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Nº 869-2
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
A Anunciação do Anjo à Virgem María
O título atual e antigo, desta solenidade mostra o seu carácter cristológico mais que mariano. É a solenidade do grande mistério cristão, da Encarnação do Verbo de Deus. É a celebração litúrgica e agradecida daquela frase inspirada e densa da Águia da ilha de Patmos: E o Verbo se fez Carne. Texto que hoje está gravado numa placa de mármore diante do altar que se levanta na gruta da Basílica nazaretana da Anunciação: é beijada, com lábios transbordantes de amor e lágrimas, por todos os peregrinos que têm a ventura de lá se ajoelharam: Aqui de Maria Virgem fez-se carne o Verbo. A data de 25 de Março não é arbitrária; está em função do Nascimento de Jesus, que é celebrado exatamente nove meses depois. Já no século VII, a data de 25 de Março se fundava numa tradição tão venerável e universal que o II Concílio Trulano, em 692, se bem que proibisse durante a Quaresma todas as festas, exceptuou a da Encarnação. E os Gregos ainda hoje, enquanto dura a Quaresma, omitem a celebração diária do Santo Sacrifício, excepto nos sábados, nos domingos e no dia 25 de Março. E na Idade Média a solenidade de hoje, indicava nos países cristãos, o verdadeiro princípio do ano civil. No Oriente celebrava-se a Encarnação do Senhor já antes do ano de 446. No Ocidente é posterior, pois não figura no Missal Galicano e só aparece nos Sacramentários Gelasiano e Gregoriano do primeiro período carolíngio. Mas pelo Livro Pontifical sabemos que S. Sérgio I (687-701) ordenou fosse celebrada solenemente a Encarnação em Roma, com uma procissão estacional que partia da diaconia de Santo Adriano e terminava em Santa Maria Maior. Na Península Ibérica, por ser dia de jejum, transladou-se na Idade Média para 18 de Dezembro. O mistério comemorado na festa de hoje é a Conceição do Filho de Deus no seio da Bem-aventurada Virgem Maria. S. Lucas deixou-nos, no primeiro capítulo do seu Evangelho, uma narração simples e grandiosa. A Encarnação realiza-se na aldeiazinha de Nazaré, a ocultas dos olhares curiosos dos homens, num vale alegre e florido da Galileia. Por todos os lados circundada de montes, evoca na Primavera a imagem duma flor solitária que se abre para o céu no seu fresco e verde cálice. Neste asilo de recolhimento e oração, vivia, cinco ou seis anos antes de começar a era cristã, uma jovem chamada Maria, órfã de pai e mãe. Sabemos que se antecipara nela a graça à natureza, que nenhum hálito impuro a manchara, que era a única filha de Adão isenta do pecado original desde que fora concebida imaculada, em resultado dum milagre único, de redenção preservativa. Deus esgotara nela os tesouros do seu amor e omnipotência, para lhe embelezar o corpo e a alma. A fidelidade da Virgem, multiplicando sem cessar as graças do céu, aumentou para além de toda a medida os seus méritos, e chegou a ser a mais formosa, a mais nobre e a mais sublime de todas as obras saídas das mãos do Todo-Poderoso. Os seus patrícios e parentes não deram todavia conta da sua grandeza e plenitude. Quando ao cair do sol ia com o seu cântaro buscar água à fonte única de Nazaré, não se distinguia das companheiras. Era a pérola preciosa, ignorada pelos homens, cujo valor só o artista divino conhecia. Ele que a escolhera entre todas as mulheres para sua Mãe. O anjo do Senhor anunciou a Maria. A Virgem estava recolhida em oração, talvez meditando na profecia de Isaías sobre a donzela que havia de dar à luz um menino. O anjo disse-lhe: Paz, cheia de graça. Os Gregos, ao encontrarem-se, desejavam mutuamente a alegria; os Romanos, a saúde; os Semitas, então como hoje, a Paz. Muitas personagens ilustres do Antigo Testamento – Abraão, David, Isaías, Jeremias… – tinham recebido promessas alentadoras, de auxilio e protecção divina, para desempenharem a missão dolorosa a que Deus as destinava. mas nunca uma criatura humana ouvira a saudação dum mensageiro celestial em termos tão encomiásticos: cheia de graça.
A Anunciação do Anjo à Virgem María
As palavras do anjo, mais que a sua presença, preocuparam momentaneamente Maria, até que S. Gabriel a tranquilizou, explicando-lhe o sentido delas: Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-se-à Filho do Altíssimo. O Senhor Deus dar-lhe-á o trono de seu pai David. Reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim. A Virgem estava familiarizada com a Sagrada Escritura e compreendeu imediatamente do que se tratava. O Anjo oferecia-lhe a maternidade do Messias, do Filho de Deus, do Emanuel ou Deus connosco. Qualquer donzela se desvaneceria com anúncio tão lisonjeiro, que formava a realização do sonho doirado de todas as judias. A Virgem Maria, essa, escuta serena, crê nas palavras do anjo, mas encontra dificuldades. Em consciência está ligada com uma promessa de virgindade, incompatível, humanamente falando, com a maternidade. Como será isso, seu eu não conheço homem? É maneira delicada e bíblica de afirmar o seu propósito absoluto de continência total. Nem Sara, nem a mãe de Samuel, nem mulher alguma, a quem Deus prometia um filho, tinha proposto nunca semelhante inconveniente . A Virgem, mais iluminada que todas elas, conhece o tesouro da pureza, a estima que Deus lhe dedica, e antepõe-o à maternidade. O anjo resolve-lhe, em nome de Deus, a dificuldade, explicando-lhe o modo sobrenatural e milagroso como há-de chegar a ser Mãe: O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso mesmo é que o Santo que vai nascer há-de chamar-se Filho de Deus. Maria não tem que temer pela sua virgindade. Ela, a cheia de graça, receberá efusão nova no momento em que Deus a envolver com o seu poder criador. A presença divina fica, no seu seio, muito mais real que antigamente sobre a Arca da Aliança, quando a nuvem luminosa cobria o Tabernáculo. Aquele que há.de nascer dela, sem cooperação nenhuma de homem mas só pela atividade do Espírito Santo, será verdadeiramente Filho de Deus. Gabriel desempenhou a sua mensagem, e só espera o consentimento de Maria. Ela não o pode recusar mas, na sua atual ordem da Providência, é necessário que o género humano aceite o seu Redentor, e aceita-o na pessoa da Virgem Mãe. Convinha que uma mulher cooperasse para a nossa salvação e regeneração, como outra mulher tinha contribuído para a nossa queda e ruína no Paraíso. Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Como o sacerdote, em nome do Pontífice eterno, com cinco palavras de autoridade faz descer sobre o altar o Filho de Deus, assim Maria, em nome da humanidade e humildade, com que se entrega. E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós. Este é o anúncio mais consolador que em algum tempo foi comunicado a ouvidos humanos. Deus fez-se um de nós, Deus vem salvar-nos, e vem por meio de Maria. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Margarita Clitherow, Santa
Mártir
Margarita Clitherow, Santa
Martirológio Romano: Em York, em Inglaterra, santa Margarita Clitherow, mártir, a qual, com a anuência de seu marido, abraçou a fé católica, em que educou também a seus filhos, e se preocupou de ocultar em sua casa a sacerdotes que eram perseguidos, por cujo motivo foi detida várias vezes durante o reinado de Isabel I, e finalmente, recusando que sua causa fosse levada ante o tribunal para que os ânimos dos conselheiros do juiz não carregassem com a responsabilidade de sua sentença à morte, a condenaram, por sua fé em Cristo, a ser asfixiada até à morte sob um grande peso (1586). Etimologicamente: Margarita = Aquela de beleza pouco comum, é de origem latina. Temos a fortuna de possuir ampla informação acerca de Margarita Clitherow, graças à biografia escrita por seu confessor, padre John Mush, completada em seus detalhes com outros documentos contemporâneos. Em York todavia podemos ver a casa de câmara onde foi julgada, o castelo em que esteve encarcerada, a casa vizinha ao matadouro, que se crê haver sido seu lar durante sua vida matrimonial e a habitação na pousada do Cisne Negro, que a tradição assinala como o lugar que ela alugou para que se celebrasse a missa, quando se considerou insegura sua própria capela. Margarita foi filha de um rico vendedor de cera, chamado Tomás Middleton, que era da cidade de York e que teve o cargo de comissário, do ano 1564 a 1565. Este morreu pouco depois e sua esposa, logo após cinco meses, contraiu núpcias com um homem de inferior condição, de nome May, que estabeleceu sua residência com a família na casa Middleton e Davygate. Ali foi donde Margarita se casou, em 1571, com Juan Clitherow, ganadeiro e carniceiro que, como o pai de Margarita, era um homem acomodado e havia tido cargos públicos. Havia sido encarregado de ponte e camarlengo com o que chegou a merecer o direito de usar o título de Sir antes de seu nome.
Margarita fue educada en el protestantismo, pero dos o tres años después de su matrimonio abrazó la fe católica, después de haberla estudiado, como su biógrafo nos dice: "al no encontrar fundamento, verdad, ni consuelo cristiano en los ministros del Nuevo Evangelio, ni en su propia doctrina y, al enterarse de que muchos sacerdotes y laicos sufrían al defender la antigua fe católica". Su esposo, bondadoso y de buen carácter, parece no haberse opuesto entonces ni en ningún momento a los deseos de su mujer. El no tenía madera de héroe y continuaba conforme a la religión del Estado, pero tenía un hermano sacerdote, y un cierto Tomás Clitherow que estuvo preso en el castillo de York a causa de su religión, en 1600, fue probablemente otro de sus hermanos. El señor Clitherow acostumbraba decir que encontraba dos defectos en su mujer: que ayunaba demasiado y que nunca lo acompañaba a la iglesia. Muy al principio, parecía que Margarita podía practicar su fe sin mucha dificultad y podía buscar a los apóstatas y hacer que se convirtieran, pero las leyes se hicieron más duras y fueron cumplidas más estrictamente. Varios cautelosos amigos le advirtieron que fuera más circunspecta. Se le impusieron multas al señor Clitherow por las continuas faltas de asistencia de su mujer a la iglesia y a ella misma se le encarceló varias veces en el castillo, una de ellas por dos largos años. Las condiciones de vida allí, como sabemos por datos contemporáneos, eran muy malas; las celdas eran obscuras, húmedas, llenas de parásitos, y muchos de los cautivos morían durante su reclusión; aún así, Margarita consideraba esos períodos de encarcelamiento como retiros espirituales, orando y ayunando cuatro días a la semana, práctica que continuó después de obtener su libertad. No está clara la fecha en que ella empezó a abrir su casa a sacerdotes fugitivos, pero se sabe que continuó haciéndolo así hasta el fin, a pesar de la promulgación de la ley que castigaba con la muerte el dar albergue a los sacerdotes. Los padres Thompson, Hart Thirkill, Ingleby y muchos otros habían estado ocultos en la cámara secreta para sacerdotes, cuya entrada "era molesta para aquél que no estuviera familiarizado con la gran estrechez de la puerta, que era sin embargo amplia para un joven". Más aún, a fin de que no se privara a nadie de la misa, cuando se podía celebrar, el padre Mush nos dice: "Ella había preparado dos cuartos, uno junto a su propia casa, adonde ella pudiera tener acceso en cualquier momento, sin ser vista o notada por sus vecinos. El otro, un poco distante de su casa, mantenido en secreto para todos, excepto para aquellos que ella sabía eran fieles y discretos. Ella preparaba este lugar para tiempos más calamitosos a fin de que Dios pudiera ser servido allí, cuando su propia casa no se considerara tan segura, aunque ella no pudiera acudir a ese lugar diariamente, como lo deseaba. También proporcionaba y se encargaba del cuidado de todo el material que se requería para el servicio del altar, tanto ornamentos como vasos sagrados. Poseyendo una agradable figura, dotada de agudo ingenio y alegría, Margarita tenía una encantadora personalidad. "Todos la amaban", leemos, "y acudían a ella en demanda de auxilio, consuelo y consejo en sus penas. Su servidumbre le tenía un amor tan reverente que, a pesar de que su ama los corregía con razonable dureza por sus faltas y negligencias y que sabían cuándo los sacerdotes frecuentaban la casa, tenían tanto cuidado de conservar los secretos de su ama, como si fueran sus verdaderos hijos". En muchos casos, gentes que sostenían otras creencias eran las primeras en escudarla y advertirla de algún peligro que la amenazaba. Más aún, como una verdadera mujer de Yorkshire, era una magnífica ama de casa y hábil para los negocios. "Al comprar y vender mercancía", se nos dice, "tenía mucho cuidado de saber su verdadero precio para satisfacer a su esposo que lo dejaba todo a su confianza y discreción". No nos sorprende encontrar que a menudo urgía a su esposo a desentenderse de la tienda y todas sus preocupaciones y dedicar sus energías a ventas al mayoreo. Empezaba cada día con una hora y media dedicada a la oración y meditación. Si había algún sacerdote disponible, se celebraba la misa y para escucharla se arrodillaba atrás de sus hijos y sirvientes en el lugar más bajo, a un lado de la puerta, tal vez para poder dar la señal de alarma en caso de ser sorprendidos. Dos veces por semana, los miércoles y domingos, trataba de confesarse. Aunque no era una mujer muy culta, había aprendido mucho de los sacerdotes que frecuentaban la casa y conocía tres libros perfectamente: la Biblia, la Imitación de Cristo, de Tomás de Kempis y el Ejercicio de Perrín. En alguna ocasión -quizás en la cárcel-, había aprendido de memoria el pequeño oficio de Nuestra Señora en latín, en previsión de que Dios la llamase alguna vez a la vida religiosa. El recuerdo de los sacerdotes martirizados a quienes ella había conocido y que habían sufrido en Knavesmire, estaba constantemente en ella y, cuando su esposo salía de viaje, ella algunas veces iba descalza en peregrinación con otras mujeres al lugar de la ejecución, fuera de las murallas de la ciudad. A todas horas, era esto una acción peligrosa debido a los espías, pero particularmente durante el día, y por lo tanto, iban generalmente de noche y Margarita permanecía meditando y orando bajo la horca "todo el tiempo que su acompañamiento se lo permitía". Estas visitas pronto terminaron, ya que Margarita, durante el último año y medio antes de su aprehensión final tuvo que permanecer recluida en su propia casa, "como en libertad encadenada", por el delito de haber enviado a su hijo mayor a una escuela allende los mares. El 10 de marzo de 1586, el señor Clitherow fue citado a comparecer ante el tribunal de York, establecido por el Gran Consejo del Norte y, en ausencia del amo, su casa fue cateada. No se encontró nada sospechoso, hasta que los esbirros llegaron a un cuarto alejado, donde los niños y otros más estaban siendo instruidos por un maestro de escuela llamado Stapleton, a quien ellos tomaron por sacerdote. En la confusión que se siguió, el maestro pudo eludirlos y escapar por el cuarto secreto, pero los niños fueron interrogados y amenazados. Un niño extranjero, de once años, que vivía con la familia, se aterrorizó tanto, que descubrió la entrada del cuarto de los sacerdotes. Nadie lo ocupaba, pero en una alacena se encontraron vasos y libros que obviamente eran usados para la celebración de la misa. Estos fueron confiscados y Margarita fue aprehendida y llevada, primero ante el Consejo y después a prisión en el castillo. Una vez tranquilizada sobre la seguridad de su familia, su valor nunca la abandonó y cuando dos días más tarde se le reunió la señora Ana Tesk, a quien el mismo niño había delatado por frecuentar los sacramentos, las dos amigas bromearon y rieron juntas hasta que Margarita exclamó: "Hermana, estamos tan contentas juntas que temo, a no ser que se nos separe, perder el mérito de estar encarceladas." Poco antes de que se les citara a comparecer ante el juez, dijo: "Antes de partir, haré felices a todos mis hermanos y hermanas del otro lado de la sala"; y, mirando hacia ellos a través de una ventana -eran 35 y la podían fácil mente ver desde allí- hizo un par de horcas con sus dedos y agradablemente se rió de ellas. Después de leído el cargo, en que se le acusaba de albergar y sostener a los sacerdotes y de oír la misa, el juez le preguntó si se consideraba culpable o inocente. Ella replicó: "No conozco ninguna ofensa por la que me deba declarar culpable", y cuando se le preguntó cómo quería ser juzgada, ella sólo dijo: "No habiendo cometido ningún delito, no necesito ser juzgada". Nunca se apartó de esta posición, aunque se le instruyó varias veces y se le urgió a que se declarara culpable y escogiera ser juzgada por un jurado. Ella sabía que esto significaba la muerte de todas maneras, pero si aceptaba ser juzgada, sus hijos, sirvientes y amigos serian llamados a atestiguar y, o mentirían para salvarla, cometiendo perjurio o tendrían que dar testimonio de lo que sabían y así sufrir el escándalo y la pena de haber causado su muerte. Se hicieron muchos intentos para persuadirla a que apostatara o, por lo menos, a que se sujetara al juicio y un puritano, que había discutido con ella en la prisión, tuvo el valor de ponerse en pie en la corte y declarar que la condenación, basada en la acusación de un niño, era contraria a la ley de Dios y de los hombres. El juez Clinch, que habría querido salvarla, fue dominado por los otros miembros del Consejo y, finalmente, pronunció la terrible sentencia que la ley inglesa decretaba para todo el que se negaba a declararse culpable, a saber, que debería ser prensado hasta morir. Ella oyó la sentencia con la mayor serenidad y dijo: "Gracias sean dadas a Dios; todo lo que El me envíe es bien recibido. No soy digna de tener una muerte tan buena como ésta". Después de esto, fue puesta en prisión en casa de Juan Trew, en Ouse bridge. Ni siquiera entonces se le dejó en paz, sino que fue visitada por diversas gentes que trataban en vano de conmover su constancia, incluyendo a su padrastro, Enrique May, que había sido elegido alcalde de York. Nunca le permitieron ver a sus hijos y solamente una vez pudo entrevistarse con su marido y eso en presencia del carcelero. Margarita iba a ser ejecutada el 25 de marzo, viernes de la Semana de Pasión y la noche anterior, ella cosió su propia mortaja. Después pasó la mayor parte del tiempo de rodillas. A las ocho de la mañana, el comisario llegó a conducirla al calabozo, a pocos metros de la prisión y "todos se maravillaron de verla gozosa y de alegre semblante". Llegados al lugar de la ejecución, se arrodilló para rezar y, algunos de los anglicanos ahí presentes le pidieron que rezara con ellos; pero Margarita rehusó, como el beato Guillermo Hart lo había hecho casi exactamente tres años antes. "Yo no rezaré con vosotros, ni vosotros rezaréis conmigo", dijo, "ni yo diré Amén a vuestras oraciones, ni vosotros a las mías". Ella rezó en voz alta por el Papa, los cardenales, el clero, los príncipes cristianos, y especialmente por la reina Isabel para que Dios la convirtiera a la fe y salvara su alma. Entonces fue obligada a desnudarse y tenderse boca bajo en el suelo. Se le puso una piedra lisa sobre sus espaldas y sus manos fueron atadas a postes a los lados. Se colocó otra losa encima de ella y se pusieron pesas sobre esta piedra, hasta llegar a la cantidad de 700 u 800 kilos. Sus últimas palabras, al recibir el peso sobre su cuerpo, fueron: "¡Jesús, Jesús, ten misericordia de mí!" Tardó alrededor de un cuarto de hora en morir, pero su cuerpo fue dejado seis horas en la prensa. Tenía aproximadamente treinta años. A su esposo le había enviado su sombrero "en señal de amorosa devoción, como cabeza de su familia" y a Inés, su hija de doce años, sus zapatos y medias para significar que debería seguir sus pasos. La niñita se hizo monja en Lovaina, mientras que dos de los hijos de la mártir fueron después sacerdotes. Una de las manos de Margarita Clitherow se conserva en un relicario en el Convento Bar, en York.
• Emiliano (Omeljan) Kovc, Beato
Março 25 - Sacerdote e Mártir, Março 25
Emiliano (Omeljan) Kovc, Beato
Martirológio Romano: Na cidade de Majdanek, perto de Lublín, em Polónia, beato Emiliano Kovc, presbítero e mártir, que em tempo de guerra foi deportado a um campo de concentração, onde, pelo combate da fé, alcançou a vida eterna (1944). Etimologicamente: Emiliano = Aquele que é gentil e amável, é de origem latina. Quando o Papa João Paulo II fez sua viagem pastoral a Ucrânia, entre os muitos actos que levou a cabo em tão pouco tempo, um dos mais importantes foi, sem dúvida, a beatificação de vários ucranianos e ucranianas. No discurso, como motivo de tal evento, o Papa – ao dirigir-se os jovens –, disse-lhes: "Queridos jovens. Vosso povo está vivendo uma passagem difícil e complexa desde o fim do regime totalitário – que oprimiu durante tantos anos – a uma sociedade livre e democrática. A liberdade requere consciências fortes, responsáveis e maduras. A libertada custa mais que a escravidão.. Não passeis do regímen comunista ao do consumo. É outra forma de materialismo que, sem recusar Deus, na realidade o nega". Nasceu em 20 de agosto de 1884 em Kosmach (região de Stanislaviv, atualmente Ivano-Frankivsk). Foi ordenado sacerdote em 1911 e indicado para a diocese de Stanislaviv. Em 1922 passou para a arquiparquía de Lvov, e exerceu seu ministério pastoral em Przemyslijany, na região ocidental de Ucrânia. Os comunistas o encarceraram em 1941, mas foi libertado pelas tropas alemãs. Em 1942 os alemães encerraram os judeus na zona de gueto. Acusado de ajudar aos judeus a evitar a deportação, foi preso em 30 de dezembro de 1942 e trasladado ao campo de concentração de Majdanek, nas cercanias de Lublin (Polónia). Morreu ali em 25 de março de 1944, aos 60 anos. Juan Pablo II elevou-o à honra dos altares juntamente com outros 26 ucranianos: Mycola Čarneckyj (bispo, Exarca Apostólico dos ucranianos de Volyn’ y Pidljašja, da Congregação do Santíssimo Redentor (1884-1959}) e 24 companheiros: Gregorio Khomyšyn, bispo de Stanislaviv dos ucranianos, actualmente Ivano-Frankivsk (1867-1945) Josafat Kocylovskyj, bispo de Peremyšl dos ucranianos, da Ordem Basiliana de São Josafat (1876-1947) Simeón Lukač, bispo da Igreja greco-católica ucraniana "clandestina" (1893-1964) Basilio VeIyčkovskyj, bispo da Igreja greco-católica ucraniana "clandestina", da Congregação do Santíssimo Redentor (1903-1973) Iván Slezyuk, bispo da Igreja greco-católica ucraniana "clandestina" (1896-1973) Mykyta Budka, bispo auxiliar de Lvov dos ucranianos, primeiro bispo dos católicos ucranianos de Canadá (1877-1949) Gregorio Lakota, bispo auxiliar de Peremyšl dos ucranianos (1883-1950) Leonidas Fëdorov, Exarca dos católicos russos de rito bizantino e sacerdote dos Monges Estuditas (1879-1935) Mykola Konrad, Sacerdote da arquieparquía de Lvov dos ucranianos (1876-1941)Andrés Iščak, Sacerdote da arquieparquía de Lvov dos ucranianos (1887-1941) Román Lysko, Sacerdote de la arquieparquía de Lvov dos ucranianos (1914-1949) Mykola Cehelskyj, Sacerdote da arquieparquía de Lvov dos ucranianos (1896-1951) Pedro Verhun, Sacerdote da arquieparquía de Lvov dos ucranianos e visitador apostólico para os católicos ucranianos residentes na Alemanha (1890-1957) Alejandro Zaryckyj, Sacerdote da arquieparquía de Lvov dos ucranianos (1912-1963) Clemente Šeptyckyj, Sacerdote professo dos Monges Estuditas ucranianos e arquimandrita do Mosteiro de Univ (1869-1951) Severiano Baranyk, Sacerdote professo da Ordem Basiliana de San Josafat (1889-1941) Joaquín Senkivskyj, Sacerdote professo da Orden Basiliana de San Josafat (1896-1941) Cenóbio Kovalyk, Sacerdote profeso da Congregação do Santíssimo Redentor (1903-1941) Vidal Bajrak, Sacerdote professo da Ordem Basiliana de San Josafat (1907-1946) Ivín Ziatyk, Sacerdote professo da Congregação do Santíssimo Redentor e vigário geral da Igreja greco-católica ucraniana (1899-1952) Tarsicia (no século, Olga), Religiosa professa da congregação das Escravas de María Imaculada (1919-1944) Olímpia (no século, Olga), Religiosa professa da Congregação das Religiosas de San José (1903-1952 Lorenza Harasymiv (no século, Leocádia ), Religiosa professa da Congregação das Religiosas de San José (1911-1952) Vladimiro Pryjma, Laico e pai de família, cantor (1906- 1941) Teodoro Romża (1911-1947) Josafata Hordashevska (no século, Micaela ) (1869-1919) ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Lúcia Filippini, Santa
Fundadora
Lúcia Filippini, Santa
Martirológio Romano: Em Montefiascone, na Toscana, santa Lucía Filippini, fundadora do Instituto de Mestras Pias, para promover o ensino cristão de jovens e mulheres, especialmente as carentes de recursos (1732). Etimologicamente: Lucía = Aquela que leva a luz, é de origem latino. O Instituto de "Maestre Pie" não é tão conhecido fora de Itália como merece sê-lo. Mas numa época em que todavia não se pensava na educação obrigatória, obrou maravilhas tanto no melhoramento religioso como no social das mulheres de seu país. Ainda que Santa Lucía não tenha sido a verdadeira fundadora desta notável organização, foi talvez a mais zelosa, a de maior influência e a mais santa entre todas suas primeiras propulsoras. Nascida em 13 de Janeiro de 1672, em Tarquinia, na Toscana, distante aproximadamente nove quilómetros de Roma, ficou órfã em tenra idade. Sendo ainda jovem, a seriedade de suas intenções, sua grande piedade e seus notáveis qualidades chegaram a ouvidos do bispo da diocese, cardeal Marcantonio Barbarigo, que a persuadiu ir para Montefiascone para trabalhar num instituto educacional para o treinamento de mestres, que ele havia fundado e posto sob a direção de religiosas. Lucía se dedicou-se em corpo e alma ao trabalho, onde teve contacto com a Beata Venerini, a quem por ser a mais eficaz e dedicada organizadora de um instituto similar em Viterbo, o cardeal havia chamado para Montefiascone para que contribuísse com sua experiência ao bem de sua fundação. Nenhum aluno pôde mostrar mais aptidões que Santa Lucía. Sua modéstia, sua caridade e sua profunda convicção do valor das coisas espirituais, juntos à sua decisão e sua prática de sentido comum, ganharam todos os corações. A obra prosperou assombrosamente. Novas escolas para crianças e centros educacionais se multiplicaram em todas as direções e, em 1707, por desejo expresso do Papa Clemente XI, ela foi a Roma para fundar ali a primeira escola de "Maestre Pie" na rua de Chiavi d´Oro. Lucía pôde permanecer na cidade tão só um pouco mais de seis meses, já que suas obrigações a chamavam a outras partes, mas as crianças acudiam em multidões que excediam, com muito, o campo destinado para elas; a Lucía antes de partir, se chegou a conhecer em quase todo o distrito, como a Mestra Santa. Como Rosa Venerini, tinha o dom da palavra fácil e convincente. Sem embargo, sua fortaleza não igualava o esforço com que se dedicava ao trabalho.Adoeceu gravemente em 1726 e, apesar da atenção médica que se lhe deu em Roma, nunca pôde recuperar de todo sua saúde. Morreu com a mais santa das mortes, em 25 de março de 1732, dia que ela própria havia predito.
• Agapito de Sínada, SANTO
Bispo de Sínada
Agapito de Sínada, Santo
a) Esta biografia foi já ontem aqui publicada, sob o texto recolhido do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Este santo que recordamos hoje, morreu no século III. Nasceu em Roma no seio da família Anicia. Sua fé era tão firme que não duvidou o mais mínimo em se dedicar a evangelizar. Se alimentava de uma contínua oração e da presença de Deus enquanto pensava e fazia. Foi bispo de Sínada, na Frigia (hoje Çifitkasaba, na Turquia). Uma das armas de seu apostolado foi a correspondência. Ficam muitas cartas das que se relatam seus dons taumatúrgicos e o sentido de seu apostolado epistolar.Uma destas cartas, dirigidas a seu amigo são Teófilo, bispo de Alexandria, disse:"Se me dizes, mostra-me a teu Deus", te direi eu por minha vez: "Mostra-me primeiro a teu homem e te direi que é meu Deus". Quando foi eleito bispo ,teve que enfrentar um problema sério: Belisário, general de Justiniano, havia entrado em Itália para lutar contra os Godos. Sua intenção era submeter a península sob a jurisdição de Constantinopla.O rei godo pediu ao Papa que intercedesse para que não levasse a cabo seu propósito. Agapito foi ao Oriente mas não logrou nada em sua missão. Não obstante teve o valor de excomungar ao patriarca Antimo, e em seu lugar consagrou bispo a Menas com a aprovação do próprio Justiniano. De volta a Roma morreu de repente. ¡Felicidades a quem leve este nome! - Comentários al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com - NOTA: Seu nome não consta no atual Martirológio Romano, mas sim na edição de 1956.
• Josafata (Michaelina) Hordashevska, Beata
Co-Fundadora
Josafata (Michaelina) Hordashevska, Beata
Martirológio Romano: No lugar de Chervonohrad, junto a Lwiw, na Ucrânia, beata Josafata (Miguelina) Hordáshevska, virgem, que fundou o Instituto de Irmãs Escravas de María Imaculada, dedicando-se a fazer o bem onde fosse maior a necessidade (1919). Nasceu em 20 de Dezembro de 1869 em Lvov (Ucrânia), no seio de uma família numerosa, honrada e laboriosa, de rito bizantino. Teve que renunciar aos estudos para dedicar-se ao trabalho, a fim de ajudar economicamente aos seus. Sensível e interessada en la vida espiritual, encontrou um óptimo guia no missionário basiliano padre Jeremías Lomnitskyj, que apoiou seu desejo de consagrar-se ao Senhor. Aos 20 anos emitiu o voto de castidade. Em 1892 abandonou o projeto de entrar no mosteiro de clausura das monjas basilianas, e juntamente com o padre Jeremías fundou o instituto das religiosas Escravas de María Imaculada, ao serviço do povo. Em 24 de agosto de 1892 vestiu o hábito religioso, tomando o nome do grande bispo e mártir ucraniano san Josafat Kuntsevych. Assim nasceu a congregação de Escravas de María Imaculada, a primeira de vida ativa para a assistência aos filhos de campesinos, aos enfermos e aos pobres das comarcas, assim como para a instrução dos analfabetos e dos marginados. Faleceu en 25 de março de 1919. Foi beatificada na Ucrânia por Sua Santidade João Paulo II el 27 de Junho de 2001
• Everardo (Everado) de Nellenburg, Beato
Monge Beneditino
Everardo (Everado) de Nellenburg, Beato
Martirológio Romano: Em Schaffhausen, em Suabia, beato Everado, que, sendo conde de Nellenburg, abraçou a vida monástica no cenóbio de Todos os Santos (Allerheiligen), construído com seu esforço (1078).Etimologicamente: Everardo = Forte como un javali, é de origem anglo-saxão. Levado pelos impulsos à santidade, pensou que seu caminho estava centrado na vida beneditina. Já em 1050 fundou o mosteiro de Allerheigen (Todos os Santos) em Schaffhausen. Teve a imensa sorte de que fosse a consagrá-lo o próprio Papa Leão IX em 22 de Novembro de 1049. E juntamente com o mosteiro consagrou também outras três igrejas poucos anos depois. Era todo uma torrente de alegria e de satisfação construindo a paz entre a gente, fazendo o bem e evitando que o mal se estendesse. Morreu no ano 1080, na festa da Anunciação, mas sua memória tem lugar neste dia. Seu sepulcro, que está na igreja do mosteiro era muito visitado, praticamente como um lugar de peregrinação. Mas na época da Reforma protestante –como eles não querem cultos a santos– decaiu muito. O sarcófago se conserva todavia com a figura de Everardo ao natural. Igualmente, a esposa de Everardo, a condesa Ita, era muito venerada. Entre outras coisas, foi ela a fundadora do mosteiro feminino de santa Inés. Foi muito venerada naqueles tempos. Não há maior gozo que fazer desaparecer de nosso lado o mal, e implantar – com a graça e ajuda de Deus – o mundo do bem. ¡Felicidades a quem leve este nome! Comentários a P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com
• Tomás de Costacciaro, Beato
Eremita Camaldulense
Tomás de Costacciaro, Beato
Martirológio Romano: Junto a Costacciaro, na Umbría, beato Tomás, ermitão, que passou sessenta e cinco anos em vida eremítica e la ensinou a outros a vivê-la (1337). Etimologicamente: Tomás = mellizo, é de origem arameu. O Beato Tomás nasceu no pequeno povo de Costacciaro, distante cerca de onze quilómetros de Gubbio, em Umbría. Todavia menino, seu coração se inclinava pelas práticas piedosas e seu pai o levava à campina a visitar os santuários e lugares de peregrinação. Foi desta maneira como conheceu aos ermitãos camaldulenses de São Romualdo, em seu retiro de Sitria e, lhe atraiu de tal sorte essa maneira de vida, que obteve o consentimento de seu pai para entrar nessa ordem. Passou vários anos entre eles, mas fazia a maior penitência e vida solitária. Com o consentimento do abade, tomou posse de uma velha cova em Montecupo ou Montecucco, que se supunha haver estado habitada, em alguma ocasião, por São Jerónimo. Quatro anos viveu naquela solidão e sua maneira de vida, como diz seu biógrafo, foi só conhecida de Deus. É certo que haja vivido de raízes e frutas silvestres, e que os fieis, não sabendo de sua existência, não puderam proporcionar-lhe alimentos, como o faziam com os outros ermitãos. Por último, acidentalmente foi descoberto por uns viajantes que se haviam extraviado no seu caminho. Suas penitências e jejuns o haviam deixado reduzido à pele e aos ossos e a gente piedosa lhe trouxe alimento e bebida, mas ele não alterou sua maneira de viver e regalou tudo aos pobres que se haviam começado a reunir em seu redor. Vários jovens quiseram unir-se a ele e sujeitar-se à sua disciplina mas não os atou com nenhuma promessa e lhes permitiu discorrer livremente. Eles entesouraram seus ditos e seus milagres e um deles, posteriormente, escreveu sua vida. Se diz que Tomás morreu no ano de 1337, esgotado pelas austeridades e privações.
• Hermelando, Santo
Abade
Hermelando, Santo
Martirológio Romano: Na ilha de Antrum (hoje Aindre), cerca de Nantes, em França, santo Hermelando, que, depois de servir na corte real, se fez monge do mosteiro de Fontenelle e finalmente foi designado primeiro abade do lugar (c. 720). Santo Hermelando nasceu na diocese de Noyon e desde sua mais tenra juventude aspirou à vida religiosa. Seus pais, sem embargo, tinham mundanas ambições a respeito a ele e o enviaram à corte do rei Clotário III, onde foi nomeado escanciador. Se dispôs a casá-lo e já se faziam os preparativos para a boda, quando convencido de que essa não era a vontade de Deus para ele, Hermelando abriu eu coração ao rei que, ainda que entristecido ante a ideia de separar-se dele, consentiu em que seguisse sua verdadeira vocação. Mudou-se para a abadia de Fontanelle, na Normandía, e recebeu o hábito de mãos de San Lamberto. Quando São Pascásio, bispo de Nantes, solicitou monges do mosteiro para que tomassem parte na evangelização de sua diocese, Lamberto escolheu a Hermelando e nomeou-o superior dos doze irmãos que foram enviados.
Pascásio para que se estabelecessem deu-lhes um mosteiro que ele havia construído no estuário do rio Loira, na ilha chamada Aindré; aí observaram a regra de São Columbano, como a haviam observado em Fontenelle. Naquela solidão, Santo Hermelando e seus irmãos viveram uma vida de grande austeridade e, apesar de seu isolamento, sua fama se estendeu rapidamente entre os habitantes de terra firme. Os pais levavam a seus filhos para que fossem educados pelos monges, que lhes ensinavam a ser bons cristãos assim como o amor ao estudo. O abade procurava escapar às vezes da afluência de visitantes que frequentavam o mosteiro e em certas épocas, especialmente na Quaresma, se retirava com outros monges a Aindrette, uma pequena ilha vizinha para passar ali uns dias de retiro e especial austeridade. Santo Hermelando teve o dom de profecia e podia ler os pensamentos dos homens. Também foi famoso como operador de portentos. Se diz que certa vez quando um de seus monges falava do esquisito sabor de uma lampreia que havia comido à mesa do bispo de Nantes, Hermelando perguntou: "¿Não acreditais que Deus seja capaz de nos enviar uma aqui?" Ao terminar de falar, uma onda arrojou uma lampreia a seus pés e, esse pequeno peixe, distribuído pelo abad, alimentou a comunidade inteira de monges. Outra lenda refere que, quando o santo teve ocasião de visitar Coutances, recebeu hospitalidade de um cidadão a que restava somente um pouco de vinho para agasalhar a seus hóspedes. Ainda que um grande número de gente participou do vinho, o barril, em lugar de se esgotar, se encontrou cheio milagrosamente. Quando o santo envelheceu renunciou a seu oficio e se retirou para Aindrette, onde passou os últimos anos de sua vida na solidão. Morreu em redor do ano 720.
• Dimas, Santo
O bom ladrão
Dimas, Santo
"HOJE estarás comigo no Paraíso"
Pela hora última em que o perdão lhe é concedido e pelo pouco tempo que dura a sua penitência, é o santo que melhor mostra ser a misericórdia divina sem limites. “Hoje mesmo, diz-lhe Jesus, estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43). É verdade que as suas disposições só se tornaram boas no último momento. Primeiro, arrepende-se e aceita expiar: Não tenho senão o que mereci, confessa (Lc 23, 41). depois, tem fé, pois acredita que Jesus possui as chaves do reino e pode levá-lo a ele para lá (Lc 23, 42). Por último, ama a Cristo Senhor, pois tem pena dos sofrimentos injustos d’Ele e ordena ao seu incivil companheiro que pare de insultar (Lc 23, 40). Mas que é que lhe valeu a graça de ter este fim? O Evangelho não o diz. São os Apócrifos que asseguram que Dimas a merecera, uns 30 anos antes, no deserto, quando a Sagrada Família fugia para o Egipto. Lançando-se ele sobre dois bandidos da sua igualha, que tinham roubado a bolsa e o jumentinho a S. José, obrigara-os a tudo restituir imediatamente. E o Menino Jesus agradeceu-lhe, prometendo que lhe pagaria na devida altura. Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
• Hilário (Pawel) Januszewski, Beato
Mártir Carmelita
Hilário (Pawel) Januszewski, Beato
Martirológio Romano: No campo de concentração de Dachau, próximo a Munich, de Baviera, na Alemanha, beato Hilário Januszewski, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir, que em tempo de guerra, por confessar a Cristo foi deportado desde Polónia a esta cadeia, e havendo-se contagiado de tifo por assistir os enfermos, faleceu deixando um formoso testemunho de fé e caridade (1945).Etimologicamente: Hilário = Aquele que é alegre, é de origem latino. O P. Hilário Januszewski nasceu em 11 de Junho de 1907 em Krajenki (Polónia) e se lhe deu o nome de Pawel. Foi educado cristãmente por seus pais Martin e Marianne. Depois de frequentar o colégio de Greblin (onde sua família residia desde 1915), continuou seus estudos no Instituto de Suchary que abandonou mais tarde por problemas económicos familiares. Depois de um tempo a família se trasladou a Cracóvia, onde pôde fazer alguns estudos e entrou logo em 1927 na Ordem Carmelita. Depois de cumprir o noviciado em Leopoli, em 30 de dezembro de 1928, emitiu a profissão simples. Ao finalizar seus estudos em Cracóvia, foi enviado ao Colégio Internacional San Alberto em Roma. Foi ordenado sacerdote em 15 de julho de 1934. Havendo obtido o leitorado em teologia e o prémio destinado aos melhores estudantes da Academia Romana de Santo Tomás, em 1935 regressou a Polónia destinado ao convento de Cracóvia. Apenas voltou à Polónia foi nomeado professor de Teología Dogmática e de História da Igreja no estudantado da Provincia Polaca em Cracóvia. Em 1 de setembro de 1939, o P. Eliseo Sánchez-Paredes Arriaza, Provincial, o nomeou prior da comunidade. Naquele tempo, desde poucas semanas antes, Polónia estava ocupada pelos alemães. Um ano depois, os invasores decretaram a prisão de numerosos religiosos e sacerdotes. Em 18 de setembro de 1940, do Carmelo de Cracóvia, foram deportados pela Gestapo quatro religiosos. No mês de dezembro, ao ser preso de novo alguns religiosos, o P. Hilário decidiu trocar-se por um dos religiosos mais anciãos e enfermos. Desde aquele dia começou seu calvário. Foi enviado à prisão de Montelupi (Cracóvia), no campo de concentração de Dachau. Ali foi exemplo de vida de oração, animando aos outros e semeando a confiança num amanhã melhor. Junto a outros Carmelitas, entre os quais estava o Beato Tito Brandsma, reunia-se a miúde para orar. Enquanto, no campo de concentração, na barraca 25, se estendia o tifo. Para assistir aos enfermos se apresentaram às autoridades do campo 32 sacerdotes. Um par de dias depois se associou espontaneamente o P. Hilario Januszewski. Seu apostolado durou 21 dias, porque infestado de tifo morria a 25 de março de 1945, pouco antes da libertação do campo de concentração. Seu corpo foi queimado no crematório campestre de Dachau. O P. Hilario Januszewski foi beatificado em 13 de junho de 1999 por João Paulo II durante sua viagem apostólica em Varsóvia (Polónia). Na mesma ocasião o Papa´há beatificado 108 mártires polacos da segunda guerra mundial, vítimas da perseguição nazista.
• Isaac, Santo
Patriarca,
Isaac, Santo
Filho de Abraão e Sara. Os incidentes de sua vida estão contidos em Génesis 15-35, numa narrativa que há sido estudada por muitos académicos, baseados em vários documentos (J,E,P) utilizados na composição do Livro de Génesis (veja-se ABRAHAM). De conformidade com Génesis 17:17; 18:12; 21:6, seu nome significa “quem ri”. Teve a circuncisão ao oitavo dia depois de seu nascimento, proclamando-se o legal ancestral do povo escolhido (21:1-12). Seus primeiros anos os viveu em Bersabee, ali foi onde seu pai o tomou e elevou ao Monte Moria para o oferecer em sacrifício, e onde sua vida milagrosamente foi salva (21:33; 22:19). Sua mãe morreu quando tinha trinta e seis anos de idade (cf. Génesis 17:17; 23:1). Uns poucos anos mais tarde, se casou com Rebeca, a filha de Bathuel, a quem um dos serventes de seu pai havia trazido de Mesopotâmia, de acordo com indicações de Abraham (24). A união teve lugar no sul do país, onde Isaac vivia onde continuou vivendo logo depois que junto com Ismael sepultaram o corpo de Abraham numa cova de Machpelah (24:62, 67; 25:7-11). Muitos anos passaram antes de que o desejo de Isaac, de ter filhos fosse escutado por Deus. Dos mellizos que procriou, Esaú foi o amado de Isaac, enquanto que Jacob era o favorito de Rebeca (25:21-28). A seca e a fome fizeram com que Isaac tomasse o caminho de Egipto, mas por chamado de Yahvé, deteve seu rumo em Gerara, onde teve lugar um incidente similar à falta de votos de Abraham com Sara (26:1-11). É-nos indicado que pela inveja que havia perante a prosperidade de Isaac, os filisteus principiaram a efetuar perseguições, las quais foram suportadas pelo patriarca de maneira paciente. Finalmente ele saiu para Bersabee. Ali foi favorecido com uma visão por parte de Yahvé, e chegou a estabelecer uma aliança solene com Abimelech, Rei de Gerara (26:12-33). Durante os últimos anos da carreira de Isaac, ocorreu o muito conhecido incidente mediante o qual conferiu a divina bênção a Jacob, que havia de ser para Esaú (27). A isso se seguiu a preocupação de Isaac para proteger a Jacob do ressentimento de seu irmão e de lhe assegurar uma esposa de linhagem de sua mãe na Mesopotâmia (28:1-5). Logo após o retorno de Jacob, Isaac morreu com a idade de cento oitenta anos e foi enterrado por seus filhos na cova de Machpelah (35: 27-29; 49:31). Tal como está delineado no Génesis, a figura de Isaac é muito menos impactante que a de Abraham, seu pai. Ainda assim, pela forma de sua vida, sempre silencioso, gentil, fiel à direção de Deus, foi de valor na transmissão das gloriosas promessas feitas a Abraham. Foi fundamentalmente um homem de paz, alguém que se ajustava a ser um príncipe da paz. Alguém de quem o grande sacrifício do Monte Calvário, foi previsto na obediência até à morte no Monte Moria.
• María Rosa (Margarita) Flesch, Beata
Fundadora
María Rosa (Margarita) Flesch, Beata
Nasceu em 24 de Fevereiro de 1826 em Shönstat, localidade situada perto de Vallander, à margem do rio Rhin, onde seus pais, Jorge Flesch e Inés Breitbach, viviam da modesta produção de um moinho. No baptismo recebeu o nome de Margarita. O nascimento de suas duas irmãs, Mariana e Cristina, obrigou ao pai a buscar um trabalho de moleiro mais rentável, que encontrou em Urbach, nas proximidades de Unkel. Foi a primeira mudança de uma série que levaria a família Flesch a estabelecer-se definitivamente no formoso vale da torrente Focken, em Niederbraitbach, para administrar um moinho. Em 1832 uma grave perda afectou a toda a família: a morte prematura da mãe. Jorge Flesch, não podendo educar sozinho a suas três filhas pequenas, se casou por segunda vez com Helena Richarz, uma viúva com um filho nascido de seu matrimónio precedente. O carácter duro e difícil de Helena se converteu muito cedo em causa de sofrimento para as três pequenas. Da nova união nasceram outros dois filhos. Margarita, a primogénita, se pôs à disposição da família com um sentido de responsabilidade superior a sua idade, encontrando só no pai algo de apoio e consolo. Entretanto, o dom da fé ia-se arraigando cada vez mais em sua alma, até ao ponto de que sustentava com alegria as primeiras provas difíceis da vida. Frequentava de bom grado a paróquia e se recolhia longamente em oração. Um dia, quando ainda tinha sete anos, notou por primeira vez na igreja um quadro que representava os estigmas de são Francisco. Esse episódio de Verna se gravou vivamente na alma de Margarita, que desde então começou a cultivar uma devoção sincera e confiada ao Poverello de Assis. Na idade de 14 anos, Margarita foi admitida à primeira comunhão. Foi um dia de graça particular. Passou toda a tarde ante o sacrário, gozando a intimidade com o Senhor. Desde então, participou todos os dias na santa missa e recebeu a sagrada Comunhão. Em 2 de abril de 1845 morreu seu pai, deixando na miséria a seus seis filhos e a sua viúva. Margarita, que tinha 16 anos, não desanimou, e para ajudar a família trabalhou como costureira, bordadeira e recolectora de ervas medicinais, enquanto que a madrasta levava uma vida pouco decorosa. Entretanto, teve boas propostas de matrimónio, mas recusou-as todas porque compreendeu que Jesús havia aceitado seu propósito, manifestado já de menina, de permanecer virgem. Com os aforros de seu duro trabalho, logrou comprar em 1851 o moinho em que vivia sua família já desde há algum tempo, no vale de Niederbraitbach. Seus irmãos já eram maiores e independentes. Finalmente, podia entregar-se em pleno aos pobres, aos anciãos e aos órfãos. Na solenidade de Todos os Santos daquele ano se mudou para uma ermida anexa à capela da Santa Cruz, um ambiente propicio para o recolhimento e a oração. Em 1856, o Senhor mandou-lhe a sua primeira companheira, Margarita Bonner, e, pouco depois, a segunda, Gertrudis Beisel. Era imprescindível encontrar uma casa para os órfãos e um hospital para os enfermos. Em 1861, no meio de muitas dificuldades e incompreensões, começou uma nova construção no cume do monte situado detrás da capela da Santa Cruz. Em 13 de março de 1863, o bispo de Tréveris aprovou a nova fundação e admitiu a serva de Deus e a suas companheiras à tomada do hábito religioso. Margarita tomou o nome de sor María Rosa. Sob sua direção iluminada, a nova família religiosa recebeu desde o primeiro momento um grande impulso, com a abertura de novas casas filiais a margem do Rhin, na região de Eiffel, em Westfalia. En 1869, o bispo de Tréveris aprovou a Regra e as Constituições do novo Instituto das Religiosas Franciscanas de Santa María de los Angeles, assim chamadas em honra da Porciúncula de Assis. A generosidade e a abnegação das religiosas se mostraram sobretudo na dolorosa circunstância da guerra franco-prussiana, em 1870. Mais de cinquenta religiosas, quer dizer, quase a metade dos membros do Instituto, com a fundadora à cabeça, se prodigalizaram na assistência aos feridos e moribundos, pondo em perigo sua vida. Com efeito, doze delas morreram enquanto realizavam essa obra caritativa. No final da guerra, muitas religiosas foram condecoradas por seu valor civil. A madre María Rosa, que havia ido até à frente de batalha e havia sido ferida no ombro por uma bala, recebeu uma das condecorações mais elevadas: a "Verdienstkreuz". Sem embargo, o Senhor quis provar à madre María Rosa com a cruz e a humilhação: no capítulo geral de 1878, a serva de Deus entregou seu mandato à superiora geral; em seu lugar elegeram a sor Agata Simons, secretária geral. A nova superiora geral perseguiu sem motivo a serva de Deus e dispôs sua mudança para casa mais longínqua, em Niederwenigern, onde lhe deram uma cela sem janelas e a trataram como a última das convertidas. Sor María Rosa aceitou a humilhação com plena obediência e perfeita submissão, perdoando repetida e explicitamente a quem lhe causava essa pena. A serva de Deus suportou estas humilhações durante 28 anos. Com seu comportamento humilde e heroico, foi a luz do Instituto. Morreu em 25 de março de 1906, depois de receber com grande devoção os santos sacramentos.Foi beatificada, sob o pontificado de S.S. Bento XVI, em 24 de maio de 2008. Reproduzido com autorização de Vatican.va
• Procópio de Sázava, Santo
Abade
Procópio de Sázava, Santo
Martirológio Romano: Em Sázava, na Bohemia, são Procópio, que, deixando mulher e filho, abraçou a vida eremítica e depois presidiu ao mosteiro fundado ali por ele mesmo, celebrando os divinos louvores em rito grego e em língua eslava (1053). Etimologicamente: Procópio = Aquele que se prodigaliza, é de origem grega É um dos santos Patronos da Bohemia (atual República Checa), sua representação é abundante no País, em especial o episódio legendário, segundo o qual São Procópio conseguiu atar o demónio a um arado, fazendo-o tirar dele. Sobre sua história foram sido escritas oito obras, a primeira das quais é de 1061-67 e outras duas estão em língua boémia, uma em versos e uma em prosa. Desafortunadamente estas obras, todas escritas há muitos séculos, relatam factos diferentes e às vezes contraditórias, a força, é necessário resumir e compaginar as distintas informações, tendo presente que ditos relatos podem incluir lendas douradas. Procópio nasceu em 975, no castelo de Kourim perto de Chotoun e recebe sua instrução nas letras eslavas em Vysehrad, que foi o centro administrativo e eclesiástico de Bohemia, perto de Praga e onde existia uma famosa escola de língua eslava. Está comprovado que o alfabeto eslavo foi inventado pelo santo bispo Cirillo e aprovado pela Igreja, tendo em conta que o Cristianismo eslavo influenciou na Bohemia já desde os anos 869-870, quer dizer depois do batismo do duque Borivoj por ação de São Metódio. Agreguemos agora que na época de seu nascimento, que foi em redor de 975, Bohemia pertencia, eclesiasticamente falando, à diocese de rito latino de Ratisbona e que naquele ano foi erigida a nova diocese latina de Praga; mas pese a estes eventos os duques boémios opinavam firmemente que devia usar-se a liturgia eslava. As boas relações que existiram entre Procópio e a família ducal, indica sua nobre origem e que o nome grego Procópio chegou certamente a Bohemia através da liturgia eslava. Ele foi sacerdote diocesano de vida honesta e casta, dedicado ao serviço de Deus; depois de sua ordenação foi recebido entre os canónicos de Vysehard próximos à igreja de São Clemente. Seguindo os costumes locais, e tal como outros sacerdotes, Procópio era casado e teve a um filho chamado Jimram (Emeramo) que também chegará a ser monge no mosteiro de seu pai, que, como a miúde sucedia naquela época, influenciado pelo grande movimento beneditino, foi atraído pelo ascetismo dos beneditinos e se fez monge, quase com certeza no mosteiro de Brevnov, um dos dois existentes naquela época na Bohemia. Mas depois de um breve tempo, Procópio averiguou a seus superiores a possibilidade de assumir uma vida ainda mais austera, e com a permissão deles, se afastou em solidão numa gruta perto do rio Sázava a umas duas milhas do nativo castelo de Kourim. Pelo ano 1009 construiu uma capela e a dedicou à Virgem e a São João Batista; dedicado à oração e à meditação, não descuidou a regra beneditina “Ora y labora" dedicando-se a desbravar o agreste terreno para preparar uma área arável. E aqui se introduz a lenda assinalada ao inicio, de haver obrigado ao diabo, a tirar o arado por ele. Tal como ocorreu com muitos outros santos ermitãos, sua solidão atraiu a muitos visitantes, aos que falou da fé e curou suas enfermidades com ervas; era natural que alguns quiseram participar daquela vida de oração e a penitência, o que deu inicio a uma pequena aldeia de ermitãos, o atual nome boémio da localidade, significa "as Choças negras" e provavelmente recorda suas origens. Um dia o duque Oldrich (Ulderico) seguindo um cervo na selva, se extraviou e Procópio o localizou; de tal encontro nasceu uma relação de amizade e respeito, pelo que o duque sufragou a mão de obra necessária para a construção de um mosteiro, mesmo que contou entre seus monges, o filho e o neto de Procópio: Jimram e Vito. Depois da morte do duque Oldrich, o título herdou-o seu filho Bretislav duque de Morávia, o que logo após uma visita ao mosteiro ficou tão comprazido com a vida de Procópio, que decidiu fazê-lo eleger abade, cargo que ele não havia querido. O novo e primeiro abade de Sázava, quis que a Comunidade seguisse a Regra de São Bento, a liturgia do ritual ocidental romano, a língua litúrgica eslava. Sob sua direção, os monges além dos trabalhos normais, dedicaram-se a obras literárias e artísticas, ampliando cada vez mais as relações com o mundo eslavo. Foi paternal com seus monges mais além do que se possa contar, exigindo-lhes com o exemplo também com admoestações; durante seu governo, não lhes faltou nunca nada. Em todo caso, Procópio tomou parte da vida eclesiástica de Bohemia em seus tempos, esteve em boas relações com o duque Bretislav e com Sebér (Severo) o bispo de Praga, que presidiu ao enterro do santo abade de Sázava, quando morreu em 25 de março 1053. Os monges o veneraram em seguida como santo, o testemunha o culto existente na Hungria, país que o acolheu entre 1056 e 1061, poucos anos depois da morte do abade, os monges expulsos pelo duque Spytihnev II; sua "elevação", como então foi definida a proclamação de um santo de parte de um bispo, ocorreu 40 anos depois de sua morte no ano 1093, mas a mesma não foi reconhecida oficialmente, desconhecemos os motivos. De todos modos, a canonização oficial ocorreu em 4 de julho de 1204, sob o pontificado de Inocêncio III; se conta que o papa se apressou em fazer tal proclamação, depois de que num sonho Procópio lhe deu um golpe na cabeça com o anel pastoral dos abades. A festa religiosa por São Procópio de Sázava se celebra em 4 de julho; ele é venerado como Patrono dos camponeses e mineiros; também alguns mananciais de águas saudáveis,perto do mosteiro, levam seu nome. Suas relíquias, excluído um braço devolvido em 1669 a Sázava, foi trasladado em 1588 para o mosteiro em Praga, onde agora se veneram na Igreja Ognissanti do castelo real. O martirológio romano o recorda em 25 de março. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it - responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta
• Nicodemo de Mammola, Santo
Eremita
Nicodemo de Mammola, Santo
Martirológio Romano: Em Mammola, perto de Gerace, em Calábria, são Nicodemo, eremita, que foi mestre de vida monástica, célebre pela austeridade de vida e por suas virtudes (990). Etimologicamente: Nicodemo = Vencedor de entre o povo, é de origem grega. Teofane e Pandia foram os pais de Nicodemo, que nasceu em Cirò (Catanzaro) nos primeiros anos do século X, o confiaram à guia espiritual de um piedoso e douto sacerdote, Galatone, ao mesmo tempo o rapaz progredia nas ciências sagradas e na piedade. De jovem pôde ver o comportamento libertino de alguns seus contemporâneos, o que lhe causou fortes desgostos, por sua parte ele sentiu a atração pela vida monástica, que foi professada no século X, daqueles ascetas com fama de santidade, na zona de Mercurion, sobre os barrancos de Pollino na Calábria. Abandona Cirò, para pedir o hábito monástico o austero abade são Fantino, coisa que lhe foi negada pese a sua insistência, já que não se considerava apto para aquela vida de estudos, penitências e mortificações por sua frágil constituição física. Decepcionado mas não convencido, insistiu novamente através dos bons auspícios de outros monges, até que são Fantino, comovido por suas insistências, concedeu-lhe o “vestido angélico”, assim chamado entre os monges gregos daquele tempo. Nicodemo, teve como companheiro a são Nilo de Rossano, exemplo resplandecente de vida ascética do Mercurion. Crescidos e formados ambos na rígida escola do abade são Fantino, eles, junto a outros santos monges fizeram famosa sua Comunidade em toda a Cristandade, a ponto que Orestes, patriarca de Jerusalém a descreveu louvando-a, em seus acreditados escritos e biografias. O tipo de vida praticado por eles é impensável em nossos dias, mas constituiu a charneira da ascensão, junto à pureza, dos monges calabreses daquela época; vestiam com uma pele de cabra, caminhavam com seus pés descalços sem importar a estação do ano, dormiam sobre palha em grutas, comiam castanhas e nozes. Em idade bastante madura, decide deixar o Mercurion e afastar-se para uma ermida no Monte Cellerano no Locride mas a fama de santidade que o precedia, atraiu a muitos monges que se encomendaram e portanto Nicodemo se viu obrigado a fundar uma colónia de anacoretas, vivendo separados, cada um numa choça e reuniam-se em redor dele uma vez por semana.Sua colónia foi visitada por são Fantino e outros monges de Mercurion; desafortunadamente estava demasiada exposta à curiosidade dos fieis e sobretudo às correrias dos sarracenos, pelo que, antecipando-se à sua destruição, dispersou os monges em outros mosteiros e ele se afastou para perto de Gerace num cenóbio, acentuando a austeridade de sua vida. Mas também aqui não se radicou e depois de alguns anos se afastou para um lugar solitário perto de Mammola, que cedo também se transformou num famoso mosteiro de monges gregos. Apesar dos setenta anos passados na aspereza da vida ascética, Nicodemo viveu uns 90 anos, muitos para aqueles tempos e apesar de sua frágil constituição física; morreu no mosteiro de Mammola, que tomará logo seu nome, em 25 de março de 990. Os milagres floresceram sobre sua tumba e portanto foi proclamado santo, naquele então não houveram todos os procedimentos que fazem falta hoje. Em 1080 os normandos transformaram o pequeno oratório com sua tumba, a uma grande igreja, também restauraram o mosteiro. As relíquias foram trasladadas para a igreja de Mammola no ano 1580, localidade que o proclamou seu patrono em 1630, fixando a festa litúrgica a 12 de março. Os pontífices nos séculos seguintes concederam particulares indulgências em ocasião de sua festa e outras celebrações. No ano 1884 o Ajuntamento de Mammola fez decorar artisticamente a capela, um reconhecimento das relíquias há sido efectuado em 12 de maio de 1922 coincidindo com a inauguração da reconstruída e adornada igreja. O Martirológio Romano o recorda em 25 de março. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução: Xavier Villalta
• Maria Alfonsina Danil Ghattas, Beata
Fundadora
Maria Alfonsina Danil Ghattas, Beata
Data de beatificação: 22 de Novembro de 2009, na basílica da Anunciação de Nazaré. Nascida em 4 de Outubro de 1843, desde pequena Mariam Soultaneh, como foi seu nome de pia, sentia uma especial devoção à Virgem María e à oração do rosário: “¡Que mãe bela, María! Não a posso descrever; nenhuma imagem se assemelha nem um pouco a sua imensa beleza. ¡Bem-aventurado quem goza eternamente!”, disse num de seus escritos divulgados por sua comunidade. Fue gracias a su relación estrecha con María que pudo ver con claridad cuando tenía sólo 14 años su llamado a la vida religiosa. Su amor a la Virgen le ayudó a afrontar también algunas dificultades como la oposición de su mismo padre a su vocación. No obstante en 1860 vistió el hábito en la comunidad de San José de la aparición tomando el nombre de Marie-Alphonsine.“Se distinguía por su profunda piedad y firme adhesión a la fe católica. Fundó la asociación de las Hijas de María y también otra orientada a las Madres cristianas. Prosiguió su labor apostólica en Belén”, asegura el postulador para su causa, padre Vito Tomás Gómez, OP. Tras 14 años de vida comunitaria sintió un fuerte llamado de la misma Madre de Dios a dejar a las hermanas de San José de la aparición para fundar una congregación que se dedicara al rezo del rosario. Para ello tuvo que solicitar una dispensa a Roma y regresar a vivir a la casa de sus padres. Este permiso lo obtuvo en 1880, luego de muchas dificultades y con la ayuda del padre Josèph Tannùs Yammìn, un sacerdote del patriarcado latino. Así, ella junto con otras cinco postulantes comenzaron a formar parte de esta nueva comunidad. El 6 de octubre de 1883, la hermana Marie-Alphonsine, quien quiso conservar el mismo nombre como religiosa en su nueva comunidad, recibió el hábito de la Congregación del Rosario. En 1885 fue admitida para hacer su profesión y pronunciar sus primeros votos. Marie-Alphonsine pasó 42 años al servicio de su comunidad: abrió en Belén un taller para dar trabajo a las jóvenes pobres de la ciudad, luego fue Jaffa de Nazaret donde asistió a su director espiritual, el padre Tannous Giuseppe hasta el momento de su muerte. Más tarde fue a Beit Sahur, Salt, Nablus, Zababdeh, Belén, Jerusalén y, finalmente a Ain Karem, donde mandó fundar un orfanato. Allí permaneció hasta su muerte muerte el 25 de marzo de 1927. “¡Oh Señor! ¡Es así que te muestras generoso y que consuelas a los pecadores que no te suplican! ¿De qué cosa será hecha tu caridad hacia tus amigos y elegidos? ¡Oh María madre mía! ¿quién te puede comprender? ¿Quién puede darse cuenta de tu compasión hacia las hijas de tu raza, especialmente aquellas que se sienten desorientadas en su vida?”, escribió la futura beata. En todos los lugares donde habitaba concentró su acción en enseñar a leer o escribir, enseñar los trabajos manuales, fundar confraternidades para mujeres, enseñar el catecismo y, por supuesto, difundir el rezo del rosario. “La mortificación de sí mismo atrae gracias inmensas, así como la oración y la modestia”, repetía constantemente Marie-Alphonsine. Hoy son cerca de 300 hermanas de la Congregación del Santo Rosario, presentes en Palestina e Israel, Jordania, Líbano, Siria, Emiratos Árabes Unidos, Egipto y Roma. La secretaria general de la Congregación, sor Ildefonsa, explicó en declaraciones a la agencia italiana Sir, que no sólo la congregación, sino toda la comunidad cristiana, en especial en Galilea está preparándose desde hace tiempo para esta ceremonia. La beatificación "será, para nuestras comunidades cristianas, una invitación al valor, a permanecer a pesar de las dificultades", añadió la religiosa. “Me he donado con una ofrenda total por todo lo que la Divina Providencia quería de mí. No encuentro ningún mal en aquello que sufro porque soy una ofrenda del Rosario”, decía Marie-Alphonsine.
Matrona (Madrona), Santa
Matrona (Madrona), Santa
Martirológio Romano: Em Tessalónica, de Macedónia, santa Matrona, mártir, servente de certa judia, que adorava a Cristo furtivamente e ia todos os dias à igreja a rezar em secreto, e descoberta por sua senhora, sofreu muitas penalidades, foi açoitada com varas e na confissão de Cristo entregou a Deus seu espírito incorrupto (s. inc.). Afirma la tradición que santa Matrona era barcelonesa y que su padre, al enviudar, se fue a establecer en Tesalónica. Allí contrajo nuevas nupcias, pero la madrastra no mostraba el menor afecto hacia la joven, quien decidió entrar a servir en la familia de una señora viuda muy rica, llamada Plantilla, que era judía y odiaba profundamente a los cristianos. La santa doncella, cuando se le presentaba la oportunidad, iba a la iglesia, donde bendecía y alababa a Cristo Nuestro Señor. Enterada de esto la viuda, ordenó traerla a su casa, y atada a un banco, la azotó cruelmente, dejándola así todo un día y una noche sin desatarla. Pero vino un ángel que la desató y llevó a la iglesia sin abrir puerta alguna, por lo que Madrona dio infinitas gracias a Dios. Cuando se enteró de esto su señora, la volvió a su casa, otra vez la ató al mismo banco y le dio muchos latigazos con inaudita crueldad, dejándola atada por tres días sin comer. Vino por segunda vez el mismo ángel y librándola la llevó a la iglesia por las puertas cerradas como la vez anterior. Viendo esto Plantilla, la volvió a traer a su casa con una furia infernal, y repitió los latigazos con tal fuerza, que le quitó la vida, entregando de esta manera, la santa doncella, su espíritu a su Creador, cuando gobernaban Diocleciano y Maximiano. Los tesalonicenses sepultaron el santo cuerpo de Matrona con mucha veneración. Una vez ocupada Tesalónica por los turcos decidieron deshacerse d ela reliquias de la Santa para humillar a los cristianos y privarles de uno de los centros más importantes de peregrinación de la ciudad. Vendieron el cuerpo a unos mercaderes franceses que vieron ahí la oportunidad de hacer dinero. Lo compraron por veintinueve monedas, ya que si hubieran pagado treinta habrían llegado a la misma suma que en otro tiempo se pagó por Jesús, y pensaron que una santa no valía tanto como Nuestro Señor. Los mercaderes embarcaron el cuerpo en una nave que se dirigía a Marsella y se hicieron a la mar. Cuando el barco llegó a aguas de Barcelona se desencadenó un furioso temporal que puso a la nave en peligro. El patrón ordenó atracar en la playa de Sant Bertran, justo donde arrancaba el camino que conducía a la ermita de Sant Fruitós, en la montaña de Montjuïc, y allí depositaron el cuerpo de Santa Matrona en espera de que amainara la tormenta. Los elementos se calmaron pronto, y la tripulación decidió proseguir viaje con el cuerpo a bordo. Pero el fenómeno se repitió una y otra vez, las aguas se encrespaban para calmarse de inmediato en cuanto lo desembarcaban. Finalmente, comprendieron que el deseo de la Santa era el de permanecer en su ciudad natal, y depositaron su cuerpo en la ermita Sant Fruitós, en la montaña de Montjuïc, Barcelona, ciudad que durante muchos siglos le rindió devoción. Las reliquias fueron veneradas primero en la ermita que con el paso del tiempo paso a ser jurisdicción de la Orden de los monjes capuchinos y al trasladadarse estos al convento de las Ramblas también trasladaron el cuerpo de la Santa. En el primitivo lugar todavía existe una capilla, también dedicada a Santa Madrona, restaurada en 1907. Según la leyenda dorada, las golondrinas acompañaron el cuerpo de la santa desde que lo embarcaron en Tesalónica hasta su llegada a Barcelona. Al divisar la ciudad gritaron para avisarle del lugar donde se encontraba, desde entonces, cada año, el 27 de marzo, llegan las primeras golondrinas, más chillonas que nunca, en recuerdo de su gesta, puesto que la leyenda afirma que son descendientes de aquellas que viajaron con la santa y cada año, fieles a una tradición familiar, la visitan y se quedan unos días en Barcelona para hacerle compañía. Santa Matrona es la abogada de las comadronas y parturientas, así como de las muchachas de servicio. fuente: diversos archivos públicos en Internet
Mona de Milán, Santo
Mona de Milán, Santo
Martirológio Romano: Em Milão, na região transpadana, são Mona, bispo. Son muchos los pastores que han ocupado la cátedra episcopal de Milán que han merecido ser incluido en la lista de santos de la Iglesia. Entre estos encontramos a San Mona, decimoquinto obispo de la capital lombarda, su episcopado se ubica entre los de San Calimero y San Mirocle. Ellos participaron en los sínodos de Roma en el 313 y de Arles en el314. Sería pues de considerar absolutamente fantasiosa la narración del "Datiana historia ecclesiae Mediolanensis" que pone la fecha de su muerte hacia el 250.
Ocupó el sillón episcopal por cincuenta y nueve años durante los que habría fundado las hoy consideradas más antiguas parroquias rurales esparcidas en la campiña milanesa. En cuanto a la fecha de su muerte, los antiguos catálogos de los obispos milaneses indican que fue el 25 de marzo, aniversario hoy reproducido en el Martyrologium Romanum, mientras el calendario litúrgico ambrosiano, para evitar la concomitancia con el tiempo cuaresmal, ha trasladado la fiesta del santo al 12 de octubre, aniversario del reconocimiento de las reliquias, realizado en el siglo XI por orden del arzobispo Arnolfo. San Mona fue enterrado inicialmente en la Basílica Fausta, hoy conocida como iglesia de San Vitale, pero San Carlo trasladó de ello las reliquias a catedral el 6 de febrero de 1576. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução: Xavier Villalta
Outros Santos y Beatos
Outros Santos e Beatos
São Dula, mártir
Em Nicomedia, são Dula, mártir (s. inc.).
São Quirino, mártir
Em Roma, no cemitério de Ponciano, na via Portuense, são Quirino, mártir (s. inc.).
Beato Jacobo Bird, mártir
Em Winchester, em Inglaterra, beato Jacobo Bird, mártir, que sob a mesma rainha, aos 19 anos de idade, convertido desde pouco ao catolicismo, recusou participar numa liturgia herética, merecendo por isso chegar à celebração do culto celestial (1592).
http://es.catholic.net/santoral - www.santiebeati.it - www.jesuitas.pt.
San Dula Martire di Nicomedia
Sant' Ermelando Abate di Aindre
Sant' Everardo di Nellemburg Monaco
Beato Giacomo Bird Martire
Beato Ilarione (Pawel) Januszewski
Beata Josaphata Michaelina Hordashevska
Santa Lucia Filippini Vergine
Santa Margherita Clitherow Martire in Inghilterra
Santa Matrona di Tessalonica Martire
San Mona di Milano Vescovo
San Nicodemo di Mammola Asceta
Beato Omeljan (Emilian) Kovc Parroco
Beato Placido Riccardi Benedettino
San Procopio di Sazava Abate
San Quirino di Roma Martire
Beato Tommaso da Costacciaro Eremita camaldolese
Como podem verificar, o blogue de hoje é muito extenso, dado que conta com biografias de 17 (e mais 3 sem biografia…) Santos e Beatos, das quais apenas 4 não foram traduzidas por mim na sua totalidade e, ainda, um texto referindo a dia da Anunciação do Senhor, que transcrevi (totalmente) do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Relativamente às quatro biografias que não pude traduzir completamente, informo que poderá ser consultado o site www.es.catholic.net/santoral, se por acaso estiverem interessados.
Obrigado pela atenção e desculpem-me mais uma vez. António Fonseca
Compilação de
António Fonseca
Bom primeiro gostaria de esclarecer um equivoco, tratando da Irmã Josfata Hordashevska, a congregação por ela fundada é das Irmãs Servas de Maria Imaculada (SMI) e sendo de rito bizantino ucraniano esse é ligado a Igreja Greco-Católica de rito bizantino ucraniano e não da Igreja Católica Romana. Obrigado
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