Nº 1411-1 - (261-12) antoniofonseca1940@hotmail.com
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= E U S O U =
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SÃO ROBERTO BELLARMINO
Bispo, Doutor da Igreja (1542-1621)
S. Roberto Bellarmino tem um sentido de simplicidade e naturalidade que dão encanto singular à sua figura. Adaptava-se espontaneamente às ocupações mais variadas e às situações mais diversas. Foi pregador, escritor, controversista, súbdito e superior, consultor das principais Congregações Romanas, Bispo e Cardeal. Entregou-se a cada uma destas ocupações, como se cada uma fosse a sua especialidade. O tempo não era para ele, era para os outros, para a Igreja e para a Companhia de Jesus. Em todos os campos foi sempre simples. Ensinou muito, mas foi mais que professor, foi mestre. Governou muitos anos, mas acima do oficio de superior descobriu-se nele a faceta de pai. escreveu livros científicos, como as Controvérsias e a Explanação dos Salmos, mas sempre com um carácter eminentemente pastoral. E soube explicar no Catecismo as grandes verdades teológicas, pondo-as ao alcance do povo. Dotado duma simplicidade e bondade inatas, compenetrou-se como poucos dos problemas dos homens. Ao mesmo tempo, tinha uma vida de união íntima e efectiva com Deus. As suas seis obras espirituais, principalmente Da Ascensão da mente para Deus, escritas durante os Exercícios, e que estabelecem a quinta-essência da sua espiritualidade, são constante colóquio com o Senhor. Viveu nessa clara zona sobrenatural: nela descobria Deus nos homens e os homens em Deus. Por isso é que ele pôde ser o grande confidente de Deus e dos homens. Vê-se isto, de modo especial, nos três anos em que foi Arcebispo de Cápua: durante eles pôde dedicar-se mais em cheio ao ministério pastoral. Via-se constantemente com os sacerdotes e os pobres. Repartir tudo quanto tinha entre os mais necessitados. Rezava com o seu clero na Catedral, ensinava pessoalmente o catecismo, visitava as povoações, atendia a cada um dos que o procuravam. Não admira que, referindo-se a este período de Cápua, se atrevesse a escrever, sem ofensa para a sua co-natural simplicidade. «Era amado do povo ao qual ele também amava. Os ministros do rei nunca lhe ocasionaram a mais leve moléstia. Veneraram-no sempre pela persuasão que tinham de que era servo de Deus». Transparecia do íntimo do seu ser o amor de Deus que o invadia, mas não se deixou seduzir pelo encanto do amor. Com o seu grande realismo percebeu os perigos do momento. Juntou o amor com o santo temor, não «um temor servil, mas um temor puro e filial como convém aos santos e perfeitos. Um temor que inclui a perfeita caridade, pois aquele que ama com muita veemência, tem medo de ofender o seu Amado». Era um amor que não se apoiava em sentimentos vãos, mas em Deus. Era estar contente com o que Deus lhe dava. «Porque aquele que percebe o que é ser filho de Deus, do Rei dos reis, está unido a Ele com filial amor, contente com o que tem, muito ou pouco, porque não dúvida que seu bondosíssimo Pai lhe conceda, a cada momento, aquilo de que necessita». Este temor de Deus deu a Bellarmino, tão sensível a todo o amor, força para renunciar a tudo aquilo que não podia amar. «Se alguém começa, por inspiração de Deus, a amar a Deus verdadeiramente por si mesmo e ao próximo por Deus, começará a sair do mundo e a diminuir o amor à concupiscência. Aquilo que lhe parecia impossível quando dominava a concupiscência, que um homem via no mundo como se não fosse do mundo, torna-se fácil quando cresce a caridade». O santo, para mostrar a força do amor de Deus de que estava cheio, recorre ao exemplo do amor dum amigo. Deus era seu Amigo e ele era amigo de Deus. «Ninguém sabe melhor as coisas dum amigo que o seu amigo… Assim acontece com quem ama a Deus. Pensa sempre em Deus, procura saber notícias de Deus, está contemplando dia e noite a Escritura, que é como uma série de cartas enviadas do paraíso e assim vem a saber muitas coisas altíssimas e chega a conhecer também com frequência segredos de Deus, coisas futuras e os corações dos homens, porque Deus revela-se aos que O buscam». Foi o amor de Deus que levou Bellarmino a amar de modo especial o Ofício divino e os Salmos. Lê-los é como «ler uma carta que Deus me envia, a mim, carta com que Deus me consola, repreende e instrui». Leva-o a servir-se da escritura como base de discussão com os luteranos, já que «todos os hereges, sem excepção, admitem a palavra de Deus como regra de fé». O amor de Deus levou-o a amar a Igreja como verdadeira esposa de Cristo e ao Sumo Pontífice como Vigário seu. Os ataques dos luteranos contra o Papa repercutiam-se fortemente em seu coração e foram eles que deram ocasião a que se transformasse no paladino do Pontificado. No primeiro livro das Controvérsias explana os seus três grandes amores. Trata da «palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice». O amor de Deus e da Igreja, e a percepção dos perigos que naquele momento corria o Primado, converteram-no em adaíl do Pontificado. No prefácio das Controvérsias indica a razão que o levou a centrar a sua teologia na defesa do Romano Pontífice. É como que a quinta essência do Cristianismo, o fundamento da unidade da fé. Mas não se contentou com defender o Pontificado dos ataques de fora. Lutou para que se desarreigassem os abusos que deram ocasião aos protestantes para as suas críticas. Com liberdade profética, apresentou a Clemente VIII um Memorial em que denunciava os seis grandes abusos que havia na Corte romana e dedicou-se, na medida das suas possibilidades, a extirpá-los. O amor ao Papa não fez dele um adulador servil. Por isso mesmo julgou que era sua obrigação defender a teoria do poder indirecto dos Papas sobre os Estados, e não do poder directo, como queria Sisto V. Não receou fazê-lo, embora a sua decisão lhe custasse ver posta no Índice dos livros proibidos, «até ser corrigida», a obra que escrevera para a defesa do Pontificado: as Controvérsias. Também entendeu que devia lembrar ao papa que ele não era senhor, mas simples administrador da Igreja, e manifestar o carácter abusivo de algumas práticas pontifícias, embora isto o levasse a cair no desagrado de Clemente VIII. Era sempre o amor que imperava nos seus actos. Fez o possível para «Salvar a honra de Sisto V», como escreve na Autobiografia, quando na Biblia editada por este Pontífice «se tinham mudado muitas vezes sem razão e não faltavam pessoas de autoridade que julgavam que aquela Biblia devia ser proibida publicamente». Conseguiu que se tirassem as passagens erradamente mudadas e que se acrescentasse um prólogo e, que se desse a entender que, na primeira edição, por excessivas pressas, tinham escapado algumas erratas. E assim, confessa, pagou ele (Bellarmino) bem por mal ao Papa Sisto». Este amor alimentava-o com uma oração tranquila e frequente, apesar das suas múltiplas ocupações. O Senhor concedeu-lhe em troca o que poderíamos chamar «a mística do serviço de Deus». O seu espírito manteve-se, como o dos grandes místicos, sereno no meio duma vida de intenso trabalho e preocupações. Não há nada que lhe tira a paz, nem sequer o perigo de ser eleito Papa, como candidamente reconhece na Autobiografia. Em virtude desta força, ele, de natural suave e bondoso, toma parte nas disputas teológicas mais importantes da época. Encarnou os problemas da Igreja, as canseiras do Pontificado, sentiu-se perto de todos os que tinham algum problema. Foi desta maneira que tornou visível o seu amor a Deus. Como queria Santo Inácio, vivia com Deus no meio do trabalho e das ocupações. Roberto Bellarmino nasceu em Montepulciano (Itália), em 1542. Morreu em Roma, a 17 de Setembro de 1621. Foi canonizado por Pio XI, a 29 de Junho de 1930. No ano seguinte, foi declarado pelo mesmo papa Doutor da Igreja Universal. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
CHAGAS DE SÃO FRANCISCO
No ano de 1224 renunciou S. Francisco o generalato nas mãos do bem-aventurado S. Pedro; e retirou-se ao monte Alverne para passar ali a sua quaresma em honra de S. Miguel, para se entregar à solidão e ao jejum por espaço de quarenta dias, desde a Assunção da Virgem até ao último dia de Setembro. Retirado pois S. Francisco ao referido monte, e achando-se um dia no mais fervoroso da sua oração, sentiu forte inspiração de abrir o livro do Evangelho, persuadido que havia de encontrar nele o que Deus queria que fizesse. Prosseguiu um instante mais em sua oração e, tomando depois o livro do altar, mandou a frei Leão que o abrisse. Era frei Leão o único companheiro que tinha levado consigo. Abriu-o por três vezes, e em todas saiu a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, por onde entendeu S. Francisco que o que Deus queria era que se fizesse mais semelhante a Cristo crucificado, aumentando o rigor da mortificação e da penitência. Uma manhã, pela festa da Exaltação da Santa Cruz, achando-se em oração, sentiu-se tão abrasado em incêndios do amor divino, e tão inflamado em desejos de ser semelhante a Cristo crucificado, que lhe não pareciam bastantes para o satisfazer todas as penitências do mundo, nem o próprio martírio, quando de repente viu baixar do mais alto do céu um Serafim, que em rapidíssimo voo vinha como a precipitar-se sobre ele. Tinha seis asas resplandecentes: duas erguiam-se sobre a cabeça, duas estendidas para o voo, e com as duas restantes cobria todo o corpo. Mas o mais admirável era que o Serafim parecia estar crucificado, tendo os pés e as mãos cravados numa cruz. Poderemos imaginar quanto seria a admiração e o pasmo, que afectos de amor, de gozo e de compunção excitaria no coração do santo a vista daquele prodígio. Compreendeu então, diz S. Boaventura, que a sua transformação na imagem de Cristo crucificado não havia de ser pelo martírio corporal, mas pela inflamação do espírito e pelos incêndios do divino amor. Durou algum tempo a visão; tendo desaparecido, deixou em seu coração um sentimento maravilhoso e, ao mesmo tempo, outro mais portentoso no seu corpo, porque imediatamente se começaram a manifestar em suas mãos, e em seu pés os sinais dos cravos, como os havia visto no Serafim crucificado; isto é, as mãos e os pés pareciam ter sido cravadas ao centro, descobrindo-se a cabeça dos cravos no interior das suas mãos e no exterior, em cima dos pés, e as pontas rebatidas para a parte oposta. Mo lado direito aparecia uma cicatriz vermelha, como ferida de lança , saindo dela algumas vezes tanta cópia de sangue que lhe ensopava a túnica e roupas interiores. E estes são os estigmas ou as cicatrizes que desde então se começaram a chamar chagas. Achou-se em grande aflição o humilde santo, vendo que não era possível ocultar por largo tempo estes visíveis e maravilhosos sinais da particular bondade do Senhor. Acabados os quarenta dias, desceu do monte como outro Moisés, inflamado o rosto: e por maior cuidado que empregasse para ocultar a todos, ainda àqueles filhos mais queridos e seus familiares, os permanentes sinais de tão insigne favor, cuidou o Senhor de os manifestar por vários milagres. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTA HILDEGARDA
Religiosa (1098-1179)
Santa Hildegarda de Bingen é uma monja beneditina que ficou célebre devido às suas visões, palavras e escritos. Chamaram-lhe Sibila e Profetisa do Reno. O seu prestígio foi o máximo e ela continua a ser glória beneditina e germânica. Nasceu em 1098, pouco depois de S. Bernardino ter visto a luz na França. A questão do sacerdócio e do império continuava, complicava-se. Em 1157, a maior parte do episcopado alemão aderia a Frederico contra o papa Adriano IV. Em 1159, a Renânia começou a estar pelo Imperador contra o papa Alexandre III. As potentes vozes inspiradas de Isabel de Shoenau e da nossa Santa falaram neste sentido ou mantiveram-se neutrais. «O que há de fraco no mundo, foi o que Deus escolheu para confundir a força» (1 Cor 1, 27). Hildegarda foi, toda a vida, bastante doente – talvez histérica, mas sem perturbações profundas. As suas visões não eram alucinações; e convém interpretá-las segundo o estado psíquico da vidente. Ainda muito jovem, via coisas que ninguém mais via. Aos cinco anos, dizia à governanta: «Olha para o lindo vitelinho que está nessa vaca». e descrevia-o. Pouco depois nascia o vitelo, perfeitamente igual à descrição da menina. Chegando aos oito anos, Hildegarda foi confiada à reclusa Jutta. Aprendeu a ler e a escrever, e depois desenvolveu estes germes assimilando um pouco de latim e noções de medicina e história natural. Familiarizou-se com os textos litúrgicos, que são uma Biblia escolhida e assimilada, e com a Regra de S. Bento. O seu grande mestre era o Espírito Santo, e na sua luz encontrava ela a luz (cf. Slm 35, 10). Aos quinze anos recebeu o véu de monja e, depois da morte de Jutta, por 1136, foi colocada à frente da comunidade. Por ordem do céu e animada pelo meio que a rodeava, Hildegarda começou a redigir as suas misteriosas visões. O primeiro secretário foi o monge Volmar. Bastante mais novo que «a sua dulcíssima mãe e santíssima mestra», ele era o seu iniciado, e ela chamava-lhe «o seu único e caríssimo filho». Teve também colaboradores entre os religiosos. Dois monges, a quem recorreu, escreveram-lhe depois a vida. Outro tinha a mania de revestir de belo estilo o que ela lhe comunicava; mas a Santa exigia que a sua inspiração fosse respeitada; e ele em geral obedecia, melhorando apenas o latim e a construção. Assim ajudada, entre 1141 e 1151, escreveu a sua grande obra, o Scivias (Conhece os caminhos do Senhor). É uma espécie de Apocalipse, sobretudo dogmático e um pouco moral. No Liber vitae meritorum ou «Livros dos Méritos», os grandes dados da moral cristã do século XII são oferecidos por baixo duma rica imaginária simbólica. A terceira obra da colossal trilogia hildegardina é o Liber divinorum operum ou «Livro das obras divinas», de ordem sobretudo cientifica. Conserva-se um manuscrito do Scivias, ao que parece do tempo da Santa; apresenta ilustrações de tal precisão e originalidade, que a vidente terá com certeza guiado o artista. Entre as fontes literárias, deixam-se entrever: Hermas, os apócrifos clementinos, Isidoro, Beda, Raban Mauro e Ambrósio Autpert, ao lado da Biblia e dos grandes nomes dos Santos Padres. A alegoria, apreciadíssima no século XII, e mesmo já muito patrística, é usadíssima, como igualmente a astrologia, então em voga. Mas como conciliar esta muito real cultura com as profissões de ignorância e de nulidade absoluta, que Hildegarda multiplica? A explicação está sem dúvida em que a vidente, esmagada pela sua missão profética, reconhece plenamente o seu nada e a acção exclusiva de Deus sobre ela, e como Jeremias gaguejava: «Ah! Senhor Iavé, não sei falar, porque sou ainda criança!» (1, 6). Além desta abundante trilogia, Hildegarda compôs diversas obras de menor importância, sobre assuntos vários, como o tratado de medicina onde encontramos uma receita contra a queda de cabelo; untar o crânio com uma mistura de gordura de urso e farinha de trigo, conservando muito tempo a aplicação. devemos também à santa duas vidas, de S. Disibode e S. Ruperto, cânticos, uma espécie de drama musical em que figuram as virtudes, os profetas, a alma e Satanás. Certas melodias são ousadas. A santa escrevia para vozes mistas, cantando cada uma o correspondente à sua gama. Hildegarda utilizou também uma língua que é desconhecida modernamente. A sua correspondência estende-se a umas trezentas cartas, a papas, imperadores, príncipes, prelados, abades (entre os quais S. Bernardo) e abadessas. Os seus conselhos são simples e desabridos: a religiosas pede que não sejam dançarinas! As obscuras visões e profecias da Santa não foram aprovadas oficialmente pela Igreja. O papa Eugénio III, em 1147, disse unicamente que elas nada tinham contra a doutrina. Afirmou-se ter ela predito o protestantismo; talvez, mas em termos bastante imprecisos. Pelo ano de 1147, Hildegarda teve de presidir a uma mudança das suas filhas duma região fértil para um deserto; Rupertsberg. Julgou-se que Deus assim queria. Mas Rupertsberg, por 1177, veio a cair sob interdito, e a velha abadessa teve de ir defender a sua causa em Mogúncia; autorizara o enterro, na sua igreja, dum homem ferido de censura eclesiástica, talvez por ele ter defendido o papa Alexandre III. Esta monja enfermiça não recuou diante da fadiga, quando se tratava do bem das almas. Esteve na Lorena e nas regiões de Colónia, Tréviros, Vurtzburgo e Bamberga. Acontecia a esta tímida «publicar os seus oráculos» diante de «pastores, doutores e outras pessoas ilustradas». Mas a sua finalidade principal era a visita dos claustros. Morreu octogenária, a 17 de Setembro de 1179. Um inquérito sobre as virtudes e os milagres, ordenado por Gregório IX , foi feito em 1233 por três clérigos moguntinos, mas não chegou a bom termo. Houve todavia um culto de Santa Hildegarda a partir do século XIII. E em 1324 veio uma carta colectiva conceder indulgências a quem visitasse o seu túmulo em Bingen. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATO ALBERTO DE JERUSALÉM
Bispo (1140-1214)
Nasceu em Gualtiéri, na Itália, em 1140, e morreu em S. João de Acre, em 1214. Quando se desfez o reino franco de Jerusalém (1187), refugiaram-se sessenta mil cristãos em S. João de Acre que, devido aos cavaleiros que tinham o seu nome, resistiu até 1292 aos Sarracenos. Em 1205, Inocêncio III enviara para lá um dos seus melhores diplomatas, como bispo. Mal informado, o Papa iludia-se julgando que persuadiria o Sultão do Egipto a restituir a Cidade Santa aos cristãos. E o bispo de Jerusalém, Alberto, não realizou o que se propunha. Teve fim trágico: foi apunhalado dentro da Igreja por um cavaleiro de S. João, a quem se vira obrigado a tirar o cargo. Os carmelitas e as carmelitas consideram o Beato Alberto como próprio legislador. Tinha estudado o género de vida que levavam os eremitas do monte do Carmo. Com esses elementos fez uma Regra, que foi aprovada em Roma em 1128, depois da sua morte; esta regra continua a figurar no princípio das constituições carmelitas. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SÃO PEDRO DE ARBUÉS
Religioso (1440-1485)
Pedro de Arbués nasceu pelo ano de 1440, em Epila, perto de Saragoça. Seus pais eram bons cristãos e nobres; aprendeu, em casa, as primeiras noções, depois estudou em Huesca. Como se distinguia, foi mandado aperfeiçoar-se em Bolonha, o grande centro universitário de Itália, onde o cardeal Gil Albérnez fundara, em 1365, um colégio de Espanha para 24 estudantes do seu país. Uma vez doutorado em teologia e em direito, Saragoça reclamou esta jovem glória e assenhoreou-se dela definitivamente, como cónego regular de Santo Agostinho na igreja metropolitana.é preciso ver Saragoça interpretada por Velásquez no seu quadro do Prado, em Madrid, capital briosa e áspera, que parece entrincheirada e longínqua por trás do seu rio, como se fosse para se manter isolada no seu nobre sonho, longe das personagens do primeiro plano, à frente do espectador. Saragoça é um dos lugares santos da Espanha, com a sua Seo e o seu Pilar, a sua fé e o seu célebre santuário de Nossa Senhora. Pedro fez profissão solene entre os cónegos em 1476. O seu zelo sacerdotal pelas almas tinha muitas formas: confessava, pregava e ensinava. Ao mesmo tempo, observante, cuidadoso de viver segundo a Sagrada Escritura e cheio de desprezo pelo que é temporal e vil. Fernando, o Católico (1479-1516), esse rei que tanto fez para libertar a Espanha das forças antinacionais e anticristãs, insistiu demoradamente junto dos papas Sisto V (1471-1484) e Inocêncio VIII (1484-1402) para estabelecer na Espanha a Inquisição. Obteve-o em 1480, e o primeiro inquisidor da fé para Aragão foi, em 1484, Pedro de Arbués. Não tardou que Pedro se tornasse odioso a alguns Judeus. Só por causa da sua integridade, do seu zelo? Ou mostrou-se duro e cruel? Nenhum documento afirma que ele tenha pronunciado uma sentença de morte ou de tortura. Talvez tenham desaparecido esses documentos acusadores. Mas afinal o caso de um inquisidor honesto, morto vítima do dever, é assim tão impossível? Formou-se uma conspiração contra ele. Acautelaram-no para que tivesse cuidado. Respondeu que, de mau padre que ele era, teria muito gosto de fazer um bom mártir. E uma noite, quando ia para o coro cantar matinas, ajoelhou-se ao passar diante do altar-mor: foi então esganado por alguns judeus. Estava-se no princípio do ofício: o cântico do salmo 94 «invitatório», ia terminar com a ideia terrível da misericórdia divina desgostada por causada da dureza do povo de coração rijo, do povo hebraico. Os cónegos correram para ele: era demasiado tarde. Pedro jazia sobre as lajes ensanguentadas. «Louvado seja Jesus Cristo, disse ele, morro pela santa fé». Tinha no pescoço uma ferida mortal. Levaram-no para casa entre lágrimas. Sobreviveu por dois dias: pedia pelos seus inimigos, consolava os amigos e louvava a Deus. Morreu a 17 de Setembro de 1385. Sem dúvida, o ofício de inquisidor era perigoso. Pedro não foi o primeiro a morrer assassinado. Pedro foi enterrado onde tinha caído. É evidente, para reconciliar a Igreja manchada pelo crime, tinha-se lavado cuidadosamente o sangue. Mas, diante da multidão, ele reapareceu nas lajes, no sítio do martírio; foi possível embeber com ele vários panos. Este prodígio contribuiu notavelmente para engrandecer o morto na estima dos fiéis. O papa Inocêncio X, em 1652, reconheceu o culto que era prestado ao «mestre de Epila». Alexandre VII beatificou-o em 1664. E, por último, Pio IX canonizou-o em 1867. Com Bento XIV entrou ele na edição do martirológio romano de 1748. S. Pedro de Arbués foi também bastante venerado em Portugal. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Roberto Belarmino, Santo
Septiembre 17 Cardenal y Doctor de la Iglesia,
Roberto Belarmino, Santo
Martirologio Romano: San Roberto Belarmino, obispo y doctor de la Iglesia, miembro de la Compañía de Jesús, que intervino de modo preclaro, con modos sutiles y peculiares, en las disputas teológicas de su tiempo. Fue cardenal, y durante algún tiempo también obispo entregado al ministerio pastoral de la diócesis de Capua, en Italia, desempeñando finalmente en la Curia romana múltiples actividades en defensa doctrinal de la fe (1621). Etimológicamente: Roberto = Aquel que brilla por su fama, es de origen germánico. Etimológicamente: Belarmino = Aquel querrero que tiene todas las armas,es de origen germánico. Este santo ha sido uno de los más valientes defensores de la Iglesia Católica contra los errores de los protestantes. Sus libros son tan sabios y llenos de argumentos convencedores, que uno de los más famosos jefes protestantes exclamó al leer uno de ellos: "Con escritores como éste, estamos perdidos. No hay cómo responderle". San Roberto nació en Monteluciano, Toscana (Italia), en 1542. Su madre era hermana del Papa Marcelo II. Desde niño dio muestras de poseer una inteligencia superior a la de sus compañeros y una memoria prodigiosa. Recitaba de memoria muchas páginas en latín, del poeta Virgilio, como si las estuviera leyendo. En las academias y discusiones públicas dejaba admirados a todos los que lo escuchaban. El rector del colegio de los jesuitas en Montepulciano dejó escrito: "Es el más inteligente de todos nuestros alumnos. Da esperanza de grandes éxitos para el futuro". Por ser sobrino de un Pontífice podía esperar obtener muy altos puestos y a ello aspiraba, pero su santa madre lo fue convenciendo de que el orgullo y la vanidad son defectos sumamente peligrosos y cuenta él en sus memorias: "De pronto, cuando más deseoso estaba de conseguir cargos honoríficos, me vino de repente a la memoria lo muy rápidamente que se pasan los honores de este mundo y la cuenta que todos vamos a tener que darle a Dios, y me propuse entrar de religioso, pero en una comunidad donde no fuera posible ser elegido obispo ni cardenal. Y esa comunidad era la de los padres jesuitas". Y así lo hizo. Fue recibido de jesuita en Roma en 1560, y detalles de los misterios de Dios: él entraba a esa comunidad para no ser elegido ni obispo ni cardenal (porque los reglamentos de los jesuitas les prohibían aceptar esos cargos) y fue el único obispo y cardenal de los Jesuitas en ese tiempo. Uno de los peores sufrimientos de San Roberto durante toda la vida fue su mala salud. En él se cumplía lo que deseaba San Bernardo cuando decía: "Ojalá que los superiores tengan una salud muy deficiente, para que logren comprender a los débiles y enfermos". Cada par de meses tenían que enviar a Roberto a las montañas a descansar, porque sus condiciones de salud eran muy defectuosas. Pero no por eso dejaba de estudiar y de prepararse. Ya de joven seminarista y profesor, y luego como sacerdote, Roberto Belarmino atraía multitudes con sus conferencias, por su pasmosa sabiduría y por la facilidad de palabra que tenía y sus cualidades para convencer a los oyentes. Sus sermones fueron extraordinariamente populares desde el primer día. Los oyentes decían que su rostro brillaba mientras predicaba y que sus palabras parecían inspiradas desde lo alto. Belarmino era un verdadero ídolo para sus numerosos oyentes. Un superior enviado desde Roma para que le oyera los sermones que predicaba en Lovaina, escribía luego: "Nunca en mi vida había oído hablar a un hombre tan extraordinariamente bien, como habla el padre Roberto". Era el predicador preferido por los universitarios en Lovaina, París y Roma. Profesores y estudiantes se apretujaban con horas de anticipación junto al sitio donde él iba a predicar. Los templos se llenaban totalmente cuando se anunciaba que era el Padre Belarmino el que iba a predicar. Hasta se subían a las columnas para lograr verlo y escucharlo. Al principio los sermones de Roberto estaban llenos de frases de autores famosos, y de adornos literarios, para aparecer como muy sabio y literato. Pero de pronto un día lo enviaron a hacer un sermón, sin haberle anunciado con anticipación, y él sin tiempo para prepararse ni leer, se propuso hacer esa predicación únicamente con frases de la S. Biblia (la cual prácticamente se sabía de memoria) y el éxito fue fulminante. Aquel día consiguió más conversiones con su sencillo sermoncito bíblico, que las que había obtenido antes con todos sus sermones literarios. Desde ese día cambió totalmente su modo de predicar: de ahora en adelante solamente predicará con argumentos tomados de la S. Biblia, no buscando aparecer como sabio, sino transformar a los oyentes. Y su éxito fue asombroso. Después de haber sido profesor de la Universidad de Lovaina y en varias ciudades más, fue llamado a Roma, para enseñar allá y para ser rector del colegio mayor que los Padres Jesuitas tenían en esa capital. Y el Sumo Pontífice le pidió que escribiera un pequeño catecismo, para hacerlo aprender a la gente sencilla. Escribió entonces el Catecismo Resumido, el cual ha sido traducido a 55 idiomas, y ha tenido 300 ediciones en 300 años (una por año) éxito únicamente superado por la S. Biblia y por la Imitación de Cristo. Luego redactó el Catecismo Explicado, y pronto este su nuevo catecismo estuvo en las manos de sacerdotes y catequistas en todos los países del mundo. Durante su vida logró ver veinte ediciones seguidas de sus preciosos catecismos. Se llama controversia a una discusión larga y repetida, en la cual cada contendor va presentando los argumentos que tiene contra el otro y los argumentos que defienden lo que él dice. Los protestantes (evangélicos, luteranos, anglicanos, etc.) habían sacado una serie de libros contra los católicos y estos no hallaban cómo defenderse. Entonces el Sumo Pontífice encomendó a San Roberto que se encargara en Roma de preparar a los sacerdotes para saber enfrentarse a los enemigos de la religión. El fundó una clase que se llamaba "Las controversias", para enseñar a sus alumnos a discutir con los adversarios. Y pronto publicó su primer tomo titulado así: "Controversias". En ese libro con admirable sabiduría, pulverizaba lo que decían los evangélicos y calvinistas. El éxito fue rotundo. Enseguida aparecieron el segundo y tercer tomo, hasta el octavo, y los sacerdotes y catequistas de todas las naciones encontraban en ellos los argumentos que necesitaban para convencer a los protestantes de lo equivocados que están los que atacan nuestra religión. San Francisco de Sales cuando iba a discutir con un protestante llevaba siempre dos libros: La S. Biblia y un tomo de las Controversias de Belarmino. En 30 años tuvieron 20 ediciones estos sus famosos libros. Un librero de Londres exclamaba: "Este libro me sacó de pobre. Son tantos los que he vendido, que ya se me arregló mi situación económica". Los protestantes, admirados de encontrar tanta sabiduría en esas publicaciones, decían que eso no lo había escrito Belarmino solo, sino que era obra de un equipo de muchos sabios que le ayudaban. Pero cada libro lo redactaba él únicamente, de su propio cerebro. El Santo Padre, el Papa, lo nombró obispo y cardenal y puso como razón para ello lo siguiente: "Este es el sacerdote más sabio de la actualidad". Belarmino se negaba a aceptar tan alto cargo, diciendo que los reglamentos de la Compañía de Jesús prohiben aceptar títulos elevados en la Iglesia. El Papa le respondió que él tenía poder para dispensarlo de ese reglamento, y al fin le mandó, bajo pena de pecado mortal, aceptar el cardenalato. Tuvo que aceptarlo, pero siguió viviendo tan sencillamente y sin ostentación como lo había venido haciendo cuando era un simple sacerdote. Al llegar a las habitaciones de Cardenal en el Vaticano, quitó las cortinas lujosas que había en las paredes y las mandó repartir entre las gentes pobres, diciendo: "Las paredes no sufren de frío". Los superiores Jesuitas le encomendaron que se encargara de la dirección espiritual de los jóvenes seminaristas, y San Roberto tuvo la suerte de contar entre sus dirigidos, a San Luis Gonzaga. Después cuando Belarmino se muera dejará como petición que lo entierren junto a la tumba de San Luis, diciendo: "Es que fue mi discípulo". En los últimos años pedía permiso al Sumo Pontífice y se iba a pasar semanas y semanas al noviciado de los Jesuitas, y allá se dedicaba a rezar y a obedecer tan humildemente como si fuera un sencillo novicio. En la elección del nuevo Sumo Pontífice, el cardenal Belarmino tuvo 14 votos, la mitad de los votantes. Quizá no le eligieron por ser Jesuita (pues estos padres tenían muchos enemigos). El rezaba y fervorosamente a Dios para que lo librara de semejante cargo tan difícil, y fue escuchado. Poco antes de morir escribió en su testamento que lo poco que tenía se repartiera entre los pobres (lo que dejó no alcanzó sino para costear los gastos de su entierro). Que sus funerales fueran de noche (para que no hubiera tanta gente) y se hicieran sin solemnidad. Pero a pesar de que se le obedeció haciéndole los funerales de noche, el gentío fue inmenso y todos estaban convencidos de que estaban asistiendo al entierro de un santo. Murió el 17 de septiembre de 1621. Su canonización se demoró mucho porque había una escuela teológica contraria a él, que no lo dejaba canonizar. Pero el Sumo Pontífice Pío XI lo declaró santo en 1930, y Doctor de la Iglesia en 1931. Antiguamente se lo festejaba el 13 de mayo, en la actualidad su fiesta es el 17 de septiembre, día de su nacimiento al Reino de Dios.
ORACIÓN
Señor Dios, tú que, para defender la fe de la Iglesia y promover su renovación espiritual, diste a San Roberto Belarmino una ciencia y una fortaleza admirables,
concédenos, por la intercesión de este insigne doctor de la Iglesia, conservar y vivir siempre en toda su integridad el mensaje evangélico al que él consagró toda su vida.
Por nuestro Señor Jesucristo, tu Hijo.
Amén.
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• Sátiro, Santo
Septiembre 17 Obispo,
Sátiro, Santo
Hermano de San Ambrosio
Martirologio Romano: En Milán, de la Liguria, sepultura de san Sátiro, cuyos insignes méritos relata su hermano san Ambrosio. Cuando aún no estaba iniciado en los misterios cristianos, sufrió un naufragio sin temor a la muerte, pero, salvado de las aguas, entró en la Iglesia de Dios para no morir con las manos vacías. Unido en íntima y mutua fraternidad a su hermano Ambrosio, fue enterrado por el obispo de Milán junto al mártir san Víctor (377). Etimología: Sátiro = risueño, satírico. Viene de la lengua latina. Sátiro vivió en el siglo IV. Su nombre se quedó eclipsado ante la figura estelar de la Iglesia en aquellos tiempo, san Ambrosio. Era su hermano. Se querían mucho los dos, y ambos emprendieron la carrera que les condujo directamente a la meta de la santidad. Pasaron sus pruebas pero la fe les sostuvo en todo instante. Para que te des cuenta de su valor, Ambrosio escribió estas palabras acerca de él:" Qué haré ahora sin mi hermano tan dulce, tan bueno, mi ayuda, mi consuelo. No sé si llorar o reírme. De los tres hermanos fue san Sátiro el más inteligente e ingenioso". Hizo la carrera de abogado y de administrativo. Su fama le distinguió en Roma porque, sin duda, fue quien hizo las defensas más brillantes entre sus compañeros de Derecho. Le nombraron gobernador de una provincia. Siendo rico, vivía como un pobre. Todo lo que le quedaba del sueldo de un día, lo entregaba alegremente a los pobres. Tardó tiempo en abrazar la fe. Se pasó años de catecúmeno o de preparación para dar el salto a la vida cristiana en profundidad.
Al bautizarse, el pueblo lo eligió en seguida obispo. Viajó por Africa y otros lugares predicando y escribiendo sobre el catecismo. Al volver del continente africano, se encontró con sus hermanos y hermanas. Poco tiempo después, murió en el año 379. ¡Felicidades quien lleve este nombre! Comentarios al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com
• Hildegarda de Bingen, Santa
Septiembre 17 Abadesa,
Hildegarda de Bingen, Santa
Martirologio Romano: En el monasterio de monte San Ruperto (hoy Rupertsberg), cerca de Bingen, en Hesse, santa Hildegardis, virgen, que expuso y describió piadosamente en libros sus conocimientos experimentales, tanto sobre ciencias naturales, médicas y musicales, como de contemplación mística (1179) Etimología : Hildegarda = guerrera vigilante. Viene de la lengua alemana. Nacida en Böckelheim sobre el Nahe en el año 1098; muerta en Rupertsberg cerca a Bingen en el 1179; su fiesta se celebra el 17 de septiembre. Es desconocido el apellido de la familia de esta gran vidente y profetiza, llamada la Sibila del Rin. Los primeros biógrafos dan a sus padres los nombres de Hildeberto y Matilde (o Matilda), hablan de su nobleza y opulencia, pero no dan ningún detalle de sus vidas. Escritores posteriores la llaman Santa Hildegarda de Böckelheim, de Rupertsberg, o de Bingen. Las leyendas la harían una Condesa de Spanheim. J. May (Katholik. XXXVII, 143) muestra mediante cartas y otros documentos que ella probablemente pertenecía a la familia ilustre de Stein cuyos descendientes son los actuales Príncipes de Salm. Su padre era un soldado al servicio de Meginhard, Conde de Spanheim. Hildegarda fue una niña débil y enfermiza, y en consecuencia no recibió más que una poca educación en su hogar. Sus padres, a pesar de estar muy comprometidos en ocupaciones del mundo, tenían una inclinación religiosa y habían prometido a la niña para el servicio de Dios. A la edad de ocho años fue puesta bajo el cuidado de Juta, hermana del Conde Meginhard, que vivía como monja en el Disenberg (o Disibodenberg, la Montaña de San Disibod) en la Diócesis de Speyer. Tampoco aquí le fue dada a Hildegarda más que una mínima instrucción dado que era muy afligida por la enfermedad, estando con frecuencia escasamente capaz de caminar y a menudo privada incluso del uso de sus ojos. Se le enseño a leer y a cantar los salmos en Latín, lo suficiente para el canto del Oficio Divino, pero nunca aprendió a escribir. Más adelante fue investida con el hábito de San Benito e hizo su profesión religiosa. Juta murió en el año 1136, e Hildegarda fue designada superiora. Numerosas aspirantes se unieron a la comunidad y ella decidió irse a otra localidad, impelida además, como ella dice, por un mandato Divino. Escogió Rupertsberg cerca de Bingen en la orilla izquierda del Rin, aproximadamente a quince millas (unos 24 kilómetros) de Disenberg. Tras superar muchas dificultades y obtener el permiso del señor del lugar, el Conde Bernardo de Hildesheim, se estableció en su nuevo hogar con dieciocho hermanas en el 1147 o 1148 (1149 o 1150 según Delehaye). Probablemente en el 1165 fundó otro convento en Eibingen en el lado derecho del Rin dónde una comunidad ya había sido establecida en 1148, el cual, sin embargo, no tuvo éxito. La vida de Hildegarda como niña, religiosa, y superiora fue extraordinaria. Pasando mucho tiempo sola a causa de su frágil salud, desarrollo una vida interior, intentando hacer uso de todo para su propia santificación. Desde sus primeros años fue favorecida con visiones. Ella dice de sí misma: Hasta mi decimoquinto año vi mucho, y relaté algunas de las cosas vistas a otros, quienes inquirían con asombro, de donde podrían venir tales cosas. Yo también me preguntaba y durante mi enfermedad le pregunté a una de mis enfermeras si también veía cosas similares. Cuando contestó que no, un gran temor me poseyó. Frecuentemente, en mi conversación, relataba cosas del futuro, las cuales yo veía como si fueran del presente, pero, notando el asombro de mis oyentes, me volví más reservada. Esta situación continuó hasta el fin de su vida. Juta había notado sus dones y se los había hecho conocidos a un monje de la abadía vecina, pero, al parecer, no se hizo nada en el momento. Cuando tenía aproximadamente cuarenta años de edad, Hildegarda recibió un mandato de divulgar al mundo lo que ella veía y oía. Ella dudó, temerosa de lo qué las personas podrían pensar o decir, a pesar de que estaba plenamente convencida del carácter Divino de las revelaciones. Pero, continuamente urgida, reprendida, y amenazada por la voz interior, manifestó todo a su director espiritual, y a través de él al abad bajo cuya jurisdicción estaba puesta su comunidad. Entonces se le ordeno a un monje que pusiera por escrito cualquier cosa que ella relatara; algunas de sus monjas también la ayudaban con frecuencia. Los escritos fueron sometidos al obispo (Enrique, 1145-53) y al clero de Mainz (Maguncia) que los declaro como provenientes de Dios. La cuestión fue llevada también a conocimiento de Eugenio II (1145-53) quién estaba en Trier (Tréveris) en el 1147. Albero de Cluny, Obispo de Verdun, fue comisionado para investigar e hizo un informe favorable. Hildegarda continuó sus escritos. Muchedumbres de personas se congregaron en torno a ella, provenientes de los alrededores y de todas partes de Alemania y la Galia, para escuchar palabras de sabiduría de sus labios, y para recibir consejo y ayuda en las dolencias corporales y espirituales. Estos no provenían solo de entre la gente vulgar sino que también hombres y mujeres notables de la Iglesia y del Estado eran llevados por las noticias de su sabiduría y santidad. Así por ejemplo, leemos que el Arzobispo Enrique de Mainz (Maguncia), el Arzobispo Eberhard de Salzburgo y el Abad Luis de San Eucario en Trier (Tréveris), le hicieron visitas. Santa Isabel de Schönau era amiga íntima suya y frecuente visitante. Tritemio en su "Crónica" habla de una visita de San Bernardo de Claraval, pero esto probablemente no sea correcto. No sólo en su casa da consejo, sino también en el extranjero. Muchas personas de todos los estados de vida le escribían y recibían respuesta, por lo que su correspondencia es bastante extensa. Su gran amor por la Iglesia y sus intereses la llevo a hacer muchas jornadas; visitaba a intervalos las casas de Disenberg y Eibingen; por una invitación vino a Ingelheim a ver al Emperador Federico; viajó a Würzburg, Bamberg, y la vecindad de Ulm, Cologne (Colonia), Werden, Trier (Tréveris), y Metz. No es verdad, sin embargo, que halla visto París o la tumba de San Martín en Tours. En el último año de su vida Hildegarda tuvo que atravesar una prueba muy dura. En el cementerio adyacente a su convento fue enterrado un joven que había estado una vez bajo excomunión. Las autoridades eclesiásticas de Mainz (Maguncia) exigieron que hiciera sacar el cuerpo. Ella no se consideró obligada a obedecer dado que el joven había recibido los santos oleos y se supone que estaba por consiguiente reconciliado con la Iglesia. Una sentencia de entredicho fue puesta sobre su convento por el capítulo de (Mainz) Maguncia, la sentencia fue confirmada por el obispo Christian (V) Buch que en ese momento se encontraba en Italia. Tras mucha preocupación y correspondencia logro que el entredicho fuera levantado. Murió de santa muerte y fue enterrada en la iglesia de Rupertsberg. Hildegarda fue grandemente venerada en vida y después de su muerte. Su biógrafo, Teodorico, la llama santa, y de muchos milagros se dice haber sido hechos a través de su intercesión. Gregorio IX (1227-41) e Inocencio IV (1243-54) ordenaron un proceso de investigación el cual fue repetido por Clemente V (1305-14) y por Juan XXII (1316-34). Ninguna canonización formal ha tenido lugar , pero su nombre está en el Martirologio Romano y su fiesta es famosa en las Diócesis de Speyer, Mainz (Maguncia), Trier (Tréveris), y Limburg, también en la Abadía de Solesmes dónde un oficio propio es cantado (Brev. Monast. Tornac., 18 Sept.). Cuando el convento de Rupertsberg fue destruido en 1632 las reliquias de la santa fueron llevadas a Colonia y más tarde a Eibingen. En la secularización de este convento, fueron colocadas en la iglesia parroquial del lugar. En 1857 un reconocimiento oficial fue hecho por el Obispo de Limburg y las reliquias fueron puestas en un altar especialmente construido. En esta ocasión el pueblo de Eibingen la escogió como patrona. El 2 de julio del 1900, fue puesta aquí la piedra angular para el nuevo convento de Santa Hildegarda. El trabajo fue comenzado y completado a través de la munificencia del Príncipe Karl de Löwenstein, y las monjas Benedictinas de San Gabriel en Praga entraron a la nueva casa (17 Sept., 1904). Todos los manuscritos encontrados en el convento en Eibingen fueron transferidos en 1814 a la biblioteca estatal en Wiesbaden. De esta colección el primero y mayor trabajo de Santa Hildegarda es el "Scivias" (Scire o vias Domini, o vias lucis), parte del cual había sido presentado al Arzobispo de Mainz (Maguncia). Ella lo comenzó en 1141 y trabajó en él durante diez años. Es una producción extraordinaria y difícil de entender, todo el profético y admonitorio al estilo de Ezequiel y el Apocalipsis. En la introducción ella habla de sí misma y describe la naturaleza de sus visiones. Siguen tres libros, el primero contiene seis visiones; el segundo da siete visiones y tiene alrededor del doble el tamaño del primero; el tercero, igual en tamaño a los otros dos juntos, tiene trece visiones. El "Scivias" representa a Dios en Su Santa Montaña con la humanidad en la base; narra la condición original del hombre, su caída y redención, el alma humana y sus luchas, el Santo Sacrificio de la Misa, los tiempos por venir, el hijo de perdición y el fin del mundo. Las visiones se entremezclan con admoniciones saludables a vivir en el temor del Señor. Los manuscritos del "Scivias" están también en Cues y en Oxford. Fue impreso por primera vez en París (1513) en un libro que contiene además los escritos de varias otras personas. Fue impreso de nuevo en Colonia en 1628, y fue reproducido por Migne, PL 197. El "Liber vitae meritorum" escrito entre 1158 y 1163, es una descripción pintoresca de la vida de un Cristiano virtuoso y de su contrario. Fue impreso por primera vez por Pitra, "Analecta Sacra", VIII (Monte Cassino, 1882). El "Liber divinorum operum" (1163-70) es una contemplación de toda la naturaleza a la luz de fe. El sol, la luna, y las estrellas, los planetas, los vientos, los animales, y el hombre, son en sus visiones expresión de algo sobrenatural y espiritual, y como ellos vienen de Dios deben conducir a Él (Migne, el loc. cit.). Mansi, en "Baluzii Missell". (Lucca, 1761), II, 337, lo toma de un manuscrito perdido desde entonces. Su "Carta a los Prelados de Mainz (Maguncia)" con respecto al entredicho puesto sobre su convento es colocada aquí entre sus trabajos por el manuscrito de Wiesbaden; en otros manuscritos está ubicado entre sus cartas. El manuscrito de Wiesbaden le anexa nueve pequeños ensayos: Sobre la Creación y la caída del hombre; el trato de Dios a los renegados; sobre el sacerdocio y la Santa Eucaristía; sobre la unión entre Cristo y la Iglesia; sobre la Creación y la Redención; sobre los deberes de los jueces seculares; sobre las alabanzas a Dios con oraciones entremezcladas. "Liber Epistolarum et Orationum"; el manuscrito de Wiesbaden contiene las cartas de y para Eugenio III, Anastasio V, Adrian IV, y Alejandro III, El Rey Conrad III, el Emperador Federico, San Bernardo, diez arzobispos, nueve obispos, cuarenta y nueve abades y prebostes de monasterios o capítulos, veintitrés abadesas, muchos sacerdotes, maestros, monjes, monjas, y comunidades religiosas (P. L., loc. cit.). Pitra pone muchas adiciones; L. Clarus las editó en una traducción alemana (Ratisbon, 1854). "Vita S. Disibodi" y "Vita S. Ruperti"; éstos "Vitae", los cuales además Hildegarda declara ser revelaciones, fueron probablemente producto de las tradiciones locales y siendo, sobre todo la de San Ruperto, de fuentes muy exiguas; tienen sólo valor de legenda. "Expositio Evangeliorum" cincuenta homilías en alegoría (Pitra, el loc. cit.). "Lingua Ignota"; el manuscrito, en once folios con una lista de novecientas palabras de un idioma desconocido, principalmente sustantivos y sólo unos pocos adjetivos, una explicación en latín, y en algunos casos en alemán, junto con un alfabeto desconocido de veintitrés letras impreso por Pitra. Una colección de setenta himnos y sus melodías. Un manuscrito de esto está también en Afflighem, impreso por Roth (Wiesbaden, 1880) y por Pitra. No sólo en este trabajo, sino en otros lugares Hildegarda exhibe elevados dotes poéticos, transfigurados por su persuasión íntima de una misión Divina. "Liber Simplicis Medicinae" y "Liber Compositae Medicinae"; el primero fue editado en 1533 por Schott en Strasburgo como "Physica S Hildegardis", El Dr. Jessen (1858) encontró un manuscrito de este en la biblioteca de Wolfenbuttel. Consiste de nueve libros que tratan de las plantas, de los elementos, de los árboles, de las piedras, de los peces, de los pájaros, de los cuadrúpedos, de los reptiles, de los metales, impresos por Migne como "Subtilitatum Diversarum Naturarum Libri Novem." En I859, Jessen logró obtener de Copenhague un manuscrito titulado "Hildegardis Curae et Causae", y examinándolo comprobó satisfecho que era el segundo trabajo médico de la santa. Consiste en cinco libros y tratados de las divisiones generales de las cosas creadas, del cuerpo humano y de sus dolencias, de las causas, síntomas, y tratamiento de enfermedades. "38 Solutiones Quaestionum" son las respuestas a preguntas propuestas por los monjes de Villars a través de Gilberto de Gembloux sobre varios textos de la Escritura (P. L., loc. el cit.). "Explanatio Regulae S. Benedicti", también declarado revelación, exhibe la regla tal como la entendía y aplicaba en esos días por un superior inteligente y moderado. "Explanatio Symboli S. Athanasii", una exhortación dirigida a sus hermanas en religión. El "Revelatio Hildegardis de Fratribus Quatuor Ordinum Mendicantium", y las otras profecías contra los Mendicantes, etc., son falsificaciones. El "Speculum futurorum temporum" es una adaptación libre de textos escogidos de sus escritos hecha por Gebeno, prior de Eberbach (Pentachronicon, 1220). Algunos impugnarán la autenticidad de sus escritos, entre otros Preger en su "Gesch. der deutchen Mystik", 1874, pero sin razones suficientes. (Ver Hauck en "Kirchengesch. Deutschl", IV,398 sqq). Su correspondencia es para ser leída con cautela; tres cartas de papas han sido probadas falsas por Von Winterfeld en "Neue Archiv", XXVII, 297. La primera biografía de Santa Hildegarda fue escrita por los monjes contemporáneos Godofredo y Teodorico. Guilberto de Gembloux comenzó otra.
• Francisco María de Camporosso, Santo
Septiembre 17 Religioso Capuchino,
Francisco María de Camporosso, Santo
Martirologio Romano: En Génova, de la región de la Liguria, san Francisco María de Camporosso, religioso de la Orden de Hermanos Menores Capuchinos, que fue eximio por su caridad para con los pobres y por su entrega al bien y salvación de sus vecinos enfermos, haciéndose ofrenda como víctima de la peste arrasadora (1866). En 1804 en Camporoso, una localidad que se encuentra apenas se cruza la frontera francesa-italiana, nació en el seno de una familia humilde un niño a quien pusieron por nombre Juan, quien al igual que sus hermanos, recibió una educación religiosa muy simple, pero eso si, sin descuidar nunca a la Misa y la oración. Como hacia falta manos para el trabajo en campo, apenas tuvo edad para hacer faenas, el padre lo puso a guardar el ganado. A los 18 años el santo conoció a un hermano del convento de los monjes menores, y despertó en él el deseo de consagrarse al servicio de Dios. Fue admitido como terciario en el convento franciscano de Sestri Ponente y queriendo tener una vida de mayor austeridad, solicitó su ingreso entre los frailes menores capuchinos. Al año siguiente hizo su profesión en Génova, cambiando su nombre a Francisco María, y se le envió a trabajar en la enfermería para el cargo de gestor, cuyo oficio consistía en pedir limosna de puerta en puerta. En numerosas ocasiones, San Francisco recibió rotundas negativas por parte de los genoveses que no estaban muy dispuestos a ayudar a los religiosos, pero preservó con inagotable paciencia durante 10 años y llegó ser el mejor limosnero conocido en la ciudad donde ninguno de sus habitantes lo trataba mal o le negaba algo. Se le atribuyeron numerosos milagros y curaciones de enfermos, y toda Génova lo llamaba Padre Santo pues él era un verdadero padre para todos los pobres y afligidos que acudían a él. Una terrible epidemia de cólera devastó la ciudad, y San Francisco, abatido y casi inmovilizado por una dolorosa operación, ofreció al Padre Celestial su vida a cambio del cese de la epidemia. El 15 de setiembre fue atacado por la enfermedad y dos días después falleció, disminuyendo la fuerza de la epidemia hasta que cesó completamente. El Papa Juan XXIII lo canonizó el 9 de diciembre de 1962.
• Querubin Testa de Avigliana, Beato
Septiembre 17 Sacerdote Agustino,
Querubin Testa de Avigliana, Beato
Perteneciente a la noble familia Prueba, Querubín nació en Avigliana, provincia de Turín (Italia), el año 1451. Abrazó en edad temprana la vida religiosa y vistió el hábito de los Ermitaños de S. Agustín en el convento local de la Orden, fundado por el beato Adriano Berzetti de Buronzo. Allí llevó, hasta al final de su breve existencia, una austera vida de mortificación y santidad, marcada siempre por un profundo espíritu de obediencia y una inmensa piedad. Se distinguió, además, por su pureza y por una particular profunda devoción a la Pasión de Cristo, hasta el extremo de pasar gran parte del día llorando, en extática contemplación de Jesús crucificado. Querubín murió, con sólo veintinueve años, el 17 de septiembre de 1479, en el convento de Avigliana. Se cuenta que, en el momento mismo en que exhaló el último aliento, las campanas del lugar comenzaron a tocar por sí solas, como para anunciar a los cuatro vientos el feliz tránsito de su alma al paraíso. En una pintura existente tiempo atrás en el claustro del antiguo convento agustino de Tolentino, en las Marcas, el beato Querubín estaba representado con la aureola del santo, una azucena florecida sobre el corazón y un crucifijo en la mano derecha. Bajo la imagen se podía leer la siguiente inscripción: Beatus Cherubinus de Aviliana, conventus S. Augustini Avilianae magnus splendor. La razón por la que fue representado con la azucena floreciente que salía del corazón, es explicada por algunos antiguos escritores agustinos, como, por ejemplo, Torelli y Elsen, con el hecho de que advirtiendo algunos religiosos que surgía una suave fragancia de su sepulcro cada vez que pasaban delante del mismo para ir al coro, se decidió exhumar el cuerpo del beato para trasladarlo a una sepultura más digna; y al abrir el sepulcro todos pudieron ver que una azucena perfumada había brotado milagrosamente del corazón de Querubín. Tales prodigios, ocurridos después de su muerte, favorecieron la inmediata afirmación del culto en su honor, conservado siempre vivo, e hicieron posible conseguir la solemne confirmación por parte de Pío IX, el 21 de septiembre de 1865
• Columba de Córdoba, Santa
Septiembre 17 Mártir,
Columba de Córdoba, Santa
Martirologio Romano: En Córdoba, en la región hispánica de Andalucía, santa Columba, virgen y mártir, que en la persecución desencadenada por los árabes confesó espontáneamente su fe ante el juez y demás magistrados, por lo que fue degollada frente a las puertas del palacio (853). Etimología: Columba = paloma, viene del latín Vivió en Córdoba bajo el dominio musulmán durante el siglo IX. Santa Columba de Córdoba fue decapitada por los musulmanes en el monasterio de Tabanos en 853, y su cuerpo arrojada al Guadalquivir mutilado. Sin embargo, cuando encontraron sus restos Columba estaba intacta.
• Lamberto de Maastricht, Santo
Septiembre 17 Obispo y Mártir,
Lamberto de Maastricht, Santo
Martirologio Romano: En Lieja, de Austrasia (hoy Bélgica), pasión de san Lamberto, obispo de Maastricht y mártir, que, desterrado, se retiró al monasterio de Stavelot y tiempo después, restituido a la sede, mientras desempeñaba brillantemente la función pastoral, siendo inocente fue asesinado por los enemigos de la Iglesia (c. 705). San Lamberto Nació en Maastrich, Holanda, y llegó a brillar en los campos de batalla, pero luego siguió la vocación que el Señor le inspiró y se ordenó sacerdote. Más tarde fue obispo de su ciudad natal. Gozó de estrecha amistad con el rey Childerico II, rey de Austrasia; pero, asesinado este monarca en 673, San Lamberto fue depuesto y expulsado de la sede por su sucesor, quien puso en el obispado a un hombre malvado e ignorante, Faramondo. Se retiró entonces a la abadía de Stavelot, en Bélgica. Allí vivió durante siete años tan humilde, obediente y fervoroso como un joven novicio. A la muerte de Ebronio Pepino de Heristal le fue a buscar para volverle a su sede. Este príncipe débil se amancebó con Alpayda y el obispo le reprendió su pecado. La depravada hembra se deshizo del santo valiéndose de Dodón, que asesinó al obispo de Maestricht en 696. En el lugar de su martirio se construyó una iglesia, y Leija, que no era más que una aldea, se convirtió en una ciudad importante por el influjo de peregrinos. Hoy día, ciento cuarenta iglesias belgas llevan su nombre.
• Segismundo Félix Felinski, Santo
Septiembre 17 Obispo y Fundador,
Segismundo Félix Felinski, Santo
Martirologio Romano: En Cracovia, ciudad de Polonia, beato Segismundo Félix Felinski, obispo de Varsovia, que en medio de grandes dificultades trabajó por la libertad y la instauración de la Iglesia, y, para atender a las necesidades del pueblo, fundó el Instituto de las Hermanas Franciscanas de la Familia de María (1895). Etimológicamente: Segismundo = Aquel que defiende la victoria Segismundo Félix Felinski (1822-1895) arzobispo de Varsovia y fundador de las Hermanas Franciscanas de la Familia de María, nació el 1 de noviembre de 1822 del matrimonio formado por Gerard Felinski y Eva Wendorff, en Wojutyn en Volinia (actualmente Ucrania), en lo que entonces era territorio ruso. Fue arzobispo de Varsovia por 16 meses, pasó 20 años en el exilio en Siberia, pasó 12 años en el semiexilio como tit. Arzobispo de Tarso y párroco en el país. Murió en Cracovia que entonces pertenecía a Austria, el 17 de septiembre de 1895. De hecho, pasó 58 de sus 73 años en un territorio que pertenecía al imperio ruso. Figura nacional y espiritual Él es venerado como Pastor en el exilio, un apóstol de la armonía nacional y la unidad en el espíritu del Evangelio, un modelo de dedicación sacerdotal. Como arzobispo de Varsovia y fundador de una congregación religiosa, ejerció sus funciones y obligaciones como un "Buen Pastor" con gran fortaleza, amor y coraje, manteniendo siempre una cuidadosa vigilancia sobre sí mismo. Escribió: "estoy convencido de que al mantener mi corazón incontaminado, que vive en la fe y de amor fraterno hacia mi prójimo, no estoy fuera del camino. Tan sólo ese es mi tesoro y él no tiene precio". Familia El tercero de seis hijos, dos de los cuales murieron a temprana edad, fue criado con la fe y la confianza en la Divina Providencia, el amor a la Iglesia y a la cultura polaca. Cuando Segismundo tenía 11 años su padre murió. Cinco años más tarde, en 1838, su madre fue detenida por los rusos y enviada al exilio en Siberia por su participación en actividades patrióticas. Aquella actividad patriótica consistía en trabajos para mejorar las condiciones sociales y económicas de los agricultores. Educación y antecedentes Segismundo tuvo una buena educación. Después de completar la escuela secundaria, estudió matemáticas en la Universidad de Moscú de 1840-1844. En 1847 se trasladó a París, donde estudió Literatura Francesa en la Sorbona y el Collège de France. Conocía a todas las figuras importantes de la emigración polaca, por ejemplo: Adam Mickiewicz. Fue amigo del poeta nacionalista Juliusz Slowacki quien murió después de la revuelta de Poznan. En 1848, participó en la revuelta de Poznan, misma que fracasó. Desde 1848-50 fue tutor de los hijos de Eliza y Zenon Brzozowski en Munich y París. En 1851 regresó a Polonia y entró en el seminario diocesano de Zytomierz. Estudió en la Academia Católica de San Petersburgo. El 8 de septiembre de 1855 el Arzobispo Ignacy Holowinski, Arzobispo de Mohilev lo ordenado. Fue asignado a la Parroquia de los Padres Dominicos de Santa Catalina de Siena en San Petersburgo hasta 1857, año en el que el obispo lo nombró director espiritual y profesor de filosofía de la Ecclesiastical Academy. En 1856 fundó la organización benéfica llamada "Rescate de los Pobres" y en 1857 fundó la Congregación de las Hermanas Franciscanas de la Familia de María. Arzobispo de Varsovia El 6 de enero de 1862, el Papa Pius IX designó a Segismundo Felinski Arzobispo de Varsovia. El 26 de enero de 1862 el Arzobispo Zylínski lo consagró en San Petersburgo. El 31 de enero partió hacia Varsovia ciudad a la que llegó el 9 de febrero de 1862. Los rusos, aniquilaron brutalmente el levantamiento Polaco contra Rusia que tuvo lugar en Varsovia el año 1861, dando lugar a un estado de sitio. Como respuesta a las bruscas medidas de los rusos, las autoridades eclesiásticas cerraron todas las iglesias durante cuatro meses. El 13 de febrero de 1862, el nuevo Arzobispo consagró nuevamente la catedral de Varsovia; el Ejército ruso lo había profanado el 15 de octubre de 1861. El 16 de febrero ordeno que se abrieran nuevamente todas las iglesias de la ciudad con la celebración solemne de la Exposición de Cuarenta Horas del Santísimo Sacramento. Segismundo Felinski fue Arzobispo de Varsovia durante 16 meses, del 9 de febrero de 1862 al 14 de junio de 1863. Fueron tiempos difíciles dado los enfrentamientos diarios entre los usurpadores rusos que tenían el poder y el Partido Nacionalista. Desafortunadamente, él encontró una atmósfera de desconfianza de parte de algunos ciudadanos e incluso de una parte del clero, todo debido a que el gobierno ruso, mediante engaños, les hizo pensar que el Arzobispo Felinski colaboraba secretamente con el gobierno. El Arzobispo siempre dejó en claro que tan sólo estaba al servicio de la Iglesia. También trabajó por la supresión sistemática de toda interferencia gubernamental en los asuntos internos de la iglesia. Reformó la diócesis para lo cual hacía visitas regulares a las parroquias y a las organizaciones caritativas dentro de la diócesis de modo de poder entender y conocer sus necesidades. Modificó los programas de estudio de la Ecclesiastical Academy de Varsovia y de los seminarios diocesanos, dando un nuevo ímpetu al desarrollo espiritual e intelectual del clero. Hizo todos los esfuerzos posibles para liberar a los sacerdotes encarcelados. Los animó a proclamar el Evangelio abiertamente, a catequizar a sus feligreses, a iniciar escuelas parroquiales para así lograr que las nuevas generaciones sean más serias, devotas y honestas. Cuidó de los pobres y huérfanos, comenzando un orfanato en Varsovia que confió a las Hermanas de la Familia de María. En la gestión política trató de impedir que su nación se lanzase precipitadamente en una visión imprudente y desconsiderada. Como una muestra de su protesta contra la sangrienta represión ejecutada por los rusos a la “Rebelión de enero” de 1863, el Arzobispo Felinski dimitió al Consejo de Estado y el 15 de marzo de 1863 escribió una carta al Emperador Alexander II, impulsándolo a acabar con la violencia. De la misma manera protestó contra el ahorcamiento del frayle capuchino Agrypin Konarski, “capellán de los rebeldes”. Su intrepidez e intervenciones rápidamente ocasionaron que Alexander II lo enviara al exilio. Exiliado a Siberia durante 20 años De hecho, el 14 de junio de 1863, él fue deportado de Varsovia a Jaroslavl, en Siberia, donde él pasó, por ordenes directas del Zar, los siguientes 20 años totalmente incomunicado de Varsovia. Encontró un modo de organizar los trabajos de caridad para ayudar a sus compañeros de prisión y sobre todo a los sacerdotes. A pesar de las restricciones de la policía rusa, logró recaudar fondos para construir una Iglesia católica que más tarde se convirtió en parroquia. La gente se sorprendía de su actitud espiritual y tarde o temprano comenzaron a llamarle “el santo obispo polaco”. Semiexilio en la región de Cracovia En 1883, después de negociaciones entre la Santa Sede y Rusia, el Arzobispo Felinski fue liberado y el 15 de marzo de 1883, el Papa Leo XIII lo transfirió de la Sede de Varsovia a ser Arsobispo titular en Tarso. Como clérigo de la capilla pública de la casa señorial de los Condes Keszycki y Koziebrodzki, proyectó una intensa actividad pastoral. De su propio peculio, estableció en el pueblo la primera escuela y un jardín de infancia. Construyó una iglesia y el convento para las Hermanas Franciscanas de la Familia de María. Murió en Cracovia el 17 de septiembre de 1895 y donde fue enterrado el 20 de septiembre. Más tarde sus restos fueron trasladados a Dzwiniacza (el 10 de octubre de 1895). Finalmente en 1920 sus restos fueron llevados a Varsovia donde, el 14 de abril de 1921, fueron solemnemente enterrados en la cripta de la Catedral de San Juan donde actualmente son venerados. Su Santidad Juan Pablo II lo beatificó el 18 de agosto de 2002. Fue canonizado el 11 de octubre de 2009. Reproducido con autorización de Vatican.va traducido por Xavier Villalta
• Estanislao de Jesús y María (Juan Papczynski), Beato
Septiembre 17 Presbítero y Funador,
Estanislao de Jesús y María (Juan Papczynski), Beato
Martirologio Romano: En Gora Kalwaria, Polonia, beato Estanislao de Jesús y María Papczynski, presbítero y fundador de los Clérigos Marianos de la Inmaculada Concepción de la Bienaventurada Virgen María Etimológicamente: Estanislao = Aquel que es gloria y honor de su pueblo, es de origen polaco y eslavo. Estanislao de Jesús y María (nombre de pila Juan) Papczynski, sacerdote y fundador de los Clérigos Marianos de la Inmaculada Concepción de la Bienaventurada Virgen María, primera congregación masculina polaca, fue beatificado el domingo 16 de septiembre en Polonia, en el santuario mariano de Lichen, por el secretario de Estado, cardenal Tarcisio Bertone, s.d.b. El crecimiento en las virtudes y en la educación "Son dos los adornos que dan mucho brillo a las santas instituciones religiosas: la virtud y la educación", así escribía el padre Papczynski en el ocaso de su vida (1690), en una de sus cartas, mencionando asimismo los atributos que caracterizaron también su propia vida. Nació en Podegrodzie, en el seno de una familia numerosa, cerca de Stary Sacz, el 18 de mayo de 1631. Corrían los tiempos en que Polonia, uno de los mayores Estados de Europa, con un territorio de casi un millón de kilómetros cuadrados, gozaba con orgullo de su poderío y esplendor. En aquellos días no se prestaba gran atención a los acontecimientos que hoy consideramos signos que auguraban las tragedias nacionales, cuyas tristes consecuencias, en corto tiempo, también el padre Papczynski tendría que sufrir. Su padre, Tomás, que era un sencillo y apreciado herrero, durante algunos años fue alcalde y encargado de la iglesia en Podegrodzie. Su madre era una mujer piadosa y diligente. Eran relativamente pudientes por la posición social que tenían, y no ahorraron esfuerzos ni medios para la sólida educación y formación de su hijo, quien, no sin considerables dificultades, estudió en colegios de escolapios y jesuitas. Tuvo que interrumpir en varias ocasiones sus estudios, al principio a causa de dificultades en el aprendizaje, y más tarde como resultado de las guerras y epidemias que se difundían por el país. Así, en 1648, como consecuencia de la epidemia que se extendía en Lvov, enfermó gravemente; con la ayuda de personas desconocidas, se salvó de forma verdaderamente milagrosa. En 1650 interrumpió sus estudios en Podoliniec (hoy Eslovaquia) porque la epidemia que se aproximaba del lado de Hungría obligó a las autoridades a cerrar el colegio escolapio. Más tarde, en 1651, tuvo que escapar de Lvov, junto con otros estudiantes del colegio jesuita, porque después de la derrota de los ejércitos reales se aproximaba a la ciudad el ejército cosaco. De igual manera, tuvo que interrumpir sus estudios teológicos cuando, en mayo de 1656, a causa de la guerra con Suecia, estalló un combate por la ocupación de la ciudad. Durante estos intervalos en sus estudios realizaba trabajos físicos en el campo. Más adelante, en Secreta conscientiae, confesaría: "Le doy gracias a Dios porque, por voluntad suya, fui entonces obligado por mis padres a apacentar rebaños, porque (me atrevo a declararlo con conciencia tranquila), al pasar el tiempo en los pastizales, en medio de los rebaños, conservé una conciencia pura y santa. ¡Señor mío! Lo que te suplico humildemente es que este género de providencia de tu majestad —el cual espero para el futuro y en el cual creo— me conduzca hasta el final de mi vida, para que tú seas glorificado en todos mis actos, pensamientos y palabras". Las dificultades en la consecución de su propia educación y su solicitud personal por ser fiel a Dios, le exigieron magnanimidad y firmeza de espíritu. Su valoración del estudio y la educación fue el fruto de aquellas virtudes; el padre Estanislao llegó a ser un buen maestro y educador de la juventud. Primera vocación Después de terminar la retórica y el curso de dos años de filosofía en el colegio jesuita en Rawa Mazowiecka, a la edad de 23 años, ingresó en la Orden de las Escuelas Pías (escolapios), oponiéndose a los insistentes esfuerzos de su madre y de su familia por casarlo. Los escolapios habían iniciado su actividad en Polonia en 1642 y gozaban ya de un considerable reconocimiento. Juan los conocía, con anterioridad a su ingreso, porque en los años 1649-1650 había estudiado en sus colegios de Podoliniec. La decisión había sido discernida con detenimiento y brotaba de la fe. No se excluye que esta decisión haya sido fortalecida, además, por la necesidad de oponerse a sus parientes, que veían su futuro de modo diferente. Después de muchos años confesaba: "Es muy difícil expresar lo mucho que aprecié mi vocación, la cual era promovida sólo por Dios mismo". Esperó algunos años para poder ingresar, ya que en 1646 los escolapios fueron reconocidos como congregación, pero sin derecho a la profesión de votos, y este estado se prolongó hasta el año 1656. Como Orden de carácter mariano, le parecía muy adecuada para él por su amor a María, en el que se había formado desde la infancia. Además, su dedicación a la formación de la juventud descuidada y pobre de origen campesino, y la idea de "suprema pobreza" contenida en aquella espiritualidad, hicieron que Juan se identificara con esta comunidad y se adhiriese a ella de corazón. Llamaba a su Orden: "La más santa congregación", "más valiosa que la vida", "la más amada". En el noviciado recibió el nombre religioso de Estanislao de Jesús y María. En el primer año del noviciado hizo tales progresos en la vida religiosa, que al inicio del segundo año fue enviado a realizar estudios teológicos en Varsovia. Allí, el 22 de julio de 1656, profesó los tres votos simples de castidad, pobreza y obediencia e hizo el juramento de permanecer en la Orden hasta el final de su vida. Al recibir las órdenes menores y el subdiaconado algunos días después, tuvo que abandonar el claustro junto con otros escolapios, porque cerca de los muros de Varsovia se desencadenó una batalla contra los ejércitos suecos. Los religiosos huyeron a Rzeszów y después se refugiaron en Podoliniec, donde, a comienzos de 1658, le fue encomendada al hermano Estanislao la enseñanza de retórica en el colegio local. El 12 de marzo de 1661 recibió la ordenación sacerdotal de manos del obispo de Przemysl, Estanislao Sarnowski. Después de tres años de trabajo como profesor de retórica en Rzeszów, fue trasladado a Varsovia. En búsqueda de la perfección evangélica Con todo el celo y la pasión propios de su carácter, el padre Estanislao se involucra en el trabajo pastoral. Había comenzado a enseñar retórica ya desde antes de su ordenación. Con el tiempo, para las necesidades de sus estudiantes, elaboró y entregó a la imprenta el Prodromus reginae artium, un manual de retórica que después sería varias veces renovado. Consideraba la enseñanza, que lo ponía en contacto con la juventud, como el medio perfecto para formar una nueva generación de ciudadanos de Polonia. Procuraba transmitir no sólo la manera de "pronunciar bellas palabras", sino también consejos "para una buena y noble vida", para que los alumnos "con el paso de los años, mediante la adquisición de sabiduría y todo género de virtudes, se convirtieran en la verdadera gloria de su familia, en la verdadera gloria de Polonia". Tenía consciencia de la trágica situación de su país: guerras incesantes y agotadoras que abarcaban todo el territorio, el ahondamiento de la miseria social, el vaciamiento del tesoro real, el descuido en el área de la fe y la moral, los irreprimibles privilegios de la nobleza, las luchas de partidos, la parálisis del parlamento. Por lo tanto, incluyó en su enseñanza elementos de crítica a la desigualdad y a las degeneraciones sociales, y publicó sus opiniones en dos manuales impresos. El padre Papczynski, ya desde 1663, se había hecho famoso en Varsovia no sólo como profesor de retórica, sino también como maestro de vida espiritual, predicador y confesor. Imprimió algunos de sus sermones, entre otros, Orator crucifixus (1670), que contiene consideraciones sobre las últimas siete palabras de Cristo. Fue también un incansable propagador del culto a la Inmaculada Concepción de María, dirigiendo, entre otras obras, la cofradía establecida en su honor en la iglesia de los escolapios en Varsovia. En la Orden, se le encomendó la tarea de prefecto del colegio, el encargo de recolectar las cartas de solicitud en el proceso de beatificación del padre José de Calasanz, y fue también elegido como delegado para el capítulo provincial. Sin embargo, al mismo tiempo, las controversias aumentaban. El padre Estanislao, inspirado por el espíritu del fundador, defendió celosamente la observancia primitiva de la Orden de las Escuelas Pías y el derecho de elección de los superiores provinciales en las provincias.
Sin embargo, comenzaron a aparecer contra él, por parte de otros hermanos, acusaciones de instigación y rebeldía. A este período de su vida lo denominó "martirio de larga duración". Buscó fuerza y apoyo en la cruz de Cristo. De estas experiencias nació el libro Christus patiens, que contiene consideraciones acerca de la pasión del Señor basadas en fragmentos del Evangelio. Finalmente, movido por un verdadero amor, y deseando el restablecimiento de la paz en la provincia dividida a causa de las controversias, solicitó en 1669 el permiso de abandonar la Orden de las Escuelas Pías y lo obtuvo mediante un breve apostólico del día 11 de diciembre de 1670. Fundador de los Clérigos Marianos
Mientras aguardaba que llegara la autorización para su partida, en la residencia escolapia de Kazimierz, cerca de Cracovia, el padre Estanislao, de manera inesperada, y ante todos los allí congregados, leyó su Oblatio, un acto —previamente preparado— de consagración total a Dios uno y trino y a la Madre de Dios María Inmaculada, y anunció su propósito de fundar la "Asociación de sacerdotes marianos de la Inmaculada Concepción". Al mismo tiempo, confesó su fe en la Inmaculada Concepción y profesó el llamado "voto de sangre", es decir, la disposición de defender esta verdad incluso hasta dar la vida por ella. En los planes de la Providencia divina, la Orden de los Escolapios fue para el padre Estanislao una escuela de vida religiosa, un lugar de preparación para entrar en una nueva vocación. Más tarde confesó que aquel acto de consagración lo hizo por inspiración divina, y que la "visión" de la nueva congregación fue formada en su mente por el Espíritu Santo. Inmediatamente después de abandonar la Orden de los Escolapios, comenzó a buscar formas de realización de esos propósitos y, por esa razón, no aceptó las invitaciones de otras congregaciones que le ofrecieron el ingreso en sus comunidades. También rechazó varios beneficios que le fueron ofrecidos por algunos obispos. Con el apoyo del obispo de Poznan, Esteban Wierzbowski, se instaló en un terreno de su diócesis, y en 1671 vistió allí un hábito blanco para honrar a la Inmaculada Concepción. Entre tanto, preparó para la futura congregación una nueva regla y la llamó Norma vitae. Para dar inicio a su instituto se encaminó a una pequeña comunidad de ermitaños en Puszcza Korabiewska (hoy Puszcza Marianska) y les expuso su visión de la vida religiosa. Los "Ermitaños Marianos" obtuvieron la aprobación eclesial el 24 de octubre de 1673 mediante el decreto del obispo Estanislao Swiecicki. En 1677, el obispo Esteban Wierzbowski donó a los marianos la iglesia de la Última Cena en Nowa Jerozolima (hoy Gora Kalwaria), junto a la cual surgió la nueva casa religiosa. El 21 de abril de 1679, ese mismo obispo erigió canónicamente la congregación de los Marianos en el territorio de su diócesis. El padre Estanislao no cesó en sus esfuerzos por conferirle una forma de vida que no fuera ermitaña —con la que había surgido la primera casa religiosa—, sino apostólica, según el modelo escolapio que conocía y apreciaba en gran manera. El carisma y desarrollo de la Congregación Antes que Estanislao Papczynski fundara la Orden de los Marianos, cuyo primer objetivo era la difusión del culto a la Inmaculada Concepción de la santísima Virgen María, la espiritualidad mariana había impregnado ya completamente medio siglo XVII. Esta espiritualidad estaba vinculada a variadas y bastante originales formas de piedad, entre las cuales la más significativa era la esclavitud mariana. Elaborada teológicamente y siendo bastante popular entre la sociedad, con seguridad tuvo influencia en los votos del rey Jan Kazimierz y la consagración de Polonia como esclava de María. Aunque la espiritualidad de la congregación de los Marianos refleja, de algún modo, la espiritualidad y la mentalidad de la Iglesia en Polonia, al mismo tiempo se puede advertir que su fundador no quería ser un simple continuador de esa devoción mariana. Concentró su atención, sobre todo, en el misterio de la Inmaculada Concepción, hallando en él, de alguna manera, el corazón del cristianismo: el don gratuito del infinito amor de Dios por los hombres, obtenido por Cristo, es acogido por María como la primera entre los creyentes, en total amor y docilidad a Dios, durante toda su vida. También, por esa razón puso en este misterio una gran esperanza de alcanzar los bienes celestiales, orando con frecuencia: "Que la Inmaculada Concepción de la Virgen María sea nuestra salvación y protección". Vio en la imitación evangélica de la vida de María la forma fundamental del culto a la Inmaculada Concepción. Su sensibilidad a la actuación del Espíritu Santo y a los signos de los tiempos, en especial a las vicisitudes de los más pobres, hicieron que en 1676 añadiera al objetivo original de la Congregación la oración por los difuntos, sobre todo por los soldados caídos y por las víctimas de las epidemias. Los primeros biógrafos del padre Estanislao citan que él mismo frecuentaba los campos de batalla, curaba las heridas de los soldados, enterraba a los muertos y oraba por ellos. Son aquí significativas las reminiscencias de su servicio durante la batalla contra los turcos en territorio ucraniano, en los años 1675-1676. El padre Estanislao tuvo muchas experiencias místicas vinculadas con el purgatorio, durante las cuales hubo de experimentar los sufrimientos de los difuntos sometidos a la purificación. Además de orar más por ellos en forma personal y de asumir diferentes actos de penitencia por esa intención, exhortó a sus hermanos a hacer lo mismo. El fundador de los Marianos también deseaba ayudar a los párrocos en su trabajo pastoral y se dedicó con celo a esta actividad apostólica. La crisis de Polonia, sentida por todos en aquel tiempo, afectó también a la Iglesia y se manifestó no sólo en la falta de formación religiosa —en especial entre las capas sociales más bajas— sino también, en la carencia de sacerdotes. En su celo por la santificación del pueblo, el padre Estanislao escribió y editó en 1675, en Cracovia, el libro titulado Templum Dei mysticum. En él expone a los fieles laicos la manera de aspirar a la santidad, apoyándose en las palabras de san Pablo referentes a que el cristiano es "templo de Dios" (1 Co 3, 16). El padre Estanislao también se dedicó con celo a las obras de misericordia, tanto espirituales como materiales. Con el objeto de obtener la aprobación pontificia, en 1690 se dirigió a Roma, pero desafortunadamente se encontró con la muerte del Papa Alejandro VII. Mientras esperaba la elección del nuevo Papa, cayó enfermo y tuvo que regresar a su país. Solamente alcanzó a obtener el consentimiento de los franciscanos observantes para poner bajo su cuidado la congregación de los Marianos. Esta anexión a los franciscanos había sido solicitada por él en 1691 a fin de asegurar un desarrollo estable para la nueva comunidad. Después de regresar a Polonia, convencido de la proximidad de su muerte, escribió su testamento. No obstante, recobró la salud y continuó dirigiendo el desarrollo de la comunidad. En la primavera de 1698, como no se sentía con suficientes fuerzas para hacerlo él mismo, envió a Roma al procurador general Kozlowski con la tarea de obtener la aprobación pontificia, y en el otoño de ese mismo año emprendió la fundación en Gozlin, Mazovia. Kozlowski obtuvo la aprobación pontificia para los Marianos en el año de 1699, después de recibir la Regula decem beneplacitorum. El 24 de noviembre de 1699, Inocencio XII aprobó canónicamente a los Marianos, la última Orden de clero regular en la historia de la Iglesia. El Papa encomendó al nuncio de Varsovia que recibiera la profesión de votos solemnes de los religiosos Marianos. Estanislao Papczynski fue superior general hasta el final de su vida. Murió el 17 de septiembre de 1701 en la casa religiosa de Gora Kalwaria, pronunciando las palabras: "En tus manos Señor, encomiendo mi espíritu", bendiciendo antes a quienes lo acompañaban, animándolos a conservar la Regla y las Constituciones, y expresando su ardiente deseo de unirse a Cristo. La Orden fundada por él fue desarrollándose, aunque no sin considerables dificultades. Al poco tiempo de la muerte de su fundador, atravesó una crisis que por poco no acabó con su existencia. Después de superar las dificultades, la comunidad salió fortalecida y comenzó el dinámico desarrollo de los Marianos en Polonia, en Portugal y en Roma. El siglo XIX trajo un tiempo de encarnizadas persecuciones por parte de las autoridades seculares y la clausura de las casas religiosas en todos los países en los que se encontraba la Orden de los Marianos. A comienzos del siglo XX, quedaba un solo sacerdote Mariano, en Mariámpole, Lituania. No obstante, Dios salvó su obra sirviéndose del beato Jorge Matulaitis Matulewicz quien, con el consentimiento de la Santa Sede y en cooperación con el superior general, ingresó en secreto en la Orden y, a escondidas de las autoridades seculares, llevó a cabo una reforma. El rápido desarrollo que siguió a la reforma hizo que los Marianos emprendieran sucesivas obras en nuevos países. Al presente, la Congregación cuenta con más de 500 miembros en 18 países, en todos los continentes. Historia del proceso de beatificación Estanislao Papczynski murió en olor de santidad. Esta fama de santidad era conocida ya durante su vida terrena. Sin embargo, como resultado de las dificultades que atravesó la Orden de los Marianos después de su muerte, no se emprendieron entonces las gestiones para su beatificación. La actividad intensa en esa dirección fue iniciada por el siervo de Dios Kazimierz Wyszynski, sacerdote Mariano, a mediados del siglo XVIII. El proceso informativo, iniciado en la diócesis de Poznan, duró desde 1767 a 1769. A principios del siglo XX, inmediatamente después del renacimiento de la Congregación, durante el capítulo general presidido por el beato Jorge Matulaitis Matulewicz en 1923, se tomó la decisión de reanudar las gestiones del proceso de beatificación. Sin embargo, el proceso sólo se inició formalmente en 1953. La Congregación para las causas de los santos emitió en 1992 el decreto sobre la heroicidad de las virtudes del padre Estanislao, y el 16 de diciembre del 2006, emitió el decreto que reconocía el milagro realizado por su intercesión. Mensaje para el siglo XXI Podría parecer que las circunstancias de la vida de Estanislao Papczynski, quien vivió hace más de 300 años, no tienen mucho que decirle al hombre contemporáneo. Sin embargo, la divina Providencia, en la que él confió toda su vida sin límites y con perseverancia, quiere que los ojos del hombre de hoy se vuelvan hacia la persona de un religioso que persiguió un fin: que el hombre, redimido por la sangre de Cristo, acoja plenamente la verdad del Evangelio y la gracia de Dios, y que responda a ella con la totalidad de su vida. Con estos objetivos fundó la Congregación; esta es la verdad que procuró llevar a los hombres. Encontró la inspiración para sus convicciones en el misterio de la Inmaculada Concepción, en el que descubrió la inmensidad del amor de Dios por cada hombre, desde el inicio de su existencia y sin mérito alguno de su parte. Reproducido con autorización de Vatican.va
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