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Nº 1197-2ª Página
EVANGELHO DE S. LUCAS
PRÓLOGO
NA SUBIDA PARA JERUSALÉM
15 – As três parábolas sobre a misericórdia – … Aproximavam-Se dele todos os publicanos e pecadores para O ouvirem. E os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles». Propôs-lhes então esta parábola:
A ovelha perdida – …Qual é o homem dentre vós, que possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se havia perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha perdida. Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento».
A dracma perdida – «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? E, ao encontrá-la convoca as amigas e vizinhas e diz: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida. Assim digo-vos, há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende».
O filho perdido e o filho fiel – Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde. E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, vivendo dissolutamente. Tendo gasto tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. Então foi servir a um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância e eu, aqui, morro de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o Céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado teu filho, trata-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi ter com o pai. Ainda estava longe quando o pai o viu, e enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho disse-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti, já não mereço ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a mais bela túnica e vesti-lha; ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; comamos e alegre-mo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e encontrou-se. E a festa principiou. Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos, perguntou-lhe o que era aquilo. disse-lhe ele: O teu irmão voltou e teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo. Encolerizado, não queria entrar; mas o pai saiu e instou com ele. Respondendo ao pai, disse-lhe: Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua e nunca destes um cabrito para me alegrar com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho que consumiu os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo. O pai respondeu-lhe: Filho, tu sempre estás comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e encontrou-se».
(Continua em, 17/2/2012, esta descrição do EVANGELHO DE SÃO LUCAS)
Transcrição de António Fonseca
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