Nº 1304
SÃO NICÉFORO
Mártir (828)
Nicéforo, Santo
Nicéforo, filho de Teodoro, secretário do imperador Constantino Coprónimo, teve desde a infância grandes exemplos que imitar. Seu pai renunciou àquela incumbência e a todas as honras, logo que o Imperador começou a perseguir a religião católica, por esse motivo Teodoro foi castigado e proscrito. Nicéforo, aos 14 anos já era notabilíssimo pelo saber. Quando Constantino e Irene subiram ao trono, conhecedores dos grandes méritos deste santo, elevaram-no à dignidade que seu pai tinha ocupado. Nicéforo combateu com o máximo zelo os iconoclastas. No segundo concílio celebrado em Niceia (787), desempenhou o lugar de secretário. Foi Nicéforo nomeado patriarca de Constantinopla no ano de 806. Durante a consagração episcopal teve nas mãos um tratado, obra sua, escrito em defesa das santas imagens; concluída a cerimónia, depositou-o debaixo do altar, dando assim a entender que defenderia sempre a tradição constante da Igreja. No ano de 813, em que foi proclamado imperador Leão, o Arménio, começou para Nicéforo uma era de perseguições e novos merecimentos. O novo imperador, sectário dos iconoclastas, procurou atraí-lo mas ele respondeu-lhe: “Nós não podemos mudar as antigas tradições; respeitamos as imagens santas como o fazemos com a cruz e com os livros dos Evangelhos”. Não obstante a eloquência com que o heroico patriarca demonstrou a necessidade do culto das imagens, o imperador que estava dominado pelo erro, mandou a uns soldados que tratassem com desprezo uma imagem de Cristo, que estava numa grande cruz sobre as portas da cidade. E o mesmo convocou alguns bispos iconoclastas e ordenou que fossem chamados à presença deles o virtuoso patriarca e demais bispos católicos; o santo respondeu, porém, que tais indivíduos nenhuma jurisdição tinham, sobre ele. Esta resposta valeu-lhe ser proscrito pelo cruel imperador. Morreu em 828 desterrado num mosteiro que edificara. Completava 14 anos de exílio e 60 de idade. A imperatriz Teodora mandou trazer o corpo para Constantinopla o que sucedeu a 13 de Março de 840. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Humberto ou Huberto, Santo
Padroeiro dos caçadores
Humberto ou Huberto, Santo
Nasceu provavelmente em Tolosa del Languedoque, França, em 656 ou 658; morreu em 30 de Maio de 727 ou 728, em Tervuren, Bélgica. É um santo católico, ao que se invoca como protetor contra a raiva e é tido como celestial padroeiro dos caçadores, matemáticos, ópticos e metalúrgicos. Huberto foi o filho maior de Bertrán. Como os nobres merovíngios de seu tempo, Huberto praticava assiduamente a caça. Mudou-se para Metz, onde se casou (682) com Floribana, filha de Dagoberto, Conde de Lovaina. Foi uma eleição matrimonial conveniente pela importância das duas famílias. Seu filho Floriberto, como Huberto, chegaria a ser bispo de Liege. Huberto partiu, logo de sentir o chamado do Senhor, para Maastricht, onde Lamberto era bispo, e a partir de então atuou como seu diretor espiritual. Huberto renunciou a seu posto e direitos de primogenitura no Ducado de Aquitânia em favor de seu irmão Eudo, que foi nomeado tutor de Floriberto, o filho de Huberto e Floribana. Distribuiu aos pobres sua riqueza e estudou ordens sagradas, para ser consagrado presbítero, assistindo na administração da diocese de Maastricht-Tongeren a San Lamberto. Seguindo seu conselho, partiu em romaria até Roma no ano 708, durante sua ausência foi assassinado seu bispo e mentor. A hagiografia de Huberto indica que este assassinato foi revelado ao Papa com a indicação de designar a Huberto, sucessor de São Lamberto na diocese de Maastricht-Tongeren, como assim sucedeu.
Como bispo, trasladou a sede de Maastricht para Liege, enterrou a seu predecessor numa basílica construída para honrar sua memória no lugar mesmo do assassinato e sentou as bases para fazer de Liege uma grande cidade. Esta tem hoje a São Lamberto como seu santo patrono e a Santo Huberto é contado como seu primeiro bispo. O bispo Huberto destacou por sua simplicidade e austeridade, por intensidade de suas orações e jejuns e sua famosa eloquência. Evangelizou a área de Ardenas.
Huberto morreu e Tervuren, Brabante em 727 ou 728 e foi enterrado em Liege. Seus restos foram logo exumados no ano 825 e trasladados para a abadia beneditina de Andain, situada na povoação que atualmente se chama Santo Huberto. Nos seguintes anos até o Século XVI, em que desapareceram os restos, seu sepulcro foi muito visitado e centro de peregrinação. O nome e a proteção de Santo Huberto se tomou por algumas Ordens Militares no Século XV. Felipe IV de Espanha, rei caçador, tinha a Santo Huberto como protetor. Atualmente festeja-se em 3 de Novembro. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
SANTOS RODRIGO e SALOMÃO
Mártires (857)
Rodrigo de Córdoba Salomão, Santo
Rodrigo nasceu no bispado de Córdova. Veio a ser padre zeloso e muito culto em ciências eclesiásticas. Desejando o Senhor acrisolar-lhe a virtude, dispôs ou permitiu que entre dois irmãos seus, que professavam religiões diferentes, se travasse acalorada disputa. Interveio Rodrigo com desejo de os apaziguar; mas tão maltratado foi pelo irmão muçulmano, que recebeu muitas feridas e perdeu os sentidos. O agressor divulgou por toda a parte que Rodrigo se apartara da religião de Jesus Cristo. O caluniado retirou-se para a serra, levando vida de contemplativo. Mas um dia, vindo à cidade para se prover de alimentos, foi visto e denunciado pelo desumano irmão. Sendo interrogado pelo juiz sobre a religião que professava respondeu: “Nasci cristão , e cristão hei-de morrer”. O juiz não quis ouvir mais nada, e mandou-o imediatamente para uma enxovia. Nela encontrou este a Salomão, preso pela mesma gloriosa causa. Tão estreita foi a amizade que se estabeleceu entre os dois, que fizeram promessa de morrer juntos pelo sacrossanto nome de Jesus Cristo; e converteram o cárcere em oratório, onde ambos bendiziam ao Senhor. Sabendo isto o juiz, mandou separá-los; e dias depois, baldados todos os esforços para os levar a renegar a fé, condenou-os à morte. Conduzidos ao lugar do suplicio, que era na margem do rio, os dois santos confessaram de novo a Jesus Cristo e, pondo-se de joelhos, abraçaram-se a um Crucifixo, e entregaram o pescoço aos verdugos, que lhes deceparam as cabeças. Foi isto no ano de 857. É o que sabemos pelo Memorial de Santo Eulógio, obra escrita em Córdova em 872, na mesma cidade em, que Rodrigo e Salomão tinham sido mortos 15 anos antes. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Agnelo de Pisa, Beato
Franciscano
Agnelo de Pisa, Beato
Sacerdote da Primeira Ordem (1194‑1236). León XIII em 4 de Setembro de 1892 aprovou seu culto. Agnelo de Pisa é glória não só de Pisa, sua cidade natal, mas também de Oxford, onde morreu em 1236. Percorrer, atrás seus pés descalços seu itinerário entre o Arno e o Támesis, é seguir uma das etapas mais importantes da difusão do franciscanismo na Europa. O jovem Agnelo conheceu a São Francisco em Veneza, e havia sido um dos muitos atraídos por sua palavra e por seu exemplo. Aos 17 anos de idade foi recebido na Ordem pelo próprio São Francisco. Seguindo-o descalço por amor da Dama Pobreza, pronto mostrou seus dotes de óptimo organizador e realizador, apesar de sua modéstia de verdadeiro franciscano, que conservou durante toda sua vida. Por isto, muito jovem, tinha apenas 23 anos, foi enviado a França pelo próprio São Francisco, com um grupo de irmãos destinados a fundar os primeiros conventos franciscanos em París. Frei Agnelo foi o primeiro custódio, ou superior das casas ali fundadas por ele, dando provas de grande zelo e de exemplar sabedoria. Por isto no capítulo general de 1223, São Francisco o encomendou uma tarefa todavia mais exigente: a conquista espiritual de todo um país, Inglaterra, fundando ali uma Província Franciscana. Frei Agnelo desembarcou em Dover com oito companheiros, em 10 de Setembro de 1224. Em finais daquele ano, já havia fundado dois conventos: um em Cornhill, perto de Londres, e o outro em Oxford. Nos anos seguintes as casas franciscanas se multiplicaram em Inglaterra por sobre toda previsão. Frei Agnelo compreendeu a importância dos estudos e do ensino para o provir da Ordem e de sua Província. Oxford, onde ele fundou o segundo convento, era – e é ainda hoje – o máximo centro universitário do país. Os Dominicanos já haviam aberto ali uma casa de estudos; o mesmo fizeram poucos anos depois os franciscanos com frei Agnelo, que convidou a ensinar teologia ali ao próprio chanceler da Universidade, Roberto Grossatesta. A escola franciscana de Oxford pronto adquiriu grandíssima importância, e tal seguiu sendo nos séculos seguintes. Toda a província franciscana de Inglaterra se fez admirável por sua virtude e sua doutrina. Estes êxitos sem embargo não diminuíram a humildade de frei Agnelo, que não se ensoberbeceu nem sequer quando foi escolhido como conselheiro do rei Enrique III, nem quando foi sábio mediador nas controvérsias políticas e diplomáticas. Por obediência aceitou a ordenação sacerdotal; como ministro provincial foi a Assis para o capítulo de 1230; logo voltou a Inglaterra, por petição dos bispos do país. Se estabeleceu no convento de Oxford, por ele próprio fundado. Pouco depois morreu, com a idade de 42 anos, em Oxford, em 1236. A fama de santidade bem cedo rodeou a este inglês de Pisa, símbolo vivente da unidade espiritual dos dois países. Seu sepulcro na igreja franciscana de Oxford foi destruído durante a perseguição de Enrique VIII.
• Ansovino de Camerino, Santo
Bispo
Ansovino de Camerino, Santo
Tão pronto como Ansovino, natural de Camerino, em Umbria, recebeu a ordenação sacerdotal, se retirou a um lugar solitário de Castel Raimondo, perto de Torcello, onde não tardou em adquirir renome por sua santidade e os milagres que obrava. A raiz de sua fama, o imperador Luis o Piedoso escolheu ao padre Ansovino como seu confessor e logo, promoveu sua nomeação para ocupar a sede episcopal de Camerino. O sacerdote se recusava a aceitar a dignidade e, quando por fim consentiu, pôs a condição de que não havia de subministrar soldados para o exército imperial (um serviço obrigatório para o bispo nos estados feudais), por considerar que esse subministro era inadequado e contrário às leis da Igreja. Desde que assumiu o cargo, Ansovino demonstrou ser um pastor sábio e prudente. Sua extraordinária liberalidade para socorrer aos pobres o procurou o amor de todos e, sua fama de obrar curas e outros milagres, lhe valeu a veneração geral. Se achava em Roma quando o atacou uma febre que, desde o principio, ele mesmo qualificou de fatal. Ao sentir-se enfermo, insistiu em voltar à sua sede para morrer com seus fieis. A cavalo viajou até Camerino e ainda pôde partilhar sua bênção e receber o viático, antes de expirar serenamente.
SANTA EUFRÁSIA
Virgem (412)
Nasceu em Constantinopla, ao terminar o século IV, sendo imperador Teodósio Magno. Falecendo-lhe o pai, alto funcionário, o imperador e a imperatriz ficaram a protegê-la. Como algumas das mais altas personagens da corte solicitassem a mão de Eufrásia, para quando tivesse a idade necessária, sua mãe, desejando cumprir o oferecimento que dela tinha feito a Deus, seguiu com a filha para o Egipto, onde tinha propriedades. Um dia, indo ambas visitar um convento de religiosas que viviam com o maior rigor, perguntou a prioresa à nossa santa: “Quem te merece especialmente o teu carinho, o cavalheiro a que estás prometida em Constantinopla ou as religiosas? “ Eufrásia respondeu imediatamente: “Só amo as religiosas e não me lembra esse cavalheiro”. Tendo-se feito tarde, as religiosas despediram-se por esse dia da mãe e da filha; a menina respondeu porém que de nenhum modo queria sair do convento. Observaram-lhe que era preciso estar consagrada a Jesus Cristo, para ficar lá. Imediatamente se lançou Eufrásia diante duma imagem do Redentor do mundo, exclamando: “Vós sois o meu Senhor, e eu consagro-me a Vós para sempre, doce Jesus; não sairei deste convento, porque não quero outro esposo senão a Vós”. Estas palavras encheram, de assombro as religiosas; e por mais esforços que fizessem pintando os rigores da Ordem, nada conseguiram. Por este modo ficou a bem-aventurada menina admitida no convento, retirando-se a mãe cheia de santa alegria. Pouco tempo depois, recebeu Eufrásia o hábito e véu da religiosa. Passado algum tempo, o imperador escreveu-lhe participando que desejava uni-la com um rico senador. Eufrásia respondeu, dizendo que ninguém era mais digno esposo que Jesus Cristo, a quem pertencia já; que os bens que possuía os repartisse pelos pobres e que desse a liberdade aos seus escravos. Esta carta enterneceu o imperador, e as disposições de Eufrásia foram executadas. A penitência, o jejum e a oração compendiaram a vida de nossa Santa. Todas as religiosas a admiravam; desempenhava submissa os mais baixos ofícios do convento. Mas a sua delicada compleição havia de ressentir-se forçosamente de tão grandes austeridades; assim foi que aos 30 anos de idade, 23 dos quais passados no convento, descansou no Senhor, no dia 13 de março de 410. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
90358 > Beato Agnello da Pisa Francescano MR
45100 > Sant' Ansovino di Camerino Vescovo MR
93987 > Beato Berengario de Alenys Mercedario
44910 > Santa Cristina Martire in Pérsia MR
91531 > Sant' Eldrado di Novalesa Abate MR
45200 > Sant' Eufrasia di Nicomedia Vergine e Martire
93293 > Beata Francesca Trehet Vergine e martire MR
45150 > Santa Giuditta di Ringelheim Badessa
92257 > Santi Graziano e Felino, Carpoforo e Fedele Martiri
43000 > San Leandro di Siviglia Vescovo MR
44900 > Santi Macedonio, Patrizia e Modesta di Nicomedia Martiri MR
44920 > San Pienzio di Poitiers Vescovo MR
91313 > Beato Pietro II Abate di Cava MR
44950 > San Rodrigo di Cordova Sacerdote e martire MR
92505 > San Sabino Martire in Egitto MR
45000 > San Salomone di Cordova Martire MR
http://es.catholic.net/santoral – www.santiebeati.it. - www.jesuítas.pt
transcrição e tradução de espanhol para português,
por António Fonseca
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