quinta-feira, 23 de abril de 2009

NUNO ÁLVARES PEREIRA - Canonização 26 ABRIL

Com a devida vénia, transcrevo vários textos do site da Rádio Renascença - Emissora Católica Portuguesa, - http://rr.pt - respeitantes à Canonização de Nuno Álvares Pereira (Beato Nuno de Santa Maria) que vai ser levada a efeito no Vaticano, no próximo Domingo dia 26 de Abril, pelo Papa BENTO XVI, conforme julgo ser do conhecimento geral e satisfação dos católicos portugueses.

http://rr.pt - http://ecclesia.pt

outras fontes: Jornalista Aura Miguel; Pc/Lusa; FA/Maria João Costa; FA/Sofia Vieira; CC; MG/Ana Rodrigues; João César das Neves "Os Santos de Portugal" (Lucerna) e José Hermano Saraiva "História concisa de Portugal" (Europa-América)

Beato Nuno

20-04-2009 16:42

Portugal vai ter mais um santo. Bento XVI vai canonizar Nuno Álvares Pereira. A Renascença dá-lhe a conhecer um mito da História de Portugal. Ao longo da semana, a Renascença vai trazer-lhe a vida e a importância de D.Nun’Álvares Pereira sob diversas perspectivas. Conheça as várias facetas do Santo (o militar, o fundador da Casa de Bragança, a figura histórica e algumas curiosidades sobre o Santo).

A Renascença entrevistou também várias personalidades ligadas a D.Nun’Álvares, como o Cardeal Saraiva Martins ou D.António Vitalino Dantas.

Fique também a saber qual a sua influência no estrangeiro (em Inglaterra, por exemplo, é patrono de um batalhão de fuzileiros), quais os santos e beatos que merecem maior devoção dos portugueses ou quais os nomes que se podem seguir na lista de beatificações do Vaticano. Os porquês? Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e, nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 6 de Novembro. O processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo. Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe. O cardeal Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, conduziu no Vaticano o processo de canonização. Segundo D. José Saraiva Martins, a idosa sofria de "uma úlcera na córnea", uma coisa gravíssima. E os médicos, realmente, chegaram à conclusão que aquilo [a cura] não tinha explicação científica", frisou, em declarações recentes à Lusa, explicando que o processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira chegou ao fim "em três meses", entre Abril e Julho de 2008. Em Abril, "o milagre atribuído à intervenção do beato Nuno foi examinado pelos médicos [do Vaticano]" e, em Maio, pelos teólogos, "no sentido de saber se tinha sido efeito da oração feita pela doente, pedindo-lhe a sua cura". Os cardeais da Congregação das Causas dos Santos viriam a aprovar as conclusões, "tanto dos médicos como dos teólogos", e, em Julho, a documentação resultante foi presente ao Papa Bento XVI por D. José Saraiva Martins.

Beato Nuno

20-04-2009 12:10

A menos de uma semana da cerimónia de canonização de Dom Nuno Álvares Pereira, o prefeito emérito da Congregação para a Causa dos Santos recorda a figura e o processo que lhe passou pelas mãos.

Em entrevista à jornalista Aura Miguel, o Cardeal D. José Saraiva Martins defende que o homem que ficou conhecido na história de Portugal como o Santo Condestável, não deve a sua canonização apenas aos últimos anos da sua vida, quando abandonou a carreira militar para abraçar a vida religiosa. Nuno Álvares Pereira não viveu como santo apenas nos últimos anos da sua vida, ele viveu sempre como um verdadeiro crente. Portanto, é um santo muito actual”, afirma o Cardeal. Uma actualidade que não é afectada pelo facto de ter vivido há seis séculos: “É actual porque a santidade é sempre actual. É histórica mas é também meta-histórica, é para além da história, nunca passa de moda.” Enquanto presidiu à congregação que tratava dos processos de canonização, o cardeal viu passar-lhe pelas mãos a história de muitos grandes homens e mulheres da Igreja. Mas a nacionalidade do Condestável não lhe foi indiferente: “Agradeço a Deus o grande privilégio que me deu por ter retomado a causa de canonização do beato Nuno. Considero isso um dom de Deus.”

FA/Aura Miguel

Beato Nuno

20-04-2009 16:33

Patriarca convida cristãos a celebrarem "Santo de Lisboa"

Foto: RR/Pedro Caeiro

D.José Policarpo convida os párocos e comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa a viverem espiritualmente a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, recordando que "é sobretudo um Santo de Lisboa".

Numa mensagem a propósito da canonização do Santo Condestável, no próximo domingo, e do Jubileu do monumento ao Cristo-Rei (16 e 17 de Maio), D. José Policarpo sublinha a ligação de D.Nuno Álvares Pereira à cidade de Lisboa. A capital foi "onde viveu a última parte da vida como irmão da Ordem do Carmo, dando testemunho heróico de humildade e de caridade, expressa sobretudo no amor dos pobres a quem deu todos os seus bens e serviu com grande humildade". "Formas de culto público, reconhecimento, pela comunidade, da sua santidade de vida, são conhecidas em Lisboa logo após a sua morte", referiu, lembrando também que foi a diocese de Lisboa que por três vezes (1918, 1940 e agora) apresentou a causa da canonização. "Ele é, pois, um Santo que muito diz à Diocese de Lisboa, onde se construiu a primeira Igreja que o tem como Orago, a Igreja de Santo Condestável, na Cidade de Lisboa", escreveu, convidando as comunidades cristãs a "viverem espiritualmente este momento" e relembrando as celebrações, em Lisboa e em Roma, que acompanham a cerimónia de canonização. Na mesma mensagem, o Cardeal Patriarca referiu-se também à comemoração dos 50 anos da inauguração do monumento a Cristo-Rei, a 16 e 17 de Maio, recordando que ele resulta de um voto dos bispos portugueses, que, durante a Segunda Guerra Mundial, pediram ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora de Fátima que poupassem Portugal ao conflito. Os prelados portugueses, adiantou, manifestaram dessa maneira a sua fé na intervenção de Deus na história, pelo que, 50 anos depois, a mensagem a reter é "levar os cristãos a confiar na acção de Deus na resolução dos problemas" da sociedade.

PC/Lusa

Beato Nuno

22-04-2009 10:36

Amigo dos pobres, e dos adversários

A Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, com vitrais de Almada Negreiros, guarda desde 1951 o túmulo de D. Nuno Álvares Pereira, esculpido por Soares Branco.

Mas os restos mortais não se encontram apenas aí, estando algumas relíquias guardadas no Convento do Carmo. José Miguel Moser, membro da Comissão da Paróquia para a canonização, recorda o evento: “houve uma transferência das relíquias, que vieram com honras militares, e a presença de altas figuras, mas antes dessa vinda houve uma outra abertura e algumas relíquias ficaram à guarda da venerável ordem terceira do Carmo”. O lado solidário do futuro santo está bem presente na mente dos seus devotos. José Miguel Moser relembra o facto de, mesmo depois de combater os espanhóis em Aljubarrota, D. Nuno quis socorrer os inimigos feridos. Ainda hoje, na vila de Ourém, existe um bairro chamado Castela, porque ele, enquanto Conde de Ourém, logo que terminou a batalha, mandou organizar nas terras do seu condado, abrigos para cuidar dos feridos de Castela que tinham sobrevivido à batalha.” Esse espírito de ajuda centrava-se em particular nos pobres, e conta-se também na história de um caldeirão: “agarrou no caldeirão que servia para fazer comida para os militares, e passou a utilizá-lo para fazer comida para os pobres, que distribuía à porta do Convento do Carmo. O que hoje conhecemos como a sopa dos pobres nasceu com D. Nuno Álvares Pereira”, afirma José Miguel Moser.

FA/Maria João Costa

Beato Nuno

21-04-2009 11:55

História ao alcance dos mais pequenos

Numa iniciativa que visa combater o desconhecimento da vida do Santo Condestável, acaba de ser publicado um panfleto que conta a história da sua vida aos mais pequenos. A partir do próximo domingo Dom Nuno de Santa Maria Álvares Pereira passará a ser reconhecido pela Igreja como São Nuno, confirmando uma devoção popular portuguesa de séculos. A falta de uma biografia sobre esta figura da história, com uma linguagem acessível e em versão mais curta levou a fundação Maria Ulrich a meter mãos à obra, como explica a Duquesa de Bragança, D. Isabel de Herédia. Estes livros todos que existem são já para uma faixa etária mais adulta. Há um que foi reeditado agora que é o Nuno de Santa Maria – Herói e Santo, de D. António Ferreira Gomes, com prefácio de D. Carlos Azevedo. Há um do Henrique Barrilaro Ruas que também é muito bom, é para crianças de 10, 12 anos. Eu li-o quando tinha essa idade e nunca mais me esqueci, marcou-me imenso e se calhar foi ali que me inspirei a ser também uma lutadora”. À procura de uma solução, a Fundação Maria Ulrich, com o apoio da ordem de Santa Isabel, lançou um panfleto com os passos mais importantes da vida do Santo Condestável. Tem a história muito resumida de D. Nuno Álvares Pereira, e pediram se a Ordem de Santa Isabel podia patrocinar a publicação dos panfletos. O que se deu de seguida foi um milagre da multiplicação dos panfletos" explica D. Isabel, "iam-se fazer 5 mil e acabámos por fazer 90 mil, com o mesmo dinheiro e com a ajuda e boa vontade de muita gente. Estamos agora a distribuir os panfletos em escolas e a catequistas para que todos possamos seguir melhor esta canonização, e orgulharmo-nos de mais um herói nacional.”

FA/Sofia Vieira

Canonização

14-03-2009 0:47

D. José Policarpo lembra exemplo de Beato Nuno

Neste momento da vida nacional, é importante que o testemunho do Santo Condestável ajude os cristãos a serem grandes servidores da sociedade imprimindo a qualidade da sua fé ao serviço da comunidade. O desafio é lançado pelo Cardeal Patriarca de Lisboa numa carta às comunidades cristãs da diocese a propósito da canonização do Beato Nuno de Santa Maria, marcada para 26 de Abril próximo no Vaticano. Um texto onde D. José Policarpo lembra a profunda ligação do Santo Condestável à cidade onde viveu, como membro da Ordem do Carmo, na última parte da sua vida.

CC

Beato Nuno

23-04-2009 7:12

A face militar do Santo Condestável

Nun´Álvares Pereira ficou para a história como “O Santo Condestável” e tornou-se um dos heróis da batalha de Aljubarrota no reinado de D. João I. O seu processo de canonização termina no domingo.

VEJA O VÍDEO - site: www.rr.pt

Nun’Álvares Pereira era um homem de fé, mas também um grande guerreiro. Foi o estratega da batalha de Aljubarrota, que mudou o rumo da História de Portugal. Estávamos em 1385 e foi no campo de S. Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, que o Condestável e o seu exército conseguiram a derrota definitiva dos castelhanos. Mas o mérito do Santo não foi apenas o de vencer muitas batalhas, mas também o de ter acreditado sempre na autonomia de Portugal – uma fé inabalável que não escondia, mesmo em pleno campo de batalha. Parte do sucesso dos portugueses na Batalha de Aljubarrota foi atribuída à intercessão de São Jorge, o santo guerreiro. A luta teve lugar no Campo de São Jorge, o estandarte do Condestável incluía – entre outros – uma imagem de São Jorge, e Portugal contou ainda com a preciosa ajuda de 200 archeiros ingleses, cujo santo padroeiro é São Jorge. O santo, cujo dia litúrgico é celebrado hoje, 23 de Abril, ficou associado às Forças Armadas nacionais. Ainda hoje o lema do Exército Português é “Por Portugal e por São Jorge”. Agora, D. Nuno Álvares Pereira ficará ainda mais associado a esta figura, juntando-se ao lote de santos guerreiros. Recorde-se que quando foi beatificado por Bento XV, o Condestável foi apresentado como modelo a seguir pelos soldados católicos na Primeira Grande Guerra. O processo de canonização de Nun´Álvares Pereira foi reaberto em 2004, em Lisboa, e tem o seu desfecho no próximo dia 26, com a cerimónia de canonização, no Vaticano.

MG/Ana Rodrigues

Canonização

21-02-2009 18:14

Portas feliz com canonização de Beato Nuno

A canonização de Nuno Alvares Pereira é motivo de orgulho para os portugueses. É o que diz o líder do CDS-PP. Paulo Portas considera que esta notícia “é uma enorme alegria”. “A canonização de D. Nuno Alvares Pereira é um sinal de confiança naquilo que os portugueses são capazes de fazer e do que Portugal é capaz”, diz. O presidente centrista lembra que “a figura de D. Nuno Alvares Pereira é a de um homem com sentido de Pátria, a de um militar destemido. Foi também, do ponto de vista do despojamento da riqueza e do olhar sobre os mais pobres, um exemplo particularmente no seu tempo”.

CC

Canonização

21-02-2009 15:24

Cavaco espera que Nuno Álvares Pereira sirva de inspiração

O Presidente da República congratula-se com a canonização de Nuno Álvares Pereira, frisando que esta figura "maior" da nossa história "deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor". Cavaco Silva reagiu a esta notícia, em comunicado, através da sua página oficial. A cerimónia de canonização de D. Nuno Álvares Pereira decorrerá em 26 de Abril, no Vaticano. O Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV.

CC

Canonização

21-02-2009 11:36

Nuno Álvares Pereira canonizado em 26 de Abril

A data da canonização de Nuno Álvares Pereira foi hoje conhecida no Vaticano: 26 de Abril. O novo santo português foi inserido no primeiro grupo de cinco novos santos que serão canonizados no mesmo dia pelo Papa Bento XVI. Os outros cinco (do grupo dos 10 novos santos apresentados este sábado em Consistório) vão ser canonizados a 11 de Outubro. Ao lado de Nuno Álvares Pereira, no dia 26 de Abril, subirão aos altares quatro italianos – dois homens e duas mulheres – todos fundadores de congregações. A cura milagrosa que permitiu a canonização de Nuno de Santa Maria refere-se ao processo de Guilhermina de Jesus, uma sexagenária de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a cozinhar. Na perspectiva dos organizadores portugueses, teria sido preferível a data de 11 de Outubro, para dar mais tempo aos peregrinos para se organizarem. O desafio passa agora por conseguir uma presença significativa de portugueses em Roma, sendo que faltam apenas dois meses para o grande acontecimento.

O Perfil de D. Nuno Alvares Pereira

21-02-2009 16:57

Perfil de D. Nuno Alvares Pereira

Beato Nuno vai ser canonizado a 26 de Abril no Vaticano. Recorde aqui o perfil de D. Nuno Alvares Pereira.

Nasceu em 1360, tendo falecido em 1431. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, entrou aos 13 anos na corte de D. Fernando (rei de 1367 a 1383) como pajem da rainha D. Leonor de Teles. Destacando-se logo em jovem, num ataque dos castelhanos a Lisboa, for armado cavaleiro. A morte do rei criou a crise dinástica, com a possibilidade da coroação de D. João de Castela como rei de Portugal. Um partido nacionalista reuniu-se à volta do mestre da Ordem de Avis, D. João, irmão do rei D. Fernando, que o povo de Lisboa elevou a regedor e defensor do reino. D. Nuno é chamado pelo Mestre para o Conselho de Governo. Em breve lhe foi entregue o cargo de fronteiro de entre Tejo e Guadiana. Usando tácticas inspiradas na Guerra dos Cem Anos, o fronteiro venceu os Castelhanos a 6 de Abril de 1384, em Atoleiros. Na batalha, Nuno Álvares Pereira conseguiu, com um bando de camponeses, derrotar um forte corpo de cavalaria castelhana. A partir da vitória dos Atoleiros, Nuno Álvares transformou-se num herói popular e conseguiu mobilizar toda a força da revolta camponesa para a defesa da causa do Mestre de Avis. Precisamente um ano depois, este foi aclamado rei D. João I (rei de 1385 a 1433) em Coimbra e no dia seguinte D. Nuno foi nomeado o Condestável do Reino. Conquistou o Minho para a causa e, depois da vitória de Trancoso em Maio ou Junho, cortou a avançada castelhana com a memorável Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385. As forças portuguesas, dispostas em quadrado, aguentaram o assalto da cavalaria feudal e infligiram-lhe uma derrota que teve consequências políticas definitivas. A realeza do Mestre e a independência portuguesa foram a partir de então factos irreversíveis. A seguir à crise de 1383-85, o Condestável ficara dono de quase meio país. Quando se estabeleceu a paz, quis entregar uma parte do que recebera aos que mais o tinham ajudado, fazendo-os seus vassalos. O rei não o permitiu e fez recolher ao património da coroa as terras doadas. Depois negociou o casamento de um seu filho bastardo com a filha única de Nuno Álvares; a imensa fortuna do herói voltou assim ao controlo da coroa e foi origem da Casa de Bragança. Assegurado o reino, Nuno Álvares começou a dedicar-se a outras obras. Mandou construir a Capela de São Jorge de Aljubarrota em Outubro de 1388 e o Convento do Carmo em Lisboa, terminado em Julho de 1389 e onde entraram em 1397 os Frades Carmelitas. Dedicou em Vila Viçosa uma capela à Virgem para a qual mandou vir de Inglaterra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que 250 anos depois seria proclamada Rainha de Portugal. A morte da filha, D. Beatriz, em 1414, cortou o último laço com o mundo, e abriu o desejo da clausura. Ainda participou na expedição a Ceuta de 1415, primeiro passo da gesta ultramarina portuguesa, onde o seu valor ficou de novo marcado. Mas em breve olharia para outras fronteiras. Em 1422, distribuiu os títulos e propriedades pelos netos, e a 15 de Agosto de 1423, festa da Assunção, aniversário do seu casamento e dia seguinte ao da Batalha de Aljubarrota, professou no Convento do Carmo. Frei Nuno de Santa Maria foi um humilde frade, que viveu em oração, penitência e caridade, pedindo esmola pelas casas durante mais de sete anos. Morreu na sua pobre cela, rodeado do rei e dos príncipes. Foi beatificado pelo Papa Bento XV a 23 de Janeiro de 1918. Padroeiro secundário do Patriarcado de Lisboa, a sua Memória (Festa na Ordem Carmelita, na Ordem dos Carmelitas Descalços e na Sociedade Missionária da Boa Nova) é liturgicamente assinalada a 6 de Novembro. A 3 de Julho de 2008, Bento XVI autorizou a promulgação de dois decretos que reconhecem um milagre do Beato, abrindo as portas à sua canonização.

João César das Neves, in “Os Santos de Portugal”, Lucerna;

José Hermano Saraiva, in “História Concisa de Portugal”, Europa-América.

CC/Ecclesia

Recolha efectuada através dos textos publicados no site www.rr.pt, em 23 de Abril de 2009, para edição exclusiva neste meu blog: Conferência Vicentina de S. Paulo, cujo endereço é: http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com - respeitando, creio eu, a indicação dos jornalistas que neles intervêm.

António Fonseca

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