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Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.
8 de Julho – Domingo
XIV Domingo Comum – B
Mc 6, 1-6
Depois, partiu dali e foi para a Sua terra, acompanhado pelos discípulos. Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de assombro e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que Lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por Suas mãos? Não é Ele o carpinteiro filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as Suas irmãs não estão aqui entre nós?» E ficaram perplexos a Seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa». E não pôde ali fazer milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente.
1. – No reduzido ambiente e na sociedade fechada de um pequeno povoado da Galileia do século I, a família e a sinagoga eram (tinham que ser) as duas causas, através das quais, cada individuo que vinha a este mundo se associava, quer dizer, se integrava na sociedade judia do seu tempo. Ocorreu isto no caso de Jesus? Pelo que conta esta passagem, parece que não. Tanto a família como a sinagoga, são surpreendidas quando, depois de um tempo seguramente curto, se dão conta de que Jesus já não pensa, nem fala, nem vive como era de esperar de um vizinho da aldeia e um filho daquela família.
2. – O facto é que a conduta de Jesus se viu ali tão “desviada” que só merecia “desprezo”. E, por suposto, ninguém, nem sua família mais íntima, se fiou n’Ele. Isto é muito duro na vida duma pessoa. É o preço da liberdade. Sobretudo, a liberdade perante as pessoas a quem se sente vinculado afectivamente. A dolorosa estranheza de Jesus estava justificada.
3. – Os três sinópticos recordam este facto (Mt 13, 53-58; Lc 4, 16-30 e Mc 6, 1-6). Que importância tem este episódio? Se Jesus foi incompreendido onde melhor era conhecido, sem dúvida que Jesus foi visto como uma novidade que não se podia entender. E se além disso foi recusado, é porque foi visto como um sério perigo. Um perigo para aquela religião (a sinagoga) e para aquele modelo de sociedade (a família). Hoje o veríamos como uma novidade mais estranha. E como um perigo maior.
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