domingo, 27 de março de 2011

Nº 871-2 - (84) - 27 DE MARÇO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 871-2

SÃO JOÃO DO EGIPTO

Eremita (394)

S. João do Egipto nasceu em Licópoles, na Tebaida. A pobreza de seus pais obrigou-o a aprender o ofício de sapateiro, logo que teve idade para ganhar a vida. Mas o Senhor inspirou-lhe grandes desejos de passar os seus dias no deserto. Aos 25 anos, foi entregar-se à disciplina de um ancião. Um dia, o santo diretor pegou num ramo de árvore já meio apodrecido e, plantando-o na terra, ordenou a João que o regasse duas vezes ao dia, até que lançasse raízes e desse fruto. O obediente mancebo, persuadido de que obedece a Deus quem obedece ao superior, não se deteve a refletir sobre a extravagância do preceito, O exercício era violento, pois tinha de ir buscar a água a meia légua de distância. Mas nem por isso se dispensou nunca de regar duas vezes ao dia um pau seco. Além disso, e simultaneamente com esta penosa tarefa, tinha de empregar todas as forças em remover um enorme penedo, que o santo ancião lhe ordenara que deslocasse. Afirma Cassiano que tão cega obediência fez de João um dos mais sublimes contemplativos do seu tempo, e um dos mais santos solitários do Egipto. Movido por Deus a uma vida mais retirada, foi para uma serra deserta, e numa rocha muito escarpada abriu uma celazinha, onde se encerrou de tal modo que, por espaço de 40 anos, não foi visto de pessoa alguma, senão através duma janelita que raríssimas vezes abriam. Nesta espécie de sepultura viveu João até aos noventa anos, mais como anjo de que como homem. A sua comida foram ervas cruas ou raízes que nasciam dentro da gruta; e a bebida uma pouca de água. O sono mal interrompia a sua oração contínua. Não havia homem mais agradável que o santo eremita, em busca sempre de toda a austeridade e rigor. Nunca permitiu que mulher alguma se aproximasse do seu eremitério. Conseguira tornar impraticáveis os caminhos, de modo que só com muita dificuldade podia ser visitado. Mas tão notório se tornou o dom dos milagres, com que Deus o favorecera, que o povo afluía de longes terras para o consultar como oráculo.  Quando os etíopes caíram sobre as terras do império romano, enchendo já de ruínas a fronteira da Tebaida, o general do exército imperial, achando-se sem forças para lhes resistir, foi consultar o santo, sobre o que devia fazer – “Não obstante a desigualdade das tuas forças, disse João, vai cheio de confiança no Deus dos exércitos, e voltarás vitorioso”. A completa vitória que o general conseguiu pôs bem a manifesto a verdade da profecia. Predisse também vitórias ao imperador Teodósio. Evágrio do Ponto e outros monges vieram visitar S. João do Egipto. Entre os recém-chegados assinalava-se Paládio. Depois de S. João o ter alentado nos seus trabalhos e fortalecido contra as tentações, perguntou-lhe com ar de gracejo se queria ser bispo. Paládio, que não pecava por grande melancolia, respondeu-lhe no mesmo tom, que já o era; aludindo ao ofício, que tinha no mosteiro, de vigia, provedor ou inspetor dos géneros alimentícios, cargo que em língua grega se chama bispo («Epíscopos» – o que vigia). – E de que Igreja és bispo? – tornou João. – Da padaria de minha casa – respondeu Paládio. Estás gracejando, continuou o santo; mas fica sabendo; mas fica sabendo que hás-de ser bispo, e não terás pouco que sofrer no teu pontificado. Se, porém, queres evitá-lo, não saias do deserto. Há 40 anos que não ponho os pés fora da minha cela; em todo este tempo não vi mulher nem dinheiro, e ainda não tive um só momento de tristeza. Voltando estes visitantes referiu-lhes o santo a história dum solitário, que depois de uma vida muito penitente, se rendeu de tal modo às ilusões do demónio, que consentiu em pecar com um fantasma que este lhe apresentou em figura de mulher; e em vez de se levantar por meio de penitências, deixou-se levar pelo desespero, abandonou o deserto e entregou-se a toda a sorte de dissoluções. “A outro conheci, acrescenta, que, tendo sido quase tão miserável como o primeiro, foi contudo mais prudente. Consentiu em alguns pensamentos de vaidade, depois em outros de impureza, e deixou a cela para se tornar ao século. tendo entrado num certo mosteiro de solitários pediram-lhe estes que lhes fizesse algumas práticas espirituais. Não pôde resistir; e Deus, por um efeito bem singular da sua infinita misericórdia, moveu-o a ele mesmo com a doutrina que estava pregando aos outros. Voltando para a cela, passou os seus dias em amarga penitências, e em chorar incessantemente as suas culpas”. S. João do Egipto veio a morrer muito idoso no ano de 394. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATO PEREGRINO

Confessor (1232)

Peregrino de Falerone,  Beato

Peregrino de Falerone, Beato

Nascido na diocese de Fermo, nas Marcas, Itália, da Família dos Falleroni, Peregrino foi recebido na ordem franciscana em 1290, na ocasião em que S. Francisco de Assis, vindo da Terra Santa, passava pela Romanha. O que sabemos dele é narrado nas Florinhas da forma seguinte: «Passando um dia pela cidade de Bolonha, S. Francisco pregou tão maravilhosas coisas que mais parecia anjo do que homem. As suas palavras trespassavam os corações, como dardos lançados por archeiro divino, de sorte que muitos dos ouvintes renunciaram à vida pecaminosa e converteram-se à penitência.  Entre estes, encontravam-se dois estudantes da Marca de Ancona, Peregrino de Fallerone e Rogério de Muccias, que foram manifestar ao Santo o desejo de entrar para a sua ordem. Iluminado pelo Espírito Santo, Francisco percebeu logo o género de vida que lhes convinha; “Tu, Peregrino, levarás vida humilde, e tu, Rogério, servirás os teus irmãos”. E assim aconteceu, Peregrino não quis ser clérigo, apesar de muito versado nas letras e no conhecimento das Decretais. Por esta humildade chegado a elevado grau de perfeição e conseguiu especialmente a graça da santa compunção e de grande amor a Cristo. Ardendo em desejos de martírio, partiu para Jerusalém a visitar os Lugares Santos. Levando os Evangelhos na mão, encontrou as pisadas de Deus feito homem. Quando conseguiu vê-las com os seus olhos e pisá-las com os seus pés, prostrou-se de joelhos, regando a terra com lágrimas, tocando com as mãos e cobrindo de beijos os lugares santificados pela passagem do Salvador. Deus quis que em seguida ele voltasse à Itália. Raras vezes visitava a sua nobre família, e era só para recomendar aos seus o desprezo do mundo e o amor de Deus. Costumava dizer que a nobreza de alma é a única que se deve desejar e que só Jesus Cristo a pode conferir». Faleceu em 1232. Em 1821 Pio VII confirmou o culto de seis séculos que se prestava ao beato peregrino. É invocado contra as dores de dentes. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATO FRANCISCO FAÁ DI BRUNO

Sacerdote (1825-1888)

Francisco Faà di Bruno, Beato

Francisco Faà di Bruno, Beato

Último dos doze filhos dos Marqueses Luís Faá di Bruno e Carolina Sappa, nasceu em Alexandria (Itália), a 29 de Março de 1825. Além dos estudos próprios da sua condição social, entrou nas forças armadas onde obteve o posto de tenente. Após sete anos no exército, vai para Paris e em 1856 obtém o doutoramento em matemática. Dedicou-se por muito tempo ao ensino na universidade de Turim, logrando até ser inventor de alguns instrumentos no campo da física.  A par de todas estas atividades, manteve uma vida espiritual elevada que se traduziu em obras de caridade para com o próximo, de modo particular os mais necessitados. Não tendo recursos suficientes para atender a todos, apesar do seu elevado estado social, não se envergonhava de pedir esmola. Em 1859 inaugurou em Turim a Obra de Santa Zita para a promoção social e espiritual da mulher (empregadas domésticas, aprendizes, desempregadas, mães solteiras, doentes, anciãs). Na mesma cidade construiu um asilo para idosos, necessitados. Em 1864, levantou uma escola profissional e um abrigo para sacerdotes. Por conselho de S. João Bosco e aprovação do Papa Pio IX, a 22 de Outubro de 1876, recebeu em Roma a ordenação sacerdotal . A fim de garantir a continuação das suas obras, fundou em 1881 o Instituto das Irmãs de Nossa Senhora do Sufrágio. Faleceu santamente a 27 de Março de 1888. Na homilia da beatificação, a 25 de Setembro de 1988, o santo Padre classificou-o de “gigante da fé e da caridade”. AAS 63 (1971) 788-90; L’OSS. ROM. 210.1988; DIP 3, 1375. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATO JOSÉ SEBASTIÃO PELCZAR

Bispo (1842-1924)

Veio ao mundo em Korczyn, na Polónia. Antes de nascer já tinha sido consagrado à Santíssima Virgem, que o tomou sob a sua especialíssima protecção. Terminados os estudos teológicos no seminário diocesano, ordenou-se a 17 de Julho de 1864. O seu primeiro destino foi paroquiar a freguesia de Sambor, onde permaneceu apenas um ano, pois de 1865 a 1868 encontra-mo-lo em Roma a doutorar-se em teologia e Direito Canónico. Nessa altura aproveitou o tempo de férias para escrever De vita spiritualli (Sobre a vida espiritual), obra que atingiu oito edições e muito concorreu para a formação espiritual de sacerdotes, religiosos e leigos. De regresso à diocese, desempenhou as funções de professor no seminário e confessor e diretor de almas. Em 1877 partiu para Cracóvia como professor universitário de História Eclesiástica, Direito Canónico e Teologia Pastoral. Pôs particular empenho na formação espiritual dos alunos. Por sua reconhecida competência, foi designado Reitor Magnifico da Universidade. Apesar de todas estas atividades e honras, o Servo de Deus não descurou a sua vida de oração e o progresso nos caminhos do espírito. Assim, a 18 de Abril de 1893 ingressou na Ordem Terceira franciscana, fazendo a profissão sobre o sepulcro de S. Francisco de Assis. Ansiando vivamente acudir às necessidades do seu tempo, com a anuência do Arcebispo de Cracóvia, a 15 de Abril de 1894 fundou a Congregação franciscana das Servas do Sagrado Coração de Jesus para propagar a devoção ao mesmo Divino Coração e, a par disso, prestar assistência a empregadas domésticas, operárias, jovens e doentes. A nova família religiosa cresceu tão rapidamente que a 15 de Fevereiro de 1909 obteve o decreto de louvor e, três anos depois, a aprovação da Sé Apostólica. Sendo homem de tamanhas qualidades, era natural que fosse elevado à dignidade episcopal. Assim sucedeu em 1899, em que foi designado Bispo auxiliar de Przemysl, passando a titular da mesma no ano seguinte. Governou-a com  prudência e sabedoria. Acima de tudo, empenhou-se em promover a piedade e formação do clero, pois, segundo ele dizia, só padres santos podem cuidar da santificação do povo. Para alimentar e dilatar a fé, não só difundia as práticas religiosas, mas restabeleceu as associações católicas, procurando que as antigas se adaptassem aos novos tempos. Por todos os meios ao seu alcance, seja pela publicação de livros e cartas pastorais, seja pela pregação apostólica, procurou incansavelmente concorrer para a formação dos seus diocesanos. Com o intuito de apoiar as obras pastorais nos fundamentos sólidos das leis eclesiásticas – apesar de naquele tempo a Polónia estar sujeita a países estrangeiros – , convocou um Sínodo diocesano, coisa que se não fazia há 179 anos. Em 1906 fundou a Associação Católica Social, que se estendeu a todas as paróquias. Por meio desta obra, criou bibliotecas, salas de leitura e escolas para a instrução de agricultores, caixas económicas para administrar as poupanças e, durante a guerra, cozinhas gratuitas para pobres, asilos para órfãos e outros centros de caridade para tratamento de doentes. Após 125 anos de domínio estrangeiro, a Polónia conseguiu a independência . O Servo de Deus, em 1921, escreveu uma carta pública aos homens do Governo e do Parlamento para se não deixarem induzir em erro por partidos ateus, mas legislarem de acordo com os princípios do Evangelho e da doutrina da Igreja, o que foi apreciado pelos dirigentes da Polónia Católica. O Beato José Sebastião Pelczar, que em 1873 tomara a decisão de consagrar ao Senhor todos os momentos da sua vida, procurou viver na presença de Deus com humildade e contínua abnegação de si mesmo. Assim procedeu até aos 82 anos da sua existência, quando foi chamado pelo Pai Celeste, a 28 de Março de 1924, para receber a recompensa dos justos. Foi beatificado por João Paulo II, a 2 de Junho de 1991, durante a sua visita a Polónia. Nessa altura, dirigindo-se às religiosas fundadas pelo beato, disse-lhes: “Diria que a vossa Congregação tem a sua origem, em certo sentido, em Maria e encontra a sua plenitude no Coração de Jesus. Ela nasceu, de facto, da fraternidade da Santíssima Virgem Maria Rainha da Polónia. O vosso beato Fundador foi um grande devoto da Mãe de Deus; tornou isso visível no seu brasão episcopal e no lema “Ave Maria” (…) . A espiritualidade do Beato José  Sebastião estava unida à devoção da Mãe de Deus. Muitas vezes “lhe pedia conselho como havia de continuar a organizar a vida”, e considerava o rosário a oração sempre actual do homem… Na devoção a Maria, ele via fonte do renovamento do coração de cada homem, fonte da força espiritual, de unidade, de solidariedade, e, por conseguinte, de renovamento moral de toda a Nação polaca”. AAS 81(1989) 884-88; L’OSS. ROM. 9.6.1991. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

Alexandre de Drizipara, Santo
Legionário e Mártir

Alejandro de Drizipara, Santo

Alejandro de Drizipara, Santo

Etimologicamente: Alejandro = Aquele que protege o homem, é de origem grega. Este jovem mártir romano deu mostras suficientes do que significa o perdão para todo ser humano e, para o crente – com maior razão todavia. Era um militar às ordens do tribuno Tibério, em tempos do imperador Maximiliano (286-305). Se celebravam na cidade imperial umas grandes festas dedicadas à honra de Júpiter, o deus dos deuses. Sabiam que era cristão. Então quiseram obrigá-lo a que fizesse os sacrifícios ao deus. Como era natural e consequente com sua fé no Ressuscitado, se negou rotundamente. Como era um militar afamado, o levaram ante o imperador. Em sua presença professou abertamente sua fé. Consequência: o torturaram e o enviaram a Trácia, onde lhe deram fortes castigos. Mas tudo suportou com alegria por Jesús, perdoando a seus verdugos.  O trasladaram de um sitio para outro. Os interrogatórios contínuos o indignavam. Cansados, o transferiram para Drizipara (actual Karistiran) onde o decapitaram. Arrojaram seu corpo ao rio e quatro cães o rasgaram em presença de sua mãe Pemenia. O culto a Alejandro começou com muito fervor no século VI. Exaltavam o valor da mãe dando sepultura a seu filho. ¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos:
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• Ruperto, Santo
Bispo

Ruperto, Santo

Ruperto, Santo

Martirológio Romano: Em Salzburgo, em Baviera, são Ruperto, bispo, que sendo originário da região de Worms, a petição do duque Teodon se dirigiu a Baviera e na antiga cidade de Juvavum edificou uma igreja e um mosteiro, onde esteve à frente como bispo e como abade, e desde ali difundiu a fé cristã (c. 718). Etimologicamente: Ruperto = Aquele homem de fama brilhante, é de origem germânica. Bispo de Salzburgo, a formosa cidade austríaca, cuja fama está unida à de seu filho mais ilustre, Wolfgang Amadeus Mozart, se chama assim porque perto se encontram umas minas de sal. vem o nome de Salzburgo, que significa “cidade do sal”. Seu primeiro bispo e patrono principal, são Ruperto, aparece nos quadros com um saleiro na mão (ou com um barril,cheio precisamente de sal e não de vinho, como crêem alguns estudiosos não bem informados). É o único santo local festejado, não só nas regiões de idioma alemão, mas também na Irlanda: em realidade, também ele foi um típico representante dos “monges irlandeses” itinerantes. São Ruperto descendia dos robertinos ou rupertinos, uma importante família que dominava com o título de conde na região do meio e alto Rin. Desta família nasceu também outro são Ruperto (ou Roberto), de Bingen, cuja vida foi escrita por santa Ildegarda. Os robertinos estavam aparentados com os carolíngios e tinham seu centro de actividades em Worms. Aqui recebeu são Ruperto sua formação de timbre monástico irlandês. No ano 700, como seus mestres, se sentiu levado à pregação e ao testemunho monástico itinerante e por isso viajou a Baviera, obtendo bons resultados em Regensburg e em Lorch. Com a ajuda de Teodoro de Baviera fundou, perto de Salzburgo, no que hoje é Seekirchen, uma igreja dedicada a são Pedro.

Ruperto, Santo

Ruperto, Santo

Mas o lugar não parecia apropriado para os projectos de são Ruperto, e então pediu ao conde outro território, na margem do rio Salzach, perto da antiga e decadente cidade romana de Juvavum.  O mosteiro que construiu ali, dedicado também a são Pedro, é o mais antigo de Áustria e o núcleo da nova Salzburgo. Seu desenvolvimento se deve à obra dos doze colaboradores que são Ruperto levou ali de sua terra natal: entre eles Cunialdo e Gislero, venerados como santos. Não longe do mosteiro de são Pedro, surgiu também um mosteiro feminino, cuja direcção foi confiada à abadessa Erentrude, sobrinha de Ruperto. Este grupito de valentes foi o que fez surgir a nova Salzburgo, que com razão considera a Ruperto como seu refundador: “Sua figura demonstra como uma personalidade cheia de força e de sensibilidade, aprofundando as raízes nas profundidades do espírito cristão, pode impedir com inteligência e sem limites geográficos qualquer decadência tanto interior como exterior” (J. Henning). São Ruperto morreu em 27 de Março de 718, dia de Páscoa. Suas relíquias se conservam na magnífica catedral de Salzburgo, edificada no século XVII.

Panaceia de´Muzzi, Beata
Virgem e Mártir

Panacea de´Muzzi, Beata

Panaceia de´Muzzi, Beata

Martirológio Romano: Em Quarona, junto a Novara, de Piemonte, em Itália, beata Panacea de’Muzzi, virgem e mártir, que aos quinze anos de idade, estando orando na igreja, foi assassinada por sua própria madrasta, que sempre a atormentava (1383). Nasceu no ano 1368 em Quarona, diocese de Novara, Itália, Sua mãe, que era já uma mulher muito idosa, morreu quando Panacea era uma infanta. Panacea ajudava a sua família trabalhando como pastora. Seu pai se voltou a casar, com Margarita de Lucarno Sesia, que rapidamente desenvolveu um ódio para com a rapariga já que ela não trabalhava como lhe ordenava, somado ao facto de que enquanto Margarita odiava a religião, Panacea era uma menina muito piedosa.

O conflito culminou quando Margarita assassinou a Panacea, apunhalando-a com um fuso, enquanto a menina estava orando. Era a primavera de 1983. Foi enterrada em Ghemme, Novara, e desde um inicio foi considerada uma mártir pela gente da localidade, desenvolvendo-se devoção quase imediatamente. Seu culto foi confirmado em 5 de Setembro de 1867 pelo Papa Pío IX.

• Juan Damasceno, Santo
Doutor da Igreja

Juan Damasceno, Santo

Juan Damasceno, Santo

Martirológio Romano: São Juan Damasceno, presbítero e doutor da Igreja, célebre por sua santidade e por sua doutrina, que lutou valorosamente de palavra e por escrito contra o imperador León Isáurico para defender o culto das sagradas imagens, e feito monge na laura de São Sabas, cerca de Jerusalém, compôs hinos sagrados e ali morreu. Seu corpo foi enterrado neste dia (c. 750). Etimologicamente: Juan = Dios es misericórdia, es de origem hebreu.  Juan Damasceno (Yahia ibn Sargun ibn Mansur, nascido a meados do século VII de uma família árabe cristã e morto em 749) é considerado o último representante da patrología grega e o equivalente oriental de São Isidoro de Sevilha por suas obras monumentais como a Fonte do conhecimento. Sua atividade literária é multiforme: passa com autoridade da poesia à liturgia, da eloquência à filosofia e à apologética. Filho de um alto funcionário do califa de Damasco, João foi companheiro de jogos do príncipe Yazid, que mais tarde o promoveu ao mesmo posto do pai, que corresponde em certo modo ao de ministro de Fazenda. Na qualidade de “Logothete”, foi representante civil da comunidade cristã ante as autoridades árabes. A um certo ponto Juan à corte e a seu alto cargo, provavelmente pelas tendências anticristãs do califa. Em companhia do irmão Cosme, futuro bispo de Maiouma, se retirou ao mosteiro de São Sabas perto de Jerusalém, onde, ordenado sacerdote, aprofundou sua formação teológica, preparando-se para o cargo de pregador titular da basílica do Santo Sepulcro. Era o período no qual o imperador de Bizâncio, León III Isáurico, inaugurava a política iconoclasta, quer dizer, desterrava todas as imagens sagradas, cubo culto era considerado como um acto de idolatria. O ancião patriarca de Constantinopla, São Germán, defendeu o culto tradicional explicando a verdadeira natureza da homenagem que se rendia às imagens, mas pagou com a destituição seu acto de valentia. Desde Jerusalém, sob o domínio árabe, se fez ouvir outra voz em favor do culto das imagens, a do então desconhecido monge Juan Damasceno ou de Damasco, que com seus Três discursos em favor das sagradas imagens se impôs imediatamente à atenção do mundo cristão. O imperador, não podendo atacar directamente ao monge, recorreu vilmente à calúnia, fazendo falsificar uma carta de Juan, em que teria tramado uma conjuração para restituir o domínio da cidade de Jerusalém ao imperador bizantino. Nesta disputa teológica, feita de subtis distinções, Juan pôde demonstrar toda sua preparação teológica, posta ao serviço não só do patriarca de Jerusalém, mas de toda a Igreja. Com efeito, o segundo concilio de Niceia, em reparação das injúrias recebidas pelo defensor da ortodoxia, proclamou não só sua ciência, mas também sua santidade. Leão XIII o proclamou doutor da Igreja no ano 1890. A Igreja o recorda em 4 de Dezembro, ainda que em muitos sítios se mantenha a data tradicional antiga de o festejar em 27 de Março. ¿Queres saber mais? Consulta corazones.org

 

47450 > Sant' Aimone di Halberstadt Vescovo 
47300 > Sant' Alessandro di Drizipara Martire 
91516 > Sant' Augusta di Serravalle Vergine e martire 
93838 > Beato Claudio Gallo Patriarca d’Antiochia
92815 > Santi Fileto e Lidia, sposi, e Macedone, Teoprepio, Cronide e Anfilochio Martiri 
90070 > Beato Francesco Faà di Bruno Sacerdote  MR
92214 > Madonna dei Lavoratori - Torino 
93434 > San Matteo di Beauvais Crociato, martire 
91166 > Beata Panacea De' Muzzi Vergine e martire  MR
90742 > Beato Pellegrino da Falerone Sacerdote  MR
47350 > San Ruperto Vescovo MR

http://es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução 

por António Fonseca

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