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(Continuação (26)
LIVRO QUINTO
A BOA NOVA DA PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DE JESUS:
NARRAÇÃO DA PAIXÃO
Agonia no horto – Então, Jesus chegou com eles a um lugar chamado Getsémani e disse aos discípulos: «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar». E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Disse-lhes então: «A Minha Alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai Comigo». E adiantando-Se um pouco mais, caiu com a face por terra, orando e dizendo: «Meu Pai, se é possível passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas, como Tu queres». Voltando para junto dos discípulos, encontrou-os a dormir, e disse a Pedro: «Nem sequer pudeste vigiar uma hora Comigo! Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca». De novo, pela segunda vez, foi orar, dizendo: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-Se a Tua vontade!» Voltou depois e novamente os encontrou a dormir, pois os seus olhos estavam pesados. Deixou-os e foi de novo orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Reunindo-Se finalmente aos discípulos, disse-lhes: «Dormi agora e descansai! Já se aproxima a hora e o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos; já se aproxima aquele que Me vai entregar».
Prisão de Jesus – Ainda Ele falava, quando apareceu Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar, é Esse mesmo. Prendei-O». Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: «Salve, Rabbi!» E beijou-O. Jesus respondeu-lhe: «Amigo, a que vieste?» Então avançaram, deitaram as mãos a Jesus e prenderam-n’O. Um dos doze que estavam com Jesus levou a mão à espada, desembainhou-a, feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha. Jesus disse-lhe: «Mete a tua espada na bainha, pois todos quantos se servirem da espada, à espada morrerão». Julgas que não posso rogar a Meu Pai, que, imediatamente, me enviaria mais de doze legiões de anjos? Como se cumpririam então as Escrituras que dizem que tudo deve acontecer assim?» Voltando-Se depois para a multidão, disse: «Viestes prender-Me com espadas e varapaus como se fosse um ladrão! Eu estava todos os dias sentado no templo a ensinar, e não Me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas». Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.
Jesus perante o tribunal judaico – Os que tinham prendido Jesus, conduziram-n’O à casa do sumo sacerdote Caifás onde os escribas e anciãos do povo, se tinham reunido. Pedro seguiu-O de longe até ao palácio do sumo sacerdote. Aproximando-se, entrou e sentou-se entre os criados para ver o desfecho de tudo aquilo. Os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um depoimento falso contra Jesus, a fim de O condenarem à morte, mas não o encontraram, embora se tivessem apresentado muitas falsas testemunhas. Apresentaram-se, por fim, duas, que declararam: «Este homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias». Ergueu-se, então, o sumo sacerdote e disse-Lhe: «Não respondes nada? Que dizes aos que dispõem contra Ti?» Mas Jesus continuava calado. O sumo sacerdote disse-lhe: «Intimo-Te pelo Deus vivo que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste. E Eu digo-vos: Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu». Então o sumo sacerdote rasgou as vestes dizendo: «Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?» Eles responderam: «É réu de morte». Cuspiram-Lhe depois no rosto e deram-Lhe socos. Outros esbofetearam-n’O, dizendo: «Adivinha, ó Cristo, quem foi que Te bateu?»
As três negações de Pedro – Entretanto, Pedro estava sentado no pátio. Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe: «Também tu estavas com Jesus, o Galileu». Mas ele negou diante de todos, dizendo: «Não sei o que dizes». Dirigindo-se para a porta, foi visto por outra criada que disse aos que ali estavam: «Este também estava com Jesus, o Nazareno». E de novo o negou com juramento: «Não conheço esse homem». Um momento depois, aproximaram-se os que ali estavam e disseram a Pedro: «Com certeza tu és dos Seus, pois a tua maneira de falar denuncia-te». Começou então a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem». No mesmo instante, o galo cantou. E Pedro lembrou-se das palavras de Jesus: «Antes de o galo cantar, Me negarás três vezes». E saindo para fora, chorou amargamente.
(continua em 23/1/2012)
Transcrição de António Fonseca
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