Caros Amigos:
Por motivos já explicados por várias vezes, esta rubrica foi publicada pela última vez em 28 de Julho passado. Desde então decorreram exactamente 4 sábados em que não pude editá-la neste blogue. Hoje, porém, volto a fazê-lo, pelo menos até sobrevir outra interrupção. De qualquer modo e para salvaguardar outro possível intervalo, vou tentar agendar novas publicações para serem editadas durante os sábados do mês de Setembro – talvez não seja um “truque” a seguir, dada a instabilidade com que venho lutando – mas, foi o melhor que encontrei. Desculpem-me e obrigado. António Fonseca
(Post para publicação em 1 de Setembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
POSSO AJUDÁ-LO ?
Num destes dias, entrei num hipermercado movimentado. Gente fervilhando por todos os sectores na azáfama das compras.
Vi, então, aqui e acolá, alguns rapazes e moças com uma ampla camisola vestida onde se lia em grandes letras: POSSO AJUDÁ-LO.
A ajuda que estes funcionários amavelmente oferecem é qualquer informação sobre preços ou localização de produtos.
Mas achei oportuna aquela mensagem estampada nas túnicas: POSSO AJUDÁ-LO.
Cada pessoa – cristã ou não – deve apresentar ao seu mundo: onde vive, onde trabalha, por onde passa – uma mensagem semelhante de solidariedade para com os outros. É que podemos dar uma ajuda valiosa com a nossa palavra, com o nosso conselho, com a nossa presença nas horas difíceis, com o nosso testemunho, com as nossas acções de ajuda material ou moral.
Cada pessoa, em vez de viver fechada com os seus talentos, com as suas capacidades, com o seu dinheiro, com os seus valores espirituais ou materiais, deve apresentar de forma que se veja, se compreenda, uma oferta de ajuda aos demais. POSSO AJUDÁ-LO
Num mundo de confusão e ignorância, num mundo de angústias misturadas com erros e contravalores, num mundo chagado de doenças físicas e morais, há muita gente de olhar faminto de pão e de verdade, buscando um sinal de auxílio, um simples estender da mão de alguém que possa dar alguma ajuda e algum alívio, alguma réstia de felicidade.
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
LADRÃO DE SONHOS
Há uma espécie de ladrões de que nos havemos de acautelar é o ladrão de sonhos.
Há pessoas que projectam a realização de um sonho na vida e alguém, com os seus medos, com o seu pessimismo sombrio, desanima a pessoa e desfaz-lhe o sonho como nuvem passageira.
Eis uma bela história de um sonho realizado.
Um jovem chamado Monty era filho de um treinador de cavalos, que arrastava uma vida ingrata de fazenda para fazenda, de rancho para rancho, de pista para pista. O curso secundário do filho era constantemente interrompido.
No último ano do curso, um professor mandou-lhe escrever o que gostaria de ser quando crescesse. O jovem escreveu sete páginas explicando que o seu objectivo era possuir um rancho de cavalos. Descreveu e desenhou tudo pormenorizadamente e entregou ao professor.
Daí a dias recebeu o seu trabalho com uma nota negativa a vermelho e esta frase: «Procure-me no fim da aula».
O aluno procurou então o professor e perguntou-lhe: «Por que tive esta nota negativa?»
«Porque é um projecto irreal para tio. Não tens dinheiro. Vens de uma família itinerante e pobre. tens de comprar terreno e cavalos. escolhe um projecto menos ambicioso».
O moço regressou a casa triste e desalentado. reflectiu e ao fim de uma semana entregou o trabalho ao professor com esta frase: «Pode ficar com a sua nota negativa, que eu fico com o meu sonho».
O tempo passou. E Monty não desistiu do seu sonho. E disse a um grupo de amigos: «Conto a minha história, porque tenho encaixilhado sobre a lareira aquele meu trabalho escolar. E é curioso que o meu professor trouxe trinta alunos para acampar no meu rancho. Antes de ir embora, disse-me: «Monty, quando era teu professor eu era um ladrão de sonhos. Durante aqueles anos, roubei os sonhos a muitos alunos. Tu tiveste juízo suficiente para não desistires do teu!»
É importante não deixar esfumar os nossos sonhos, não deixar anular os projectos da nossa vocação.
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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