CONTINUAÇÃO (16)
Do livro "Um ano com São Paulo" da Editorial Missões - Cucujães, escrito pelo Pde. Januário dos Santos, com os textos bíblicos retirados da BÍBLIA SAGRADA, (tradução dos Monges de Maredsous) e publicado em Junho de 2008, passo a transcrever (com a devida vénia) alguns dos textos dos Actos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, - ali inseridos - desde 19 de Abril:
Dias 21, 22, 23, 24 e 25 de Março
PAULO É LÍDER (2) (Act. 27, 39-44)
39 Afinal, clareou o dia. Os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma enseada com uma praia, na qual tencionavam encalhar e o nasvio caso o pudessem.
40 Levantaram as ãncoras e largaram ao mesmo tempo as amarras dos lemes. Desfraldaram ao vento a vela mestra e rumaram para a praia.
41 Mas deram numa língua de terra, e o navio encalhou aí. A proa, encalhada, permanecia imóvel ao mesmo tempo que a popa se abria com a força do mar.
42 Os soldados tencionavam matar os presos, por temerem que alguns deles fugisse a nado.
43 O centurião, porém, querendo salvar Paulo, impediu que o fizessem e ordenou que aqueles que pudessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra.
44 Os demais, uns atingiram a terra em tábuas, outros em cima dos destroços do navio. Desse modo, todos conseguiram chegar a terra, sãos e salvos.
Frase para recordar: Todos conseguiram chegar a terra, sãos e salvos.
PAULO NA ILHA DE MALTA (Act. 28, 1-6)
Os nativos de Malta acolhem generosamente, com amizade, os náufragos. Paulo aqui não é um prisioneiro qualquer, nem sequer um pregador, mas um taumaturgo que atraí a admiração de todos.Citam-se concretamente dois milagres: o da serpente, que faz lembrar as serpentes no deserto (Nm. 21, 4-9), e o do pai do governador Púbio, que faz lembrar a cura da sogra de Pedro (Lc. 22,56) Agradecidos, os malteses fazem doações aos navegantes provendo-os do necessário para o resto da viagem que se realizou a bordo de um navio consagrado a Dióscuros que levava na proa a imagem de
Castor e Pólux.
1 Estando a salvo, soubemos entâo que a ilha se chamava Malta.
2 Os índigenas trataram-nos com extraordinária benevolência. Acenderam uma grande fogueira e em torno dela nos recolheram, por causa da chuva que caía e do frio que fazia.
3 Paulo ajuntou um feixe de gravetos e pô-lo na fogueira. Nisto uma víbora, que fugira do fogo, mordeu-lhe a mão.
4 Quando os índigenas viram a serpente pendendo da sua mão, diziam uns para os outros: "Sem dúvida, este homem é homicida, pois, tendo escapado ao mar, a justiça não o deixa viver."
5 Ele, porém sacudindo a víbora para o fogo, não sofreu mal algum.
6 Julgavam, os indigenas que ele viesse a inchar, e que subitamente caísse morto. Mas, depois de esperarem muito tempo, vendo que não lhe acontecia mal nenhum, mudaram de parecer e disseram: "Ele é um deus."
PAULO NA ILHA DE MALTA (2) (Act. 28, 7-15)
7 Havia na vizinhança propriedades pertencentes ao principal da ilha, chamado Púbio. este homem hospedou-nos por três dias em sua casa, tratando-nos bem.
8 Ora, o pai desse Púbio achava-se acamado com febre e sofrendo de desinteria. Paulo foi visitá-lo e, orando e impondo-lhe as mãos, sarou-o.
9 Depois deste facto, vieram ter com ele todos os habitantes da ilha que se encontravam doentes, e foram curados. Tiveram, assim connosco toda a sorte de considerações e,
10 quando estávamos para navegar, proveram-nos do que era necessário.
VIAGEM PARA ROMA
11 Ao fim de três meses, embarcámos num navio de Alexandria, que havia passado o inverno na ilha. Este navio levava com insígnias os Dióscuros.
12 Fizemos escala em Siracusa, onde ficámos três dias.
13 De lá, seguindo a costa, atingimos Régio. No dia seguinte, soprava o vento sul e chegamos em dois dias a Pozzuoli.
14 Ali encontrámos irmãos que nos rogaram que ficássemos na sua companhia sete dias. Em seguida dirigimo-nos a Roma.
15 Os irmãos de Roma foram informados da nossa chegada e vieram ao nosso encontro até ao Foro de Ápio e às Três Tavernas. Ao vê-los, Paulo deu graças a Deus, e sentiu-se animado.
Frase para recordar: Vieram ter com ele todos os habitantes da ilha que se encontravam doentes e foram curados.
PAULO EM ROMA (Act. 28, 16-21)
A comunidade cristã de Roma recebe Paulo com alegria. este fica em casa própria guardado por um soldado. Ao fim de três dias, convoca os judeus mais notáveis a quem comunica o processo do seu julgamento. Dias depois, anuncia-lhes o senhor Jesus. Como a maior parte não aceitou este anúncio, ele declara que o pregará aos gentios. A casa onde Paulo se encontrava preso transformou-se numa espécie de templo onde, todos os dias, recebia os que vinham, procurá-lo e lhes pregava o Reino de Deus ensinando as coisas a respeito do senhor Jesus.
16 Chegados que fomos a Roma, foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado que o guardava.
17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando reunidos, disse-lhes: "Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entegue nas mãos dos romanos.
18 Estes, depois de terem instruido o meu processo, quiseram soltar-me, visto não achar em mim crime algum que merecesse morte.
19 Mas, tendo os judeus opondo-se a isso, vi-me obrigado a apelar para César, sem intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco. Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente."
21 Responderam-lhe eles: "Não recebemos carta alguma da Judeia, que fale em ti, nem de lá veio irmão algum que nos dissesse ou falasse mal de ti.
PAULO EM ROMA (2) (Act. 28, 22-31)
22 "Quiséramos porém, que tu mesmo nos dissesses o que pensas, pois o que nós sabemos dessa seita é que em toda a parte lhe fazem oposição."
23 Marcaram um dia e muitos foram procurá-lo no albergue onde se encontrava hospedado. A entrevista durou desde a manhã até à tarde. Paulo expôs-hes o Reino de Deus e apresentou sempre de novo. testemunhos destinados a convencê-los a respeito de Jesus baseando-se na Lei de Moisés e nos profetas.
24 Alguns persuadiram-se pelas suas palavras, outros não acreditaram.
25 Não estando concordes entre si, retiraram-se, enquanto Paulo lhes fazia esta reflexão: "Bem falou o Espírito Santo pelo profeta Isaías a vossos pais, dizendo:
26 Vai a este povo e diz-lhe: Com vossos ouvidos ouvireis, sem compreender. Com vossos olhos olhareis, sem ver.
27 Coraçâo obstinado o deste povo, ouvido duro, olhos fechados para não verem com a vista, nem ouvirem com o ouvido, nem entenderem com o coraçâo, e se converterem e eu os curar (Is 6,9s).
28 Ficai, pois, sabendo que agora esta salvação é enviada por Deus aos gentios e eles a ouvirão."
29 (Havendo dito isto, sairam dali os judeus, discutindo animosamente entre si.)
30 Paulo permaneceu durante dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia todos os que vinham procurá-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibiçao.
Frase para recordar: Ficai, pois, sabendo que agora esta salvação é enviada por Deus aos gentios e eles a ouvirão.
Recolha e transcrição do livro
UM ANO COM SÃO PAULO
Pde Januário dos Santos
Ed. Editorial Missões Cucujães-2008
António Fonseca
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