sábado, 23 de fevereiro de 2013

Nº 1570–6 - IN MEMORIAN do Pde Mário Salgueirinho - 23 de Fevereiro de 2013

Nº 1570-6
(Post para publicação em 23 de Fevereiro de 2013 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
O PEQUENO COFRE
Conta certo escritor que quando era criança lhe ofereceram um pequenino cofre encantador. Aí ia lançando as moedinhas que familiares e amigos lhe iam dando.
Mas o mealheiro tinha uma particularidade caprichosa. Ninguém o podia abrir pela parte de fora. Só podia ser aberto por dentro. Uma insólita e refinada engenhoca fazia com que o cofre abrisse apenas quando estivesse totalmente cheio. As moedas iam caindo e enchendo, enchendo, até tocar um ponto que disparava e abria, despejando o dinheiro nas mãos inquietas da criança.
Todos os dias o pequeno olhava com certa tristeza e curiosidade o seu cofrezito sobre o armário. E o pai do miúdo observava muitas vezes esse olhar ansioso do filho.
Certo dia, o pequenito regressou da escola inesperadamente e deu com o pai debruçado sobre o mealheiro a meter moedas grandes e pequenas para enchê-lo mais rapidamente e antecipar o momento da abertura, a hora de alegria e felicidade para o filho cansado de esperar.
E o filho nunca mais esqueceu aquele gesto de amor de seu pai…
Nós temos um pai muito mais generoso e criativo que procede connosco de forma semelhante.
Sem vermos, no silêncio da sua obra de amor, Deus vai enchendo o nosso cofrezinho da vida com dons e talentos e ajudas valiosas de toda a espécie, para proporcionar-nos momentos de felicidade, sobretudo a alegria de verificar um dia quanto de valor guardava a nossa vida.
Só um dia descobriremos a generosidade espantosa de Deus na vida de cada um de nós.
Só um dia compreenderemos que nossas palavras, nossos actos frágeis frutificaram  porque a mão de Deus invisivelmente colaborou connosco como aquele pai, para atingirmos a plenitude…
 

Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
FORÇA DE VONTADE
As crianças têm por vezes atitudes e palavras excelentes como estas.
Uma pequenita que anda muito bem de bicicleta queria que uma sua amiga mais velha aprendesse também. Perante o receio da amiga, a pequena disse: – Não tenhas medo. É preciso força de vontade. Vês estas marcas que tenho nos joelhos? Se não as tivesse não teria aprendido.
Boa verdade! Nada se consegue de positivo, sem tombos, sem arranhões, sem luta, sem sacrifício.
Quantas marcas negras, quantas cicatrizes lavradas no corpo ou na alma de tanta gente para conseguir um objetivo.
Tantos esposos sacrificados um pelo outro para serem felizes. Tantos pais sacrificados pela educação dos filhos. Tantos amigos sacrificados pelos amigos!
Quantas marcas negras de desilusões e fracassos, de quedas e recomeço; quantas cicatrizes na alma dos que tiraram os seus cursos com pouco dinheiro, com má alimentação, com viagens longas, com ambiente degradado.
Quanta gente com a alma eivada de cicatrizes indestrutíveis, invisíveis aos nossos olhos, mas que são medalhas das suas vitórias em tantas e tantas batalhas da vida.
Mas por detrás de todas essas marcas no corpo e na alma está a força da vontade para vencer o desanimo, que tantas vezes arrasa, para vencer o fracasso e recomeçar, para levantar das quedas dolorosas e frustrantes que vão surgindo ao longo do caminho da vida.
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf
A publicar em:
23-Fevereiro-2013 - 10,30 horas
António Fonseca

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