sábado, 15 de setembro de 2012

Nº 1409-3 - IN MEMORIAM do Padre Mário Salgueirinho - 15 de Setembro de 2012

 
(Post para publicação em 15 de Setembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”
ACEITAR AS CRÍTICAS

 

Normalmente, quando fazem uma entrevista a um escritor, a um compositor ou a qualquer outro artista, lançam esta pergunta habitual:
- «Como reage perante as críticas
As respostas são variadas, de acordo com o nível emocional das pessoas. Uns não dão importância, outros dão alguma, outros aproveitam-nas para melhorar.
Todos nós somos alvo de observações críticas, quer seja na nossa casa, no nosso trabalho, nas nossas actuações, quaisquer que sejam. Por isso precisamos de estar preparados para enfrentá-las; para aceitá-las, se são positivas, ajudado-nos a corrigir defeitos e a aperfeiçoar qualidades.
Há pessoas que, em vez de concordar com críticas objectivas e justas, reagem mal. Se o marido faz uma observação que até é merecida, a esposa reage mal. Se a esposa mostra o seu desagrado com razão, há maridos que reagem pessimamente, sem reflectir na observação construtiva da felicidade do lar.
Se o pai ou a mãe chama a atenção a algo que não está bem, logo o jovem ou a moça reagem desabridamente não aceitando a crítica amiga.
E no mundo do trabalho acontece o mesmo, com frequência. Se um chefe ou responsável chama a atenção para qualquer imperfeição, logo depara com uma resposta ou atitude de menos aceitação.

Mas toda esta reacção negativa às observações críticas surge muitas vezes entre amigos que, para não destruir a amizade, nem sequer usam de franqueza.

Aceitar uma crítica honesta, objectiva e bem intencionada, exige humildade para reconhecer os erros e defeitos. E é esta humildade que falta neste mundo presunçoso e orgulhoso, que tantas vezes, à semelhança do ébrio, recusa a mão que o ajuda a subir, a progredir e a aperfeiçoar-se…

 

 
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”

CORAGEM DE REZAR

No ambiente doloroso e macabro da guerra, deparamos por vezes com centelhas de luz que nos confortam e edificam.
Foi atingido por um projéctil o hotel de Bagdad onde se hospedavam os jornalistas de todo o mundo; das televisões, das rádios, da imprensa.
Bastantes portugueses.
Alguns foram feridos e dois morreram. Um deles era da vizinha Espanha.
Os jornalistas reuniram-se no jardim do hotel para um momento de oração e de homenagem aos companheiros mártires da guerra. Momento profundamente emocionante, em que alguns não contiveram as lágrimas.
Foi então que ouvimos – com grande brio – um jornalista português levantar a voz – sem respeito humano, sem envergonhar-se da sua fé – e rezar o Pai nosso, acompanhado respeitosamente pelo silêncio dos companheiros doutras religiões ou sem religião nenhuma.
Parabéns, português corajoso! Nem todos eram  capazes de fazer isso!

Lembrei-me de ter lido um episódio ocorrido com um soldado ferido, internado numa enfermaria. À noite, os companheiros cristãos rezavam em voz alta o Pai-nosso. O rapaz ficava em silêncio, sem poder acompanhar-los, porque nunca aprendera a rezar.

Quando regressou a casa, perguntou aos pais, com uma certa tristeza e descontentamento; - «Por que é que vocês nunca me ensinaram a rezar o Pai-nosso, que os meus companheiros rezavam, tão bem na enfermaria

Quanta gente há por aí que, por desleixo ou má vontade dos pais, nunca aprendeu ou esqueceu essa maravilhosa oração ensinada pelos próprios lábios do Senhor!

 

Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf
A publicar em:
15-Setembro-2012 - 10,30 horas
António Fonseca

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