(14)
Nº 1196-2ª Página
EVANGELHO DE S. LUCAS
PRÓLOGO
NA SUBIDA PARA JERUSALÉM
14 – Outra cura ao sábado – … Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus, para comer. Todos O observaram. Achava-se ali, diante d’Ele, um hidrópico. Jesus, dirigindo a palavra aos legistas e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?» Mas eles ficaram calados. Tomando então o homem, curou-o e mandou-o embora. Depois disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço, em dia de sábado, não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.
Convite à humildade – … Observando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não ocupes o primeiro lugar, não tenha sido convidado alguém mais digno do que tu, e venha o que vos convidou, a ti e ao outro, e te diga: Cede a este o teu lugar. Mas quando fores convidado, vai-te sentar no último lugar, e, assim quando vier o que te convidou dir-te-á: Amigo, sobe mais para cima. Então isto será uma honra para ti aos olhos de todos os que estiverem contigo à mesa. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado».
A escolha dos convidados – Disse, depois, aos que o tinham convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os teus vizinhos ricos; não vão eles também convidar-te por sua vez, retribuindo-te assim. Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. E serás feliz por eles não terem com que te retribuir; ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos».
Parábola do grande banquete – Ouvindo isto, um dos convidados disse-Lhe: «Feliz o que comer pão no reino de Deus!» Ele respondeu-lhe: «Certo homem ia dar um grande banquete e fez muitos convites. À hora do banquete, mandou o seu criado dizer aos convidados: “Vinde, já está tudo pronto”. Mas todos unanimemente, começaram a esquivar-se. O primeiro disse: «Comprei um terreno e preciso de ir vê-lo; peço-te que me dispenses. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e tenho de ir experimentá-las; peço-te que me dispenses. E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir». O criado regressou e comunicou isto ao seu senhor. Então, o dono de casa, irritado, disse ao criado: Sai imediatamente às praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres e os estropiados, os cegos e os coxos. O criado voltou e disse-lhe: Senhor, está feito o que determinaste, e ainda há lugar. E o senhor disse ao criado: sai pelos caminhos e cercados e obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. Pois vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará da minha ceia».
Necessidade de renúncia – Juntaram-se-Lhe grandes multidões e Jesus, voltando-Se para elas, disse-lhes: «Se alguém vem ter Comigo e não aborrece a seu pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser Meu discípulo. Quem, dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa para ver se tem com que acabá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que viram, comecem a troçar dele, dizendo: este homem principiou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei, e não se senta primeiro examinando se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que cem contra ele com vinte mil? Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. Assim, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo. Coisa boa é o sal; mas, se perder o seu sabor, com que se há-de temperar? Nem para a terra, nem para a estrumeira serve: deitam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, que oiça».
(Continua em, 16/2/2012, esta descrição do EVANGELHO DE SÃO LUCAS)
Transcrição de António Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário
Gostei.
Muito interessante.
Medianamente interessante.
Pouco interessante.
Nada interessante.