domingo, 27 de novembro de 2011

EVANGELHO, SEGUNDO S. MARCOS - ANO B – 27 DE NOVEMBRO DE 2011


NOTA INICIAL:
Resolvi hoje iniciar uma nova página, neste blogue, que antecederá sempre que possível (excepcionalmente só a partir de amanhã, – dia 28-11  - porque agora já é tarde…) a publicação dos outros textos de SANTOS DE CADA DIA, A RELIGIÃO DE JESUS, IN MEMORIAN e outros que eventualmente eu venha a inserir, na respectiva Agenda e horário – o qual tradicionalmente, vinha efetuando a partir das 10 horas de cada dia.
Esta página será sobre o texto do Evangelho correspondente a cada Evangelista. Neste caso, será o Evangelho Segundo S. Marcos. Assim hoje, procedo à inserção da Introdução efetuada na 12ª Edição (1979) e nos dias seguintes prosseguirei (enquanto Deus mo permitir..) com a publicação dos Capítulos subsequentes.
INTRODUÇÃO
1 – Os Evangelhos não são uma «Vida de Jesus» em sentido moderno, mas um  eco da pregação da Igreja apostólica sobre Jesus de Nazaré. Neles ressoa a voz da Igreja primitiva a anunciar a sua fé em Cristo (cf. Dei Verbum 8). Contudo, entre os quatro evangelhos canónicos, é este de Marcos que está menos estilizado e mais próximo dos factos no seu acontecer quotidiano. Ele narra os acontecimentos na sua rudeza natural, sem os adocicar, nem lhes eliminar as arestas. Sendo o mais antigo dos quatro Evangelhos, ele supõe, na evolução do Cristianismo que cresceu para a verdade plena (Jo 16, 13), um estádio mais primitivo da meditação da Igreja sobre os acontecimentos que lhe deram origem. O evangelho de Mateus, por exemplo, apresenta já um Cristo muito mais majestático, litúrgico e solene, que o de Marcos. Neste, Cristo é muito mais humano; tem compaixão (Mc 1, 41); admira-se (Mc 6, 6); indigna-se (10, 14); tem medo e angústia (Mc 14, 33), etc.. No entanto, Marcos escrever a sua obra para anunciar a Boa-Nova que é Jesus Cristo, filho de Deus (Mc 1, 1). Mas a reflexão da Igreja sobre Jesus, «Filho do Homem» e «Filho de Deus», não estava ainda sintetizada e parece desconexa e sobreposta, predominando o aspecto humano do Senhor.
2 – A antiga tradição afirma ser Marcos, discípulo de Pedro, o autor deste livrinho (1 Ped 5, 13), identificando-o com João Marcos de Jerusalém, filho de Maria, cuja casa servia de Igreja (Act 12, 12). Pensa-se tratar-se do mesmo personagem, primo de Barnabé que acompanhou Paulo na primeira viagem apostólica(Col 4, 10; Act 12, 1\2; 15, 38; 13, 13).
3 – Por isso, o lugar mais provável onde este evangelho foi editado deve ter sido a igreja de Roma. Era a capital do mundo de então e, por consequência, também um grande centro cultural. Aí vivia uma grande Igreja, como no-lo prova a carta aos Romanos. Após a morte de Pedro na perseguição de Nero, Marcos deve ter sentido a necessidade de fixar por escrito a sua catequese. Isto deve ter-se verificado entre os anos 65 a 70 da nossa era.- O uso de muitos latinismos, a contagem dos dias à romana, as moedas latinas, etc., postulam a origem romana deste evangelho, escrito em  grego, língua, nessa época, mais falada em Roma do que o latim.
(segue em 28/11)
Transcrição de António Fonseca

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