NOTA:
Peço imensa esculpa aos meus leitores, pelo facto de apenas hoje – dia 15 - ser publicado este texto, que deveria ter saído ontem, o que não sucedeu por não ter sido agendado antecipadamente. Obrigado.
António Fonseca
Caros Amigos: (Post para publicação em 14 de Julho de 2012 – 10,30 h).*
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
Do livro “Caminhos da Felicidade”
Uma senhora jovem
Há dias, quando cheguei ao meu local de trabalho, vi entrar um homem ainda muito jovem, nervoso, com uma preocupação estranha estampada no rosto. Perguntou-me inquieto:
- Não viu por acaso aqui uma senhora jovem e loura?
- Não, não vi! – respondi surpreendido. – Mas que se passa?
Ele explicou: «Minha mulher telefonou para casa dizendo que se ia suicidar. Procurei-a já em vários lugares onde costuma estar. Passei por aqui porque sei que ela vinha algumas vezes a esta igreja».
- Esteja calmo! Ela pode ter telefonado numa hora de desespero e, depois de serenar , ter reflectido e abandonado essa ideia.
- Peço-lhe uma oração por ela – disse o marido, desaparecendo apressadamente…
Eu elevei o pensamento a Deus nessa oração solicitada.
Mas nem sei se aquela senhora transtornada se segurou na berma do abismo do desespero. Não sei se vive ou se morreu..
Sei que a angústia daquele marido era sinal de que amava a mulher.
Sei que nas horas aflitivas do naufrágio existencial a âncora é lançada para o alto, numa prece a Deus.
E sei que há muita gente que é torturada por problemas angustiantes, mas que põe a sua vida nas mãos de Deus, o Senhor da vida.
Nós somos apenas administradores da vida. Não podemos abreviá-la nem eliminá-la, por maior que seja o horizonte.
Deus é um Pai amoroso que abre sempre uma janela inesperadamente a todas as situações, por mais graves e impossíveis que pareçam…
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
A MÃO DA PROFESSORA
Nos Estados Unidos da América do Norte há em cada ano um Dia de Acção de Graças, em que os crentes agradecem a Deus todos os dons concedidos.
Na véspera desse Dia, uma professora da primeira classe do ensino primário mandou seus alunos desdenhar qualquer coisa que exprimisse gratidão.
Pensava que as crianças dos bairros pobres não seriam capazes de encontrar muitas coisas para agradecer. mas ficou surpreendida.
Quando recolheu os trabalhos, ficou admirada com mo desenho tosco do pequeno Douglas, um aluno raquítico e pobre. desenhou uma mão, em traços desajeitados.
Todos os alunos acharam graça ao desenho da mão, abstracto, sem legenda explicativa.
- De quem será esta mão? – interrogou a professora.
- É a mão de Deus que nos dá todas as coisas! – respondeu um aluno.
- É a mão do fazendeiro que nos dá aves e hortaliças! – respondeu outro.
A professora inclinou-se sobre a mesa de Douglas e interrogou-o: – De quem é a mão que desenhaste?
- É a sua mão, professora! – respondeu o pequeno timidamente
A mestra lembrou-se então de que várias vezes no recreio tinha pegado na mão de Douglas, magrinho e desemparado, como fazia a outras crianças. Mas aquele aluno marcou o gesto carinhoso da professora que o tornava um pouco mais feliz. estava ali a expressão dessa gratidão.
O aluno agradecia a manifestação de carinho, que não recebia de ninguém,.
E a professora agradecia a Deus o seu gesto de dar, de bem-fazer, simbolizado naquele desenho infantil.
Afinal, todos temos tantas oportunidades para estender a mão para mitigar o sofrimento dos outros, para transmitir visivelmente um pouco do amor de Deus a alguém; a alguém da nossa casa, do nosso trabalho, de todo o nosso relacionamento.
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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A publicar em:
14-Julho-2012 - 22,30 horas
António Fonseca
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