Nº 1281
São Teotónio, fundador
Teotónio, Santo
S. Teotónio, segundo a tradição, nasceu em 1082, em Ganfei, concelho de Valença, e foi batizado na igreja do convento de beneditinos daquela freguesia. No mesmo convento aprendeu as primeiras letras e doutrina cristã até aos 10 anos. Foi depois confiado aos cuidados do bispo de Coimbra, Crescêncio, seu tio paterno. Por morte de Crescêncio, passou o santo à cidade de Viseu, onde foi ordenado presbítero. Desde que se viu investido na dignidade sacerdotal, não pensou senão em viver vida mais perfeita; e trabalhou incessantemente na salvação das almas. Pouco depois, Gonçalo, bispo de Coimbra, sucessor de Crescêncio, constituiu-o prior da Sé de Viseu, que nesse tempo estava sujeita ao prelado de Coimbra. Ardendo em desejos de visitar a Terra Santa, deixou o priorado a um seu amigo chamado Honório e partiu em trajo de peregrino. No regresso, pediu-lhe instantemente Honório que retomasse o cargo de priorado; mas o desgosto que o grande servo de Deus tinha pelas coisas da terra, e o sue nenhum desejo de exercer funções de superior, impediram-no de anuir às instâncias do amigo. Não obstante, nunca deixou de pregar a palavra de Deus ao seu povo e de se entregar com a mais sublime dedicação ao socorro dos pobres e à visita dos enfermos. Tendo grandes saudades de Jerusalém, empreendeu segunda vez a viagem. Contemplou com o máximo recolhimento e amor os santos Lugares. Lá, os cónegos regrantes de Santo Agostinho rogaram-lhe que ficasse na companhia deles para se encarregar de os dirigir. Respondeu-lhes Teotónio que não podia aceder aos seus desejos, sem primeiro vir à pátria. Tendo voltado a Portugal e regularizado os seus negócios, tencionava partir pela terceira vez para a Terra Santa, quando o arcediago Telo e mais dez eclesiásticos de Coimbra convidaram Teotónio para fundar uma nova congregação de cónegos regulares de Santo Agostinho, convite que foi secundado pelo bispo de Coimbra. S. Teotónio teve de aceder. Escolheram, pois, no arrabalde da cidade do lado do norte, onde estavam os banhos da rainha, o local em que principiaram a edificar um mosteiro da invocação de Santa Cruz, em 28 de Junho de 1132. A 24 de Fevereiro do ano seguinte, 72 religiosos tomavam no novo mosteiro o hábito e a regra de Santo Agostinho. Quando se tratou da eleição do superior, como o arcediago Telo se escusasse, fundado em sólidas razões, foi eleito por unanimidade Teotónio. É impossível referir os exemplos de eminente santidade que dentro do claustro floresceram neste santo, a sua heroica humildade e austeridade assombrosas, enfim a sua ternura para com a Santíssima Virgem, em cuja honra celebrava aos sábados a missa. Entre todas essas virtudes, que fizeram o ilustre prior digno da admiração de todos, brilhou ele incomparavelmente na amorosa caridade para com os pobres e na compaixão para com os miseráveis. Realizou o grande rei Afonso Henriques várias expedições contra os mouros de Andaluzia e, voltando vitorioso, trouxe entre os cativos africanos muitos cristãos moçárabes, isto é, que viviam misturados com os árabes. Sabendo disto o santo prior, foi ter com o monarca e de tal sorte lhe ponderou o pecado –que um príncipe cristão cometia, trazendo cativos os fieis – que o famoso soberano português, compungido, deu a liberdade a mais de mil homens, sem contar as mulheres e os meninos. Teotónio, ainda não satisfeito com esta ação heroica, deu-lhes domicilio próximo do mosteiro e manteve-os durante muitos anos, como se fora pai de todos. Ordenou também que fossem, dadas todos os dias 24 rações a outras tantas viúvas ou donzelas pobres que estivessem recolhidas, sob a condição de que pedissem a Deus pela vida de D. Afonso Henriques. Iguais esmolas continuaram a dar-se pela mesma intenção, até que, transferida para Coimbra a Universidade, passaram a ser entregues a outros tantos estudantes pobres que frequentassem a Universidade. Contribuiu poderosamente para realçar a eminente virtude de Teotónio a multidão de prodígios que o Senhor operava continuamente por sua intercessão. Com as suas orações afugentava os demónios, sarava os enfermos, entre os quais o próprio rei D. Afonso Henriques e sua esposa a rainha D. Mafalda, e obtinha do céu frequentemente memoráveis triunfos contra os mouros. Foi o que se deu na conquista de Santarém. Desejava Teotónio poder entregar-se unicamente ao serviço do Senhor; pediu e suplicou à sua amada comunidade que elegesse novo superior. Foi o seu discípulo e sobrinho João Teotónio. Tinha o santo regido a comunidade durante vinte anos. Livre já do peso do governo, entregou-se completamente à vida contemplativa. passava em oração os dias e as noites. Conheceu que se aproximava a hora da morte e voou para o Senhor a 18 de fevereiro de 1162. Entre os que admiravam e veneravam este santo, contava-se S. Bernardo, abade de Claraval. No dia seguinte à sua morte foi visto um globo luminoso descer ao meio do claustro do mosteiro, e muitos e prodigiosos milagres então e depois se operaram. Os cónegos tiveram em exposição dois dias inteiros o venerável corpo do glorioso santo para satisfazerem a devoção de inúmeras pessoas que de toda a parte acudiam; e deram-lhe sepultura debaixo do altar do capítulo da mesma casa. Neste lugar se conservou em grande veneração até ao ano de 1630, no qual, à exceção dum braço concedido à igreja de Viseu, foi trasladado para um magnifico sepulcro de jaspe, primorosamente trabalhado. Logo depois ada sua morte, foram tantos os milagres operados por sua intercessão que os bispos de Coimbra e Viseu formaram o processo das suas virtudes e prodígios, e o arcebispo de Braga D. João Peculiar, convocando os mais bispos do reino e usando do poder que ainda tinham os metropolitas, canonizou-o com grande solenidade em 1163, um ano depois da sua morte, canonização aprovada depois por Alexandre III. S. Teotónio é Padroeiro da diocese de Viana do Castelo, Padroeiro Principal da cidade e diocese de Viseu; e menos Principal da cidade e diocese de Coimbra. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt - http://ecclesia.pt Fontes bibliográficas: Franciscanos.org: Artículo de Luis Arnaldich, o.f.m.
Santiebeati.it: Artículo de Fabio Arduino - Cademeusanto.com.br
• Eládio de Toledo, Santo
Arcebispo
Eládio de Toledo, Santo
Martirológio Romano: Em Toledo, em Hispânia, santo Eládio, que, depois de haver dirigido os assuntos públicos no palácio real, foi abade do mosteiro de Agali e, elevado depois ao bispado de Toledo, se distinguiu pelos exemplos de caridade (632). Arcebispo importante elo que fez entre os visigodos toledanos de seu tempo. Teve o bom gosto de admitir ao diaconado a santo Ildefonso que lhe sucederia também na sede arcebispal de Toledo. Passou dezoito anos ao serviço dos cristãos como sucessor dos Apóstolos, desde que morreu Aurásio, seu antecessor no mesmo ministério, e construiu também o templo de santa Leocádia. Seu pai levou antes que ele seu nome e ocupava um cargo importante na Corte. Na família de bons cristãos nasceu Eládio, em Toledo, passando a segunda metade do século VI. Chega a sobressair tanto no cuidado dos negócios e tão merecedor é de confiança que o rei o nomeia administrador de suas finanças ¡um antecedente dos ministros de Fazenda de hoje! Não lhe sobe à cabeça de má maneira a honra, nem as riquezas, nem o poder que seu cargo congrega. Não, não se deixou deslumbrar pela grandeza. Desde sempre era conhecida sua devoção e a fidelidade às práticas de vida cristã. Santo Ildefonso diz dele que «ainda que vestisse como secular, vivia como um monge». E não lhe faltava razão, porque frequentava o retiro monacal do mosteiro Agaliense próximo a Toledo e algo se lhe pegaria. Entre os afãs das contas, recolhas, ajustes e distribuição de dinheiros lhe chega a hora da vocação a coisas mais altas. Há uma mudança de negócio e quem o propõe é o Senhor. Com vontade desprendida deixa bens, afãs terrenos, comodidades, família e muita honra. Tomado hábito, à morte do abade, os monges o elegem para essa sua missão. Depois vem outra morte, porque assim vamos passando os homens. Se resiste Eládio a aceitar a distinção de arcebispo, mas a cadeira toledana necessita um sucessor depois da morte de Aurásio. Os anos não são obstáculo para reformar o testamento eclesiástico, melhorar o estado secular e cuidar o culto divino. Como bispo não pode esquecer aos mais necessitados no material porque sem caridade não há cristianismo credível; e é neste ponto onde seu discípulo e sucessor Ildefonso escreve: «As esmolas e misericórdias que fazia Eládio eram tão copiosas que era como se entendesse que de seu estômago estavam tidos como membros os necessitados, e dele se sustentavam suas entranhas»; este era um motivo mais para cuidar a austeridade de sua mesa arcebispal, devia ser frugal na comida para não defraudar aos pobres. Ainda teve mais atos na sua vida; negociou delicadamente com Sisebuto a árdua questão que pranteava a convivência diária entre as comunidades de judeus e cristãos que era fonte permanente de conflitos religiosos e de desordem social. Morreu em 18 de Fevereiro do ano 632.
• Tarásio, Santo
Patriarca de Constantinopla
Tarásio, Santo
Martirológio Romano: Em Constantinopla, são Tarásio, bispo, insigne por sua piedade e sua erudição, que iniciou o Concilio Niceno II, no qual os Padres defenderam o culto das santas imagens (806). Para nós que vivemos na “civilização das imagens”, assim chamada pela massiva presença dos instrumentos audiovisuais, sobretudo do cinema e a televisão, talvez resulte estimulante a recordação de uma personagem que lutou valentemente pelas “imagens”, ainda que esta não seja sua glória principal e as imagens pelas que ele combateu eram muito mais “sagradas” que as que nos propõe agora a sociedade de consumo. A polémica sobre O culto das imagens, a Chamada luta iconoclasta, contou entre seus protagonistas os imperadores bizantinos León III o Isáurico, Constantino V, Coprónimo e León IV. Khazaras por um lado, e por outro a São João Damasceno e aos patriarcas Germán de Constantinopla e a Tarásio. Na realidade, junto a um conflito ideal, que tratava sobre a ortodoxia, sobre a legitimidade de representar a Deus e ao “mundo celeste”, proibido pela lei judia mas não observado pelos cristãos, os historiadores fazem notar que havia muitas questões de carácter político e até económico: com efeito, os defensores das imagens eram os monges, os únicos verdadeiros opositores do poder imperial.
Tarásio, Santo
Mas, como dizíamos, Tarásio tem também outras glórias. Era de família nobre e havia sido revestido da dignidade de senador e chefe da chancelaria imperial. Ainda que fosse um simples laico, por designação do defunto patriarca Paulo, foi eleito para receber uma difícil herança, que aceitou com a condição de que a imperatriz Irene e o senado se comprometessem a consentir a convocação de um concílio: só assim seria possível restabelecer a ortodoxia e a paz eclesiástica. Isto se conseguiu, não sem dificuldade, no concílio de Nicea de 787. Tarásio foi também um forte defensor da moral cristã e sobretudo do matrimónio, opondo-se com energia ao mesmo imperador Constantino VI, que pretendia dele a sentença de divórcio para poder contrair novas núpcias. Tarásio foi também um grande devoto da Virgem María, a quem saudava assim: “Salve, oh Mediadora de tudo o que há sob o céu; salve, reparadora de todo o universo; salve, oh cheia de graça, o Senhor é contigo, ele que existia antes que tu e nasceu de ti, para viver connosco”. São Tarásio morreu com a idade de 76 anos, em 806 e foi sepultado no santuário “Todos os mártires” do mosteiro fundado no Bósforo.
• João de Fiésole, “Fra Angélico” Beato
Presbítero e Pintor
Juan "Angélico" de Fiésole, Beato
Foi beatificado por João Paulo II a 3 de Outubro de 1982. Menos de dois anos mais tarde, a 18 de fevereiro de 1984, completaram-se 529 anos a contar da sua morte em Roma, em 1455. E Sua Santidade presidiu nesse aniversário às cerimónias do Ano Santo para os artistas, na Igreja romana de Santa Maria “sopra Minerva”, onde jaz Fra Angélico. Nos fins do século XIV, provavelmente em 1387 ou 1395, nasceu, perto de Florença, Guido de Fiésole, sendo filho de Pedro. Em 1417 já aparece como autor dalgumas miniaturas e, por volta de 1420, entra na Ordem Dominicana também em Fiésole, ficando a chamar-se João. Pouco depois, recebe a Ordenação sacerdotal e, quase 20 anos mais tarde, pinta os grandes retábulos da Anunciação e da Coroação para a Igreja do Convento. Entre 1439 e 1445 faz parte da comunidade dominicana de S. Marcos, em Florença, sendo prior Santo Antonino. E pinta espiritualíssimos frescos no claustro, na sala capitular, nos corredores e nas celas. Eugénio IV chama-o a Roma para se encarregar duma capela em S. Pedro e doutra, do Santíssimo Sacramento, no palácio do Vaticano. Ao ser proposto como Arcebispo de Florença, recusa e sugere o nome do seu prior, Santo Antonino, o que se realiza. Pinta em Orvieto e regressa a Roma, onde executa os frescos da capela de Nicolau IV e outros. Depois, é prior dois anos em Fiésole e termina alguns retábulos anteriormente iniciados. Volta a Roma em 1453, onde reside no convento de Santa Maria “sopra Minerva”. Aí falece a 18 de Fevereiro de 1455, sendo sepultado num túmulo de mármore na igreja do mesmo convento, na qual ainda se encontra o esqueleto. Ao celebrar-se o quinto centenário da morte, em 1955, Pio XII discursa sobre “o santo religioso e sumo artista” e manda se trate da causa de beatificação. Foi realmente beatificado em 1982, a 3 de Outubro, conforme dissemos. Na mencionada reunião, dois anos mais tarde, dos cultores de arte, sobretudo da pintura, Sua Santidade encareceu os méritos de quem se entregou aos pincéis como quem se lança a orar, e anunciou ter designado o novo Beato como padroeiro dos artistas. Nessa reunião de 1984, Sua Santidade pronunciou uma homilia de que vamos reproduzir alguns parágrafos:
«Com toda a sua vida cantou a glória de Deus, que trazia como tesouro na profundidade do coração e exprimia nas obras de arte. Fra Angélico permaneceu na memória da igreja e na história da cultura, como extraordinário religioso-artista. (…) Nas suas obras as cores e as formas prostram-se em direção do templo santo de Deus e proclamam uma particular ação de graças ao seu nome. A excepcional, mística fascinação da pintura de Fra Angélico, obriga-nos a deter-nos encantados diante do génio, que a gerou, e a exclamar com o Salmista: Como Deus é bom para com os rectos,/ Para com os que têm o coração puro!. Olhar para o beato Angélico é olhar para um modelo de vida em que a arte se revela como caminho que pode levar à perfeição cristã; ele foi religioso exemplar e grande artista. Cognominado Angélico pela bondade da sua alma e pela beleza das suas pinturas, “Fra Giovanni da Fiésole” foi sacerdote-artista, que soube traduzir em cores a eloquência da palavra de Deus. (…) Nele, a arte torna-se oração. Decretando as honras litúrgicas a “Fra Giovanni da Fiésole” desejei reconhecer a perfeição cristã ao sumo pintor., inovador eficaz e sincero da espiritualidade artística , mas quis também testemunhar o profundo interesse da igreja pelo progresso da cultura e da arte, e pelo diálogo fecundo com elas. (…) Está inscrita na alma humana a chamada à imortalidade. Está inscrita na alma do artista quando – com a obra do próprio talento, do seu génio – procura superar o limite do transitório e da morte. (…) Confio-vos a tarefa de, com o vosso trabalho artístico, fazer compreender ao homem – que vive e sofre o seu drama – que toda a vida está imersa na Redenção, respira a Redenção». Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Angilberto de Centula, Santo
Abade
Angilberto de Centula, Santo
Martirológio Romano: No mosteiro de Céntula, na região da Gália Ambianense, santo Angilberto, abade, que, deixando os cargos palatinos e militares, e com o consentimento de sua esposa Berta, que também recebeu o santo véu, abraçou a vida monástica e regeu com êxito o dito mosteiro (814). Etimologicamente Angilberto = Aquele que porta uma arma brilhante, é de origem germânica. Santo Angilberto foi um franco servidor de Carlomagno, a quem auxiliou como diplomático, abade e poeta. Pertenceu à nobreza franca e foi educado na escola do palácio por Alcuino. Quando Carlomagno enviou a seu filho Pipino a Itália como rei dos lombardos, Angilberto ascendeu ao posto de primicerius palatii, um alto administrador da corte. Como amigo e conselheiro de Pipino, Angilberto o assessorou quando este governou Itália. Foi o mensageiro que levou a carta do sínodo de Frankfurt ao papa Adriano I; foi também embaixador em importantes empresas aos Estados Pontifícios em 792, 794 e 796. Em 790 foi nomeado abade de Saint-Riquier, no norte de França (que nesse tempo era chamada por seu nome romano Centula), onde seu carácter lhe deu posteriormente a fama de santo. Em contraste com muitos de seus predecessores e sucessores, os quais só invertiam quantidades suficientes para a manutenção pessoal e da comunidade, ele inverteu uma grande quantidade de recursos e tempo em reconstruir Saint-Riquier; quando a obra terminou, Carlomagno permaneceu nesse sítio na Páscoa do ano 800. A relação não-sacramental de Angilberto com Berta, a filha de Carlomagno, foi reconhecida pela corte. Tiveram, pelo menos, dois filhos, sendo Nithard um deles, o qual se transformou numa destacada figura a meados do século XIX. Angilberto acompanhou a Carlomagno a Roma no ano 800 e foi testemunha para seu testamento em 814. Os poemas de Angilberto revelam cultura e grande quantidade de conhecimentos, próprios de um "homem de mundo". Foi a cabeça do círculo literário do imperador e é provavelmente o autor de um poema épico, o qual descreve a vida no palácio e a reunião de Carlomagno com León III (esta obra possui uma imagem de Virgílio, Ovidio, Lucano, e Venantius Fortunatus). Entre outros poemas mais curtos se encontram: uma saudação a Pipino a seu regresso da campanha contra os Ávaros (em 796) e uma epístola, a qual revela acidentalmente uma descrição da vida do poeta, em que se lê que habitava numa casa com enormes jardins, próxima ao palácio do imperador. Nesta carta, as referências a Berta, são distantes e respeitosas: seu nome só aparece na lista das princesas as quais saúda ao inicio do texto. Os poemas de Angilberto foram publicados por Ernst Dümmler na Monumenta Germaniae Historica Ingressou no Reino do Pai em 18 de Fevereiro de 814. ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Bernardette Soubirous, Santa
Vidente de Lourdes
Bernadette Soubirous, Santa
Chamava-se Maria Bernarda (ou Bernadette) e nasceu em 1844 em Lurdes (em francês Lourdes), terreola então desconhecida do Sul de França. Era Maria Bernarda, filha dum pobre moleiro, que se viu obrigado a abandonar o moinho e a viver com muitas dificuldades numa casa da povoação. Maria Bernarda, conhecida pelo diminutivo de Bernadette, foi aos treze anos viver com quem fora sua ama; ia destinada a guardar crianças; na realidade foi empregada em guardar ovelhas. Não soube o que era uma escola, ficou analfabeta, mas sabia rezar com fervor o Pai Nosso, a Ave-Maria e o Credo. As aparições que teve já as contamos no texto de 11 de Fevereiro, neste mesmo local.
Imaculada Conceição
A aparição de Nossa Senhora em Lourdes
A identificação, que Nossa Senhora deu de si mesma, “Eu sou a Imaculada Conceição”, foi comentada pelos encarregados de interrogar a Vidente: “Esta resposta não significa nada”. Mas Bernadette insistiu: “Ela disse assim”. E nunca se desmentiu ou contradisse. À volta da gruta de Lurdes acenderam-se as devoções mais fervorosas e as discussões mais acesas.
Quando foi benzida a cripta do Santuário, a multidão dos peregrinos invadiu o hospital, onde estava Bernadette enferma. Em vez de se alegrar, ela sofreu com esse entusiasmo, que dizia não lhe ser devido. Por isso, rogou ser recebida num convento de Nevers, da Congregação que se ocupava do hospital de Lurdes. “Vim para aqui a fim de esconder-me”, disse humildemente. Extenuada, oprimida pela asma, respirava com dificuldade. “Tu sofres muito”, diziam-lhe as suas irmãs de hábito. “É preciso que assim seja”, respondia a jovem religiosa. Aos 22 anos tinha ela chegado a Nevers, onde foi admitida na casa-mãe. Viveu lá mais 13 anos, muitas vezes de cama, e tratada com dureza pelas superioras e irmãs. Sofreu sempre com ânimo e bom humor. Ainda na agonia se lhe ouvi dizer: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora”; alguns momentos depois, soltou o último suspiro, a 16 de Abril de 1879. Tinha pedido orações por si, ainda mesmo depois que falecesse. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Foi beatificada no ano 1935 e o Papa Pío XI a elevou à honra dos altares em 8 de dezembro de 1933. Apenas em França é festejada em 18 de fevereiro, no resto do mundo a data é em 16 de abril. ¿Queres saber mais? Consulta corazones.org
Visita Gruta do Santuário de Lourdes por meio do Sitio Oficial de Lourdes onde poderás também depositar tua intenção de oração, aos pés de Nossa Senhora
• Gertrudis (Catalina) Comensoli, Santa
Fundadora
Gertrudis (Catalina) Comensoli, Santa
Fundadora do Instituto das Irmãs do Santíssimo Sacramento (Sacramentinas)
Martirológio Romano: Em Bérgamo, em Itália, santa Gertrudis (Catalina) Comensoli, virgem, que fundou uma congregação de religiosas para a adoração do Santíssimo Sacramento e a educação da juventude (1903). De família pobre, muito religiosa e crente na História Sagrada pregada pelo pároco nas aulas de Doutrina Cristã, Catalina, que era de inteligência vivaça e de ânimo sensível, vive em casa os mistérios cristãos da fé. Além disso assiste frequentemente à catequese e ao oratório paroquial. Nesta atmosfera de fé se impregna em seu coração o amor à Presença de Jesus na Eucaristia, aprofundando-se a devoção a este mistério pela ajuda de bons confessores, ao ponto de ansiar fortemente fundar um Instituto que tenha como fim a adoração a este insondável mistério. Em 1867 se consagra na Companhia de Santa Ângela Mérici voltando-se mestra das noviças. Seu pai adoece, pelo que ela entra a trabalhar como empregada doméstica em casa da famosa família de dom Giovanni Baptista Rota, um ano depois, é chamada a São Gervásio pela Condessa Ippolita Fè Vitales, cunhada dos nobres Simoni de Bienno, para ser dama de companhia e ajudar com o filhinho que havia nascido em Março de 1871. Fica em São Gervásio aproximadamente 12 anos. Convertida numa mulher sábia, rica em capacidades humanas e em sensibilidades interiores, dona de uma espiritualidade profunda e a uma crescente atenção às necessidades educativas das "jovenzitas" e dos enfermos de São Gervásio, amadurece cada vez mais nela o ideal de fundar um Instituto entregue à adoração e a educação, que concretiza com o encontro em Bérgamo com o Padre Francisco Spinelli. No século XIX era necessário um sacerdote Superior que garantisse o bom funcionamento de um Instituto feminino, posto que se pensava que as mulheres não eram capazes de governar e administrar. De 1879 a 1882 o projeto se vai implementando e, depois de haver sido submetido para sua aprovação ao bispo de Bérgamo Mons. Gaetano Camillo Guindani, o instituto é fundado em 15 de Dezembro 1882. Na cidade e na diocese a iniciativa é bem acolhida, porque é a única sobre o território bergamasco com o objectivo primário da adoração perpétua. A Casa Matriz se abre em Bérgamo, e em pouco tempo outras casas se abrem na Lombardia e em Vêneto. Um derrube financeiro forçou à separação dos dois Fundadores e portanto à divisão em dois Institutos. Em 19 de Janeiro 1889 a Madre Gertrudis escreve: "Este é o dia da terrível catástrofe Meu Jesus, daqui a poucos minutos estarão aqui, vêm a fechar tudo... sustentai-me na dura prova, ajudai-me por caridade. Os homens fecham nossas coisas. Vós selai meu coração dentro de vosso doce e amável Coração, já não me sacareis… sempre tende-me conVosco, meu querido Jesus, faça-se Tua vontade. Ámen.". "…meu pobre instituto, se é de Vosso agrado o sustentareis”. "Tão só Vós podeis levantar-me, tão só Vós ajudar-me. Tão só confio em Vós. ¡único Deus!". (Los Escritos, p. 57, 59; Brescia1981). O sinistro acontecimento parece levar tudo à ruína, mas a Madre Gertrudis, depois de um fugaz pessimismo, o considera uma prova permitida por Deus e reage com forte fé e tenacidade, confiada na Divina Providência, ainda que tenha que refugiar-se junto com as monjas que lhe restam em Lodi, cheia de dor, com paciência e com a esperança da reconstrução. Submetendo-se totalmente à Vontade de Deus "Fazei o que a Vós compraza meu Deus, com que fiqueis glorificado aceito o sofrer qualquer pena. Vossa vontade, não a minha… procuro a pura glória de meu Deus; Ámen” (Los Escritos, p. 58, Brescia1981). Renasce o instituto lozano e vive como uma tenra árvore que há encontrado suas raízes em terreno fértil da oração, do sofrimento, da fé e da humildade; renasce graças à energia e ao equilíbrio da Madre Gertrudis, das monjas que hão colaborado com todas suas forças e com todo o amor de que foram capazes para a realização de um sonho que já lhes pertencia; renasce graças ao concreto e atento sustentáculo do bispo de Lodi, Mons. Giovanni Baptista Rota, natural de Chiari, em cuja família Catalina Comensoli foi doméstica; renasce graças ao bispo de Bérgamo que em 1889 encomenda com diligência as Monjas Sacramentinas a Mons. Rota, e que toma a determinação de reconhecer, com o decreto de 8 de Setembro de 1891, o Instituto das Monjas Sacramentinas de Bérgamo, canonicamente erigido em Lodi com Casa Matriz temporal em Lavagna de Comazzo. A finalidade do instituto é dupla: Adorar a Jesus Sacramentado e Atender obras de caridade para com o próximo segundo las disposições da Divina Providência, tendo como objectivo especial "o educar a juventude". Em 1892 a Madre Comensoli reconquista, ainda que seja por aluguer, a primeira casa de Bérgamo e volta com as monjas, depois de dois anos, à amada Casa Matriz, berço da Congregação a que dá um decisivo e vital impulso. A Madre Gertrudis abre 21 casas antes de sua morte. As monjas, à sua morte, são 179. Atendem: as órfãs, as meninas menores de idade, as estudantes nos pensionatos, os anciãos nos hospitais, os enfermos de pelagra1 e as empregadas domésticas. Além disso colaboram nas paróquias e nos oratórios, abrem centros de estudo e de lavores, ensinam em muitas escolas municipais. A Madre Gertrudis vê o primeiro reconhecimento pontifício do Instituto no Decreto de 11 de Abril de 1900 promulgado por Leon XIII. ¡A obra de Deus estava cumprida! A madre Gertrudis havia dado todas as garantias de continuidade para a adoração pública e perpétua a Jesus Sacramentado, havia infundido em suas monjas o precioso património espiritual da oração, de humildade e de caridade, sobretudo para com os pobres, portanto podia ir ao encontro com seu esposo Jesus. Em 18 de Fevereiro de 1903, ao meio-dia, enquanto estava em adoração a seu amado na igreja, morre. Tinha tão somente 56 anos. Os Decretos de reconhecimento pontifício ao instituto em1906 e de suas Constituições em1910, ambos subscritos por Pío X, não os verá sobre a terra, mas estarão presentes "sempre" suas Monjas Sacramentinas, que se empenham em difundir o Carisma Eucarístico e em expandir o Reino do Coração Eucarístico no mundo. O instituto em 2007 está presente em toda Itália, no Brasil, no Equador, no Malawi, no Quénia, na Bolívia, na Croácia. Entre 1939/1940 as Monjas Sacramentinas também estiveram na Etiópia e China, mas como consequência dos transtornos políticos, as Monjas foram internadas em “campos”, maltratadas e ridiculizadas e logo expulsas em 1943 de Etiópia e em 1951 de China. Em 26 de Abril de 1961 S. S. João Paulo II reconhece as virtudes heroicas da Madre Gertrudis. Um milagre foi atribuído à intercessão da Madre Gertrudis, mesmo que lhe abriu as portas de sua beatificação: em 26 de Julho de 1979 nasceu de parto podálico (sentado), um pequeno que apresentava seus membros inferiores totalmente pegados ao alto, de modo irredutível. O diagnóstico era contractura congénita das articulações inferiores, devido à prolongada imobilidade do feto em tais condições. Em 9 de Agosto, ao término da novena a serva de Deus Gertrudis Comensoli e, sem que houvesse havido nenhuma classe de terapia, espontaneamente, tudo se normalizou e cessaram as dores do recém nascido. Até à data segue bem de suas pernas. O que foi considerado medicamente inexplicável pela comissão médica da Congregação para as causas dos santos, sobretudo, devido à rapidez da cura sem terapia alguma. O Papa João Paulo II beatificou a Soror Gertrudis Comensoli em 1 de Outubro de 1989. Em 26 de Abril de 2009 foi canonizada por S.S. Bento XVI, na dita cerimónia se canonizou também aos santos: Arcangelo Tadini; Bernardo Tolomei; Nuno de Santa Maria Álvares Pereira e Caterina Volpicelli. traduzido para espanhol, por Xavier Villalta 1 Esta enfermidade é comum em certas partes do mundo (por exemplo, em pessoas que consumem excessivas quantidades de maíz). Soa denominar-se como a enfermidade das três D: dermatitis, diarrea e demência, já que se caracteriza por úlceras cutâneas escamosas, diarreia, câmbios na mucosa, ademais de confusão mental e alucinações. A pelagra pode ser consequência de alcoolismo devido às dietas pobres em nutrientes,e neste caso a Niacina. Por conseguinte este padecimento pode ser mortal ou chegar a tal caso à demência.
• Francisco Régis Clet, Santo
Presbítero e Mártir
Francisco Régis Clet, Santo
Martirológio Romano: Na cidade de Uchangfou, na província de Hupei, na China, são Francisco Régis Clet, presbítero da Congregação da Missão e mártir, que durante trinta anos, e no meio de grandes dificuldades, anunciou o Evangelho, mas, denunciado por um apóstata, depois de um longo cativeiro foi estrangulado por sua condição de cristão (1820). São Francisco Regis Clet nasceu em 19 de Agosto de 1748 em Grenoble, décimo dos 15 filhos de Claudina Bourquy e César Clet. Cursou seus estudos no colégio dirigido por sacerdotes diocesanos e os Oratorianos. Foi um estudante brilhante. A Congregação da Missão era conhecida em sua região natal e Francisco se sente atraído a seguir o caminho dos Missionários. Entrou no noviciado em 6 de Março de 1769, em Lyón, no bairro de Fourvier. Foi ordenado sacerdote em 27 de Março de 1773. Seu primeiro apostolado foi de professor do seminário de Mayor de Annecy sendo muito apreciado e nomeado superior. Em Maio de 1778 é nomeado Superior do seminário Interno da Congregação da Missão. Vieram depois os difíceis tempos da "Revolução Francesa". Em 13 de Julho de 1789 São Lázaro foi saqueado e sacerdotes e irmãos tiveram que fugir. O Superior Geral deseja enviar missionários à China, Francisco Regis se oferece e o Superior aceita seu oferecimento. Em Abril de 1791 parte com dois companheiros para a China chegando a Macau em 15 de Outubro. Durante trinta anos se dedicará sem descanso à missão. A missão era difícil. A maioria dos sacerdotes entravam na China ilegalmente. Os Missionários Paúles exerciam seu apostolado em várias províncias ajudados por sacerdotes chineses atendendo a mais de 200.000 cristãos. A situação é perigosa e devem evitar ser reconhecidos. Francisco Regis foi preso em Jinjiagang e conduzido a Nanyang é encarcerado e depois de muitos sofrimentos é sentenciado a morte pelo Imperador com as seguintes palavras: Há chegado secretamente a China, há enganado a muita gente pregando sua doutrina, deve ser estrangulado, sem demora. Finalmente morreu estrangulado numa cruz perto de Outchangfou em 18 de Fevereiro de 1820. Foi beatificado em 27 de Maio de 1900 e canonizado em 1 de Outubro de 2000 junto com 119 mártires de China. Seus restos repousam na Casa Mãe da Congregação da Missão em París.
• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia
Santos Sadoth e cento vinte e oito companheiros, mártires
Em Beth Lapat, no reino dos persas, paixão dos santos Sadoth, bispo de Seleucia, junto com cento vinte e oito companheiros mártires, presbíteros, clérigos e virgens consagradas, que, recusando adorar o sol, foram presos e, depois de cruéis tormentos, sofreram a morte por sentença real (342).
Beato Guillermo Harrington, presbítero e mártir
Em Londres, em Inglaterra, beato Guillermo Harrington, presbítero e mártir, oriundo do condado de York, o qual, durante o reinado de Isabel I, por razão de seu sacerdócio exercido em Inglaterra foi condenado a ser decapitado e alcançou a coroa de martírio em Tyburn (1594).
Beato Juan Pibush, presbítero e mártir
Também em Londres, beato Juan Pibush, presbítero e mártir, que, encarcerado várias vezes reinando Isabel I, foi condenado a morte por causa de sua condição sacerdotal, cumprindo-se a sentença em Southwark, sendo enforcado e seguidamente esquartejado (1601).
Santos João Pedro Néel e companheiros,
Martín Wu Xuesheng, João Zhang Tianshen e João Chen Xianheng, mártires
Em Guizhou, cidade da China, são Juan Pedro Néel, presbítero da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris, que, acusado por pregar a fé cristã, foi atado à cauda de um cavalo e arrastado um longo trajeto, submetido a todo o género de burlas e tormentos, e finalmente degolado. Com ele sofreram o martírio os santos Martín Wu Xuesheng, catequista, Juan Zhang Tianshen, neófito, e Juan Chen Xianheng (1862).
Beato Jorge Kaszyra, presbítero e mártir
Rzeszow, na Polónia, beato Jorge Kaszyra, presbítero da Congregação dos Clérigos Marianistas e mártir, que, durante a ocupação militar em tempo de guerra, foi queimado pelos perseguidores da Igreja por causa de sua fé em Cristo (1943).
41490 > Sant' Angilberto di Centula Abate di Saint-Riquier MR
41500 > Santa Costanza di Vercelli
41470 > Sant' Elladio di Toledo Vescovo MR
92725 > Santa Esuperia di Vercelli
92043 > San Francesco Regis Clet Martire in Cina MR
41650 > Santa Geltrude (Gertrude) Comensoli Fondatrice MR
93069 > Beato Giorgio (Jerzy) Kaszyra Sacerdote e martire MR
41575 > Beato Giovanni da Fiesole (detto Beato Angelico o Fra Angelico) Domenicano MR
41520 > Beato Giovanni Pibush Sacerote e martire MR
41530 > Santi Giovanni Pietro Neel, Martino Wu Xuesheng, Giovanni Zhang Tianshen e Giovanni Chen Xianheng Martiri MR
41510 > Beato Guglielmo Harrington Martire MR
41600 > Santi Massimo, Claudio, Prepedigna, Alessandro e Cuzia Martiri di Ostia
93954 > Beato Mattia Malaventino Mercedario, martire
41460 > Santi Sadoth e centoventotto compagni Martiri MR
42700 > San Tarasio Patriarca di Costantinopoli MR
92325 > San Teotónio Sacerdote MR
http://es.catholic.net/santoral – www.santiebeati.it – www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português
por António Fonseca
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