alborotos y algaradas que se produjeron. Y siguieron los incendios y atropellos, los asaltos y las bombas, culminando con el asesinato del diputado de Acción Popular, José Calvo Sotelo y el levantamiento militar. Juan Pablo II con motivo del Gran Jubileo del Año 2000, solicitó el número y catálogo de los mártires cristianos del siglo XX. El historiador valenciano Vicente Cárcel Ortí catalogó diez mil mártires españoles asesinados: 12 obispos, un administrador apostólico, 7000 sacerdotes, religiosos y religiosas y 3000 mil seglares. Dijo Ortega que Roma no se hundió por los bárbaros, sino por la incapacidad de sus conductores políticos. Eso era entonces. En aquellos momentos y en estos, hay que añadir la maldad a la incapacidad. Les creen huérfanos de ideas, pero no. Las tienen. Las juzgan descabelladas, pero no. Son funestas.
TERUEL EN LA GUERRA
La ciudad de Teruel quedó en el bando de los nacionales. El 3 de agosto la aviación republicana bombardeó la basílica del Pilar de Zaragoza y allí están las bombas que milagrosamente no estallaron. En Teruel, el obispo Polanco presidió en su Catedral el canto del Te Deum y el himno a la Virgen del Pilar, en acción de gracias. Teruel quedaba rodeada por una línea de frente a pocos kilómetros de distancia. Por la parte de Corbalán, a sólo dos kilómetros. Poco a poco fue estrechándose el cerco. Cuando alguien sugería al obispo la conveniencia de abandonar la ciudad, repetía: «Yo soy el pastor, no puedo separarme de mi rebaño.» Los incendios de las iglesias, el asesinato de los sacerdotes de su diócesis y tantos crímenes y desolación le hacen sufrir indeciblemente. Teruel es atacada por columnas procedentes de Valencia, Cataluña y Cuenca, que estrangulan el cerco. El padre Polanco padecía las zozobras y sobresaltos de la guerra, pero mantenía su firme voluntad de cumplir con su deber.
LA CATEDRAL BOMBARDEADA
El bombardeo provocó el hundimiento de su nave izquierda de la Catedral. Allí se presentó de inmediato el obispo para prestar auxilio a los heridos. Dañado también el palacio episcopal tuvo que trasladarse al seminario, donde compartió con soldados y refugiados, la durísima vida de los asediados. Día a día llegaban párrocos de la diócesis que escapaban aterrados de la persecución. Allí tuvo ocasión de demostrar su amor y abnegación sin límites. Cuando fueron liberados los pueblos de la parte de Albarracín, fue a vistarlos sin reparar en los riesgos. Y cuando alguien se lo hizo notar, respondió: «Mayores peligros corren en las trincheras.»
GRAN EMBESTIDA
A finales de 1936 emprendió el ejército republicano una gran ofensiva por Corbalán, con una intensísima preparación artillera, secundada por millares de combatientes de las Brigadas Internacionales, pues a l Frente Popular le interesaba mucho la plaza y tenían hombres y armas en abundancia. Batalla tras la batalla, la ciudad fue cercada y horrorosamente asediada y bombardeada 312 veces. El obispo se refugiaba como todos en los refugios subterráneos y entre el polvo y los escombros, derrumbes y estruendo de minas, dirigía el rezo del Rosario con lo que la gente, que le llamaba «el Pararrayos», cobraba ánimos. En medio del peligro, siguió atendiendo a sus fieles en templos y hospitales.
CARTA PASTORAL
En marzo de 1937 escribió una carta pastoral, en la que hablaba de las penalidades de los sacerdotes perseguidos. Pide perdón para los perseguidores, siguiendo el ejemplo de Cristo en la cruz: «Padre, perdónalos, porque no saben lo que hacen.» Invita a no volver mal por mal a nadie, a tomar conciencia de la responsabilidad de cada uno en la reconstrucción de España, con el espíritu de los primeros cristianos en las Catacumbas, pobres y perseguidos, pero animosos en la tribulación. Insiste en que se debe rendir culto a Dios, aunque los templos hayan sido arrasados. Estudia el dolor como prueba y como castigo y se lamenta de la pérdida de los valores cristianos. En mayo de 1937 asiste al entierro del arzobispo de Valladolid y abraza a su madre en Buenavista, que le dice al despedirse: «Anselmo, tú, a ser bueno. La obligación ante todo.» Y a los presentes: «Su puesto es aquel.» Mujer de fe recia. El adagio latino nos dirá que”filii matrizant”, “los hijos se parecen a sus madres”.
LA OFENSIVA FINAL DEL EJERCITO ROJO
La ciudad, defendida por menos de cinco mil hombres, fue atacada por doce divisiones, con un total de 110.000 combatientes bien pertrechados. El 15 de diciembre de 1937, con un frío siberiano, se desencadenó la gigantesca ofensiva por tierra y aire. Tras durísimas batallas Teruel quedó rodeada. Se organizó la resistencia en el edificio del seminario, en donde se habían refugiado muchos vecinos. 1500 civiles y 1759 militares, con otros 1059, se prepararon para la defensa. La vida de los sitiados era durísima y el racionamiento estricto. El padre Polanco nunca aceptó privilegios y prodigó su caridad entre aquella población civil empavorecida por bombardeos y derrumbes y dio hasta su propio colchón. En la noche del 24 de diciembre celebró la misa del Gallo mientras retumbaban los cañonazos y el suelo retemblaba a cada explosión. Sin tregua el día de Navidad, continuó la lucha encarnizada. Días de terribles penalidades, sin comida, sin agua, sin medicinas y con un frío espantoso. A las 9 de la noche del día 7 el coronel Rey d´Harcourt firmaba el acta de rendición. El obispo Polanco fue evacuado entre cadáveres y escombros y conducido con otros presos a Valencia.
EN LAS CARCELES
En Valencia lo tuvieron ocho días en el penal de San Miguel de los Reyes. La prensa le denostaba. El 17 de enero lo llevaron a Barcelona, al «cuartel Pi y Margall», situado en el monasterio de las Dominicas de Monte Sión, en la Rambla de Cataluña-Rosellón. Continuaban las campañas difamatorias. En mayo de 1938 se le enjuició por haber firmado la carta colectiva del Episcopado Español. Sobre ella, manifestó al oratoniano padre Torrent, que ejerciendo en Barcelona las veces de Ordinario por haber sido martirizado el Dr. Irurita, le visitaba en su prisión, que en su juicio su defensa sería: « En punto a doctrina, nada puedo rectificar, es la doctrina de la Iglesia. En cuanto a hechos, si hay algún error, lo rectificaré con gusto, mas en el hueco del dato erróneo, eliminado y rectificado, yo puedo colocar otros de los que fui testigo, como los crímenes de los rojos de Albarracín, que no puedo ni debo silenciar.» Estuvo en prisión hasta finales de 1938, cuando, terminada la batalla del Ebro, comenzó la «ofensiva de Cataluña y los pueblos eran liberados por las fuerzas nacionales. El 25 de enero de 1939, víspera de la entrada de los nacionales en Barcelona, salieron con dirección a Puigcerdá. El obispo Polanco fue alojado en un cine, otros en la iglesia. La noche del 26 la pasaron en el tren, el día 27 fueron a Ripoll y desde allí a pie a San Juan de las Abadesas bajo un aguacero torrencial. El día 31 de enero los prisioneros mayores fueron conducidos a Figueras hasta Pont de Molins.
EL MARTIRIO
El día 7 de febrero, a las 10 de la mañana, llegó a Molíns un camión con treinta hombres armados con fusiles-ametralladores, un teniente y varios suboficiales que se hicieron cargo de los presos y, después de robarles lo que llevaban, los ataron de dos en dos por las muñecas con muy malos tratos. El camión tomó la carretera de Les Escaules. A unos 1200 metros se detuvo y los presos fueron obligados a subir monte arriba por el cauce seco del barranco. Allí fueron acribillados. El cadáver del obispo de Teruel tenía la llamada actitud del gladiador, de los que mueren quemados. Tal vez fue quemado vivo. El espectáculo macabro que ofrecían los restos destrozados y medio consumidos por el fuego de 42 víctimas, con sus pertenencias esparcidas alrededor, fue presenciado por el pastor Pere, de Can Salellas. Fue tal la impresión que recibió que cuando llegó a casa no podía articular palabra, demudado y tembloroso. Sólo pudo decir: «íCuántos muertos!»... Fueron enterrados en el cementerio de Molíns. El cadáver del padre Polanco no ofrecía señales de putrefacción y el forense quedó enormemente sorprendido al ver brotar sangre fresca de las encías cuando las punzó para reconocer la dentadura. A ruegos de las autoridades de Teruel, los restos mortales del padre Polanco fueron trasladados a la capital de su diócesis. Hoy reposan en la cripta de la catedral de Teruel.

• Ana María Adorni, Venerável
Fundadora,

Ana María Adorni, Venerable

Ana María Adorni, Venerable

Fundadora de la Congregación de las
Esclavas de María Inmaculada y
del Instituto del Buen Pastor

En Parma, Venerable Ana María Adorni, fundadora de la Congregación de las Esclavas de María Inmaculada y del Instituto del Buen Pastor ( 1893)  "Al ocaso de la vida seremos juzgados en la caridad". Así escribió el místico doctor S. Juan de la Cruz, comentando las palabras del Evangelio, en las que Cristo afirmó que en el último día considerará como suyos a los que lo hubieran reconocido con fe y rodeado de caridad a los más pequeños de sus hermanos, acogiéndolos como huéspedes, cubriendo al desnudo, visitando a los enfermos y a los presos, socorriéndolos en el hambre y en la sed. Esto, con santa e incansable actividad, obró hasta avanzada la Sierva de Dios Anna María Adorni, cuya vida fue una total e ininterrumpida entrega de amor a los miembros más humildes de Cristo. Nacida el 19 de junio 1805 en Fivizzano, en territorio que hoy forma parte de la diócesis de Pontremoli, sus padres fueron a Matteo Adorni y Antonia Zanetti, cristianos piadosos, los que cuatro días después del nacimiento hicieron reengendrar en Cristo a su hija mediante el bautismo, educándola luego según las enseñanzas de la fe. Deseosa de anunciar el nombre de Cristo, con apenas siete años, dejó su casa con una compañera, con la intención de ir a las Indias para salvar almas. Afortunadamente la encontraron con rapidez y fue llevada de vuelta a casa, donde fue formada por su madre a orientar su vida según el Evangelio y encaminada a los trabajos femeninos, hasta que, muerto su padre en 1820, tuvo que trasladarse con su madre a Parma, donde fue elegida para el cargo de institutriz de la familia Ortalli. Ella deseaba abrazar la vida religiosa entre las monjas capuchinas, pero respetando la voluntad de su madre, que se oponía al piadoso deseo, se casó el 18 de octubre de 1826 con el distinguido Sr. Antonio Domenico Botti, empleado de la Casa Ducal de Parma, al que dio seis hijos, todos muertos a tierna edad, a excepción de Leopoldo que luego abrazó la vida monástica en de la Orden Benedictina. El 23 de marzo de 1844 quedó viuda del marido a quien amó verdaderamente. Lo lloró píamente, aceptando su muerte como voluntad de Dios, con la que su vida era conducida a consagrarse sólo a Dios. Sin embargo, por consejo del confesor, no entró en ningún Instituto religioso, emprendiendo un camino de caridad y alivio especialmente a las mujeres en la prisión, para las que fue su madre y hermana en Cristo. Se acercó a ellas con humildad, las escuchó con afable serenidad, las consoló con palabras y apoyo, las instruyó en las enseñanzas de la fe, haciéndoles conocer la esperanza y el poder celestial de la oración, de modo tal que la cárcel parecía haberse convertido en un convento. Muchas señoras se sintieron atraídas por el ejemplo de la Sierva de Dios, imitándola en el cumplimiento de su labor de caridad, con la Asociación, reconocida canónicamente por el obispo en 1847 y aprobada por la Duquesa de Parma, llamada "Pía Unión de Damas visitadoras de la cárcel bajo la protección de los Sagrados Corazones de Jesús y María". Pensando también en las mujeres que salían de la cárcel, Anna María pudo tomar en alquiler una casa para ellas y para las niñas huérfanas y en riesgo. La obra se inspiró en el "Buen Pastor" - como luego sería llamada - y para ella, superando innumerables dificultades, el 18 de enero de 1856, encontró un lugar adecuado para adaptarlo como sede: el antiguo convento de las monjas Agustinas, dedicado a San Cristóbal.Para proveer de manera más idónea la obra iniciada, pensó en fundar una familia religiosa, cuyos miembros alimentaran aquella llama de caridad que el Espíritu Santo encendió en su corazón. El 1 de mayo de 1857, con ocho compañeras, sentó las bases del nuevo Instituto; en el 1859 pronunció con ellas los sagrados votos privados de castidad, obediencia y pobreza y de consagrar su vida religiosa a la recuperación de las mujeres caídas, la tutela de quienes estuvieran en peligro, la materna asistencia de los desamparados y huérfanos. Fue nombrada superiora de las Hermanas. Las presidió con el ejemplo de todas sus virtudes y sobre todo con una intensa caridad, admirable por su actividad y la total entrega de sí misma aun en las actividades más difíciles y humildes.El 25 de marzo de 1876 el Obispo de Parma Domenico Villa erigió canónicamente el instituto del Buen Pastor en Congregación religiosa, bajo el título de "Piadosa Casa de las Pobres de María Inmaculada" y las Reglas fueron confirmadas el 28 de enero de 1893 por su sucesor, Andrés Miotti. La Sierva de Dios, siempre afrontó con ánimo juvenil las obras de caridad hasta el 7 de febrero de 1893, tras una breve parálisis, pasó de este mundo al Padre, con fama de santidad, para recibir el premio reservado a quienes ven, aman y ayudan a Cristo en los pobres y los infelices.
Ella confesó en su vejez, que por muchos años Dios le concedió la gracia de no apartarla nunca de la íntima comunión con Él, de modo tal que, aunque estuviese llena de ocupaciones, entregada a la educación de las niñas, ocupada en pláticas y o en asuntos de todo género, nunca se olvidó de la presencia de Dios en ella. En efecto vivía en constante oración, realmente digna del nombre con el que la llamaban sus hijas: "Rosario viviente".La fama de santidad de la Sierva de Dios no se desvaneció después de la muerte y finalmente, en 1940, por orden del obispo, se instituyó en la Curia de Parma el proceso informativo sobre sus escritos y el "no culto" de la Sierva de Dios, las actas se llevaron a Roma para que allí sean estudiadas tal como señalan las normas. El 15 de diciembre 1977, la Sagrada Congregación para las Causas de los Santos presentó el informe al Sumo Pontífice Pablo VI, quien ordenó publicar el decreto sobre las virtudes heroicas de la Sierva de Dios, quien fue declarada Venerable.
El sábado 27 de marzo de 2010, S.S. Benedicto XVI firmó el decreto referente a un milagro atribuido a la intercesión de la Venerable Ana María Adorni, ahora sólo faltaría se señale la fecha para su beatificación.
responsable de la traducción: Xavier Villalta

39860 > Beato Adalberto (Wojciech) Nierychlewski Sacerdote e martire  MR
91103 >
Beata Anna Maria Adorni Fondatrice 
90145 >
Beato Anselmo Polanco Fontecha Vescovo e martire  MR
92908 >
Beato Antonio Vici da Stroncone Religioso  MR
39775 >
Sant' Egidio Maria di San Giuseppe (Francesco Pontillo) Professo Frate Minore  MR
39900 >
Beata Eugenia Smet (Maria della Provvidenza)  MR
91402 >
Beato Filippo Ripoll Morata Sacerdote e martire MR
92139 >
Beato Giacomo Sales Gesuita, martire  MR
91384 >
San Giovanni (Lantrua) da Triora  MR
39840 >
Santa Giuliana Vedova MR
91885 >
Beato Guglielmo di Morgex Sacerdote 
39925 >
Beato Guglielmo Saultemouche Martire MR
94527 >
Beato Guglielmo Zucchi Sacerdote 
91920 >
San Lorenzo Maiorano Vescovo di Siponto  MR
92721 >
San Luca il Giovane Eremita  MR
93708 >
Santi Martiri Mercedari d’Africa 
39810 >
San Massimo di Nola Vescovo  MR
39830 >
San Mosè I Eremita e vescovo dei Saraceni MR
91279 >
Beato Nivardo di Chiaravalle Monaco 
39820 >
San Partenio Vescovo di Lampsaco MR
93042 >
San Patendo Vescovo 7
92940 >
Beato Pietro (Petro) Verhun Sacerdote e martire  MR
90012 >
Beato Pio IX (Giovanni Maria Mastai Ferretti) Papa  MR
39850 >
San Riccardo Re degli Inglesi  MR
90823 >
Beato Rizziero della Muccia  MR
91833 >
Beata Rosalia Rendu Vergine  MR
39800 >
San Teodoro di Amasea Generale e martire 
39950 >
Beato Tommaso Sherwood Martire in Inghilterra  MR
93593 >
San Vedasto di Vercelli Vescovo

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para portuguêscom exceção das mais longas, as duas últimas, - por falta de tempo,

por António Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário

Gostei.
Muito interessante.
Medianamente interessante.
Pouco interessante.
Nada interessante.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...