CONTINUAÇÃO (32)
Do livro "Um ano com São Paulo" da Editorial Missões - Cucujães, escrito pelo Pde. Januário dos Santos, com os textos bíblicos retirados da BÍBLIA SAGRADA, (tradução dos Monges de Maredsous) e publicado em Junho de 2008, passo a transcrever (com a devida vénia) alguns dos textos dos Actos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, - ali inseridos - desde 19 de Abril:
Até (6/Maio) transcrevi textos dos Actos dos Apóstolos. A partir desta data inicia-se a transcrição da Epístola Aos Romanos, que tal como a anterior (e todas as seguintes) seguem a ordem dos dias do calendário, conforme aliás está apresentado no livro Um Ano com São Paulo.
Com podem verificar, em 22/5/2009 comecei a publicação da 1ª Carta aos Coríntios
Dia 18 de Junho
LIVRES PARA SERVIR O SENHOR (1ª Cor 7, 32-40)
O celibato deixa as pessoas livres para servir o Senhor.
32 Quisera ver-vos livres de toda a preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor
33 O casado preocupa-se com as coisas do mundo procurando agradar à sua esposa.
44 A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito; mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido.
35 Digo isto para vosso proveito, não para vos armar um laço, mas para vos ensinar o que melhor convém, o que vos poderá unir ao Senhor sem partilha.
36 Se alguém julga que é inconveniente para a sua filha ultrapassar a idade de casar-se e que é seu dever casá-la, faça-o como quiser: não há falta alguma em fazê-la casar-se
37 Mas aquele que, sem nenhum constrangimento e com perfeita liberdade de escolha, tiver tomado no seu coração a decisão de guardar a sua filha virgem, procede bem.
38 Em suma, aquele que casa a sua filha faz bem; e aquele que não a casa, faz ainda melhor.
39 A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas, se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
40 Contudo, na minha opinião, ela será mais feliz se permanecer como está. E creio que também eu tenho o Espírito de Deus.
Dia 19 de Junho
CARNES OFERECIDAS AOS ÍDOLOS (1) (1ª Cor. 8, 1-6)
A carne que sobrava do culto pagão era vendida ou consumida em ambiente profano. Se os cristãos comessem desta carne, pensavam alguns, contaminavam-se com um culto idolátrico. Paulo adverte que não é o alimento que nos aproxima ou afasta de Deus mas recomenda que, mesmo neste pormenor, não se escandalize os menos esclarecidos.
1 Quanto às carnes oferecidas aos ídolos, somos esclarecidos, possuímos todos a ciência. Porém, a ciência envaidece, a caridade constrói.
2 Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não conhece nada como convém conhecer.
3 Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele.
Ponto de vista teológico
4 Assim, pois, quanto ao comer carnes imoladas aos ídolos, sabemos que não existem realmente ídolos no mundo e que não há outro Deus se não um só.
5 Pretende-se, é verdade, que existam outros deuses, quer no céu quer na terra (e há um bom número desses deuses e senhores)
6 Mas para nós, há um só Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas e para o qual existimos e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem todas as coisas existem e nós também.
Dia 20 de Junho
CARNES OFERECIDAS AOS ÍDOLOS (2) (1ª Cor. 8, 7-13)
Ponto de vista da caridade
7 Todavia, nem todos têm este conhecimento. Alguns, habituados ao modo antigo de considerar o ídolo, comem a carne, como sacrificada ao ídolo; e a sua consciência, por ser débil, fica manchada.
8 Não é, entretanto a comida que nos torna agradáveis a Deus: comendo, não ganhamos nada; e não comendo, nada perdemos.
9 Atenção, porém: que esta vossa liberdade não venha a ser ocasião de queda para os fracos.
10 Se alguém te vir, a ti que és instruído, sentado à mesa no templo dos ídolos, não se sentirá, por fraqueza de consciência, também autorizado a comer do sacrifício aos ídolos?
11 E assim por tua ciência vai-se perder quem é fraco, um irmão, pelo qual Cristo morreu!
12 Assim, pecando vós contra os irmãos e ferindo a sua débil consciência,. pecais contra Cristo.
13 Pelo que, se a comida serve de ocasião de queda para o meu irmão, jamais comerei carne a fim de que eu não me torne ocasião de queda para o meu irmão.
Frase para recordar:
Que a vossa liberdade não venha a ser ocasião de queda para os fracos.
Dia 21 de Junho
DIREITOS DOS MISSIONÁRIOS (1ª Cor. 9, 1-10)
Paulo condiciona a sua liberdade por causa do serviço de caridade. Renuncia a muitos dos seus direitos, até ao de ser alimentado, por amor da comunidade para a qual quer o maior bem. Ele que, para alguns, não era considerado apóstolo, por não ter convivido com Jesus, era-o de facto como testemunha do Senhor ressuscitado:
apareceu-me também a mim como a um abortivo (Cap. 15,8).
1 Não sou eu livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus nosso Senhor? Não sois vós minha obra no Senhor
2 Se para outros não sou apóstolo, ao menos para vós sou-o, porque vós sois no Senhor o selo do meu apostolado.
3 Esta é a minha defesa contra os que me difamam.
4 Não temos nós porventura direito de comer e beber?
5 Acaso, não temos nós direito de deixar que nos acompanhe uma mulher irmã, a exemplo dos outros apóstolos e dos irmãos do Senhor e de Cefas?
6 Ou só eu e Barnabé não temos o direito de deixar o trabalho?
7 Quem jamais vai à guerra à sua custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
8 Trata-se, acaso, de simples norma entre os homens? Ou a lei não diz também o mesmo?
9 Na Lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha (Deut 25,4). Acaso Deus tem dó dos bois?
10 Não é, na realidade, em atençao a nós que ele diz isto? Sim! É por nós que está escrito. Quem trabalha deve trabalhar com esperança e igualmente quem debulha deve debulhar com esperança de receber a sua parte.
Frase para recordar:
Vós sois no Senhor o selo do meu apostolado
Dia 22 de Junho
O APÓSTOLO RENUNCIOU AOS SEUS DIREITOS (1ª Cor. 9, 11-18)
Se Paulo fala nos direitos a que renunciou, como pregador do Evangelho, nâo é para os reclamar mas para proclamar a sua liberdade. Ele sente dentro de si a urgência de anunciar o Evangelho. Como Jeremias
"sente-se forçado por tua mão" (Jer. 15,17).
11 Se entre vós semeamos bens espirituais, será porventura, demasiada exigência colhermos dos vossos bens materiais?
12 Se outros se arrogam este direito sobre vós, não o temos nós muito mais? Entretanto, não temos feito uso deste direito: sofremos tudo para não pôr obstáculo algum ao Evangelho de Cristo.
13 Não sabeis que os ministros do culto vivem do culto, e que os que servem ao altar participam do altar?
14 Assim também ordenou o Senhor que os que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho.
15 Mas eu não tenho usado nenhum desses direitos; e nem escrevo isto para reclamá-los. Prefereria morrer a privar-me deste título de glória.
16 Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!
17Se o fizesse por minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente da minha vontade, é uma missão que me foi imposta.
18 Entâo em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuiitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere.
UM ANO COM SÃO PAULO
Pde Januário dos Santos
Ed. Editorial Missões Cucujães-2008
António Fonseca
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