Nº 1296
SÃO JOÃO JOSÉ DA CRUZ
Confessor (1654-1734)
Juan José de la Cruz, Santo
Em 1654, na ilhazinha de Ísquia, fronteira a Nápoles, nasceu Carlos Caetano que, mais tarde, na religião, havia de chamar-se João José, e a inda com o determinativo – da Cruz – para mostrar com este que, como S. Paulo, não se gloriava senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que, assim como o mundo se tinha crucificado para ele, assim também ele se crucificara inteiramente para o mundo. Apenas tinha entrado na adolescência, quando foi levada da Espanha para a Itália a Ordem dos Menores Descalços de S. Pedro de Alcântara, discípulo do patriarca de Assis.Isto encheu de contentamento o santo jovem que suspirava pela completa renúncia de si mesmo, pela penitência, humildade e pobreza. Foi, portanto, o primeiro que, na Itália, abraçou esta regra. Logo após o terceiro ano da sua profissão solene, foi escolhido para dirigir as obras dum convento da Ordem, em Alifas, na Campânia. Entretanto, para obedecer aos superiores, entrou no sacerdócio. Não lhe permitiram os seus múltiplos afazeres dedicar-se ao estudo da moral; porém, na direção das almas, mostrava-se mestre consumado. A pedido dos seus confrades, organizou uns estatutos, dignos de aprovação da Santa Sé, para os monges que viviam nas faldas dos Apeninos, não muito longe do convento. Desligando o Papa Clemente XI a Ordem Italiana dos Menores Descalços, da espanhola, ficou aquela em muito más condições, ameaçando extinguir-se; o mesmo Pontífice, porém, fundou um convento desta Regra no treino de Nápoles e elegeu seu Superior o padre João José da Cruz. Aterrado com tal sorte, o padre, alegando falta de saúde e de prudência para se dirigir com acerto em tão espinhoso cargo, pediu a demissão, que não lhe foi concedida. Os trabalhos, calúnias e afrontas por que passou para a consolidação da nova Ordem, forma imensos. Cognominado “da Cruz”, João José tomou a sua cruz e, alegre, seguiu a Jesus Cristo pela senda do sofrimento, até que lhe fosse dado entregar-se de novo ao descanso da contemplação e à disciplina áspera do claustro. Durante 64 anos usou um grosseiro hábito e, por 24, alimentou-se quase exclusivamente de pão e frutos silvestres, à maneira dos antigos eremitas. Macerava constantemente o débil corpo com disciplinas e cilícios e com uma cruz de ferro provida de agudos cravos. Chamavam-lhe o “novo Job”. Abrasado no zelo da salvação das almas, e nada se esquivava para aproveitar as seus irmãos. Quando, extenuado pelos trabalhos do seu ministério, pela doença e pela mortificação, o aconselhavam a que se poupasse alguma coisa, costumava dizer: “Ai! Oxalá eu possa esgotar todas as minhas forças em proveito do próximo… Não é porventura justo dar a nossa vida pela mesma causa por que Jesus Cristo deu a sua?” Deus multiplicou os milagres na vida de João José. Caía a cada passo em êxtase; lia nos corações a e anunciava o futuro; tomava para sia as úlceras e as tribulações espirituais do próximo; tinha o corpo sempre coberto de chagas; foi visto elevado acima do chão (levitação) e presente em dois sítios ao mesmo tempo (bilocação). estes factos foram verificados por investigadores severos; o célebre cardeal Wiseman, que os estudou e era tido por erudito, aceitava-os como realidade incontestável. São sem dúvida coisas que não podemos compreender. Mas temos fé em Jesus quem as entende e terá vagar der no-las explicar na eternidade. Assim pensava João José. Deu esta resposta admirável a alguém que, na sua presença, se atrevia a criticar a Providência: “Como quereis vós, disse batendo na testa, que, com uma fronte de três dedos de altura, compreendamos qualquer coisa dos desígnios de Deus?”. No dia, hora e circunstâncias que anunciara, foi ferido de apoplexia. Cravados os olhos numa imagem de Virgem Santíssima, rendeu suavemente o espírito ao Criador, em Nápoles, a 5 de Março de 1734. Foi beatificado por Pio VI e canonizado por Gregório XVI. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it
SÃO TEÓFILO
Bispo (195)
Teófilo foi um dos mais ilustres bispos da Igreja do Oriente pelo fim do século II; tornou-se célebre pelo cuidado que pôs em defender a tradição. Governava a Igreja de Cesareia na Palestina havia uns tempos , quando foram renovadas, sobre a celebração da Páscoa, as dificuldades levantadas quarenta anos antes, em vida de S. Policarpo e do Papa Santo Aniceto. Os cristãos da Ásia, segundo uma tradição antiquíssima, pensavam que se devia reservar para a festa da Páscoa o décimo quarto dia da lua, quando é preceituado aos judeus imolar o cordeiro pascal. mas as outras Igrejas da cristandade não tinham o costume de observar a mesma prática; devido a uma tradição apostólica, seguiam o uso hoje em vigor, e celebravam a Páscoa cristã ou ressurreição do Senhor no domingo a seguir ao décimo quarto dia da lua depois de o equinócio da Primavera. O papa S. Victor quis estabelecer a uniformidade e fez todos os esforços para trazer os Asiáticos ao que era a prática dos outros Orientais e de todo o Ocidente. Teófilo foi um dos prelados que o ajudaram com todo o seu poder, com Narciso de Jerusalém , presidiu a uma assembleia dos bispos da Palestina e redigiu uma carta para combater os que celebravam a Páscoa no mesmo dia que os Judeus. Nesta carta estabelece, entre outras verdades, que o hábito de celebrar a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo no domingo era uma tradição apostólica. O termo da carta vem assim redigido: “Tende cuidado de enviar exemplares da nossa carta a cada cristandade, para não ficarmos responsáveis por aqueles que facilmente transviam as suas almas, Nós declaramo-vos que os de Alexandria celebram também a Páscoa no mesmo dia que nós. Receberam, com efeito, cartas nossas e responderam-nos; donde resulta que nós festejamos o dia santo de acordo com eles”. É tudo o que sabemos da vida do santo bispo Teófilo; se não sofreu o martírio, foi porque lhe faltou ocasião. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati
SANTO ADRIANO
Mártir ( 308)
Adriano (Adrián) de Cesarea, Santo
Santo Adriano, que desde os mais tenros anos teve a dita de conhecer a doutrina de Jesus Cristo, foi um dos seus mais denodados atletas. Tendo conhecimento de que em Cesareia da Palestina estavam encarcerados cristãos em grande número, que a ira de Firmiliano perseguia, dirigiu-se àquela cidade, com o intuito de lhes prestar todo o auxílio possível. Às portas de Cesareia foi preso e conduzido à presença de Firmiliano; tendo-lhe este perguntado qual o motivo que ali o trazia, respondeu que era cristão e vinha consolar e fortalecer os fieis discípulos do Salvador. Esta mesma resposta deu ao prefeito, que imediatamente o mandou açoitar. Como porém, saísse ileso desta tortura por milagre evidente, foi condenado aos leões. Toda a cidade ficou tomada de espanto ao ver que as feras corriam submissas para o santo, sem lhe fazer mal. Este prodígio operou muitas conversões, que exasperaram o emissário do imperador. Este mandou que lhe cortassem a cabeça. O martírio teve lugar no dia 25 de Março do ano de 308. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Eusébio Palatino, Santo
Mártir
Eusébio Palatino, Santo
É um dos inumeráveis mártires anónimos. Vou a ver se consigo explicar-me. O Martirológio Romano o menciona junto com Pedro, Rústico, Herabo, Mário Palatino e oito companheiros mais de martírio cujos nomes nem sequer se mencionam. Dou-lhe o qualificativo de «anónimo» ou desconhecido por não ter notícia de nenhuma circunstância que nos fale do lugar, tempo ou classe de padecimentos que tanto ele como seus companheiros sofreram pela fé. Só conhecemos seus nomes. Ao mais que podemos chegar - e isto como suposição - é que padeceram por Jesus Cristo em África, pelo relato concordante, ainda que dependentes entre si pelas fontes que utilizam, de hagiografos que se inclinam por este provável detalhe. O Hagiológio lusitano de Pedro Cardoso, a Crónica de Espanha de Martín Carrilho e Moreno Vargas na sua História de Mérida sustentam que sofreram martírio na Bética, num lugar chamado Medellín, perto de Mérida. Neste caso não se deu passagem à fábula; a imaginação popular não pôde pôr aditamentos posteriores e postiços à figura humana destes heróis cristãos; o génio não soube descrever minuciosamente, como em outros muitos casos, gestas sobre aumentadas com afãs exemplares mas alheios à estrita realidade histórica. Esta influência da fantasia desculpável e bem-intencionada fez muito bem a gerações de leitores e de ouvintes cristãos; muitos se sentiram animados à fidelidade mais estreita á fé e à paciência nos momentos duros. Outro tipo de leitores não correram a mesma sorte; por ter um espírito mais crítico em assuntos históricos, ou por estar imbuídos de uma mentalidade racionalista fechada a todo o sobrenatural, o estilo anteriormente descrito os levou a um afastamento da Igreja em qualquer de suas manifestações e a titularam de arcaica e demasiado crédula. Como sucede em todos os assuntos, há para todos os gostos e nunca serve ao gosto de todos. Á morte destes mártires, por razões ignotas para nós e que só Deus conhece, não seguiu um culto martirial posterior que mantivesse viva sua memória até ao fim do tempo; nos fica a notícia de sua entrega até à morte e à heroicidade da paciência. Fazem bem as sociedades cultas em mostrar agradecimento aos heróis –ainda que estes sejam anónimos- que em épocas difíceis foram quem sustiveram a pátria com sua cultura, sua liberdade e as tradições dos maiores que, uma vez passada a situação de crise, logo seguem desfrutando as gerações futuras, cada uma «atual» na sua época. Não se lhes atribuem gestas concretas reconhecidas nem estão avalizados por triunfos pessoais; simplesmente deram sua vida ¿se lhes pode pedir más? Juntos formam uma massa anónima e são os mais e provavelmente os mais importantes. Fizeram possíveis os bens presentes que são sua herança. Provavelmente este seja o lógico e nobre intento das sociedades cultas atuais quando levantam em lugares preferentes monumento ao «Soldado Desconhecido», querendo expressar de algum modo - e deixá-lo testemunhado ás gerações futuras - seu agradecimento. Eusébio Palatino foi um destes personagens anónimos que soube personalizar a fidelidade a Jesus Cristo e a fortaleza até ao fim com a força dos que entendem valer a pena sua entrega. Meu testemunho agradecido a ele e a seus companheiros anónimos.
SANTO LÚCIO I
Papa, Mártir (254)
a) Esta biografia foi já publicada ontem, dia 4, neste blogue, sob transcrição do livro SANTOS DE CADA DIA, que optei por repetir em virtude de ser muito extensa a que vem mencionada hoje no www.es.catholic.net. AF
Lúcio I, Santo
Um dos ilustres presbíteros que seguiram o Santo papa S. Cornélio no desterro de Civita Vecchia, foi Lúcio, romano. Tendo Cornélio falecido neste desterro no ano de 253, foi Lúcio chamado a suceder-lhe na cátedra de S. Pedro. E pouco depois foi-lhe possível ficar a residir em Roma. S. Cipriano felicitou-o por carta.E noutra missiva escreveu que Santo Lúcio e seu predecessor “foram cheios do Espírito Santo e mártires gloriosos do Senhor”. Realmente, limitando-nos a Lúcio, diremos que se notabilizou muito na promoção da piedade, na defesa da fé até ao sangue, em promover a unidade e em destruir os restos do cisma de Novaciano. Mas foi muito breve o seu papado. Por último, foi o nosso Santo coroado com o martírio; e quando o conduziam para ele, encomendou a Igreja e os fieis dela a seu arcediago Estevão, que lhe veio a suceder no pontificado. Descansou no Senhor no dia 4 de Março do ano de 254, sendo sepultado no cemitério de Calisto. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Cristóvão Macassoli de Milão, Santo
Presbítero Franciscano
Cristóbal Macassoli de Milán, Santo
Martirológio Romano: Em Vigevano, em Lombardia, beato Cristóbal Macassoli, presbítero da Ordem de Irmãos Menores, insigne por sua pregação e sua caridade para com os pobres (1485). Etimologicamente: Cristóbal = Aquele que leva a Cristo consigo, é de origem grega. Sacerdote da Primeira Ordem (1400‑1485). Aprovou seu culto León XIII em 26 de Julho de 1890. Cristóbal Macassoli nasceu em Milão em começos do século XV. Transcorreu sua infância na inocência e na bondade, sob os cuidados solícitos de seus pais. Fazia os 20 anos quando se fez franciscano, coando São Bernardino de Siena (1389‑1444) percorria as cidades de Itália pregando incansavelmente o evangelho, e suscitando um profundo câmbio nas almas, com grandiosas conversões, e trabalhava intensamente para voltar a Ordem Franciscana à primitiva observância da regra como a havia ditado e praticado São Francisco de Assis. Cristóbal, ardendo em amor a Deus e aos irmãos, percorrendo o caminho da virtude, com pureza de coração, com uma viva confiança em Deus, na austera observância da pobreza, se colocou no caminho luminoso de São Bernardino, místico sol do século XV. Ordenado sacerdote, foi insigne por sua pregação e santidade, e por sua entrega generosa e sem medida ao ministério apostólico. Sua fama foi crescendo, já pelas numerosas conversões que obrou, já pelos poderes taumatúrgicos que se lhe atribuíram. Com o exemplo e com a palavra edificou a Igreja de Cristo. Com o Beato Pacífico Ramati de Cerano fundou o convento de Santa María das Graças em Vigevano, cuja admirável igreja foi construída por Galeazzo Sforza e consagrada em 1476. Ali fixou sua residência depois de uma vida de grande atividade apostólica. Pronto a fama de sua santidade se estendeu tão amplamente, que ainda de partes longínquas chegavam a ele numerosos fieis para pedir sua oração e escutar sua palavra sempre cheia de caridade e compreensão, para que bendissesse aos enfermos e às crianças. Deus a miúdo glorificou a santidade de seu servo fiel com prodígios. Morreu em 5 de Março de 1485, aos 85 anos de idade. Seu corpo, rodeado da veneração de seus devotos, foi sepultado na igreja de Santa María das Graças, na capela de São Bernardino. Em 1810 suas relíquias foram trasladadas à catedral de Vigevano. Um antigo testemunho do culto que lhe foi rendido é o quadro do altar de Santa María das Graças de 1653, no qual o Beato é representado junto com São Bernardino ao lado da Virgem. Leão XIII aprovou seu culto em 25 de Julho de 1890. Não é raro que do Beato Cristóbal de Milán haja tomado Manzoni o nome e a figura do Padre Cristóbal de Pescarenico, na sua novela “Los Novios”. ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Conón o Hortelão (ou o Jardineiro), Santo
Mártir
Conón o Hortelão, Santo
Cónon, originário da Galileia, tinha-se retirado para a Panfília, para Magudo, onde cultivava um jardinzinho. Em consequência do martírio dos santos Pápias, Diodoro e Claudiano, durante a perseguição de Décio (250-253), o prefeito Públio veio à região, deteve-se à entrada da cidade e mandou dizer aos habitantes que deviam reunir-se à sua volta. Toda a gente correspondeu ao apelo; todavia, um tal Naodoro, com um dos anciãos da cidade, pediu auxiliares para explorar os locais onde houvesse desconfiança de estarem pessoas escondidas. Organizou-se um grupo de que fez parte um homem chamado Orígenes. Essa gente chegou a uma localidade onde Cónon tratava do seu jardim. Depois de o saudar, Orígenes disse-lhe: “O prefeito chama-o”. “Mas, para que precisa ele de mim?” – perguntou Cónon. “Não sou senão um estrangeiro e, acima de tudo, um cristão. Procure ele antes os que lhe são semelhantes, mas não um pobre homem como eu, que sofre e cultiva a terra”. Ouvindo isto, Naodoro manda prender Cónon ao seu cavalo e leva-o. O bom do homem não opõe qualquer resistência. E Naodoro disse a Orígenes: “A nossa caçada não ficou sem fruto; esse, mais que todos os outros cristãos, bem terá que se justificar”. Depois, chegando diante do prefeito, Naodoro mostra-lhe a sua presa: “Pela vigilância dos deuses, disse, seguindo a ordem do Todo-Poderoso, e graças à vossa boa fortuna, acaba de ser descoberto aquele que os deuses mais amam, o homem mais sujeito às leis e à ordem do grande rei!” Nessa altura, elevando a voz, Cónon exclamou com todas as forças. “Não, não é assim, porque eu obedeço ao grande rei que é Cristo”. E Orígenes disse: “Excelente prefeito, dando volta à cidade, não conseguimos, encontrar senão este velho num jardim”. O prefeito, dirigindo-se a Cónon, perguntou-lhe: “Quais são o teu país, a tua família, o teu nome?” Cónon respondeu: “Sou de Nazaré na Galileia, a minha família é a de Cristo, a quem sirvo desde a infância e a quem reconheço como Deus supremo”. – “Se conheces a Cristo, diz o prefeito, reconhece também os nossos deus e presta-lhes homenagem”. Cónon, suspirando, elevou os olhos para o céu e disse: “Ímpio, como podes blasfemar assim a Deus supremo? Não, tu não me persuadirás a fazer o que dizes”. Então o tirano mandou colocar pregos debaixo da placa dos pés de Cónon e ordenou que se pusesse a correr diante do seu carro. O santo atleta, sem proferir uma só palavra, entoou o salmo 39: Esperei no Senhor com toda a confiança e Ele atendeu-me. Quando as forças lhe vieram a faltar, caiu de joelhos e disse a Deus: “Senhor, recebei a minha alma”, e expirou. isto sucedeu pelo ano de 251. Não se encontra nenhum vestígio do culto de S. Cónon, na Panfília: mas parece ter sido popularíssimo, como o provam diversos conventos a que foi dado o seu nome. O martirológio romano, a 6 de Março, testemunha que ele era também honrado na ilha de Chipre. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Jeremias de Valaquia, Beato
Religioso Capuchinho
Jeremias de Valaquia, Beato
Martirológio Romano: Em Nápoles, da Campânia, beato Jeremias de Valaquia (Juan) Kostistik, o qual, religioso da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos, com caridade e alegria assistiu incessantemente aos enfermos durante quarenta anos (1625). Etimologicamente: Jeremias = A elevação do Senhor, é de origem hebraica. Irmão professo capuchinho, que nasceu no seio de uma família campesina de Roménia e, em sua juventude, emigrou a Nápoles (Itália). As virtudes aprendidas no lar, as desenvolveu durante sua longa vida religiosa no oficio de enfermeiro, em que prodigalizou sua entrega, ternura e amor aos mais débeis e desamparados. O beatificou João Paulo II em 1983, e é o primeiro romeno elevado oficialmente á honra dos altares.
”Nasci na Roménia lá pelo ano 1556, e se me tivessem dito em pequeno que terminaria sendo capuchinho, não teria acreditado; entre outras coisas porque não sabia que era isso. A culpa de tudo a teve minha mãe, que me enchia a cabeça de sonhos contando-me coisas de Itália, onde estavam os bons cristãos e todos os monges eram santos; e além disso estava o papa. Tão bonito me pintou que aos 18 anos deixei a família e me pus a caminho em busca de algo que intuía mas que não sabia concretizar. A viagem não foi fácil. Até chegar a encontrar o que pretendia sofri o indizível e fiz de tudo: trabalhar numa fábrica, cavar, guardar animais, servir a um médico e a um farmacêutico. Provei todos os ofícios menos dois: pajem e verdugo. Depois de três anos de ir deambulando de um sitio a outro cheguei, por fim, a Itália; e qual não seria minha decepção ao comprovar que, de bons cristãos, nada; muito pior que os de minha terra; até ao ponto que pensei em voltar outra vez para casa. Menos mal que um ancião me fez cair na conta de que não podia generalizar minha primeira má experiência. Me indicou que fosse a Nápoles e ali encontraria esses bons cristãos que estava buscando. E assim foi; não só encontrei repletas as igrejas, mas também descobri aqueles monges santos de que me falava minha mãe: os capuchinhos”.
• Gerásimo, Santo
Eremita
Gerásimo, Santo
Martirológio Romano: Em Palestina, na ribeira do Jordão, são Gerásimo, anacoreta, que em tempo do imperador Zenón, convertido a fé ortodoxa por obra de santo Eutimio, se entregou a grandes penitências, oferecendo a todos os que sob sua direção se exercitavam na vida monástica, a norma de uma integérrima disciplina e o modo de sustentar-se (475). São Gerásimo nasceu em Licia de Ásia Menor, onde abraçou a vida eremítica. Depois passou a Palestina e, durante algum tempo caiu nos erros eutiquianos, mas Santo Eutimio lhe devolveu a verdadeira fé. Mais tarde, parece que esteve em várias comunidades da Tebaida e finalmente, retornou a Palestina, onde se fez íntimo amigo de São Juan o Silencioso, de São Sabas, de São Teoctisto e de São Atanásio de Jerusalém. Tão numerosos foram seus discípulos, que o santo fundou uma "laura" de sessenta celas, perto do Jordão e um convento para os principiantes. Seus monges guardavam silêncio quase completo, dormiam em leitos de juncos e jamais acendiam fogo dentro das celas, apesar de que as portas tinham que estar sempre abertas.
São Virgílio, bispo
Virgílio de Arlés, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Em Arlés, na Provença, França, são Virgílio, bispo, que recebeu como hóspedes a santo Agostinho e a seus monges, quando viajavam para Inglaterra por encargo do papa são Gregorio I Magno (c. 618). São Virgílio nasceu em Gasconha, mas educou-se no mosteiro de Santo Honorato, em uma das duas ilhas que se acham a três quilómetros de Cannes, tão conhecidas pelos turistas da Costa Azul. Segundo seu biógrafo, que é a nossa principal fonte – ainda que tenha vivido vários séculos depois dos factos e tende a inventar tudo o que possa glorificar o santo -, Virgílio foi monge e abade do mosteiro de Santo Honorato. Uma noite estava o santo passeando na praia quando viu um estranho navio perto da costa; sobre a coberta, trabalhavam alguns marinheiros, que desembarcaram e vieram ao encontro de Virgílio. O saudaram pelo seu nome, e disseram que sua fama havia chegado até ao estrangeiro e lhe asseguraram que se os acompanhava a Jerusalém, faria muito bem aos cristãos e alcançaria um alto grau de perfeição. Mas Virgílio não se deixou enganar e, fazendo o sinal da cruz, replicou: «As manhas do inimigo não podem enganar aos soldados de Cristo e vós sois totalmente impotentes contra os protegidos de Deus, porque a oração atirou o dragão da Ilha de Santo Honorato e o demónio não tem nela nenhum poder para fazer mal». Enquanto o santo acabou de pronunciar estas palavras, o navio e os marinheiros desapareceram.
O nome de são Virgílio não figura na lista dos abades de Lérins; em algumas crónicas figura como um monge de Lérins que mais tarde chegou a ser abade do mosteiro de São Sinforiano de Autún. O que se tem por seguro é que são Virgílio era monge antes de ser nomeado bispo de Arles e que recebeu o pálio de mãos do Papa Gregorio I, que o nomeou vigário apostólico ante o rei Childeberto II. O Venerável Beda menciona a são Virgílio a propósito da missão de santo Agostinho de Canterbury em Inglaterra. Segundo parece, são Virgílio o consagrou por ordem do Papa Gregório. São Virgílio governou sua diocese com grande vigor; seu zelo o levou demasiado longe numa ocasião, pois são Gregório o repreendeu por haver tentado converter, pela força, aos judeus de sua arquidiocese e lhe recomendou que se limitasse a orar e a pregar. São Virgílio construiu várias igrejas em Arles. Se conta que, durante a construção da basílica de Santo Honorato, os operários um dia viram que não podiam mover as colunas para as transportar para o seu sitio. São Virgílio viu que era o demónio,sob a forma de um negro muito vigoroso, que impedia com seu peso que os operários movessem a coluna; mas estes não o viam. O santo increpou o demónio, que desapareceu, deixando um rasto pestilento e os operários puderam continuar seu trabalho. O biógrafo de são Virgílio dá muitos outros exemplos dos milagrosos poderes de seu herói: conta que o santo operou numerosas curas, ressuscitou a vários mortos e destruiu a uma terrível serpente que havia causado grandes estragos. Sem dúvida que o povo de Arles tinha inteira confiança na proteção de seu arcebispo, persuadido de que enquanto os restos do santo permanecessem na cidade, esta venceria a todos seus inimigos. São Virgílio foi sepultado na igreja de São Salvador, que ele próprio havia construído.
• Focas o Hortelão, Santo
Mártir Laico,
Focas el Hortelano, Santo
Martirológio Romano: Em Sinope, no Ponto, atualmente Turquia, são Focas, mártir, lavrador de oficio, que sofreu muitas injúrias pelo nome do Redentor (c. s. IV).Há vários santos com este nome (que no Oriente não era raro, - o leva um imperador bizantino- ) Natural de Sínope, era dos poucos cristãos que moravam naquela cidade de Asia Menor, e era justo, como Abraão, no meio dos gentios. Quando se decreta uma perseguição contra os cristãos, não se altera no mínimo, não foge, segue com sua vida de sempre, como se a coisa não fosse com ele, porque um de seus rasgos mais característicos é a serenidade ou, por assim dizer, o sangue frio. Um dia chegaram à sua cabana uns pagãos que não o conhecem, levavam ordens de o matar, Ele, segundo seu costume, convida-os a entrar, serve-lhes de comer e os hospedou naquela noite e, enquanto eles dormiam, caiu a fossa para sua sepultura. De manhã, se apresentou a eles, dizendo-lhes: "Eu sou Focas, a quem procurais, feri e, não temais. Que o crime caia sobre os que vos mandaram fazê-lo”. E rodou sua cabeça. Desde então o sepulcro de São Focas, o hortelão de Sínope, "é um lugar de peregrinação para os que atravessam o Ponto Euxino, e os que vêm do Adriático e o Egeu e o Oceano oriental e ocidental se acercam aqui a descansar de seus trabalhos, cantando hinos em honra de Focas o santo mártir´, escrevia Santo Astério na sua Homilia IX.
• Outros Santos e Beatos
Completando santoral deste dia
São Kierano, abade e bispo
Em Sahigir, na região de Ossory, em Hibernia (hoje Irlanda), são Kierano, bispo e abade (530).
43950 > Sant' Adriano di Cesarea Martire MR
43910 > San Ciarano (Kieran) Vescovo MR
91028 > San Conone l'ortolano Martire in Panfilia MR
44250 > Beato Cristoforo Macassoli da Milano Francescano MR
71400 > San Foca l'Ortolano Martire MR
92494 > San Gerasimo Anacoreta MR
91424 > Beato Geremia da Valacchia (Giovanni) Kostistik MR
90659 > San Giovan Giuseppe della Croce (Carlo Gaetano Calosirto) Francescano Alcantarino MR
93983 > Beata Giovanna Irrizaldi Vergine mercedaria
93984 > Beato Guglielmo Giraldi Mercedario
43900 > San Lucio I Papa MR
44000 > San Teofilo di Cesarea di Palestina Vescovo MR
43920 > San Virgilio di Arles Vescovo MR
http://es.catholic.net/santoral – www.santiebeati.it. – www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por
António Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário
Gostei.
Muito interessante.
Medianamente interessante.
Pouco interessante.
Nada interessante.