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Vaticano II: Destruição, sofrimento e reforma marcaram Concílio, diz português que esteve nos bastidores.
Manuel Oliveira assinala que assembleia foi «uma experiência humana e de fé»
Lisboa, 03 dez 2011 (Ecclesia) – O sofrimento causado pelo abalar de convicções defendidas durante anos e a renovação da Igreja Católica marcaram o Concílio Vaticano II (1962-1965), assinala o português Manuel Oliveira, que participou nos bastidores da assembleia.
O primeiro convidado do ciclo de conferências sobre o Concílio promovidas pelo Colégio Pontifício Português, em Roma, referiu em entrevista a este organismo que assistiu à “destruição do trabalho de preparação que tinha sido feito” até ao encontro.
“O Concílio começou a ser dirigido noutra direção, muito mais ampla, universal e católica, e não, simplesmente, segundo a tradição histórica da Igreja, no sentido de usos, costumes e maneiras de ser tinham deixado de ser atuais”, explicou.
O responsável assistiu ao “sofrimento das pessoas que tiveram de aceitar essa mudança e, por outro lado, daquelas que propunham as alterações mas sabiam que estavam a causar sofrimento a outros”.
O cardeal italiano Alfredo Ottaviani, então responsável pelo Santo Ofício, que em 1965 passou a chamar-se Congregação para a Doutrina da Fé, sentiu-se “completamente destruído na sua visão geral do que deviam ser as resoluções do Concílio”, referiu.
De acordo com o relato do responsável português, a assembleia decidiu-se também por uma “grande mudança” na “colegialidade”, conceito que antes do Concílio causava “oposição” e que constituiu uma “novidade radical” ao realçar que o Papa deve governar a Igreja “junto com os bispos, em comunhão”.
Manuel Oliveira diz que guarda memória “de praticamente tudo”, desde a “preparação” até à “emoção” que sentiu “ao entrar na sala conciliar”: “Foi “uma experiência humana e de fé” testemunhar “a parte humana da Igreja, por um lado, e, por outro, ver o Espírito Santo a trabalhar”.
A próxima sessão do ciclo que marca os 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II está prevista para 8 de março, com a presença do presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o cardeal italiano D. Gianfranco Ravasi.
A conferência conclusiva, “Algumas reflexões com o ‘sentir do depois’ sobre a reforma litúrgica conciliar”, vai ser proferida por monsenhor Crispino Valenziano, a 3 de maio.
“Apesar da distância”, as atividades do Colégio Pontifício Português “são sempre realizadas de olhos postos na Igreja de Portugal e os textos das conferências serão transcritos e traduzidos de forma a que sejam editados como subsídios às comemorações que se realizarão também nas dioceses portuguesas”, indica a instituição.
Nosso agradecimento ao leitor Elmo Correa de Lacerda pela indicação da notícia.
G. M. Ferretti | dezembro 10, 2011 at 9:13 pm | Categorias: Vaticano II | Categories: Vaticano II | URL: http://wp.me/pgELf-4sv
SE ME É PERMITIDO UM COMENTÁRIO PESSOAL, NÃO PERCEBI BEM SE “MANUEL OLIVEIRA” ESTÁ OU NÃO ESTÁS A FAVOR DA TESE QUE ESCREVEU, MAS ESTOU ABERTO À SUA PUBLICAÇÃO NO MEU BLOGUE.
POSSIVELMENTE, AS CONCLUSÕES DO CONCÍLIO PODERÃO NÃO TER SIDO AS MELHORES, MAS FEZ-SE MUITA COISA BOA. SE NO ENTANTO, HÁ COISAS QUE NÃO ESTÃO BEM, MADA MELHOR DO QUE PROPOR UM NOVO CONCÍLIO PARA RESOLVER ESSAS FALHAS E ATUALIZÁ-LAS, DADO QUE O CONCÍLIO JÁ TEM MAIS DE QUARENTA ANOS E MUITO MUDOU NA VIDA DO MUNDO, ALÉM DE QUE COMO TODOS NÓS SABEMOS, TODOS SOMOS FALÍVEIS E NADA É DEFINITIVO. PORTANTO O QUE HÁ A FAZER, SEGUNDO PENSO, É FAZER NOVO CONCÍLIO E FICA TUDO MAIS ATUAL.
NÃO ACHAM? SEMPRE PENSEI QUE SE ALGO ESTÁ MAL, HÁ QUE EMENDAR PARA MELHORAR POIS DA DISCUSSÃO NASCE A LUZ.
ISTO QUE ACABEI DE ESCREVER, É SÓ UMA OPINIÃO, ABSOLUTAMENTE LAICA,E NÃO DESEJO DE FORMA NENHUMA PERTURBAR OUTRAS IDEIAS (!!!)
DESCULPEM A INTROMISSÃO, E OBRIGADO.
LOUVADO SEJA DEUS.
ANTÓNIO FONSECA
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