domingo, 19 de abril de 2009

ANICETO, Santo (e outros)-20-ABRIL

Aniceto, Santo
XI Papa, Abril 20
Aniceto, Santo
Aniceto, Santo

XI Papa

Martirológio Romano: Em Roma, Santo Aniceto, papa, que recebeu fraternalmente como hóspede ínsigne a Santo Policarpo, para tratar juntos acerca da data da Páscoa (c. 166).
Etimologicamente: Aniceto = Aquele homem de grande força, é de origem grega.
As notícias que temos sobre sua vida são poucas. É o décimo sucessor de São Pedro; foi Papa entre São Pío I e São Sotero; regeu a Igreja pelo tempo que dura onze anos- desde o 155 ao 166- e era originário de Emesa, na Síria.
As circunstâncias em que trabalhou vêem dadas pela situação social, política, económica e cultural da época. No século II utilizava-se o grego como língua cultual; os Papas são provenientes de famílias humildes do povo; ser eleito para esse serviço era eleição para o martírio (até ao século IV todos os Papas deram sua vida pela fé). O cuidado ao serviço aos irmãos tinha que ser intenso, sacrificado, valente, generoso e muito exigente mas cheio de bondade. Os discípulos de Jesus que aumentavam cada dia levavam ainda uma existência precária ainda nos períodos de paz. Incluso com os Antoninos, a morte para o cristão podia estar detrás de qualquer acusação ou acontecimento; até o estóico Marco Aurélio pensou que a paciência dos mártires cristãos era fanatismo. Havia que esforçar-se em levar aos pagãos o mistério, porque o Reino era também para dá-lo a eles. Foi preciso contrariar os pensantes pagãos rápido que, com sarcasmo, ironia e calúnia, ridiculizavam o espírito e vida dos cristãos. Por isso a fé se fez, ademais, apologia. Aos cuidados feitos fora há que acrescentar a atenção primária da grei com os problemas que surgem desde dentro. Já pululavam versões cristãs de fé que não coincidiam com o genuíno modelo e era preciso manter a qualquer preço a pureza da fé recebida. Essa era a situação do complexo sistema que logo se chamou agnosticismo - se têm por cristãos e ensinam o secreto conhecimento do divino, recebem influências platónicas e de religiões dualistas persas, formam grupos cerrados, negam a morte expiatória de Jesus e recusam a ressurreição do corpo terreno -. Marción era gnóstico, viveu em Roma e no tempo do Papa Aniceto; dizia que havia dois princípios: o bom era Deus e o espírito maléfico criou o mundo, a matéria e o corpo; fez-se rico com negócios de navios; fazia estrago entre os cristãos semeando confusão e negando o valor do corpo com seu rigorismo extremo. Nestes cuidados discorreu a vida de Aniceto. Houve um assunto peculiar que merece comentário. Policarpo vem a Roma para tratar com o Papa um tema sério. Ele foi em seu tempo discípulo directo de São João, o apóstolo jovem, e agora é o bispo de Esmirna. Com seus oitenta e cinco anos quere deixar acordada a data da principal festa cristã. Os de Oriente seguem a tradição joânica, enquanto que os de Ocidente seguem a tradição de Pedro. Não chegaram a pôr-se de acordo. É uma questão - a da Páscoa - que tardará em resolver-se até ao concílio de Nicea. Mas despedem-se em comunhão sem romper a unidade nem quebrantar a caridade ¡Todo um exemplo! Não há dados explícitos e concludentes sobre o lugar e modo de seu tránsito. El Liber Pontificalis - ainda que empregando uma expressão estranha por in-usual - coloca-o entre os mártires; logo, a tradição constante dos martirológios fala de martírio e assinala a data de 17 de abril, ainda que não seja unânime. No referente ao lugar de seu enterro, se assinala no cemitério de S. Calixto, onde com frequência se enterraram os Papas.
A relíquia de sua cabeça foi entregue ao arcebispo de Munich, Minúcio, no ano 1590, e se venera na igreja que regem os jesuítas na cidade. Os restos repousam no sarcófago que suporta o altar Mor - o que consagrou o cardeal Merry del Val em 1910 - da capela do Pontifício Colégio Espanhol de Roma; foram trasladados para o que então era palácio renascentista dos duques de Altemps, no ano 1604. Por isso, na arcada está pintada, entre grinaldas barrocas e múltiplos anjos, a apoteose de Santo Aniceto, com capa despregada e ascendendo ao céu.
Inês de Montepulciano, Santa
Religiosa, Abril 20
Inés de Montepulciano, Santa
Inés de Montepulciano, Santa

Virgem e Religiosa

Nasceu por volta do ano 1270. Filha da toscana familia Segni, proprietários acomodados de Graciano, cerca de Orvieto.
Quando tem somente nove anos, consegue a licença familiar para vestir o escapulário de "saco" das monjas de um convento de Montepulciano que recebiam este nome precisamente pelo pobre estilo de sua roupa.Seis anos mais tarde funda um mosteiro com Margarita, sua mestra de convento, em Proceno, a mais de cem kilómetros de Montepulciano. Muita madureza devia ver nela o bispo do lugar quando com pouco mais de quinze anos a nomeia abadessa. Dezasseis anos desempenhou o cargo e no transcurso desse tempo fez duas visitas a Roma; uma foi por motivos de caridade, muito breve; a outra teve como fim pôr os meios perante a Santa Sede para evitar que o mosteiro que acabava de fundar fosse um dia presa de ambições e usurpações ilegítimas. Se vê que nesse tempo podia passar qualquer coisa não só nos bens eclesiásticos que detinham os varões, senão também com os que administravam as mulheres. Apreciando os vizinos de Montepulciano o bem espiritual que reportava o mosteiro de Proceno portas fora, rogam, suplicam e empurram Inês para que funde outro em sua cidade pensando na transformação espiritual da juventude. Descoberta a vontade de Deus na oração, decide fundar. Será no monte que está semeado de casas de lenocínio, "um lugar de pecadoras", e se levantará graças à ajuda económica dos familiares, amigos e vizinhos. Teve uma visão em que três barcos com seus patronos estão dispostos a recebê-la a bordo; Agostinho, Domingos e Francisco a convidam a subir, mas é Domingo quem decide a questão: "Subirá à minha nave, pois assim o há disposto Deus". Sua fundação seguirá o espíritu e as marcas de Santo Domingo e terá aos Dominicanos como ajuda espiritual para ela e suas monjas.
Com a saúde maltratada, suas monjas intentam procurar-lhe remédio com os banhos termais próximos; mas falece no ano 1317 Raimundo de Capua, o maior difusor da vida e obras de Santa Inês, escreve na Lenda não só dados biográficos, senão um jorro de feitos sobrenaturais acontecidos em vida da santa e, segundo ele, confirmados perante notário, firmados por testemunhas oculares fidedignas e testemunhados pelas monjas vivas que tinham acesso por razões de seuministério. Pensa que relatando prolixamente os feitos sobrenaturais -êxtases, visões e milagres-, contribui para ressaltar sua santa vida com o aval inconfundível do milagre. Por ela falou do maná que surgia a cobrir o manto de Inês ao sair da oração, o que cobriu no interior da catedral quando fez sua profissão religiosa, ou a luz radiante que ainda depois de meio século da morte o deslumbrou em Montepulciano; não menos assombro causava ouvir-lhe expôr como nascíam rosas onde Inés se ajoelhava e o momento glorioso em que a Virgem pôs em seus braços o Menino Jesus (antes de devolvê-lo a sua Mãe, teve Inês o acerto de tirar-lhe a cruz que levava no colo e guardá-la depois como o mais apreciado tesouro). Carinho, poesia e encanto.

ministério. Pensa que relatando prolixamente os feitos sobrenaturais -êxtases, visões e milagres-, contribui para ressaltar sua santa vida com o aval inconfundível do milagre. Por ela falou do maná que surgia a cobrir o manto de Inês ao sair da oração, o que cobriu no interior da catedral quando fez sua profissão religiosa, ou a luz radiante que ainda depois de meio século da morte o deslumbrou em Montepulciano; não menos assombro causava ouvir-lhe expôr como nascíam rosas onde Inés se ajoelhava e o momento glorioso em que a Virgem pôs em seus braços o Menino Jesus (antes de devolvê-lo a sua Mãe, teve Inês o acerto de tirar-lhe a cruz que levava no colo e guardá-la depois como o mais apreciado tesouro). Carinho, poesia e encanto. Santa Catalina de Siena, nascida uns anos depois e dominicana como ela, será a santa que, profundamente impressionada por suas virtudes, falará de dentro de sua alma. Chegou a afirmar que, aparte à acção do Espírito Santo, foram a vida e virtudes exemplares vividas heroicamente por santa Inês as que a empurraramà sua entrega pessoal a amar ao Senhor. Ressalta em carta escrita às monjas filhas de Inês de Montepulciano -uma santa que fala de outra santa- a humildade, o amor à Cruz, e a fidelidade ao cumprimento da vontade de Deus. mas o maior elogio que pode dizer-se de Inês o deixou escrito no seu Diálogo, pondo-lho na boca de Jesus Cristo: "A doce virgem Santa Inês, que desde a meninez até ao fim de sua vida me serviu com humildade e firme esperança sem preocupar-se de si mesma".Foi canonizada por S.S. Benedicto XIII no ano 1726.
Marcelino de Embrun, Santo Abril 20 Bispo, Abril 20
Sara de Antioquía, Santa Abril 20 Mártir, Abril 20
Clara Bosalta, Beata Abril 20 Fundadora, Abril 20
Anastasio Pankiewicz, Beato Abril 20 Franciscano Mártir, Abril 20
Oda, Beata Abril 20 Monja Premonstratense, Abril 20
Simón Rinalducci de Todi, Beato Abril 20 Agostinho, Abril 20

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