Nº 1353-2 - IN MEMORIAM do Padre Mário Salgueirinho - 21 de Julho de 2012

 

Caros Amigos: (Post para publicação em 21 de Julho de 2012 – 10,30 h).*

(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)

Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.

Que descanse em paz com as honras do Senhor.

18\06\1927 - 29\10\2011

Do livro “Caminhos da Felicidade”

FIM DO ANO

A vida é uma corrida árdua, a velocidade incontrolável no estádio deste planeta minúsculo.

Cada ano é uma etapa desta corrida vertiginosa cheia de surpresas.

Ao atingir a meta, lançamos um  olhar retrospectivo para o caminho andado, para corrigir opou aperfeiçoar.

Revemos o piso que trilhamos, os obstáculos que foram ultrapassados, o esforço que despendemos para cumprir bem, os erros que cometemos, os desânimos que nos assacaram, o tempo que malbaratamos, as quedas em que fracassamos, as dores que nos torturaram e as alegrias que iluminaram o nosso caminho…

Ao atingir o fim desta etapa, olhamos para trás para lembrar os que ficaram tombados no percurso, pelas guerras, pelas catástrofes, pelas doenças, pelos acidentes: familiares, companheiros e amigos, alguns tão dedicados, que partiram para o Além…

Neste fim de etapa, com derrotas e vitórias, lembramos uma palavra litúrgica de louvor e alegria, apropriada para esta hora de chegada. A palavra Ámen.

Ámen, Senhor, pelas alegrias de cada dia!

Ámen, Senhor, pelas dores que nos abalaram.

Ámen, Senhor, por tanta coisa bela que nos iluminou.

Ámen, Senhor, por tanta coisa triste que nos provou e purificou.

Ámen, Senhor, pelo amor com que douramos a nossa caminhada.

Ámen, senhor, por cada instante desta maravilha que jorra das Tuas mãos, que é a Vida que Te agradecemos!

Porto, Dezembro de 1998

Mário Salgueirinho

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Do livro “Dar é receber”

UM SORRISO

Uma palavra simples, um pequeno gesto, uma ajuda insignificante podem iluminar a vida de alguém que vive só, alguém que vive encerrado no cárcere da solidão.

Vejamos. Um  autocarro pára numa paragem para receber passageiros. Uma senhora de bastante idade tenta entrar, mas custa-lhe a subir. Uma outra senhora, ao ver a dificuldade dela, oferece-lhe ajuda.

A senhora agradece e diz: Muito obrigada pela sua oferta. Mas muito obrigada também pelo seu sorriso, o primeiro sorriso que recebi hoje até esta hora da tarde.

Faltava na vida daquela idosa uma réstia de luz; um sorriso de expressão de acolhimento, de compreensão, de simpatia, de respeito, de calor humano.

Quantas vezes desperdiçamos momentos oportunos para dar um pingo de felicidade a alguém que vive só, que não fala com ninguém, que não recebe de ninguém uma palavra, diretamente ou por telefone.

Quanta gente, mesmo com possibilidades económicas, vive totalmente só, esquecida ou abandonada!

Iluminar e aquecer a solidão de alguém é um ato generoso de solidariedade e amor fraterno!

 

Porto, Dezembro/2003

Mário Salgueirinho

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A publicar em:

21-Julho-2012 - 10,30 horas

António Fonseca