Nº 1264
SANTA VIRIDIANA
Penitente (1178-1242)
Viridiana Santa
Santa Viridiana nasceu em Castelfiorentino (Toscana), pelo ano de 1178; e lá morreu, em 1 de Fevereiro de 1242. É muito raro o caso duma Santa que se expõe voluntariamente aos ataques do demónio. Foi o que fez Viridiana (ou Veridiana) Attavanti, filha dum senhor com este apelido. Murada numa cela, viveu 34 anos na sua cidadezinha. Cumulada de favores celestiais e julgando serem eles ventura demasiada, obteve de Nosso Senhor compartilhar as perseguições por Santo Antão sofridas da parte dos demónios. Estes entraram nela sob a forma de duas serpentes, que a atormentaram até à véspera da morte. Esta possessão não fez que os êxtases se tornassem menos frequentes e a alegria interior cresceu mesmo. S. Francisco veio visitá-la por 1221. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
BEATO ANTÓNIO, o PEREGRINO
Confessor (1267)
António, nascido em Pádua quando o tirano Ecelino lá cometia toda a espécie de crimes, saiu da sua cidade e percorreu diversos países mendigando. Visitou deste modo os Lugares Santos; de Jerusalém passou a Santiago de Compostela, a Roma e ao Loreto, e depois a outras localidades onde se encontravam relíquias dalgum apóstolo ou santo. Desta circunstância veio-lhe o nome de Peregrino. Regressando a Pádua, aí passou o resto dos seus dias, completamente ignorado. Só com a sua morte se veio a saber, por escrito encontrado em seu corpo, que descendia da ilustre família dos Marzi; e o papel dizia porque adotara ele esse género de vida. O seu túmulo foi ilustrado por milagres; houve para com os seus restos grande veneração e chegou-se a pedir que o seu nome fosse inscrito no catálogo dos santos. Alguns autores dizem que foi da ordem dos camaldulenses, particularidade que não parece verosímil. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATO ANDRÉ DE SÉGNI
Confessor (1230-1302)
Andrés Segni, Beato
Presbítero Franciscano
Nasceu em Anâgni (Itália), pelo ano de 1239. Logo que foi recebido na Ordem franciscana, conseguiu licença para sair de Roma, a fim de ir viver numa gruta dos Apeninos. Isto contrariou a família, na qual se procuravam honras. Assim, apenas cingiu a tiara, o seu tio Alexandre IV (1254-1261) foi lá para o tirar da gruta e o fazer cardeal; mas André negou-se e Alexandre teve de retirar-se. 25 anos mais tarde, foi a Bonifácio VIII, seu sobrinho, que o humilde religioso recusou o chapéu cardinalício que o Papa lhe enviara. Muito edificado, Bonifácio desejava viver o bastante para colocar o sobrinho nos altares, mas não pôde, tendo morrido ambos quase ao mesmo tempo. André de Ségni figura entre os santos inteligentíssimos. Era preciso sê-lo para brilhar como brilhou na teologia, quando Tomás de Aquino, Boaventura e Duns Escoto mantinham a dianteira. O seu caso embaraça os que não aceitam o sobrenatural e sentem contrariedade por outras pessoas não menos inteligentes acreditarem nele. André, por exemplo, acreditava nos demónios e nas almas do purgatório. reconhecia que o demónio, em certos momentos, o tinha perseguido muito; e confessava que tinha voltado defuntos de além–campa revelar-lhe a sorte que tinham tido. Nos últimos anos, André, segundo o seu biógrafo, “levou vida mais angélica que humana”. A cada passo caía em êxtase, nesse estado em que a alma, perdendo consciência do espaço e do tempo, é como que levada para o seio de Deus e nele goza alegrias inexprimíveis. Faleceu em 1 de Fevereiro de 1302. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
BEATAS MARIA VAIBLOT e
ODÍLIA BAUMGARTEN e 97 companheiros
Trata-se de duas Irmãs de S. Vicente de Paulo, duma monja beneditina, de 12 Padres seculares e de 84 leigos (4 homens e 80 mulheres e meninas). Foram todos fuzilados em Angers, em 1 de Fevereiro de 1794, durante a Revolução Francesa. No dia 26 de Junho apresentaremos, entre os “Santos de cada dia”, também Filhas da Caridade fuziladas, mas estas em Arrás. A beatificação do grande número de Angers realizou-a João Paulo II a 19 de Fevereiro de 1984. Mas ocupar-nos-emos aqui unicamente das duas Irmãs ou Filhas da Caridade, pois os outros heroísmos não têm culto litúrgico em Portugal. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATA ANA MICHELOTTI (JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO)
Fundadora (1843-1888)
Juana Francisca (Ana) Michelotti, Beata
O seu nome de religiosa é Joana Francisca da Visitação, fundadora da Congregação das Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus. No dia da sua beatificação, a 1 de Novembro de 1975, João Paulo II assim retratou a figura da beata: “Uma misteriosa e contínua chamada ao sofrimento: eis sintetizada a vida, breve e intensa, de Ana Michelotti, Joana Francisca da Visitação, nascida em Annecy, em 1843 e falecida em Turim, em 1888, com 44 anos. A espiritualidade salesiana acompanha-a nesta trajetória, marcada pela pobreza, pela humildade, pela incompreensão e pela cruz. Os seus amores, desde criança, inculcados depois às suas Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus, foram: o sacrário e os doentes pobres, para os quais fundou a sua Congregação. É uma luz de amor que brilha e se acende nos tugúrios da grande cidade que muitas vezes ignora quem sofre. Esta luz mostra-nos a todos o puro amor de Deus que Se imola pelos mais pobres e abandonados”. A inclinação para visitar os doentes veio-lhe desde os 12 anos, quando fez a primeira comunhão e começou a acompanhar a sua piedosa mãe nestes atos de caridade. Aos 17 anos ingressou no Instituto das Irmãs de S. Carlos, que se destinava à instrução e educação da juventude. Sentindo que essa não era a sua vocação, saiu. Órfã de pai e mãe, entregou-se a visitar os doentes pobres nas suas casas até que, em 1869, com uma amiga, Catarina Dufaut, ex-noviça das Irmãs de S. José de Annecy, continuaram esse trabalho com o nome de Pequenas Servas. Vão seguir-se cinco anos de grandes contratempos e sofrimentos, mas por fim, no dia 8 de Agosto de 1875, o Arcebispo D. Lorenzo Gastaldi reconheceu oficialmente a nova congregação, que em 1979 contava com 22 casas (três das quais em Madagáscar), com 229 membros. AAS 68 (1976) 253-6; L’OSSS.ROM. 9.9.1975; DIP 5, 1281-3; DIP 6, 1619. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta
Brígida, virgem
Padroeira de Irlanda
Brígida, virgem
Padroeira de Irlanda junto com os santos Patrício e Columba
Parece uma contradição, mas apesar de sua grande fama que a faz passar pela santa mais conhecida de Irlanda e de estar unidos a sua figura grande quantidade de elementos festivos e folclóricos se conhecem muito poucos factos históricos sobre sua vida. Foi Cogitosus que viveu de 620 a 680 seu primeiro biógrafo, mas – lastimosamente - pouco escreve acerca da vida terrena da santa; seu escrito se perde em descrições sociais e religiosas em torno do mosteiro de Kindale, provavelmente misto e com jurisdição quase-episcopal, fundado por Brígida. Também existem hinos e poemas irlandeses dos séculos VII e VIII que em si mesmos testemunham o culto que se tributava à santa irlandesa. Um pouco mais adiante, o bispo de Fiésole, Donatus, a metade do século IX, escreve sua vida em verso e este deve ser o veículo da rápida difusão de seu culto por Europa. Mas desta carência de dados que impedem o desenho de um perfil hagiográfico completo; a religiosidade popular e o calor das gentes por sua santa há suprido com preces a grandeza de sua vida fiel ao Evangelho e entregue à sua vocação religiosa. Do facto de pertencer Brígida a uma tribo inferior em seu tempo, concretamente a de Forthairt, a fantasia a faz nascer do fruto da união - estranha ao matrimónio - de seu pai, Duptaco, com uma belíssima escrava, com todos os problemas que isto produz em torno familiar legítimo, desde o desgosto da esposa até à proposição de sua venda. Claro que disto se tirará a nobre lição de que Deus pode ter planos insuspeitos para os espúrios inculpáveis que podem chegar ao cume mais alto da santidade e deixar atrás de si uma estrela de bem para la gente. Herdeira da extrema formosura de sua mãe, para não ser ocasião de pecado e não ser jamais pedida em matrimónio, pede a Deus que a faça feia. ¿Para que quer a formosura quem só pensa em Deus? Decidiu entrar na religião. Derrama lágrimas abundantes e são escutados seus rogos com uma doença na vista; por este favor dá graças a Deus que logo a seguir lhe devolve todo seu esplendor. A lição é clara: quem possui o Amor despreza o que a tantas torna loucas e vãs para alcançar um amor. Também os pobres estão presentes no relato; não poderia conceber-se santidade sem caridade. E agora é a vaca sua cúmplice; nunca se secaram os úberes, uma e outra vez ordenhadas por Brígida, quando havia que remediar a um menosprezado. A vaca ficou presente, como emblema, nas representações pictóricas dos artistas, junto à imagem da santa. E ainda há mais; sim, são inesgotáveis os relatos de bondades. Se fala de leprosos curados e de monjas tíbias descobertas; a muda Dória começa a falar e termina seus dias como religiosa no convento; frustra assassinatos; dá vista a cegos e... como expressão do estilo de um povo ¡converte a água de seu banho em cerveja para apagar a sede! Os hinos, versos, poemas e canções populares -com simplicidade e regozijo- mostram o calor de um povo por sua santa e diz com sus leis o que as da crítica histórica nem pode nem deve dizer. Este dia também se festeja a Santa Viridiana, San Raul, Santa Emma, Santa Alicia e Santo André Segni
• Raul, Santo
Monge
Raul etimologicamente significa “conselheiro valente” Raul foi um monge a que são Bernardo enviou em 1132 para que fundasse o célebre mosteiro do "Valle de las Celdas", no norte de França. O elegeram superior nada menos que aos vinte anos.
Seu trabalho fundamental consistiu em fazer oração, a leitura de livros sagrados e em dar ensino à gente do campo, tampouco instruída desde sempre. Foi um apóstolo entre eles.
• Emma, Santa
Mãe do rei Eduardo,
Emma significa “Deus connosco ou mulher forte". Foi uma rapariga inglesa pertencente ao ano 1300. Teve a sorte de ser a mulher de Ricardo "Sem medo", e mãe do rei Eduardo. A educou perfeitamente na fé e na moral, os dois princípios básicos sobre os quais transcorre bem nossa existência. Além desta educação diferente, lhe dava bom exemplo sua filha quando a via repartir esmolas aos pobres e necessitados. O exemplo arrasta muito mais que as palavras. Seu filho disse dela:"A única tristeza que nos produziu foi vê-la morrer".
• Alicia, Santa
Dedicada aos enfermos,
Etimologia: Alicia = de nobreza, vem do alemão. Santa Alicia nasceu em redor do ano 400 e desde os vinte anos, até sua morte, se dedicava a assistir enfermos e ajudá-los a suportar com paciência e por amor a Deus todas suas dores num hospital de Paris. Seu maior desejo era obter que Cristo lhe dissesse no dia do Juízo aquilo que Ele prometeu que dirá aos que atendem bem aos enfermos: "Estive enfermo e me atendeste e me ajudaste. Todo o bem que fizeste a cada um destes humildes, foi a Mim mesmo a quem o fizeste. Vinde ao reino preparado por meu Pai desde o princípio dos séculos" (S. Mateo 25,40).
• Reginaldo de Orleans, Beato
Monge Dominicano
Reginaldo de Orleans, Beato
Martirológio Romano: Em Paris, - França, beato Reginaldo de Orleans, presbítero, que, de passagem por Roma, comovido pela pregação de santo Domingo entrou na Ordem de Pregadores, a que atraiu a muitos com o exemplo de suas virtudes e o ardor de sua palavra (1220). Etimologia: Reginaldo = Aquele que tem a proteção do Rei, é de origem germânica. Reginaldo de Saint Gilles nasceu em Orleães (França). Entrou na Ordem de Pregadores por mediação milagrosa da Virgem María e professou em mãos de Sto. Domingo. Era um pregador ardoroso, que em breve tempo levou muitas vocações à Ordem. Morreu em París em 12 de Fevereiro de 1220 e foi sepultado na Igreja beneditina de Notre-Dame des Champs, de onde seu corpo desapareceu durante a revolução de finais do século XVIII. Seu culto foi confirmado em 1875. Da obra Orígenes de la Orden de Predicadores del Beato Jordán de Saxónia:
"No mesmo ano 1218, estando en Roma o Mestre Domingo, chegou ali o mestre Reginaldo, deão de Santo Aniano de Orleães, com intenção de embarcar. Varão de grande fama, douto, célebre por sua dignidade por haver regido durante cinco anos em París a cátedra de direito canónico. Havendo chegado a Roma foi preso de uma grave enfermidade no decorrer da qual o visitava de vez em quando o Mestre Domingo. Exortando-o este a abraçar a pobreza de Cristo e associar-se a sua Ordem deu seu livre e pleno assentimento, de tal maneira que até fez voto de a abraçar. Foi certamente liberto daquela mortal doença e transe perigosíssimo, mas não sem a intervenção milagrosa de Deus. No meio dos ardores do calor, a Rainha do céu e Mãe de Misericórdia sempre Virgem María apareceu-lhe visivelmente e ungindo seus olhos, ouvidos, nariz, boca, peito, mãos e pés com certo bálsamo que trazia disse estas palavras: Unjo teus pés com óleo santo como preparação do Evangelho da paz. » (Ef 6, 15) E mostrou-lhe o hábito completo da Ordem. Assim que ficou curado e tão repentinamente recuperou as forças corporais os médicos, que haviam quase desesperado de sua cura, testemunharam agora os claros sintomas de saúde, e ficaram maravilhados. Contou este insigne prodígio o Mestre Domingo a muitos que ainda vivem estando eu presente numa ocasião em que o referiu em París ante muitas pessoas. Recuperada a saúde, ainda que já tivesse feito profissão na Ordem, realizou o mestre Reginaldo sua viagem por mar, cumprindo-se assim seus desejos, e de regresso veio a Bolonha em 21 de dezembro. Consagrou-se em seguida e por inteiro à pregação; sua palavra era de fogo, (Sal 118, 140) e seus sermões como tochas acesas, (Si 48, 1) inflamavam os corações dos ouvintes, que apenas os que o tinham tão duro é que podiam subtrair-se a seu calor. (Sa 18, 5). Fervia Bolonha inteira ante o novo Elias reaparecido. (Lc 1, 17) Naqueles dias recebeu na Ordem a muitos bolonheses e começou a crescer o número dos discípulos, a que se foram agregando outros mais. Mudou então o Mestre Domingo para París a frei Reginaldo, de santa memória, e assim que chegou a París, impelido por seu incansável fervor de espírito, começou a pregar com a palavra e com o exemplo a Jesus Cristo e a este crucificado. (1 Co 1, 23) Mas cedo foi levado por Deus deste mundo, consumindo assim em breve seus dias, mas cheio com suas obras uma longa vida. (Sb 4, 13)
Não posso deixar de recordar que estando em vida frei Mateo, que o havia conhecido no mundo vaidoso e delicado, perguntou-lhe como admirado em certa ocasião: « ¿Estais triste, mestre, de haver tomado este hábito? ». A que ele respondeu, baixando a cabeça com humildade: Creio que na Ordem não faço mérito algum, mas sempre gostei demasiado.»
• Cecilio, Santo
Primeiro bispo de Granada
Cecilio, Santo
Co-Padroeiro de Granada
Da raiz latina caecus , na sua forma diminutiva caéculus, procedem os nomes romanos Cecilio e Cecília, que passaram logo ao cristianismo. Enquanto foi um nome exclusivamente romano, se usou mais no masculino que no feminino; mas ao passar a nome cristão, foi tal o prestigio da mártir Santa Cecília, que se converteu este em nome muito valorizado, ficando em segundo plano o masculino. Santo Cecílio foi o primeiro bispo de Granada quando, sob a dominação romana, se chamava todavia Illíberis. Foi um dos que a tradição chama "varões apostólicos" enviados a Espanha por São Pedro e São Paulo a pregar o evangelho. Os outros seis são: Torcato, Segundo, Indalécio, Tesifonte, Eufrásio e Hesíquio. A vida de todos eles está oculta atrás dos véus da lenda transmitida oralmente. Se sabe a ciência certa que São Cecilio foi bispo de Illíberis, que escreveu alguns tratados para instrução dos fieis e que sofreu martírio sob la dominação de Nero, supostamente queimado no monte Illipulitano. Mas a longa dominação árabe destruiu todos os rastros de cristianismo. Granada esteve sob os sarracenos quase oitocentos anos; não os suficientes para se perder a memória e a tradição, mas sim para não ficar nem rastro de documentos nem relíquias. São Cecilio é padroeiro de Granada, e sua festa se celebra em 1 de Fevereiro. Outros dois santos com este nome comemora a Igreja: São Cecilio bispo de Elvira, que morreu no ano 65 e cuja festa se celebra também em 1 de Fevereiro, e São Cecilio presbítero de Cartago. Sua festa se celebra em 3 de Junho. A divina Providência pôs em suas mãos a conversão do grande São Cipriano. Seu baptismo teve lugar em 18 de Abril do ano 246. Pouco depois, ao morrer o bispo Donato, foi eleito Cipriano, o discípulo de Cecilio, para ocupar a sede episcopal, chegando a ser um dos maiores bispos que teve a diocese de Cartago
• Luis Variara, Beato
Presbítero Salesiano
Luis Variara, Beato
Martirológio Romano: Na cidade de Cúcuta, na Colômbia, beato Luis Variara, presbítero da Sociedade de São Francisco de Sales, que dedicou toda sua atividade em favor dos leprosos e fundou a Congregação de Irmãs Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e María (1923).
Luis Variara nasceu em 15-I-1875 em Viarigi (Asti, Itália). Em 1856 havia estado ali Dom Bosco para pregar uma missão. E foi a Dom Bosco a quem o pai confiou o filho, levando-o a Valdocco em 1-X-1887. O Santo morrerá quatro meses mais tarde, mas Luis chegou a conhecê-lo como para ficar marcado por toda a vida. Assim recorda ele mesmo o evento: «Estávamos na estação de inverno. Jogávamos uma tarde no amplo pátio do Oratório, quando de repente se ouviu gritar de um lado ao outro: ¡Don Bosco!... ¡Don Bosco! Instintivamente nos abalançamos todos até ao sitio onde aparecia nosso bom Padre, a quem levavam a dar um passeio de carro. Seguimo-lo até chegar ao lugar onde devia subir ao veiculo. Cedo se viu Don Bosco rodeado de sua querida turma infantil. Eu buscava afanosamente o modo de situar-me em algum ponto onde pudesse vê-lo melhor, pois desejava ardentemente conhecê-lo. Aproximei-me o mais que pude e, no momento de ser ajudado a subir ao carro, me deu um doce olhar e seus olhos se fixaram detidamente em mim; tinha a segurança de haver conhecido a um santo e que esse santo havia lido em minha alma algo que só Deus e ele puderam saber». Pediu para ser salesiano: entrou ano noviciado em 17-VIII-1891 e o concluiu em 2-X-1892 com os votos perpétuos nas mãos do primeiro sucessor de Don Bosco, o Beato Miguel Rua, que lhe sussurrou ao ouvido: «Variara, não varies». Fez os estudos de filosofia em Valsálice, onde conheceu ao Venerável Andrés Beltrami. Por ali, em 1894, passou o P. Unia, célebre missionário que pouco antes havia começado a trabalhar entre os leprosos de Agua de Dios. «Qual não seria meu assombro e alegria – narra o próprio P. Variara – quando, entre os 188 companheiros que tinham a mesma aspiração, fixando seu olhar em mim, disse: «Este é o meu». Chegou a Agua de Dios em 6 de agosto de 1894. A povoação contava com 2000 habitantes, 800 dos quais eram leprosos.Se submergiu totalmente na sua missão. Valendo-se de suas capacidades musicais, organizou uma banda instrumental que criou um clima de festa na «cidade da dor». Em 24-IV-1898 foi ordenado sacerdote e cedo se revelou óptimo diretor espiritual. Entre seus penitentes estavam também as componentes da Associação das Filhas de María, grupo de umas 200 raparigas, muitas das quais leprosas. O jovem sacerdote descobriu que não poucas delas se haviam consagrado com gosto ao Senhor. Mas se tratava de um sonho considerado irrealizável, porque nenhuma Congregação aceitava a uma leprosa e nem sequer a uma filha de leprosos. Foi ante esta constatação como nasceu nele a primeira ideia de jovens consagradas ainda que fossem leprosas. A Congregação das «Filhas dos SS. Corações de Jesús e de María» teve inicio em 7-V-1905. Hoje conta com 404 religiosas, presentes en dez nações. Era cada vez mais entusiasta de sua missão. Escrevia: «Nunca como este ano me hei sentido contente de ser Salesiano e bendigo ao Senhor por me ter enviado a este lazareto, onde aprendi a não me deixar roubar o céu». Se cumpriam dez anos desde sua chegada a Agua de Dios, década feliz e rica de obras. Entre estas, a ultimação do Asilo «P. Miguel Unia» que, pese os atrasos causados pela guerra dos 1000 dias, foi inaugurado em 7-V-1905. Mas então começou um período de sofrimentos e incompreensões que duraria 18 anos, quer dizer, até à morte do generoso missionário. Teve que se afastar de Agua de Dios: Mosquera, Contratación, Bogotá e Barranquilla foram os vários sítios que a obediência lhe assinalou.Em 1921 foi enviado a Táriba, cidade venezuelana no limite com Colômbia, onde sua saúde piorou de forma preocupante. O médico aconselhou que, por razões de clima, o levassem a Cúcuta, na Colômbia. Foi lá, mas suas condições precipitaram-se rapidamente. Morreu em 1-II-1923 aos 49 anos de idade e 24 de sacerdócio. O sepultaram em Cúcuta. Em 1932 os restos mortais foram trasladados para a capela de suas Filhas em Agua de Dios, onde ainda descansam.
Foi beatificado em 14 de abril de 2002.
• Raimundo de Fitero, Santo
Abade e Fundador,
Raimundo de Fitero, Santo
Fundador da Ordem de Calatrava
Martirológio Romano: Na vila de Ciruelos, na região espanhola de Castilla la Nueva, são Raimundo, abade de Fitero, que fundou a Ordem de Calatrava e trabalhou em favor da cristandade (c. 1160). Data de canonização: 1719 pelo Papa Clemente XI
Abade do mosteiro cisterciense de Fitero em Navarra, e fundador da Ordem militar de Calatrava. Se chamava Raimundo Serra ou Raymond Serrat. Ainda que documentalmente não pode provar-se, o mais provável é que tenha nascido em Saint Gaudens de Garona, em França, e que a época foi no início do século XII. Alguns autores situam seu nascimento em Tarazona (Aragão), e outros afirmam que foi em Barcelona. Aparece como canónico em Tarazona, atestado documentalmente por testemunho de seu primeiro bispo, Don Miguel, monge beneditino. Daqui passou a monge do mosteiro cisterciense de Nossa Senhora de Sacala Dei, na Gasconha, e daí foi enviado como prior a nova fundação que Don Bernardo determinou fazer em Espanha.
Se assentaram os novos monges no monte que chamam Yerga, com consentimento do rei. Em 1140 Afonso VII doou-lhes a vila de Nienzabas que havia ficado assolada pelos mouros; aqui fundaram o mosteiro de Nienzabas de que foi abade Raimundo por morte de Durando, em redor do ano 1144. O elegeram abade pela fama que tinha de santo e taumaturgo. Com o título e ofício de abade aparece já na escritura de 1146, a doar o rei ao mosteiro os domínios de Serna de Cervera e Baños de Tudescón, atuais balneários de Fitero. Em 1148 assistiu ao capítulo geral da ordem de Cister, na qualidade de abade; nesse concílio esteve presente o papa Eugénio III, que também era cisterciense. Raymundo trasladou nesse mesmo ano o mosteiro para o melhor sitio de Castejón, recebeu a doação real do castelo de Tulungen e, na herdade doada por Don Pedro Tizón e sua esposa Doña Toda, fundou em 1150 o de Santa María de Fitero de que será o primeiro abade.
Diego de Velasquez é um monge que em tempos passados foi soldado e amigo do rei Sancho.
Raymundo e ele se encontram em Toledo em 1158. Diego ouviu ao rei o grande perigo que corre a praça de Calatrava confiada anos atrás por Afonso VII aos Templários, mas que agora está quase desguarnecida que é no momento a chave estratégica de Toledo. O perigo é grande pela proximidade dos almóadas. Raymundo e Diego pedem ao rei a defesa da praça e com os monges trazidos de Fitero mais um exército formado por camponeses e artesãos conseguem defender a praça e afugentar os mouros. Em prémio, o rei Sancho III lhes concede o domínio de Calatrava onde Raymundo funda no mesmo ano a Ordem com metade de monges obedientes ao toque do sino, e metade soldados obedientes ao toque da trompeta que foi aprovada posteriormente pelo papa Alexandre III, por bula de 25 de setembro de 1164, quando já havia morrido seu fundador. Raymundo morreu em 1163 em Ciruelos e ali se enterrou. Em 1471 se trasladaram seus restos ao mosteiro cisterciense de Monte Leão de Toledo e, desde o século XIX, as relíquias do santo se encontram na catedral de Toledo. Se os crentes atuais quiséssemos impor nossa santa fé com a violência, já teríamos que começar por gerir quem quisesse vender-nos uma bomba de hidrogénio; mas esse pressuposto seria irreconciliável com a dignidade das pessoas e o respeito à sua dignidade, seríamos qualificados imediatamente de fanáticos e fundamentalistas; haveríamos certamente perdido o norte da caridade que qualifica os cristãos como autênticos discípulos de Cristo, e nosso modo de agir suporia una renúncia total aos postulados da convivência democrática.
Desde logo, haveríamos deixado de confiar nos meios de sempre - oração, mortificação e bom exemplo para ser semeadores de paz e de alegria que é o veiculo normal de transmissão da fé, sempre dom do Espírito Santo. Mas, ainda que hoje nos possa parecer impróprio de um santo viver com a espada na mão pela manhã e em oração adorante pela noite, a história é assim; julgar os factos passados com a mentalidade atual é cair no anacronismo.
• Enrique Morse, Santo
Presbítero e Mártir,
Enrique Morse, Santo
Martirologio Romano: En Londres, en Inglaterra, san Enrique Morse, presbítero de la Compañía de Jesús y mártir, que, apresado en diversas ocasiones y exiliado dos veces, fue encarcelado de nuevo en tiempo del rey Carlos I por ser sacerdote y, después de haber celebrado la Misa en la cárcel, ahorcado en Tyburn entregó su alma a Dios (1645).
Fecha de canonización: Fue canonizado el 25 de octubre de 1970, por Pablo VI como uno de los 40 mártíres de Inglaterra y Gales.
Nacido en la Iglesia Anglicana en 1595 en una familia de la pequeña nobleza, cuando estudiaba leyes en Londres, se adhirió al Catolicismo y se ordenó sacerdote en Roma. En 1624 volvió a Inglaterra y realizó sus votos en la Compañía de Jesús estando en prisión, ante su compañero de cautiverio en York, el Padre John Robinson, con quien compartió la cárcel.
A continuación fue desterrado a Flandes. Regresó a Inglaterra, de modo clandestino, ayudó a los enfermos durante una epidemia de peste en 1636, contrajo la enfermedad y salió sano de ella.
Fue retenido y acusado de predicar a los protestantes solicitando su conversión al catolicismo. Fue condenado a muerte en 1645. El día de su ejecución celebró en la cárcel la santa misa.
Camino del cadalso observaron el cortejo los embajadores de países católicos: Francia, España y Portugal, con sus séquitos correspondientes, para rendir homenaje al mártir. En el patíbulo, con la soga en su cuello, declaró profesar su religión y haber trabajado siempre por el bienestar de sus conciudadanos, negando rotundamente que hubiera organizado o participado en conspiración alguna contra el rey, a continuación, rezó en alta voz por la salvación de su alma, por la de sus perseguidores y por el Reino de Inglaterra. Murió ahorcado el 1º de febrero de 1645.
• Trifón de Frigia, Santo
Mártir,
Trifón de Frigia, Santo
Martirologio Romano: En Frigia, conmemoración de san Trifón, mártir (s. inc.)
San Trifón, nació en Lámpsaco (hoy en día Lapseki) en Frigia (Turquía)
Según la tradición oriental, Trifón se dedicó con diligencia al estudio de la Sagrada Escritura y el conocimiento del Santo Evangelio.
En 250, dada la crueldad del Emperador Decio, Trifón fue detenido y torturado por no obedecer el edicto imperial, lo cual requería honrar a los dioses paganos, y por lo cual fue decapitado el 2 de febrero, en Nicea (Asia Menor), a la edad de dieciocho años.
Según las narraciones hagiográficas, de las cuales el documento más antiguo data del siglo VIII, Trifón se presenta como un joven pastor.
San Trifón es muy estimado por el campesino griego para la protección de los cultivos de la invasión de langostas, reptiles, insectos y otras especies de parásitos.
En el siglo VI en Constantinopla, hubo dos Iglesias en honor del santo: la primera ordenada por el emperador Justiniano (565) y la segunda por el emperador Justino II (578). El culto es muy común en muchas ciudades de Italia.
En Roma, hacia el final del siglo X, se construyó una iglesia en Campo Marzio, San Trifón en Posterula, y en la mitad del siglo XVIII sirvió para la ampliación de la actual iglesia de San Agustín.
La iglesia local de San Trifón celebra la fiesta del santo el 10 de noviembre, cuando fueron transferidos los huesos de Kotor hacia Roma, mientras que el Martirologio Romano lo sitúa el 1 de febrero.
• Severo de Ravena, Santo
Bispo,
Severo de Ravena, Santo
Martirologio Romano: En Ravena, en la región de Flaminia, san Severo, obispo (c. 345)
SAN SEVERO DE RAVENA, del latín, "austero" (siglo IV). Obispo. Se carece de datos precisos anteriores a su edad adulta, cuando ejerció el oficio de tejedor de lana. Estaba casado.
Tenía Fama de honesto y era piadoso en la fe de Cristo. Por su ejemplo de vida y según la legislación de la Iglesia en los primeros siglos del cristianismo (cuando los obispos eran varones laicos de notables cualidades), fue designado obispo de la diócesis de Ravena, Italia.
Por humildad, no quería aceptar el cargo; sin embargo, para obedecer la voluntad de Dios, lo hizo. Ejerció su misión con celo pastoral, se enfrentó con valor a las herejías de Arrio (280-336) -quien sostenía que Jesús era un alma excelsa, superior, pero carente de divinidad-, y participó en el concilio de Sárdica (Bulgaria), efectuado de 342 a 343.
Con fama de santidad murió en su sede episcopal hacia el año 389. Su veneración se pierde en la memoria de los tiempos.
Reproducido con autorización expresa de Organización Editorial Mexicana S. A. de C. V
• Outros Santos e Beatos
Completando el santoral de este día,
São Paulo de Trois-Châteaux, bispo
En Augusta Tricastina (hoy Saint-Paul-Trois-Châteaux), en la región de la Galia Vienense, san Pablo, obispo, que dio su nombre a la ciudad (s. IV).
Santo Urso, presbítero
En Augusta Pretoria (hoy Aosta), en los Alpes Grayos, san Urso, presbítero (antes del s. IX).
Santo Sigeberto III, laico
En Metz, en Austrasia, el santo rey Sigeberto III, que fundó los monasterios de Stavelot y Malmedy, así como muchos otros, y se distinguió por su liberalidad en hacer limosnas a las iglesias y a los pobres (656).
São João, bispo
En Saint-Malo, en Bretaña Menor, san Juan (John de la Cratícula), obispo, varón de gran austeridad y justicia, que trasladó su sede episcopal desde Aleth a esa ciudad. San Bernardo lo alabó como obispo pobre, amigo de los pobres y amante de la pobreza (1163).
Beatos Conor O`Devany y Patricio O`Lougham, mártires
En Dublín, en Irlanda, beatos mártires Conor O`Devany, obispo de Down and Connor, de la Orden de los Hermanos Menores, y Patricio O`Lougham, presbítero, los cuales, reinando Jacobo I, fueron ahorcados por ser católicos (1612).
Santos Pablo Hong Yông-Ju e companheiros, mártires
En Seúl, en Corea, santos mártires Pablo Hong Yông-ju, catequista, Juan Yi mun-u, que se ocupaba de los pobres y enterraba los cuerpos de los mártires, y Bárbara Ch’oe Yong-i, que imitaba los ejemplos de sus padres y esposo, muertos degollados por ser cristianos (1840).
39280 > Sant' Agrippano Vescovo e martire MR
91587 > Beato Andrea Conti (De Comitibus) Francescano MR
31300 > Beata Anna (Giovanna Francesca) Michelotti Fondatrice MR
39300 > Santa Brigida d'Irlanda (di Cell Dara) Badessa MR
39310 > Beati Conor O' Devany e Patrizio O' Lougham Martiri MR
39320 > Sant' Enrico Morse (Mowse) Sacerdote gesuita, martire MR
39290 > San Giovanni della Graticola Vescovo MR
90084 > Beato Luigi Variara Sacerdote salesiano MR
39330 > Beate Maria Anna Vaillot e quarantasei compagne Martiri MR
91916 > Beati Martiri di Angers Martiri della Rivoluzione Francese
31250 > Sant' Orso di Aosta Sacerdote MR
39270 > San Paolo di Trois Chateaux Vescovo MR
39340 > Santi Paolo Hong Yong-ju, Giovanni Yi Mun-u e Barbara Ch'oe Yong-i Martiri 92753 > San Raimondo di Fitero Abate MR
40650 > Beato Reginaldo di Orleans Domenicano MR
39350 > San Severo di Ravenna Vescovo MR
92259 > San Sigiberto III il Giovane (Sigisberto) Re d’Austrasia MR
76970 > San Trifone Martire MR
39250 > Santa Verdiana Vergine e reclusa MR
www.es.catholic.net/santoral – www.santiebeati.it – www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português (mas muito incompleta, por falta de tempo) por
António Fonseca
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