quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

EVANGELHO, SEGUNDO S. MARCOS - ANO B – 22 DE DEZEMBRO DE 2011




Em continuação…)


A PAIXÃO E A RESSURREIÇÃO DE JESUS
 
 
Prisão de Jesus Jesus estava ainda a falar quando apareceu Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus, da parte dos príncipes dos sacerdotes, dos escribas, e dos anciãos. Ora o que O ia entregar tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beija, é Esse mesmo; prendei-O e levai-O bem guardado!». Logo que chegou, aproximou-se d’Ele, dizendo: «Rabbi», e beijou-O. Os outros deitaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O. Então, um dos que estavam presentes, tirando a espada, feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha. Tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Saístes com espadas e varapaus para Me prender, como se fora um salteador! Estava todos os dias junto de vós, no Templo, a ensinar, e não Me prendestes; mas é para que se cumpram as Escrituras». Então, os discípulos, deixando-O, fugiram todos. Seguia-O um jovem envolto apenas num lençol. Prenderam-no, mas ele, largando o lençol fugiu completamente nu.
 
 
Ante o tribunal dos judeus Conduziram Jesus a casa do Sumo Sacerdote onde se juntaram todos os príncipes dos Sacerdotes, anciãos e escribas. Pedro seguiu-O de longe até dentro do palácio do Sumo Sacerdote onde se sentou com os guardas a aquecer-se ao lume. Ora, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus, para Lhe dar a morte, mas não o encontravam. Muitos depuseram, falsamente contra Ele, mas os seus depoimentos não eram concordes. Alguns ergueram-se e proferiram contra Ele este falso testemunho: «Ouvimo-Lo dizer: Demolirei este templo construído perlas mãos dos homens e em três dias edificarei outro que não será feito pelas mãos dos homens». Mas nem assim concordava o seu depoimento. Então, o Sumo Sacerdote  ergueu-se no meio da assembleia e interrogou Jesus: «Não respondes nada ao que estes depõem contra Ti?» Mas ele continuava em silêncio e nada respondia. O Sumo Sacerdote voltou a interrogá-Lo: «És Tu o Messias, Filho de Deus Bendito?» «Sou, respondeu Jesus, e vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vir sobre as nuvens do céu». O Sumo Sacerdote rasgou, então, as suas túnicas e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E todos sentenciaram que Ele era réu de morte. Depois, alguns começaram a cuspir-Lhe, cobrindo-Lhe o rosto com um véu, e esbofetearam-n’O, dizendo-Lhe: «Profetiza!» E os guardas davam-Lhe bofetadas.
 
 
A negação de Pedro Estando Pedro em baixo, no pátio, chegou uma das criadas do Sumo Sacerdote e, vendo Pedro a aquecer-se, fixou nele os olhos e disse-lhe: «Tu, também estava com o Nazareno, com Jesus». Ele porém, negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que dizes». Depois, saiu para fora, para o vestíbulo, e o galo cantou. A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é dos tais». Mas ele negou segunda vez. Pouco depois, de novo, os presentes disseram a Pedro: «És com certeza um deles, pois és também galileu». Começou então a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem que dizeis». E imediatamente o galo cantou. Pedro recordou-se então, do que Jesus lhe havia dito: «Antes que o galo cante duas vezes, ter-me-ás negado três vezes». E desatou a chorar.
 
 

(continua em 23/12)

Transcrição de António Fonseca

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