NOTA PRÉVIA DE A.F.
Por lapso meu, de que me penitencio, venho informar que só agora verifiquei que a Numeração que venho aqui colocando desde o passado dia 10 estava adiantada em 80 números. Devo ter confundido o ZERO com o OITO.
Do ocorrido peço as minhas maiores desculpas. Aliás, aproveito ainda para esclarecer que vou fazer uma revisão geral aos posts diários que venho publicando desde Novembro de 2008 – dado que o número deverá corresponder ao dia e não à quantidade dos posts publicados, pelo que de facto a numeração que venho utilizando está errada e desejo que fique certa. DESCULPEM E OBRIGADO PELA ATENÇÃO
Nº 1305
Rainha – (968)
Matilde, Santa
Filha do conde de Thierry, grande da Saxónia, foi educada pela avó que se fizera religiosa e veio a ser abadessa. desde os anos juvenis sobressaiu na piedade, na caridade com os pobres e doentes e no desprezo das vaidades. Veio a casar-se com Henrique o Passarinheiro, rei da Germânia (919-936). Viveram 20 anos juntos e amando-se intensamente. Ele compreendia e ajudava a caridade da mulher para com os pobres. Tanto se recordava ela desse amor que, vivendo os últimos 5 anos como religiosa no mosteiro de Northhausen, na Turíngia, quis morrer onde fora sepultado o marido 32 anos antes. Na verdade, com a morte deste tinham começado as suas grandes tribulações. Sentia um fraquinho, talvez não de todo infundado, pelo segundo filho, Henrique como o pai, a quem desejava sucedesse. Não lho levou a bem o primogénito, Otão. Este é que tomou a coroa real e com o tempo veio a ser imperador da Alemanha e ainda rei da Itália, tornando-se o primeiro soberano (962-973) do Sacro Império Romano-germânico. Henrique teve de contentar-se com o ducado da Baviera. Os dois irmãos, o protegido e o desprotegido, vieram porém a entender-se quanto à mãe; o resultado foi despojá-la do dote que possuía. Além disso, aprisionaram-na num convento de Vestefália. Ela recebeu porém notáveis graças nesse retiro. A príncipes e bispos, que diante dela a lastimavam, contentava-se com responder serenamente: “Eles são para mim instrumentos da vontade divina. Deus seja bendito e os abençoe!”. De novo se entenderam os dois príncipes: em restituir a liberdade e os bens à mãe. esta veio a construir hospitais, igrejas e mosteiros, em, particular o de Polden, onde viveram 3 000 (!) monges, e o de Northausen, já mencionado. A esposa dum rei, mãe dum imperador e dum duque, e avó (por sua filha Hedviges) de Hugo Capeto, primeiro rei de França, quis morrer deitada num tecido áspero, usado como penitência, chamado cilício, e tendo a cabeça coberta de cinza, símbolo de desprezo de todas as vaidades. Expirou a 14 de Março de 968. Do livro
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SANTA FLORENTINA
Religiosa (entre 612 e 633)
Nasceu em Cartagena, Andaluzia, e foi irmã de três homens notabilíssimos: S. Leandro, arcebispo de Sevilha, aclamado como o homem mais notável de Espanha; S. Fulgêncio, bispo, cognominado pai dos pobres e dotado de grande zelo pastoral; Santo Isidoro, sucessor de S. Leandro em Sevilha e proclamado insigne doutor da Igreja e acérrimo defensor do catolicismo na Espanha. E um sobrinho, Santo Hermenegildo, que deu a vida na defesa da fé. Santa Florentina foi dirigida espiritualmente por S. Leandro e estudou a fundo a língua latina. Sendo também formosíssima e cheia de qualidades, resolveu escapar aos escolhos do mundo tomando o hábito religioso num mosteiro de S. Bento, perto da cidade de Ecija. Muitas donzelas se lhe vieram juntar, de maneira que o bispo desta cidade resolveu fundar outro mosteiro. Depois os três irmãos, e até o próprio rei, ajudaram-na a erguer mais outros 40, onde viveram para cima de mil religiosas. Decaiu porém, a observância no mosteiro em que inicialmente entrara; isto por descuido do bispo de Ecija. Numerosas e ferventes orações conseguiram porém que sucedesse na mesma sé o nomeado S. Fulgêncio, que tudo reformou. Vendo a Santa contínua e deploravelmente perseguida pelos arianos a santa lei de Deus, aumentou as orações, penitências e súplicas, trabalhando do modo que podia em combater os hereges e manter, com exemplos e palavras, puro e ileso o depósito da fé, não só entre as suas religiosas, senão em quantos a consultavam ou ela encontrava. Teve a grande consolação de receber a notícia da conversão do rei Ricardo. Do livro
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BEATO GIÁCOMO CUSMANO
Fundador (1834-1888)
Giacomo Cusmano, Beato
Nasceu em Palermo (Itália), a 15 de Março de 1834, no seio duma família de notáveis recursos materiais e sobretudo espirituais. Aos três anos, perdeu a mãe, e em 1858 viu o pai partir para a eternidade. Depois de estudar no colégio dos jesuítas, na sua terra natal, conseguiu o doutoramento em medicina, que lhe serviu mais para praticar a caridade do que de fonte de rendas. Com efeito, não só atendia gratuitamente a todos os pobres que o procuravam., mas ainda os ajudava a adquirir os remédios. O seu amor aos pobres nascia da fé profunda de que eles representavam a Cristo. Comparava os pobres às espécies sacramentais que ocultam a Cristo na Eucaristia. Com este espírito de caridade evangélica, não é de admirar que o Dr. Cusmano se sentisse chamado ao sacerdócio, para mais plenamente atender os necessitados. De facto, recebeu a ordenação sacerdotal a 22 de Dezembro de 1860. A seguir dedicou-se por completo a ensinar o catecismo às crianças, pregar a palavra de Deus, atender os doentes, sobretudo os moribundos. Transformou a sua residência num domicilio dos pobres. Sentindo-se impossibilitado de atender por si a todos os necessitados, procurou quem o auxiliasse, como expõe João Paulo II na homilia de beatificação, a 30 de Outubro de 1983; “O Beato Giácomo Cusmano, médico e sacerdote, para curar as chagas da pobreza e da miséria que afligiam grande parte da população por causa de frequentes carestias e epidemias, mas também da desigualdade social, escolheu o caminho da caridade; amor de Deus que se traduzia no amor efetivo para com os irmãos e no dom de si aos mais necessitados e sofredores, por meio dum serviço e levado até ao sacrifício heroico. Depois de ter aberto uma primeira “Casa dos pobres”, iniciou uma obra mais vasta de promoção social, instituindo a “Associação para a distribuição de comida ao Pobre”, que foi como o grão de mostarda do qual surgiria uma planta tão viçosa. Ao fazer-se pobre com os pobres, não se envergonhou de mendigar pelas ruas de Palermo, solicitando a caridade de todos e recolhendo viveres que depois distribuía aos inúmeros pobres que o circundavam. A sua obra, como todas as obras de Deus, encontrou dificuldades que puseram à dura prova a sua vontade, mas com a sua imensa confiança em Deus e com a sua invicta fortaleza de alma superou todos os obstáculos, dando origem ao Instituto das ‘Irmãs Servas dos Pobres’ , e à ‘Congregação dos Missionários Servos dos Pobres’ (…). Este magnifico Servo dos Pobres desgastou-se nos exercícios duma caridade que ia crescendo cada vez mais até tocar vértices heroicos . Com o início de uma nova epidemia de cólera em Palermo, como nenhum outro, ele esforçou-.se por estar em todos os momentos, junto dos seus pobres. “Senhor, repetia ele, atingi o pastor e poupai o rebanho”. Por causa desta epidemia a sua saúde debilitou-se gravemente e, com apenas 54 anos, consumava o seu holocausto, entregando com todo o amor a sua alma àquele Deus, cujo nome é Amor”. AAS 77 (1985) 112-4; L’OSS. ROM. 6.11.1983. Do livro
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Abade
Arnaldo, Beato
Abade de Santa Justina de Pádua. Etimologicamente significa “forte e valente”. Vem da língua alemã. Deus confia a todos uma ou várias pessoas. Mais ou menos, todos hão recebido um dom pastoral para escutar a outro e chegar a captar o que lhe faz mal. Escutar, para aplanar o terreno e preparar os caminhos de Cristo. Desde muito jovem entrou no mosteiro de santa Justina, ao lado de Pádua. Tanta era sua devoção, sua austeridade de vida e seu exemplo vivente para os irmãos, que o elegeram abade os 24 anos. Era uma pessoa muito inteligente e, como tal, se dedicou a defender os direitos dos mosteiros reivindicando antigos privilégios. Um destes privilégios era que o abade tinha direito a participar na eleição do bispo. Também restaurou o mosteiro e fez outros novos. Quando o rei Ezelino se apoderou de Pádua no ano 1237, meteu na cadeia ao abade do outro mosteiro. Arnaldo fugiu. Em 1238 o rei Federico II devolveu o mosteiro aos monges e inclusive ficou com eles durante dois meses. Mas a história é coisa distinta da vida religiosa. Apenas se marchou o imperador, Ezelino prendeu a Arnaldo e o encerrou numa fortaleza comendo pão e água. Desta forma, lentamente foi perdendo a saúde, até que morreu no dia dez de Fevereiro de 1246. Apenas se foi o rei, seus restos se trasladaram a santa Justina. ¡Felicidades a quem leve este nome!
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45310 > Sant' Alessandro di Pidna Martire MR
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94312 > Beato Filippo da Torino Francescano
45350 > Beato Giacomo Cusmano Sacerdote MR
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45300 > San Leone Vescovo e martire a Roma
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93986 > Beato Tommaso Vives Mercedario, martire
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português
por António Fonseca
A foto que está no cabeçalho deste blogue, foi recolhida hoje por mim próprio e indica o Tempo de Quaresma, com uma cruz de pano colocada na Cruz-espada da Igreja de São Paulo do Viso, neste dia.
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