Mais para lá das falhas dos cristãos
Se deixamos de vigiar, se permitimos que o mal entre nos corações, sucumbimos.
Autor: P. Fernando Pascual LC | Fonte: Catholic.Net
Um homem recebeu o baptismo, foi à catequese, fez a Primeira comunhão, se casou pela Igreja. Um belo dia, deixa a sua esposa e a seus filhos, escapa-se com o dinheiro e vai viver com uma amante.
Outra pessoa recebeu uma boa formação católica até à adolescência. Depois, deixou de lado o que havia aprendido, acolheu novas ideias, tomou posturas radicais, e terminou num grupo terrorista onde cometeu dezenas de assassinatos.
Uma mulher, de menina e adolescente, confessava-se, comungava, rezava, e lia o Evangelho. Passados os anos, casou-se. Quando iniciou a gravidez de seu terceiro filho, foi ao hospital para o abortar.
Um governante conheceu, durante sua infância e juventude, a bons sacerdotes, leu livros com sãos conteúdos. Mas o poder pouco a pouco cresceu na sua alma. Um belo dia, apoiado por alguns militares que também haviam sido católicos, decidiu começar uma terrível e injusta guerra contra o país vizinho.
A lista poderia aumentar-se até ao infinito. Porque são muitos, muitíssimos, os católicos que um dia deixaram de lado o Evangelho e preferiram viver sob a escravidão da avareza, da luxúria, do ódio, da inveja, da sede de vingança, o medo às pressões do mundo.
¿Que terá ocorrido? ¿Porque há tantos católicos que mancham a beleza da mensagem cristã? O motivo é simples: porque se deixamos de vigiar, se permitimos que o mal entre nos corações, sucumbimos.
Por isso vale sempre o convite de Cristo: “Velai e orai, para que não caiam em tentação; que o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14,38). Só a partir de Deus é possível conservar fielmente a mensagem recebida do Senhor sem que nos percamos pelo caminho. “Portanto, é preciso que prestemos maior atenção ao que vamos ouvindo, para que não nos extraviemos” (Hb 2,1).
As falhas dos cristãos, nos dói reconhecer, ficam escritas como parte da história humana. Frente àqueles irmãos nossos que vão caindo, frente às próprias faltas (não podemos dizer que não temos pecados sem nos afastarmos da verdade, (cf. 1 Gn 1,8-10), necessitamos renovar a confiança, recorrer com humildade e arrependimento ao sacramento da confissão, e abrirmo-nos ao grande milagre: onde abundou o pecado, superabundou a graça (cf. Rm 5,20).
Se de verdade nos deixamos curar por Cristo, se lhe permitimos entrar a fundo para que limpe as trevas de nossos corações, poderemos amar muito, porque se nos perdoou muito (cf. Lc 7,47). Então nos converteremos em membros vivos e sãos da Igreja, regeneradores do mundo, transmissores de esperança a quem necessita de encontrar a seu lado testemunhos fieis e bons da beleza do Evangelho.
Recolha e tradução de espanhol para português, por
António Fonseca
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