Nº 1302
SANTO EULÓGIO
Mártir (859)
Eulógio de Córdoba, Santo
Eulógio, um dos mais célebres eruditos e um dos mais ilustres mártires de Jesus Cristo, nasceu na cidade de Córdova, no tempo em que os árabes eram senhores dela. Abraçou o sacerdócio, consagrando-se com o maior desvelo ao estudo da Sagrada Escritura e à santificação própria e alheia. Depois de visitar um mosteiro vizinho aos Pirenéus, dirigiu-se a Pamplona. Causou admiração, em numerosos eclesiásticos, com o seu vasto saber e altas virtudes. Descobriu vários livros até então desconhecidos, como “A Cidade de Deus” de Santo Agostinho, “A Eneida” de Virgilio, as “Sátiras” de Juvenal e os “Poemas Sagrados” de Prudêncio. Ao mesmo tempo teve conhecimento de muitos varões ilustres, cuja memória ficaria quase esquecida se o nosso Santo não a houvesse ressuscitado. Voltou a Córdova com mais esforçado ardor apostólico: visitava as igrejas e os mosteiros, quando Abderramão, em 850, suscitou cruel perseguição contra os cristãos; e seu filho Maomé prosseguiu na mesma atitude. Entretanto, Eulógio, posto à frente da Igreja de Córdova, empregou todo o zelo em animar os que iam dando, com o sangue, testemunho da fé que professavam E celebrou-lhes a heroicidade em livros que redigiu, com o título de Memorial dos Santos e Apologética. Mantendo-se porém os cristãos em grande constância, foi aconselhada ao filho de Abderramão outra atitude; chamou este o indigno prelado Recaredo, que deu largas à sua ira contra os cristãos; prendeu o bispo Eulógio e os sacerdotes que pôde encontrar, encarniçando-se contra todos, mas principalmente contra Eulógio, chefe reconhecido dos fieis. Este redigiu na prisão o Documento do martírio, dirigido às virgens Flora e Maria, que estavam também, presas pela fé. Se era grande o zelo de Eulógio pela defesa da crença, antes de ser preso por Recaredo, não foi menor depois de recuperar a liberdade. Absteve-se de celebrar a Missa e de qualquer outra função do seu ministério, para não comunicar, no sagrado, com o indigno pastor; e foi esta louvável resolução, juntamente com a hospitalidade oferecida a Santa Lucrécia, que lhe mereceu a coroa do martírio. Conduzido primeiro à presença do juiz, que de modo algum pôde abalar-lhe a constância, foi depois apresentado ao conselho do rei, para que este supremo tribunal julgasse a causa dum homem do seu carácter. Um dos conselheiros, movido de compaixão e do afecto que tinha a Eulógio, quis persuadi-lo a ceder no ardor com que manifestava a fé, a renunciar – embora só de boca, perante o Tribunal – a Jesus Cristo, pois deste modo conseguiria a liberdade e poderia continuar a exercer o sagrado ministério. Ouviu Eulógio com o máximo horror tal proposta, e com santa intrepidez confessou e defendeu a fé, sendo por isso imediatamente condenado à morte.
Eulógio de Córdoba, Santo
Quando o conduziam ao suplicio, um dos criados do rei descarregou-lhe uma bofetada terrível; porém o santo, longe de se queixar da injúria, ofereceu-lhe imediatamente a outra face, segundo o Evangelho, a qual o infeliz teve a ousadia de ferir também. Chegado ao lugar onde ia ser decapitado, ajoelhou com o semblante radioso de alegria, deu graças a Deus pela grande mercê e, fazendo o sinal da cruz, ofereceu docemente o pescoço ao verdugo, que dum só golpe lhe arrancou a vida mortal, indo a alma pura receber a coroa da v ida imortal no dia 11 de março de 859. O corpo foi sepultado na igreja de S. Zoilo, de onde foi trasladado, com o de santa Lucrécia, para Oviedo, no ano de 883. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de http://www.jesuitas.pt/
SÃO VICENTE ABADE, SÃO RAMIRO
e 12 Companheiros
Mártires (555)
Os suevos, estabelecidos no antigo reino da Galiza, adeptos da heresia ariana, procederam contra os católicos com mais rigor talvez do que os pagãos. Reuniram um conciliábulo em Leão no tempo em que se encontrava ali S. Vicente – abade do mosteiro dos Santos Cláudio, Lupércio e Vitórico, - um dos mais vigorosos defensores da Divindade de Jesus Cristo, que era o ponto principal da renhida controvérsia. Citado por estes a comparecer no conciliábulo, com intenção de o obrigarem a subscrever a impiedade da seita, o insigne prelado apresentou-se e, cheio de valor, não só condenou a execrável blasfémia com energia inexcedível, mas declarou aos hereges que nem creria nem confessaria jamais outra fé senão a definida no 1º Concílio de Niceia, por cuja defesa estava pronto a dar a vida. Os hereges, levados de extraordinário furor, despiram-no imediatamente e, colocando-o no meio do conciliábulo, retalharam-lhe o corpo com açoites; porém, horrorizados à vista do sangue a correr pelo chão, resolveram encerrá-lo numa hedionda enxovia e fazer-lhe sofrer os maiores tormentos. Mandaram os arianos que o santo comparecesse pela segunda vez no conciliábulo, e ficaram atónitos ao observar a maravilha da sua cura prodigiosa. Persistindo, porém, no intento, logo lhe intimaram, com terríveis ameaças, que subscrevesse a heresia, mas debalde. Persuadidos de que a fortaleza de Vicente era invencível, condenaram-no à morte, com a circunstância de ser executado à porta do seu mosteiro, para aterrar os monges. Levaram-nos os verdugos ao lugar marcado, e descarregando-lhe um golpe mortal sobre a cabeça, separaram-lha do corpo, no ano de 555. Os monges, valendo-se do silêncio da noite, deram-lhe sepultura, próximo do lugar onde descansam os ilustres mártires Cláudio, Lupércio e Vitórico, patronos do mosteiro. Algum tempo depois, S. Vicente aparecendo, preveniu os monges que a perseguição recomeçaria, portanto que os dispostos a tudo suportar a esperassem no mosteiro, mas que os menos corajosos procurassem onde se refugiar. Bem cedo se verificou o aviso de S,. Vicente, pois os hereges resolveram, acabar com os monges de S. Cláudio. O que tinha ficado a fazer as vezes de superior depois da morte do santo, era Ramiro, varão perfeito em todo o género de virtudes. Depois de exortar os monges à defesa da fé, mandou para as montanhas da Galiza aqueles que se não achavam com valor para entrar no combate e, descendo à igreja com doze ilustres religiosos, postos todos em oração, ficaram à espera de ser vítimas dum instante para outro do furor ariano. Não tardaram a aparecer os hereges, que se apresentaram armados, batendo às portas com grande ruído. Foi o santo prior abrir as portas e, ao vê-los, começou a entoar com os outros monges o Símbolo de Niceia, repetindo acentuadamente as palavras condenatórias do arianismo. Os hereges acometeram-nos com fúria diabólica e despedaçaram-nos à força de cutiladas. Ficaram espalhados pelo chão os santos cadáveres, que os católicos puderam recolher, sepultando-os todos juntos no mesmo mosteiro, excepto o de S. Ramiro, que depositaram num sepulcro de pedra tosca. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de http://www.jesuitas.pt/
SANTOS TRÓFIMO e TALES
Mártires (308)
Trófimo e Tales, naturais de Estratónica, eram irmãos. Na perseguição de Diocleciano, foram presos como cristãos em Laodiceia por ordem do prefeito Asclepiano. O suplício da lapidação nenhum efeito teve neles, pois pareciam defendidos contra as pedras por um escudo de ferro. Surpreendido com tal prodígio, o prefeito soltou-os por algum tempo. Mas, denunciados de novo como cristãos, professaram com toda a publicidade acreditar em Nosso Senhor Jesus Cristo. Foram condenados a ser expostos nus sobre o cavalete de execução, e a serem desfeitos em pedaços. Mas continuando eles, no meio dos tormentos, a rezar e a repreender os pagãos, o prefeito ordenou serem crucificados. Os fieis recolheram o sangue que se desprendia das feridas; depois de os mártires expirarem invocando o Senhor, os corpos foram piedosamente recolhidos, sepultados na igreja de Laodiceia e, mais tarde, transferidos para Estratónica. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de http://www.jesuitas.pt/
• Constantino de Escócia, Santo
Rei e Mártir
Rei e Mártir
Constantino de Escócia, Santo
Constantino é um nome afortunado e o demonstra a longa lista de santos que o levaram, começando pelo próprio imperador Constantino, cujo culto se estendeu rapidamente em todo o Oriente e se fixou a festa para 21 de Maio junto com a de sua mãe, santa Elena. No Ocidente seu culto se limitou às regiões de Sicília, Calábria e Sardenha, pela influência bizantina nesses lugares. Hoje a Igreja latina celebra a festa de outro Constantino, também rei, que coroou sua atormentada vida com o martírio. Sua devoção se difundiu sobretudo na Grã Bretanha e Irlanda. No inicio de sua juventude levava uma vida desregrada, tanto em público como em privado, manchando-se com várias culpas, como assassinatos e sacrilégio; para ficar mais livre para suas conquistas amorosas, se havia divorciado de sua mulher. Mas depois, sendo todavia jovem, foi tocado pela graça, se converteu e cambiou radicalmente de vida. Em primeiro lugar abandonou o trono e o poder e, para expiar seus pecados, se retirou ao mosteiro irlandês de Rathan. Era a época de grande florescimento do monaquismo irlandês, que havia começado com a pregação de são Patrício e continuado nos séculos seguintes graças ao bom número de santos. Sob a guia de santa Columba, o ex-rei Constantino se fez sacerdote depois de sete anos de vida penitente e de estudo da Sagrada Escritura; depois regressou a Escócia, não já com as insígnias reais, mas sob o humilde traje de monge, a pregar o Evangelho. Foi neste período quando o país se converteu ao cristianismo, assumindo o nome de “Scotia”, que até esse tempo havia pertencido a Irlanda. Constantino havia ido a construir o Reino de Deus na terra onde havia cometido tantas maldades, já sanadas pelo perdão de Deus e pelo grande testemunho de seu amor a Cristo. Com efeito, Constantino recebeu a palma do martírio na Escócia, onde foi assassinado por alguns pagãos fanáticos, por sua fé no Evangelho que ia pregando pelas ruas e praças. É considerado o primeiro mártir de Escócia.
• Cláudia Russo, Serva de Deus
Fundadora
Fundadora
Cláudia Russo, Serva de Deus
Esta laboriosa napolitana não sonhava que um dia seria a fundadora de “As pobres Filhas da Visitação de Maria”, quando veio ao mundo em Barra (Nápoles) em 18 de Novembro de 1889, foi a quinta de dez filhos. Quem a conheceu –já que morreu em 11 de Março de 1964– conta que era uma rapariga tão sensível e tão intuitiva respeito aos pobres, que qualquer coisa que lhe fizessem para meter-se com eles ou algum outro desaire, o sentia como se o fizessem a ela mesma. O encontro com pessoas de valia pessoal, sempre aportam riquezas e ideias para as emular. Cláudia teve a sorte de conhecer em Nápoles a hoje Beata Catalina Volpicelli. Tanto influiu nela o gesto e a amabilidade daquela fundadora que, desde então, lhe entrou, por inspiração divina, o desejo de consagrar sua vida servindo a Deus através dos mais necessitados. Como ocorreu já muitas vezes ao longo da história da Igreja, se uniu com várias amigas íntimas e com uma vivência profunda da vida cristã. Entre todas elas trabalhavam e prestavam sua assistência aos pobres do bairro em que viviam. Para isso pediam esmola, trabalhavam inclusive de noite no campo para que nenhum pobre fosse para a cama sem ter comido algo. Deus, ao ver sua generosidade e sua entrega à porção evangélica por excelência, que são os mais necessitados, a animou a que fundasse a “Casa dos Pobres”. No ano seguinte, em 20 de Junho de 1926, este grupo de raparigas formou a primeira comunidade religiosa com sete jovens como religiosas e doze anciãs como colaboradoras. Como obra que vinha de Deus e no do capricho destas jovens, Deus lhe deu muitas vocações e campos de apostolado nas paróquias e em casas para os pobres. A Santa Sede aprovou esta congregação nova em 25 de Fevereiro do ano 1947. Seu processo de beatificação iniciou no ano 1971 ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Sofrónio de Jerusalém, Santo
Patriarca
Patriarca
Sofrónio de Jerusalém, Santo
Sofrónio nasceu em Damasco e desde pequeno estudou tão excessivamente, que esteve a ponto de ficar cego; mas graças a isso o santo chegou a ser tão versado em filosofia grega, que recebeu o sobrenome de "o sofista". Junto com seu amigo, o célebre ermitão Juan Mosco, viajou muito por Síria, Ásia Menor e Egipto, onde tomou o hábito de monge, no ano 580. Os dois amigos viveram juntos durante vários anos na "laura" de São Sabas e no mosteiro de Teodósio, perto de Jerusalém. Seu desejo de maior mortificação os levou a visitar aos famosos ermitãos de Egipto. Depois foram a Alexandria, onde o patriarca São Juan el Limosnero lhes rogou que permanecessem dois anos em sua diocese o ajudar a reformá-la e a combater a heresia. Na dita cidade foi onde Juan Mosco escreveu o "Prado Espiritual", que dedicou a São Sofrónio. Juan Mosco morreu no ano 620, em Roma, a onde havia ido em peregrinação. São Sofrónio retornou a Palestina e foi eleito patriarca de Jerusalém, por sua piedade, saber e ortodoxia. Enquanto tomou posse da sede, convocou a todos os bispos do patriarcado para condenar a heresia monotelita e compôs uma carta sinodal, em que expunha e defendia a doutrina católica. Essa carta, que foi mais tarde ratificada pelo sexto Concilio Ecuménico, chegou às mãos do Papa Honório e do patriarca de Constantinopla, Sérgio, que havia aconselhado ao Papa que escrevesse em termos evasivos acerca da questão das duas vontades de Cristo. Parece que Honório não se pronunciou nunca sobre o problema; seu silêncio foi muito pouco oportuno, pois produzia a impressão de que o Papa estava de acordo com os hereges. Sofrónio, vendo que o imperador e muitos prelados do oriente atacavam a verdadeira doutrina, se sentiu chamado a defendê-la com maior zelo que nunca. Levou ao Monte Calvário a seu sufragâneo, Estevão, bispo de Dor e aí o conjurou, por Cristo Crucificado e por conta que teria que dar a Deus no dia de juízo, "a ir à Sede Apostólica, base de toda a doutrina revelada, e importunar o Papa até que se decidisse a examinar e condenar a nova doutrina". Estevão obedeceu e permaneceu em Roma dez anos, até que o Papa São Martínho I, condenou a heresia monotelita, no Concilio de Latrão, no ano 649. Cedo teve São Sofrónio que se enfrentar com outras dificuldades. Os sarracenos haviam invadido Siria e Palestina; Damasco havia caído em seu poder em 636; e Jerusalém em 638. O santo patriarca, havia feito quanto estava em sua mão por ajudar e consolar a sua grei, ainda em risco de sua vida. Quando os maometanos sitiavam a cidade, São Sofrónio teve que pregar em Jerusalém o sermão de Natal, pois era impossível ir a Belém naquelas circunstâncias. O santo fugiu depois da queda da cidade e, segundo parece, morreu em pouco tempo, provavelmente em Alejandría. Além da carta sinodal, São Sofrónio escreveu várias biografias e homilias, assim como alguns hinos e odes anacreónticas de grande mérito. Se há perdido a "Vida de Juan el Limosnero", que compôs em colaboração com Juan Mosco; também se perdeu outra obra muito volumosa, em que citava 600 passagens dos Padres para provar que em Cristo havia duas vontades.
San Benedetto di Milano Vescovo
San Constantino Re e martire
San Domenico Cam Martire del Tonchino
Sant' Eulogio di Cordoba Sacerdote e martire
Beato Giovanni Kearney Sacerdote e martire
San Pionio (o Pione) di Smirne Martire
San Sofronio di Gerusalemme Patriarca
Beato Tommaso Atkinsons Sacerdote e martire
Santi Trofimo e Tallo Martiri di Laodicea di Frigia
San Vindiciano di Cambrai-Arras Vescovo
HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL – http://www.santiebeati.it/ – http://www.jesuitas.pt/ Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português
por António Fonseca
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