quarta-feira, 29 de abril de 2009

UM ANO COM SÃO PAULO (10)

CONTINUAÇÃO (10)
Do livro "Um ano com São Paulo" da Editorial Missões - Cucujães, escrito pelo Pde. Januário dos Santos, com os textos bíblicos retirados da BÍBLIA SAGRADA, (tradução dos Monges de Maredsous) e publicado em Junho de 2008, passo a transcrever (com a devida vénia) alguns dos textos dos Actos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, - ali inseridos - desde 19 de Abril: Dias 21, 22, 23, 24 e 25 de Fevereiro
PROFECIA DE ÁGABO EM CESAREIA (Act. 21, 8-16) Filipe, um missionário itinerante que tinha convertido o eunuco (Act. 8), tinha quatro filhas virgens carismáticas. Não são elas que falam do futuro de Paulo mas Ágabo, um profeta vindo da Judeia, através de um gesto simbólico. Como Jesus subiu a Jerusalém para ser entregue (Lc. 9, 51), também Paulo o vai imitar.
8 Partindo no dia seguinte, chegámos a Cesareia e, entrando na casa de Filipe, o Evangelista, que era um dos sete diáconos, ficámos com ele. 9 Tinha quatro filhas virgens que profetizavam. 10 Já estávamos aí havia alguns dias, quando chegou da Judeia um profeta, chamado Ágabo. 11 Veio ter connosco, tomou o cinto de Paulo e, amarrando com ele os pés e as mãos, disse: "Isto diz o Espírito Santo: assim os judeus em Jerusalém ligarão o homem a quem pertence este cinto e o entregarão às mãos dos pagãos." 12 A estas palavras, nós e os fiéis que eram daquele lugar, rógamos-lhe que não subisse a Jerusalém. 13 Paulo, porém, respondeu: "Porque chorais e me magoais o coração? Pois eu estou pronto não só a ser preso mas também a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus." 14 Como não pudéssemos persuadi-lo, desistimos, dizendo: "Faça-se a vontade do Senhor!" 15 Depois destes dias, terminados os preparativos, subimos a Jerusalém. 16 Foram também connosco alguns dos discípulos de Cesareia, que nos levaram a casa de Menason de Chipre, um antigo condiscípulo em cuja casa, nos devíamos hospedar. Frase para recordar: Estou pronto não só a ser preso mas também a morrer em Jerusalém.
PAULO EM JERUSALÉM (Act. 21, 17-26)
Correu um boato segundo o qual Paulo aconselhava os judeus a não circuncidar os filhos e abandonar a lei de Moisés. Para contradizer este boato, propuseram-lhe uma prática de devoção juntamente com quatro homens pagadores de promessas.
17 À nossa chegada a Jerusalém, os irmãos receberam-nos com alegria. 18 No dia seguinte, Paulo dirigiu-se connosco a casa de Tiago, onde todos os anciãos se reuniram. 19 Tendo-o saudado, contou-lhes, uma por uma todas as coisas que Deus fizera entre os pagãos pelo seu ministério. 20 Ouvindo isso. glorificaram a Deus e disseram a Paulo: "Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus abraçaram a fé sem abandonar o seu zelo pela lei. 21 Eles têm ouvido dizer que ensinas os judeus, que vivem entre os gentios, a deixarem Moisés, dizendo que não devem circuncidar os seus filhos nem observar os costumes (mosaicos). 22 Que se há-de fazer? Sem dúvida, saberão da tua chegada. 23 Faz, pois, o que te vamos dizer. Temos aqui quatro homens que têm um voto. 24 Toma-os contigo, faz com eles os ritos da purificaçao, paga por eles a oferta obrigatória, para que rapem a cabeça. Então todos saberão que é falso quando de ti ouviram, mas que também tu guardas a lei. 25 Mas a respeito dos que creram dentre os gentios, já escrevemos ordenando que se abstenham do que for sacrificado aos ídolos, do sangue da carne sufocada e da fornicaçao". 26 Então Paulo acompanhou aqueles homens no dia seguinte e, purificando-se com eles, entrou no templo, fez aí uma declaração do termo do voto, findo o qual se devia oferecer um sacrifício a favor de cada um deles.
PRISÃO DE PAULO (Act. 21, 27-30)
Ao cumprir os sete dias, Paulo é preso no templo por judeus da Ásia sob o pretexto de ter profanado o templo, introduzindo lá um grego de nome Trófimo. Toda a cidade se agitou perante o acontecimento. Arrastando-o para fora do tempp, maltrataram-no, querendo mesmo matá-lo. Foi salvo pelo tribuno romano que lhe perguntou se ele não era o egípcio que tinha levantado, tempos atrás, uma rebelião.
27 Ao fim dos sete dias, os judeus vindos da Ásia, viram Paulo no templo e amotinaram todo o povo. Lançando-lhe as mãos, 28 gritavam: "Ó judeus, valei-nos! Este é o homem que por toda a parte prega a todos contra o povo, a lei e o templo. Além disso, introduziu até gregos no templo e profanou o lugar santo." 29 É que tinham visto Trófimo, de Éfeso, com ele na cidade, e pensavam que Paulo o tivesse introduzido no templo. 30 Alvoroçou-se toda a cidade com grande ajuntamento de povo. Agarraram Paulo e arrastaram-no para fora do templo, cujas portas se fecharam imediatamente. Frase para recordar: Agarraram Paulo e arrastaram-no para fora do templo.
PRISÃO DE PAULO (2) (Act, 21, 31-40)
31 Como quisessem matá-lo, o tribuno da coorte foi avisado de que toda a Jerusalém estava amotinada. 32 Ele tomou logo soldados e oficiais e correu para os manifestantes. Estes, ao avistarem o tribuno e os soldados, cessaram de espancar Paulo. 33 Aproximando-se então o tribuno, prendeu-o e mandou acorrentá-lo com duas cadeias. Perguntou entâo quem era e o que tinha feito. 34 Na multidão todos gritavam de tal modo que, não podendo apurar a verdade, mandou que fosse recolhido à cidadela. 35 Quando Paulo chegou às escadas, foi levado pelos soldados por causa do furor da multidâo. 36 O povo seguia em massa dizendo aos gritos: "Á morte!" 37 Quando estava para ser introduzido na fortaleza, Paulo perguntou ao tribuno: "É-me permitido dizer duas palavras?" Este respondeu: "Sabes grego? 38 Não és tu, portanto, aquele egipcio, que, há tempos, levantou um tumulto e conduziu ao deserto quatro mil extremistas?" 39 Paulo replicou: "Eu sou judeu, natural de Tarso na Cilícia, cidadão dessa ilustre cidade. Mas rogo-te que me permitas falar ao povo."
40 O tribuno permitiu-lho. Paulo, em pé nos degraus, acenou ao povo com a mão e fez-se um grande silêncio. Depois, falou em língua hebraica: (ver o texto em 1, 2 e 3 de Janeiro) (*)
Frase para recordar: O povo seguia em massa dizendo aos gritos. "À morte!" (*) - Repete-se aqui esse texto, já de seguida: 1 "Irmãos e pais, ouvi o que vos tenho a dizer em minha defesa." 2 Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, escutaram-no com a maior atenção. 3 Continuou ele: "Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, instruí-me aos pés de Gamaliel, em toda a observância da lei de nossos pais, partidário entusiasta da causa de Deus como todos vós também o sois no dia de hoje. 4 Eu persegui de morte esta doutrina, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres. 5 O sumo-sacerdote e todo o conselho dos anciãos são-me testemunhas. E foi deles que também recebi cartas para os irmãos de Damasco, para onde me dirigi, com o fim de prender os que lá se achassem e trazê-los a Jerusalém, para que fossem castigados.6 "Ora, estando eu a caminho, e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente, cercou-me uma forte luz do céu. 7 Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues? 8 Eu repliquei: Quem és tu, Senhor? A voz disse-me: Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues. 9 Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem falava. 10 Então eu disse: Senhor, que devo fazer? E o Senhor respondeu-me: Levanta-te, vai a Damasco e lá te será dito tudo o que deves fazer. 11 Como eu não pudesse ver por causa da intensidade daquela luz, guiado pela mão dos meus companheiros, cheguei a Damasco. 12 Um certo Ananias, homem piedoso e observador da lei, muito bem conceituado entre todos os judeus daquela cidade, 13 veio ter comigo e disse-me: Irmão Saulo, recobra a tua vista. Naquela mesma hora pude vê-lo. 14 Continuou ele: O Deus de nossos pais predestinou-te para que conhecesses a sua vontade, visses o Justo e ouvisses a palavra da sua boca, 15 pois lhe serás, diante de todos os homens, testemunha das coisas que tens visto e ouvido. 16 E agora, por que tardas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.
17 Voltei para Jerusalém e, orando no templo, fui arrebatado em êxtase. 18 E vi Jesus que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito. 19 Eu repliquei: Senhor, eles sabem que eu encarcerava e açoitava com varas nas sinagogas os que crêem em ti. 20 E quando se derramou o sangue de Estevão, tua testemunha, eu estava presente, consentia nisso e guardava os mantos dos que o matavam. 21 Mas ele respondeu-me: Vai, porque eu te enviarei para longe, às nações."
PAULO NA FORTALEZA (Act. 22, 22-29)
Após a revelação da sua conversão, os ouvintes levantaram a voz gritando e atirando as capas e poeira ao ar. Quando iam açoitá-lo sem ter sido ouvido, Paulo invoca a sua condiçâo de cidadão romano, o que enche de medo o centurião e o tribuno.
22 Haviam-no escutado até essa palavra referente à missão que Jesus lhe tinha indficado. Então levantaram a voz: "Tira do mundo esse homem! Não é digno de viver!" 23 Como vociferassem, atirassem com as capas e lançassem pó ao ar, 24 O tribuno mandou recolhê-lo à cidadela, açoitá-lo e submetê-lo a torturas para saber por que causa clamavam assim contra ele. 25 Quando o iam amarrando com a correia, Paulo perguntou a um centurião que estava presente: "É permitido açoitar um cidadão romano que nem sequer foi julgado?" 26 Ao ouvir isto, o centurião foi ter com o tribuno e avisou-o: "que vais fazer? Este homem é cidadão romano." 27 Veio o tribuno e perguntou-lhe. "Diz-me, és romano?" "Sim", respondeu-lhe. 28 O tribuno replicou: "E eu adquiri este direito de cidadão por grande soma de dinheiro."Paulo respondeu: "Pois eu sou de nascimento." 29 Apartaram, então dele os que iam torturá-lo. O tribuno alarmou-se porque o mandara acorrentar, sendo ele um cidadão romano.
Frase para recordar: Paulo perguntou: é permitido açoitar um cidadão romano que nem sequer foi julgado?
Recolha e transcrição do livro UM ANO COM SÃO PAULO Pde Januário dos Santos Ed. Editorial Missões Cucujães-2008 António Fonseca

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