Nº 860
SANTA EUSÉBIA
Virgem e Abadessa (680)
Filha de Santo Adalberto e de Santa Rietrudes, Eusébia teve como madrinha a rainha Nantilde, que lhe deu as terras de Verny, perto de Soissons, na França. Aos oito anos perdeu o pai e no ano seguinte acompanhou a mãe Rietrudes para a sua fundação de Marchiennes. Gertrudes, sua avó, que governava a abadia de Hamage, quis ter Eusébia junto de si; esta contava apenas doze anos, quando foi eleita para suceder à avó. Rietrudes, que tinham elevado a abadessa em Marchiennes, achava que a filha era demasiado jovem para governar uma abadia; e deu-lhe ordem de que viesse formar-se sob a sua própria direção. Mas como Eusébia não queria, foi precisa uma ordem régia do soberano Clóvis II para a obrigar a vir. Veio realmente para Marchiennes, mas com toda a sua comunidade; para lá trouxe mesmo o corpo de Santa Gertrudes e as outras relíquias da sua igreja. Apesar de tudo, Eusébia conservava grande atrativo pela sua casa de Hamage; ia lá às escondidas durante a noite e lá rezava o ofício divino com a sua assistente. Mas Rietrudes deu conta e dirigiu à filha repreensões severas. Eusébia ficou ressentida no coração, tanto que Rietrudes, depois de ouvir os pareceres de bispos e de abades, permitiu a Eusébia regressar a Hamage com a sua comunidade. A jovem abadessa, depois de receber a bênção da mãe, voltou de facto à sua antiga residência, restabeleceu nela a ordem e a observância religiosa, como se praticavam quando a sua avó governava. Conquistou o respeito e o afecto das companheiras, pela doçura do governo, a afabilidade das maneiras e a regularidade perfeita do seu comportamento; viam-na reservar para si os ofícios mais humildes e mais custosos; tais exemplos incutiram coragem nas mais tíbias. Embora jovem, teve o pressentimento do seu fim próximo. Avisou as irmãs e estas sentiram profundo desgosto; mas ela própria, inteiramente submetida à vontade de Deus, esperou, cheia de calma e confiança, pela hora última, dirigiu piedosas recomendações às suas religiosas e morreu a 16 de Março de 680 (autores há que atribuem esta morte à data de 660, aos vinte e três anos; mas outros a dez anos mais cedo). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTO HERIBERTO
Bispo (1021
Heriberto de Colónia, Santo
Como chanceler do imperador Otão III, Heriberto gozava da confiança ilimitada do soberano. Quando, em 998, vagou a sé episcopal de Colónia, os votos dos eleitores convergiram em o nome de Heriberto. Com a aprovação do imperador, foi elevado à dignidade de Bispo de Colónia e nesta qualidade revelou uma santidade nada comum. Cultivou principalmente a humildade, a caridade e a penitência. O sucessor de Otão, ao princípio pouco afecto ao Prelado, tratou-o com dureza. Vendo, porém, que Heriberto era um Bispo segundo o coração de Deus, acabou por admirar. Grande dedicação votava o Bispo aos pobres e doentes. Certa vez faltou a chuva por muitos meses e houve grande calamidade. Heriberto ordenou um jejum de três dias e no terceiro dia fez-se uma grande procissão de penitência. Não veio a chuva, a que Heriberto deu a seguinte explicação: “Ao vosso Bispo cabe a culpa. São os seus pecados que impedem a Deus de usar misericórdia”. Mas na mesma hora, escureceu-se o céu de espessas nuvens e veio chuva abundantíssima. Heriberto morreu no ano de 1021, numa das viagens de visita pastoral. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTO ABRAÃO, solitário
(meados do século IV)
Abraham Kidunaia de Edesa, Santo
A dar crédito às Actas de Abraão, a existência deste santo eremita, foi muito acidentada. Nascido junto de Edessa, na Mesopotâmia, de família abastada, prometeram-no em casamento, ainda novíssimo, a uma jovem muito rica. E, a seguir, obrigaram-no a casar-se com ela. As bodas duraram sete dias mas, à última hora, Abraão fugiu e foi esconder-se numa grande cabana, cujas entradas tapou, deixando apenas um postigo por onde lhe passavam a comida. Verificando que não podiam contar com ele, os parentes da esposa deixaram-no levar em paz a vida de oração e penitência para que era chamado. Dez anos depois, o bispo de Edessa tirou-o do retiro à força e, depois de o ordenar sacerdote, mandou-o evangelizar uma aldeia pagã chamada Beth-Kiduna, onde até então nenhum missionário conseguira fazer conversões. Abraão construiu lá uma igreja e destruiu todos os ídolos encontrados. Este zelo acarretou-lhe toda a espécie de maus tratos; suportou-os com paciência e, à força de perseverança e bons exemplos, acabou por converter e batizar todos os habitantes de Beth-Kiduna. Prolongou ainda a sua estadia entre eles durante um ano, a fim de os fortificar na fé; e, a seguir, depois de pedir a Deus que lhes mandasse outro pastor melhor do que ele, deixou-os sem se despedir e voltou para o seu retiro. Entaipou outra vez a cela, que esperava não deixar de novo. As circunstâncias obrigaram-no, porém, a sair outra vez, a fim de acudir a uma sobrinha, chamada Maria, que levava v ida de pecado numa cidade a dois dias de jornada. Disfarçado em soldado, conseguiu cear com ela, lançou-lhe em rosto a vergonha da sua vida e teve o gosto de a persuadir eficazmente a voltar ao bom caminho. Maria retirou-se para um deserto onde expiou as suas faltas e elevou-se até à santidade. Abraão sobreviveu à conversão da sobrinha. Julga-se que morreu septuagenário, em meados do século IV. Toda a cidade de Edessa tomou parte no funeral, e consideraram-se felizes os que puderam obter um bocado do seu cilício. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Benedita de Assis, Beata
Abadessa
Benedita de Assis, Beata
Ingressou nas Clarissas de Assis em 1214, sucedeu a Santa Clara no governo do mosteiro de São Damiano, permanecendo nesse cargo até 1260. Pôde assistir à construção da basílica em honra de Santa Clara, e à mudança das Clarissas desde o local anexo à velha igreja de São Jorge. Morreu de causas naturais no ano 1260. Seus restos encontram-se na Basílica de Santa Clara de Assis.
• João de Brébeuf, Santo
Mártir
Juan de Brébeuf, Santo
Martirológio Romano: Na região dos índios hurões, no Canadá, paixão de são Juan de Brébeuf, presbítero da Companhia de Jesus, que enviado desde França para a missão do Hurón, morreu por Cristo depois de ingentes trabalhos, atormentado com grande crueldade por alguns pagãos do lugar. Sua memória, com a dos companheiros, se celebra o dia 19 de Outubro (1649). É o padroeiro dos jesuítas do Canadá e um dos mais insignes missionários da Companhia de Jesus. Juan nasce em 25 de Março de 1593, em Condé sur Vire, na Normandia oriental, França. Pertence a uma família de proprietários de fazendas. Seus pais são ricos, e bem considerados dentro de sua classe, e em toda a região. São católicos decididos, apesar do predominante calvinismo de Normandía. O mestre da escola, ou talvez o sacerdote da paróquia de Condé sur Vire, ensina-o a ler e a escrever. Devido à posição da família, Juan estuda depois na Academia da vizinha cidade de Saint Lô. Mais tarde dá começo aos estudos humanísticos na Universidade de Caen. Juan de Brébeuf tem 16 anos quando a Companhia de Jesus abre um Colégio na cidade de Caen. Ele se inscreve ali para os estudos de filosofia. O Colégio é clausurado no ano seguinte, em 1610, mas os jesuítas mantém uma Residência na cidade. Juan continua sob a guia espiritual de seus antigos mestres. De novo na Universidade de Caen, termina a filosofia e faz uns cursos de teologia moral. Não tem ainda determinado se deve oferecer-se como seminarista ao bispo de Bayeux ou ingressar na Companhia de Jesus. Em 1614 faz seu discernimento vocacional. Tem então 21 anos. Se decide pela Companhia de Jesus mas posterga seu ingresso por assuntos familiares. Regressa a Condé sur Vire para dirigir e administrar as quintas de sua família. Três anos depois, aos 24 de idade, pede formalmente a admissão na Companhia de Jesus. A um de Novembro de 1617, Juan de Brébeuf chega a Rouen montando a cavalo. A primeira impressão do Mestre de noviços é a de ter ante si a um normando dos velhos tempos. Com a idade é mais velho que os outros. A estatura é excepcional, uma cabeça mais alto. É muito enxuto de carnes, largo de costas e bem proporcionado. Tem feições muito normandas: nariz proeminente, lábios grossos, lóbulos elevados e uns olhos que fitam de frente e sem temor. Em 8 de Novembro, termina a Primeira prova e se incorpora na vida da comunidade. Seus companheiros, uns cinquenta, são mais novos que ele, e quase todos são normandos. Faz o mês de Exercícios espirituais, e se acabam as dúvidas se deve ser sacerdote ou irmão. Em 8 de Novembro de 1619, pronuncia os votos perpétuos e termina os estudos humanísticos e de filosofia antes de seu ingresso, não é enviado ao Colégio de La Flèche com os outros jesuítas de sua classe. É destinado ao Colégio de Rouen para a experiência do magistério. O Colégio fica ao dobrar a esquina do mesmo Noviciado. Seus alunos são os do curso de Gramática inferior, todos de doze anos. Com enorme paciência, ensina bem e cuida da conduta desses meninos inquietos. No ano seguinte, 1620, com os mesmos meninos, Juan de Brébeuf começa a ditar o curso de Média Gramática. Mas adoece muito seriamente, com febres periódicas, tosses violentas e depressão. Não é capaz, por conseguinte, de dar suas aulas.O Provincial, então, julga aconselhável que seja ordenado sacerdote antes de morrer. Para isso, assinala a um sacerdote do Colégio para que lhe dê os cursos de Teologia, Sagrada Escritura e Direito canónico que lhe faltam. Em setembro de 1621, numa tosca carruagem viaja a Lisieux a receber o Subdiaconado. Em 18 de dezembro do mesmo ano, recebe o diaconato na Catedral de Bayeux. Em 19 de fevereiro de 1622, em Pontoise, ordena-se de presbítero. Sua primeira Missa a diz na festa da Anunciação. É seu aniversário, mas por ser Sexta-feira Santa, a festa é mudada para 4 de abril. Com a ordenação sacerdotal, a melhoria de Juan de Brébeuf se acentua notavelmente. Esse mesmo ano é Ajudante de Ecónomo no Colégio de Rouen. No ano seguinte é o Ecónomo titular. Não é um cargo fácil. O Colégio tem 600 alunos e ainda devem fazer-se construções novas. Em Rouen, Juan tem a oportunidade de conhecer a dois sacerdotes franciscanos que regressaram de Nueva Francia, desde América do Norte. O normando interessa-se. O pedido oficial dos franciscanos à Companhia de Jesús para ser ajudados nas missões do Canadá não é nenhum segredo. Juan oferece-se para a primeira expedição. O Provincial não lhe dá nenhuma segurança de fazer a viagem, mas deixa-o inscrito no grande registo das petições.E Juan é eleito, quase sem ter esperanças. Sente então um profundo gozo e um agradecimento imenso a Deus. Com ele, são três sacerdotes e dois Irmãos. Como Superior vai designado o P. Carlos Lalement, diretor de estudos no Colégio de Clermont de París. São os últimos dias de março de 1625. A frota para Nueva Francia deve zarpar desde o porto de Dieppe a meados de abril. Há que levar de tudo: alimentos, roupa, colchões, lençóis, apetrechos de cozinha, ferramentas, medicamentos, vasos sagrados, livros... Em Nueva Francia não há quase nada. Se esquecem algo, deverão esperar o ano seguinte, quando a frota faça outra viagem. Nos últimos dias há dificuldades, mas não impedem a partida dos jesuítas.Em 24 de abril de 1625, zarpa a frota de três barcos. A travessia dura sete semanas. Em 16 de junho, os veleiros chegam ao fundeadouro de Moulin Baude e esperam a corrente e a maré favoráveis para seguir ao interior da caleta de Tadoussac. Juan de Brébeuf contempla maravilhado esse novo mundo. Em redor do barco há muitas canoas com remeiros desnudos, de pele avermelhada. Cantam e marcam o ritmo. Nas margens pululam os indígenas, homens, mulheres e crianças. Quase todos estão semidesnudos. Alguns vão pintados, com graxa azul, vermelha, negra ou branca. É toda uma algaravia de vozes, profundamente guturais, como grasnidos de corvos. A paisagem é formoso. Brébeuf fica fascinado com os bosques, os pássaros e os raios de sol sobre o rio. Em chalupas remontam o rio San Lorenzo. Tudo é cada vez mais assombroso. Cinco dias e suas formosas noites enchem os missionários de profundo consolação. Por fim ouvem o grito tão esperado: ¡Quebec, Quebec! É em 15 de julho de 1625. Mas a Companhia Montmorency, responsável da colónia francesa, proíbe o desembarque dos jesuítas. Os franciscanos os defendem valentemente e, depois de muito parlamentar, logram o desembarque e recebem a seus amigos jesuítas no seu pequeno convento de Quebec. Pelos franciscanos, conhecem toda a dificuldade da nova missão. A Companhia Montmorency não se preocupa senão de seus interesses comerciais. Em Quebec vivem 51 residentes franceses, dos quais 33 são empregados da Companhia comercial. Isso é tudo. As construções são miseráveis barracas, excepto o armazém e a casa do governador. Os franceses quase todos são huguenotes, ou maus católicos. Os indígenas algonquines, que comerceiam em Quebec, são nómadas e não se mostram dispostos a escutar a doutrina cristã. Nenhum recoleto franciscano pôde aprender a língua. Os franciscanos falam-lhes também dos indígenas hurones, no longínquo oeste. São sedentários, cultivam o trigo e vivem em casas permanentes, agrupadas atrás de uma paliçada. Têm-se mostrado amistosos e buscam ajuda para se defender de seus inimigos os iroqueses. Talvez ali, poderia ser instalada uma Missão. Duas semanas depois, Juan de Brébeuf e um franciscano sobem o rio San Lorenzo, até ao país dos hurones. Empacotam o necessário para passar lá um inverno: bolachas de barco, alimentos, capas e roupa de abrigo, o que necessitam para celebrar missa, alguns livros, machados, facas, panelas etc.. O mais valioso é uma lista de palavras e frases em dialecto hurón, copiadas pelos franciscanos. Por semanas sobem o rio numas canoas. No lugar denominado Trois Rivières, devem unir-se aos comerciantes da Companhia Montmorency para poder continuar. No cabo Victória os franceses têm o costume de esperar os hurones, de rio arriba, para traficar com eles. Nesse lugar Juan de Brébeuf os contempla pela primeira vez. Alguns usam o cabelo formando uma espécie de moinho na coroa, e o resto do crânio está rapado. Outros têm o cabelo engraxado, pegado às orelhas e ao pescoço. Muitos ostentam franjas de cabelo, de dois ou três dedos de largura, alternando com pedaços rapados, desde a frente até ao pescoço. Todos os rostos estão pintados. Têm una franja negra de orelha a orelha, com círculos brancos nos olhos e na boca. O peito, o ventre, os braços e as costas reluzem com graxa de cor. Usam colares de conchas, pulseiras nos braços e cinturões. Alguns têm pendentes nas orelhas e no nariz. Os franceses de Trois Rivières decidem não permitir a viagem aos missionários. Um franciscano, o P. Nicolás Viel, morre afogado no ano anterior, depois de haver passado dois invernos com os hurones. As explicações dos chefes hurones, por certo, não parecem claras. Melhor, deixam nos franceses a impressão de um crime. Os missionários, sem embargo, travam amizade com alguns chefes. A Juan de Brébeuf o olham com certa admiração: por sua altura e corpulência. Começam a chamá-lo "Echon", ao não poder pronunciar o nome francês de Juan. Os dois missionários insistem em seguir. Há um longo parlamento. No fim, os hurones, ante as suspeitas, pretextam não ter sitio nas canoas. Então, todos os franceses regressam a Quebec. Em Quebec, Juan de Brébeuf e seus companheiros se dedicam à construção da Residência jesuíta, junto ao rio San Carlos, a umas duas milhas da aldeia. E dali, começam a dura tarefa de evangelizar aos algonquines. É muito pouco o que podem fazer. Juan obtém do P. Lalement, por insistência de rogos, a licença para se incorporar a um grupo de algonquines, que aceita sua companhia em seu viver nómada de pleno inverno. Com eles caminha, navega em canoas, atravessa bosques, participa na caça do urso e do castor. Sobe montanhas, sofre a neve. Compartilha muitas vezes a fome. O mais duro é a convivência promíscua nos acampamentos, junto ao fogo. Mas aprende muito, costumes e palavras de sua língua estranha. Em 14 de julho de 1626, chegam a Quebec, desde França, outros três jesuítas. Com um deles e um sacerdote franciscano, Juan de Brébeuf inicia novamente a expedição até aos hurones. No cabo da Victoria encontram-nos, como no ano anterior. Há muitos regateios, muitos recusas, insistências e rogos. Por fim, Echon se embarca numa canoa hurona. Deve remar, levar cargas, atravessar cascatas com a canoa às costas, subir o sinuoso rio Ottawa. Três semanas, depois chegam ao lago dos índios nipissingos, aliados dos hurones. Ali descansam dois dias. Continuam. É uma sucessão interminável de rápidos e a água é negra. Navegam outros quatro dias através de canais traidores. Por fim, chegam a Bahía Geórgia no Lago Hurón. Remam noventa milhas e arribam ao extremo sul. Um pouco mais arriba fica a aldeia hurona de Toanché, de quinze casas. De joelhos, Juan de Brébeuf dá graças a Deus. Os hurones, as mulheres e as crianças olham-no com assombro. Durante o inverno, Juan aprende a viver como um hurón. Sua alimentação é o maíz, o pescado e a carne de castor, de urso e de antílope. Em junho de 1627, seu companheiro jesuíta, o P. Anne Nouë, regressa a Quebec. Não pode acostumar-se. Juan visita, uma atrás de outra, as 25 aldeias do povo hurón. Pouco a pouco, começa a querer a esse povo que Deus colocou em seu caminho. A aprendizagem do idioma é, sem dúvida, o mais duro. No mês de junho de 1628, também o abandona o companheiro franciscano. Juan fica, então, totalmente sozinho. No terceiro inverno, trabalha duramente num dicionário, numa gramática e na tradução do Catecismo Ledesma. Não quer batizar a ninguém nesses três anos. Somente é um amigo do povo hurón. Em junho de 1629, também ele deve abandonar Toanché. Por obediência, se lhe pede regressar com maíz. Em Quebec a população morre de fome. Os ingleses estão perto e é necessária sua ajuda. Poucos dias depois de chegar, atacam os ingleses e Quebec se rende. A população francesa e com ela, os franciscanos e os jesuítas, passam a Tadoussac para regressar a França. O P. Juan de Brébeuf e seus cinco companheiros jesuítas chegam a Calais nos últimos dias de outubro de 1629. Em París entrega ao Provincial informações escritas e verbais sobre a Nueva Francia. Em todos os ambientes é admirado e, com grande curiosidade, querem conhecer suas experiências entre os "selvagens". A Companhia Montmorency é substituída pela dos Cem Associados, decisão tomada pelo Cardeal Richelieu, de acordo com os recoletos e os jesuítas. Juan de Brébeuf entra então no curso de Terceira Prova sob a tutela do famoso P. Luis Lalement. Faz o mês de Exercícios, e em 20 de Janeiro de 1630 pronuncia os últimos Votos na Companhia de Jesús. Conservamos o melhor de seus propósitos. "Seja eu destroçado antes de violar voluntariamente uma disposição das Constituições. Nunca descansarei, jamais hei-de dizer basta". Em 1632, o Cardeal Richelieu ordena o regresso a Nueva Francia. Obtém a restituição de parte de Inglaterra e dispõe a organização de un império para França. Mas desta vez, a evangelização fica só sob a responsabilidade da Companhia de Jesús. Exclui, assim, os franciscanos recoletos, com grande pesar de todos. Na primeira expedição, não é incluído o P. Juan de Brébeuf, e deve ficar em França com profunda pena. Nela parte seu amigo o Padre Antonio Daniel. Mas em 23 de março de 1633, embarca no buque insígnia do agora Vice-rei Samuel Champlain. É um regresso em glória e majestade. Em 25 de maio de 1633 está novamente em Quebec. Juan de Brébeuf desce apressado e corre até Nossa Senhora dos Anjos para abraçar, emocionado, a seus companheiros. A princípios de julho de 1633, chegam os hurones e prometem levar com eles a Echon, no próximo verão. Irão três: os PP. Antonio Daniel, Ambrósio Davost e ele. Além disso, seis franceses os ajudarão nas construções. Em 4 de julho de 1634, Brébeuf viaja em direção aos hurones e benzeu a fundação do Forte de Trois Rivières, a futura cidade. E de novo vem a viagem extenuante. "Temos levado às costas nossas canoas 35 vezes e as temos rebocado, pelo menos, cinquenta". Se estabelece desta vez em Ihonatiria, para onde se mudaram os hurones de Toanché. Com seus amigos constrói a casa da Missão de San José e se dá, com entusiasmo, ao trabalho apostólico. Em 1635 os jesuítas se atrevem a batizar a dois anciãos. Visitam com grande sacrifício todas as aldeias huronas. São bem recebidos. Juan já pode dizer em língua hurona quase tudo o que quer e, por certo, essa é a melhor de suas vantagens. Dia a dia adquire autoridade e crédito ante o povo. Em 13 de agosto de 1635, chegam a seu lado os PP. Francisco Le Mercier e Pedro Pijart. Em 1636, envia 12 jovens hurones a Quebec para ser educados na Missão de Nossa Senhor dos Anjos. Em 13 de agosto de 1636, chegam à Missão o padre Carlos Garnier e outro jesuíta e, em 11 de setembro, Isaac Jogues e um jovem francês. Mas com os novos missionários, chega também a gripe que faz já estragos em Quebec e Trois Rivières. Na Missão hurona de San José, todos os jesuítas e grande parte dos franceses caem enfermos e ficam à beira da morte. Somente Juan de Brébeuf escapa ao contágio e pode dedicar-se com grande sacrifício a seus súbditos e irmãos. Pouco depois, a aldeia hurona inteira se contagia e Echon passa a ser o principal médico que desafia os feiticeiros. Só em fevereiro de 1637, a epidemia começa a ceder. Em 8 de junho de 1637, Juan de Brébeuf funda a Missão de Nossa Senhora da Conceição, en Ossosané, a capital hurona da nação do Urso. A epidemia de febre recrudesce em julho em toda Huronia. Agora se suspeita que os "sotainas negras" são os causadores. Todos os missionários estão então em perigo de morte. Juan logra a conversão de um dos chefes, Chihwatenhwa, a quem cuida com enorme carinho durante as febres. Mas o perigo de vida é evidente. Multiplicam-se os olhares de ódio. Juan escreve, então, seu voto de martírio, para o pronunciar todos os dias na missa. "Formulo meu voto em presença Tua, do Padre Eterno e do Espírito Santo. Em presença de tua Mãe e de São José, ante os anjos, apóstolos e mártires, ante meu pai Santo Ignacio e São Francisco Xavier. Formulo meu voto formal, e o dedico a Ti, Jesús. Se a graça do martírio se me oferece, por tua infinita misericórdia, não deixarei passar esta graça. Faço este voto pelo resto de minha vida. A Ti, Senhor Jesús, te ofereço com prazer meu sangue, meu corpo e minha alma, desde este dia, e me ofereço com gozo a morrer por Ti, se assim o desejas Tu. Em 1 de fevereiro de 1638, Juan de Brébeuf é nomeado solenemente chefe hurón. É a maior honra que pode obter um missionário. As conversões continuam. Tem o consolo de benzer o primeiro matrimónio em terra hurona, o de José Chihwatenhwa e de María sua esposa. Em 25 de junho de 1638, decide transferir a Missão de San José desde Ihonatiria para Teanaustayé, a capital hurona da nação da Cuerda. Deixa ali a Isaac Jogues e a Pedro Chastellain. Em 26 de agosto de 1638, chegou a Huronia o P. Jerónimo Lalement, com o cargo de Superior. De imediato o P. Lalement, secundado por Juan de Brébeuf, decide organizar definitivamente a Missão. Aceita as ideias de Echon e juntos levantam as bases da instituição dos "donatos" na Companhia. Se necessitam muitos missionários. A messe é demasiado grande. Os donatos serão laicos em serviço das obras da Companhia. Viverão como religiosos, mas somente com votos privados. Eles terão a grande responsabilidade das construções, a catequese e todo o material das missões. Juan de Brébeuf é transferido para a Missão de Teanaustayé, que pouco depois se divide em duas. Tudo parece sorrir. Mas a tradicional guerra dos hurones e iroqueses recrudesce esse ano.
NOTA DE ANTÓNIO FONSECA
Lamento informar que não tenho possibilidade de tempo útil para poder traduzir totalmente esta biografia, pois é demasiado longa. Portanto a partir desde ponto, a mesma vai sob a sua redação original como vem no site www.es.catholic.net. As minhas desculpas, obrigado. AF.
Numa rede hurona, caem prisioneiros 80 iroqueses. Segúndo a lei hurona, são condenados a torturas e morte. Echon, como jefe hurón, tiene acceso a los concilios y puede convertir a un buen número de ellos. Ellos desean tener, después de la muerte, una ida feliz en la otra que se les promete. También las conversiones, en los poblados de la Misión, aumentan con la alegría profunda de los misioneros. En 1638, el número de cristianos llega a 50. En 1639, en las tres Misiones se cuentan 96. A fines de agosto de 1639, el P. Jerónimo Lalement decide agrupar a los misioneros de toda la Misión hurona en un solo sitio. Funda, así, la Misión de Santa María, relativamente cerca de la antigua aldea de Toanché. Pero muy pronto llega a los poblados hurones la epidemia de la viruela. Nuevamente, la mortandad es de los indios y el peligro para los misioneros. ¿Por qué no mueren los sotanas negras? Pueden ser los causantes porque no desean sanar a los hurones. El 2 de noviembre de 1639, el padre Juan de Brébeuf es destinado por su superior a fundar una Misión entre los indios neutrales, al sur de Huronia. El nombre de "neutrales" lo reciben porque viven en paz con los hurones y también con los iroqueses del lado sur del lago Erie. Juan, con un compañero jesuita, dos donados y un joven hurón, avanza hacia el sur. Al séptimo día llegan al poblado de Kanducho. El idioma es un dialecto parecido al hurón, con marcadas diferencias de pronunciación. Todos los neutrales usan tatuajes. Las caras, los cuerpos, los brazos y las piernas muestran franjas negras, círculos y dibujos. Juan de Brébeuf comienza el recorrido de todas las aldeas. Pero no es bien recibido. En todas ellas hay prevención en su contra. Los jefes neutrales creen que con el misionero puede venir la peste. Algunos hurones enemigos divulgan esos rumores. En la misión emplea un año y cuatro meses. Es un tiempo difícil. Soporta peligros y amenazas y no obtiene conversiones. Por fin, al iniciarse marzo de 1641, emprenden Juan y su compañero el regreso a Santa María. Pero al cruzar un arroyo, resbala y se da un golpe contra el hielo. A duras penas, debe admitir que se ha quebrado la clavícula del lado izquierdo. El día 19 de marzo, con gran trabajo, los dos jesuitas llegan a Santa María para celebrar de inmediato la Misa, en honor del santo patrono de la Misión. El P. Jerónimo Lalement decide enviar a Juan de Brébeuf a la ciudad de Quebec, con las canoas que viajan en el mes de mayo. La clavícula quebrada no puede ser tratada en la Misión y los dolores de Brébeuf parecen muy intensos. Después de siete años consecutivos entre los hurones, bien puede recuperar las fuerzas en Quebec. Con hondo desconsuelo en Santa María, lo despiden. Todos lo aprecian, sacerdotes, hermanos, donados y obreros. Lo quieren hondamente, por su humildad, inagotable paciencia, caridad y valor indomable. El 20 de junio de 1641, las canoas llegan a Trois Rivières, con admiración de todos, a causa de las incursiones iroquesas alrededor de la ciudad. Pocos días después, los misioneros están en Quebec. Juan visita, fascinado, la nueva Misión de los jesuitas en el poblado de los algonquines cristianos de Sillery. Poco después, recorre el hospital fundado por las religiosas de Dieppe y también el Colegio de las Ursulinas para muchachas algonquinas. Juan es nombrado Superior de Sillery. Desde allí, siempre inquieto, participa en la fundación de la ciudad de Montreal y apoya, con todos los medios a su alcance, a su querida misión entre los hurones. En julio de 1642, recibe en Trois Rivières a Isaac Jogues que acompaña a los hurones en el viaje anual de comercio. En el mes de agosto, Juan decide el destino del joven donado y hábil cirujano René Goupil como compañero de Isaac. Más que otras veces, sufre con ese viaje de sus amigos, pues él quisiera acompañarlos. Pero su decisión de guiarse por la obediencia le devuelve la paz. Al atardecer de ese mismo día, Juan conoce, con horror, que Isaac, René y los hurones han caído en manos iroquesas. Siente desgarrársele el corazón, pero una vez más debe cumplir la voluntad de Dios. Llora como un hombre y encomienda a sus amigos.Poco después, Juan bautiza en Quebec a seis hurones, todos jóvenes. Incansable, sigue con sus trabajos en Sillery y Trois Rivières. El 12 de junio de 1643, llegan a Trois Rivières dos hurones. Con emoción, Juan de Brébeuf reconoce, en esos rostros torturados, a José y a Pedro, los dos hermanos de Chihwatenhwa. Pertenecen al grupo de los prisioneros capturados por los iroqueses en el pasado mes de agosto. Ellos relatan los tormentos, cómo fueron pasados por el fuego, despedazados y la vida de esclavitud durante el invierno. Narran también la muerte de René Goupil. Juan llora casi sin consuelo. El 15 de agosto, llegan a Trois Rivières varias canoas iroquesas. Los franceses permiten que atraque una sola y con un solo iroqués. Este entrega a Juan una carta de Isaac, en latín, francés y hurón: "Esta es la cuarta carta que escribo desde que estoy con los iroqueses. Los holandeses han tratado de rescatarnos, pero ha sido en vano. Estoy resuelto a seguir aquí hasta que Dios lo quiera. No pienso huir, aunque se me presente la ocasión de hacerlo". Un año más Juan de Brébeuf debe quedarse en Quebec, Sillary y Trois Rivières. El 27 de abril de 1644, después de haberla preparado, despide a la expedición del P. Francisco Bressani, joven jesuita italiano, con sus seis hurones cristianos y un donado francés. Dos semanas más tarde, el 14 de mayo, recibe con profundo dolor la noticia de que los hurones han perecido y que el P. Bressani es esclavo de los iroqueses. Después, Juan de Brébeuf es llamado a Quebec para celebrar conferencias con el Gobernador y el P. Vimont, el Superior jesuita de Nueva Francia. Es urgente lograr la paz con los iroqueses. De lo contrario, todos los esfuerzos hechos con los algonquines, hurones y neutrales podrán perderse. En junio de 1644, llega a Quebec la flota que viene de Francia. La sorpresa de Juan es enorme cuando ve descender desde los veleros a su querido amigo Isaac Jogues. Antes de preguntar nada se confunden en un abrazo. Isaac cuenta a sus amigos la tremenda odisea. Los iroqueses han sido en verdad muy duros. Los jesuitas miran, sorprendidos, las manos mutiladas y la paz del amigo. Ha podido huir con la ayuda de los holandeses. Llegó a Francia para Navidad. Obtuvo permiso para regresar. Ahora lo ven nuevamente feliz. En el mes de julio, Juan y su amigo Isaac viajan juntos a Trois Rivières. A los pocos días, llegan a la ciudad doce canoas huronas, con el P. Pedro Pijart y algunos donados. Los hurones declaran que no vienen a comerciar sino que viajan en lucha guerrera contra los iroqueses. Juan de Brébeuf cree ver, entonces, una nueva oportunidad para él. El P. Pijart puede quedarse en Trois Rivières y él dirigirse de nuevo al país hurón. Se apresura y va a Quebec a pedir la autorización del P. Vimont. Este asiente y le entrega los últimos documentos llegados de Francia. El P. Jerónimo Lalement debe regresar a Quebec, pues es el nuevo Superior de la Misión de Nueva Francia. El P. Pablo Raguenau ha sido designado como Superior en la Misión hurona. Juan de Brébeuf será el encargado de comunicar los cambios. De Quebec Juan viaja, feliz, con su tercer destino hacia los hurones. Con él van otros dos jóvenes misioneros, Natal Chabanel y Leonardo Garreau. El 7 de septiembre de 1644 llegan a Santa María, después de 30 días de viaje. A Echon los hurones y los jesuitas, lo reciben tumultuosamente. Primero, los gritos de sorpresa, después vienen las risas y los abrazos. En la capilla de troncos, todos entonan el vibrante Te Deum de acción de gracias. Los recién llegados responden las miles de preguntas. Sí, el viaje ha resultado fácil. No, no han visto a los iroqueses. Isaac Jogues está en Quebec. Ha regresado con las huellas de sus torturas. Todos se alegran. Como buenos jesuitas, aceptan confiados los cambios de Superiores. El P. Jerónimo Lalement es para todos un verdadero padre, muy querido, y se felicitan de tenerlo como Superior principal en Quebec. Desde allí velará con dedicación por la Misión hurona. El P. Pablo Raguenau se parece mucho a Brébeuf y es como su sombra. Es un buen religioso, inteligente y de una caridad a toda prueba. "Aondechate" como lo llaman los hurones es otro Echon. La comunidad tiene ahora dieciséis jesuitas. De ellos, catorce son sacerdotes y dos son hermanos. También se cuentan once donados. Santa María ha progresado mucho en los tres años de ausencia de Brébeuf. Ahora es casi una fortaleza, con empalizadas hasta el río. En el recinto hay cinco edificios, talleres y almacenes. La casa de la comunidad tiene dos pisos, dos chimeneas, doce aposentos, sala de estar, comedor y cocina. La Capilla tiene 15 metros de longitud y 8 de ancho, un altar de piedra, imágenes talladas por los hurones, hermosos ornamentos y cuadros. Hay una casa para los donados, y otra para los huéspedes. Dentro del recinto hay un pozo de agua, una fragua, y corrales para las gallinas y los cerdos. Juan de Brébeuf no sale de su asombro. Con profunda alegría, visita las construcciones junto a la Misión, la Capilla de los hurones, el pequeño hospital y el cementerio. En el campo hay sembrados. Por todo el país se extiende la noticia del regreso de Echon. Los hurones vienen a Santa María, desde todos los poblados, de Ossossané y Teanaustayé y de los más alejados. Uno de Ossossané le dice: "Pronto todo nuestro poblado será cristiano". Juan queda destinado a Santa María. Desde allí, en largas excursiones, debe atender a las aldeas huronas de Santa Ana, San Luis, San Dionisio, San Juan y San Francisco Javier. En septiembre de 1645, ante la sorpresa y alegría de Juan y de todos los habitantes de Santa María, llega en una canoa el P. Francisco Bressani. Nada se sabía de él desde que había sido capturado por los iroqueses en abril del año anterior. El cuenta su tortura y cómo fue rescatado por los holandeses y enviado por ellos a Francia en el mes de octubre. Echon contempla con dolor las cicatrices que cubren el cuello, la cara, los brazos, las piernas y las manos del P. Francisco. De éstas, los iroqueses le amputaron algunos dedos y otros los arrancaron a mordiscos, dejándole sólo los muñones. Juan piensa que el P. Francisco es un mártir y reza profundamente para merecer iguales sufrimientos y, si Dios lo quiere, una muerte sangrienta. En noviembre, Juan hace un viaje de seis días, remando con un donado, para visitar a un grupo de hurones que ha huido más allá del lago Nipissing. A su regreso, continúa sus recorridos entre los poblados hurones. En uno de los poblados, Juan se entera de las muertes de Isaac Jogues y de Juan de La Lande a manos de los iroqueses mohawks. Para él es la noticia más triste de su vida. Desconsolado, llora amargamente por sus dos amigos y también por los iroqueses mohawks. Admira la labor de Isaac Jogues. Sin desmayar, él inició las tentativas de paz con los onondagas, los cayugas y los oneidas, las tres naciones centrales de los iroqueses. Los senecas se negaron. Ahora también los mohawks están en implacable guerra contra los hurones.En septiembre de 1647, el P. Pablo Raguenau, el Superior de la Misión hurona, decide ampliar los horizontes misioneros hacia los petuns, los algonquines del norte y volver a los neutrales. Juan queda en Santa María, con sus mismas aldeas huronas. A principios de junio de 1648, tiene el consuelo de recibir en la Misión de Santa María al P. Antonio Daniel. Los hurones lo llaman Antwen. El ha llegado para hacer, en la casa principal de la Misión, los Ejercicios espirituales de año. Con su amigo hace nuevos planes. Antonio Daniel regresa a su puesto de Teanaustayé el 2 de julio. Los iroqueses atacan la aldea el día 4, queman y matan. La noticia del martirio de su amigo le llega a Juan el mismo día. Corre a Teanaustayé y sólo encuentra cenizas. En 1649, además de los poblados hurones a su cargo, Juan se encarga de la aldea de San Ignacio que reemplaza al destruido poblado de Teanaustayé, a unos 8 kilómetros de Santa María. El nuevo pueblo ha sido construido bajo las indicaciones de Juan. Recibe como compañero al Padre Gabriel Lalement, misionero llegado recién el año anterior. Con Gabriel, llamado ahora Atironta, recorre todas las aldeas. En todas recibe una buena cosecha espiritual. En la mañana del lunes 15 de marzo de 1649, Juan de Brébeuf y Gabriel Lalement parten desde Santa María para el recorrido usual de sus Misiones. Pasan el día en San Luis, ubicado a 4 kilómetros, con sus cuatrocientos hurones. Alojan en la pequeña cabaña. Poco después del alba, del día 16, dicen sus Misas. Ese mismo día tienen pensado dirigirse a la aldea de San Ignacio, a otros 4 kilómetros de distancia. A las seis de la mañana, cuando están terminando la acción de gracias, son sorprendidos por los gritos de los hurones: "¡Los iroqueses están en San Ignacio! ¡Los iroqueses están degollando a los hurones de San Ignacio! ". Juan piensa, horrorizado: No tardarán de presentarse en este pueblo de San Luis. Sobreponiéndose al griterío de los hombres y a los aullidos desesperados de las mujeres y los niños, prepara la defensa. Los hombres van a las empalizadas y las mujeres con los niños son obligados a huir hacia el bosque. Después ambos, Echon y Atironta, corren a las empalizadas. El jefe hurón les insta a huir con las mujeres. Echon contesta que su puesto está ahí, para cuidar a los guerreros. Muy pronto los iroqueses llegan a la empalizada. Silban las flechas y suenan los disparos de los mosquetes iroqueses. El primer ataque es rechazado. En un segundo ataque masivo, la aldea es capturada. Los prisioneros son fuertemente atados. A empellones los iroqueses los obligan a salir del poblado. Los agrupan como a un rebaño. Saquean y matan. Aullando en frenética danza, celebran la victoria. Después, queman las construcciones. A los prisioneros los obligan a cantar y, en trote agotador, los llevan a San Ignacio. «En el bosque, los iroqueses arrancan las ropas a Echon y a Atironta. Los dejan desnudos como van ellos. Al llegar a la aldea de San Ignacio, los iroqueses se ponen en dos filas paralelas y obligan a los prisioneros a pasar entre ellas. Con palos y porras, aullando, los golpean hasta que puedan llegar al otro extremo. Echon, con el cuerpo magullado, queda al fin acurrucado junto a sus amigos los hurones. Juan y Gabriel, en cuchillas, hacen su oración y ofrecimiento. Echon dice a Atironta que probablemente él, Gabriel, va a quedar con vida y va a ser llevado a los poblados iroqueses como esclavo. En tal caso, le aconseja, deberá huir, como Isaac y el P. Francisco Bressani. El uno al otro se oyen en confesión y se absuelven mutuamente. Poco después son obligados a ponerse de pie. Se les ordena que bailen y entonen el canto de la muerte. En la danza, los iroqueses saltan sobre Echon. A mordiscos le rompen los huesos de las manos. Le arrancan las uñas y mascan sus dedos. Lo arrastran a un poste. Lo amarran y empieza el tormento del fuego. Echon conoce el código de los iroqueses. Sabe lo que esperan de él. Por eso, pide fuerzas a Dios para no expresar ni temor, ni proferir quejas. Mientras lo queman, no grita. Reza y consuela a los hurones que mueren con él. Juan grita: "Jesús, ten misericordia". Los hurones contestan: "Echon, ruega por nosotros". Los iroqueses hacen callar a Echon apretándole una tea encendida dentro de la boca. Después lo empiezan a quemar entero. Todavía vivo, le echan sobre la cabeza y las heridas agua hirviente, como una burla del bautismo. "Echon, te bautizamos, para que puedas ser feliz". A duras penas, Echon dice: "Jesús, ten misericordia". Y en lengua hurona agrega: "Jesús, taiteur". Uno de los iroqueses le coge la nariz y la arranca de un tajo. Otro le hiere el labio superior, tira la lengua y le corta un pedazo. Un tercero le quema la boca con un tizón encendido. Entonces, el enorme cuerpo de Echon, al quemarse las ataduras, cae a las brasas. Sus ojos que todavía están abiertos, son vaciados con una tea encendida. Lo sacan del fuego. Todavía estávivo. Ponen su cuerpo en un tablado. El jefe iroqués, con su afilado cuchillo, le arranca el cuero cabelludo. Ese es su trofeo. Después hunde su largo cuchillo de guerra, en el costado, y le arranca el corazón. Chupa la sangre, lo asa, y se lo come con avidez. Los otros jefes iroqueses también comen lonjas de carne asada y beben sangre. Un jefe descarga el hacha sobre la cabeza y la parte en dos. Después, queman todo. Son las cuatro de la tarde del día 16 de marzo de 1649. Atironta, en oración, espera su turno. San Juan de Brébeuf fue canonizado el 26 de junio de 1930, conjuntamente con San Isaac Jogues, San René Goupil, San Juan de La Lande, San Antonio Daniel, San Gabriel Lalement, San Carlos Garnier y San Natal Chabanel. Todos ellos son los patronos de la evangelización de América del Norte
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• João Amias e Roberto Dalby, Beatos
Mártires
Juan Amias e Roberto Dalby, Beatos
Martirológio Romano: Em York, em Inglaterra, beatos Juan Amias e Roberto Dalby, presbíteros e mártires, que sob a rainha Isabel I foram condenados à pena capital por ser sacerdotes, aceitando com alegria o suplicio (1589).Juan Amias e Roberto Dalby eram de Yorkshire. Depois de seus estudos no Colégio de Douai em Reims, foram ordenados sacerdotes e partiram para a missão de Inglaterra, onde morreram em 1589. Amias, que era viúvo e monge trapense, missionou por sete ou oito anos em Inglaterra antes de ser capturado; Dalby, que havia sido ministro protestante, fazia um ano que havia regressado a Inglaterra, quando foi preso. Não muitos detalhes de seus labores parecem ser exatos, mas temos uma descrição gráfica de suas mortes no manuscrito do Dr. Champney citado por Challoner. Este diz: "Em dezasseis de Março deste ano, Juan Amias e Roberto Dalby, sacerdotes do seminário de Douai, foram executados em York, acusados de alta traição, pelo crime de ser sacerdotes ordenados pela autoridade da Sede de Roma e haver regressado a Inglaterra a exercer seu ministério para benefício das almas de seus vizinhos. Tinha eu vinte anos, quando fui testemunha ocular do glorioso combate destes santos homens. À vista da constância e mansidão deles, regressei a casa convencido da fé católica, em que hei permanecido pela graça de Deus… porque era visível nesses santos servidores de Deus tanta mansidão unida a tão singular constância, que alguém tenha facilmente dito que eram ovelhas levadas ao matadouro". Depois de descrever a execução de Juan Amias e Roberto Dalby agrega: "Os guardas estavam muito atentos para impedir que algum dos que se haviam reunido a ver a execução leva-se alguma pertença ou sangue dos mártires. Ainda assim, uma pessoa, que me pareceu uma grande dama, não sem dificuldade, abrindo passo entre a multidão, chegou ao lugar onde jaziam seus corpos despedaçados, juntou suas mãos e levantou os olhos ao céu, o que comoveu fundamente aos presentes. Disse também umas palavras que eu não pude ouvir devido ao tumulto e ruído. Imediatamente se elevou um clamor contra ela, como idólatra e foi retirada daí; mas não pude saber se foi levada à prisão ou não".
• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia
Santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires
Em Aquileia, no território de Veneza, santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires (s. inc.).
São Papas, mártir
Em Selêucia, na Pérsia, são Papas, oriundo de Licaónia, que,após muitos tormentos, enfrentou o martírio pela fé de Cristo (s. IV).
São Julião, mártir
Em Anazarbo, na Cilicia, são Julián, o qual, atormentado por longo tempo, foi metido com serpentes num saco e precipitado ao mar (s. IV).
São João Sordi ou Cacciafronte, monge, bispo e mártir
Em Vicenza, no território de Veneza, beato Juan Sordi ou Cacciafronte, bispo e mártir, o qual, sendo abade, foi exilado por sua fidelidade ao papa, e eleito depois bispo de Mântua e trasladado para a sede de Vicenza, morreu em defesa da liberdade eclesiástica, assassinado por um sicário (1181).
45500 > Sant' Agapito di Ravenna Vescovo
92988 > Sant' Allo (Allone) di Bobbio Monaco
45700 > Beata Benedetta di Assisi
91776 > San Damiano di Terracina Diacono e martire
45550 > Sant' Eriberto di Colonia Vescovo MR
45600 > Beato Eriberto di Namur Eremita
45630 > Sant' Eusebia Badessa di Hamay MR
93961 > Beato Ferdinando Valdes Vescovo
45640 > Beati Giovanni Amias e Roberto Dalby Sacerdoti e martiri MR
45750 > Beato Giovanni Cacciafronte de Sordi Vescovo e martire MR
92013 > San Giovanni de Brebeuf Gesuita, martire in Canada MR
91595 > San Giuliano di Anazarbo Martire venerato a Rimini MR
91147 > Santi Ilario e Taziano Martiri MR
45610 > San Papas Martire in Licaonia MR
94724 > San Serpione Arcivescovo di Novgorod (Chiese Orientali)
92058 > Beato Torello da Poppi Eremita
Transcrição e tradução incompleta de castelhano para português
(nomeadamente a biografia de João Brebeuf, pela sua grande extensão) por
António Fonseca
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