domingo, 6 de março de 2011

9º domingo do Tempo Comum – ANO A - 6 DE MARÇO DE 2011

 

 

Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De BrouwerHenao, 648009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

6 de Março  -  DOMINGO  -  9º DO TEMPO COMUM

Mt 7, 21-27

Naquele tempo disse o Senhor aos discípulos: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas sim  aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não foi em Teu nome que profetizámos, eu Teu nome que expulsámos os demónios e em Teu nome que fizemos muitos milagres? E, então, dir-lhes-ei: Nunca vos conheci. Afastai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade. Quem escuta as Minhas Palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa, mas não caiu porque estava fundada sobre a rocha. Aquele, porém, que ouve as minhas Palavras e não as põe em prática, é semelhante ao néscio que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, engrossaram os rios , sopraram os ventos contra aquela casa , e ela desmoronou-se; e grande foi a sua ruína”.

1. O Evangelho deste domingo recolhe o final do Sermão da Montanha. O texto tem duas partes claramente distintas. A primeira parte é uma diatribe contra os “falsos profetas”. A ambiguidade da profecia foi um tema preocupante para a Igreja nascente (1 Jn 2, 18-27; 4, 1-6; Mc 9, 38-40; 13, 21-23; Tit 1, 10-16; Act 20, 29 s; Ap 2, 20; 2 Pe 2, 1; Didaché 11, 3; 12, 5; Pastor de hermas, m 11). Sinal de que, na altura como agora, havia e há homens que se apresentam como piedosos devotos que invocam o Senhor, que até fazem coisas prodigiosas, mas, sem embargo, são uns farsantes que enganam as pessoas. Porquê? Porque, como diz Jesus, são “malvados” Literalmente, são os que praticam a “anomia” ou seja, a “carência de lei e de princípios”, a maldade. Por desgraça, é frequente encontrar “homens piedosos”, “homens consagrados” e “homens prodigiosos” que, na realidade, passam pela vida fazendo  muito dano a muitos inocentes, fracos e indefesos.

2. A segunda parte é a parábola dos construtores. A chave para entender a parábola está em tomar ou não tomar a sério o que diz Jesus no Sermão da Montanha. Tomá-lo a sério é cumprir o que diz Jesus. É fazer o que diz Jesus. Tudo o que não seja isso, é construir uma casa sem cimento, sem segurança alguma, sem estabilidade. Uma casa exposta ao afundamento total em qualquer momento, talvez quando menos o pensemos. Escutar o que diz Jesus e não fazê-lo é uma loucura, um desvairo, um despropósito. É como viver no ar, no descampado. Ou numa aparência de vivenda que se desfaz em qualquer instante simplesmente. E, também desconcertante.

 

António Fonseca

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