Nº 1301
OS SANTOS MÁRTIRES DE SEBASTE
(320)
Os 40 mártires de Sebaste
Os 40 Mártires de Sebaste, na Arménia, dão-nos importantíssima lição: a importância sem par da perseverança final. Não basta lutar; é preciso chegar até ao fim, pois não será coroado senão quem termine como bom soldado de Cristo. Eram 40 soldados; todos tinham confessado várias vezes a fé; todos tinham, sido presos; todos tinham sofrido vários tormentos; todos, segundo parecia, estavam a tocar com a mão na palma da vitória. Mas, quando faltavam poucos minutos – talvez segundos – para chegar à meta, um fraquejou e perdeu a coroa gloriosa do martírio. “Quem, depois de deitar a mão ao arado, olha para trás, não é apto para o reino de Deus” (Lc 9, 62) Estamos no ano de 320, em Sebaste, durante a perseguição de Licínio, que tinha ficado com a parte oriental do Império Romano. Unido a Constantino, tinha promulgado, em 313, o édito de Milão, que dava liberdade à Igreja. Mas Licínio continuava na alma a ser pagão, e não se passou muito tempo sem que revelasse por fora o que era interiormente; inimigo acérrimo dos cristãos. Começou proibindo-lhes as reuniões nas Igrejas e aos bispos que saíssem dos seus territórios para evangelizar ou celebrar concílios. Confiscou os bens às comunidades cristãs e até aos particulares, e expulsou da corte e do exército todos os que se recusassem a sacrificar aos ídolos. Enchiam-se as cadeias de confessores decididos da fé, as montanhas e solidões de fugitivos; aos mais insólitos e refinados suplícios foram sujeitos eclesiásticos, simples cidadãos e militares. Em Sebaste, expulsaram do exército e prenderam 40, entre oficiais e soldados, cujas glórias nos contaram excelsos oradores, como S. Basílio e S. Gregório Nisseno. E os próprios militares escreveram da cadeia uma carta coletiva, que se conserva e foi assinada em nome de todos por Melécio. Com fé viva e serena, falam-nos do desprezo a que votam o mundo e a existência cá na terra, da ressurreição e da vida eterna, considerando-as como facto tangível e quase já conseguido. Como agora sofrem e morrem juntos, escrevem eles, desejam e pedem aos “santos bispos, sacerdotes, diáconos, confessores e a todos os cristãos” que os seus corpos descansem também juntos. Exortam à paz e à união fraterna; despedem-se dos pais, esposas, dos filhos, das noivas e de todos e de cada um dos irmãos das Igrejas a que pertencem. Tinham, recebido a sagrada comunhão na cadeia e sentiam-se bem preparados para lo último combate, que devia ser terrível, duma crueldade refinada. Antes de serem lançados às chamas, tiveram de passar a noite, imóveis e nus, num tanque gelado, conforme diz Santo Efrém. Soprava um vento frio de Norte, o gelo pegava-se à carne tiritante; a pele enroxava e gretava, com horrendo espanto. Os calafrios marcavam a passagem da vida, que se ia, para a entrada lenta na morte. Naquela angústia e agonia suprema, um infeliz desfaleceu. Correu para as pias de água temperada, que estavam perto, talvez nas termas do ginásio, para reavivarem, os que à última hora, saindo do tanque gelado, corressem para elas manifestando apostatar e renunciar à fé em Cristo. Mas o traidor chegou tarde; não conseguiu reagir com a água quente e morreu com perda da vida terrena e, sabe Deus, talvez da salvação eterna. O guarda do palácio, nessa altura, conversava com o piquete da guarda. De repente levantou os olhos e viu descer do alto uma fila de anjos com coroas nas mãos, os quais paravam acima dos mártires cristãos. As coroas eram somente 39. Porquê? Pensou então no desertor e, querendo substitui-lo, tirou o vestuário e foi-se lançar no tanque gelado, entre os heróis, exclamando: “Sou cristão, também eu sou cristão!” O sol do novo dia encontrou-os todos mortos, excepto um que mais resistira e respirava ainda um pouco.Em cima de carros, foram levados a queimar perto do rio, onde ardia fogueira imensa. A água arrastar-lhes-ia depois os restos e as cinzas. Iam os carros devagar, transportando 39 cadáveres. O soldado que não morrera ficou abandonado, havendo ainda a esperança de que viesse a renegar. mas estava presente a mãe, muito pobre, diz Santo Efrém. Ao ver que o filho abandonado ia faltar o triunfo definitivo da morte por Cristo, cheia de santo entusiasmo, esquecendo-se da sua fraqueza tornou-se forte, abraçou e levantou o filho, e, ajudada por outra mulher, pegou nele às costas e correu atrás dos carros, até o colocar já morto no meio dos companheiros. Não há nada mais invejável: expirar conduzido pela própria mãe, santa e heroica, e voar ao céu com a palma do martírio. Chamavam-se os mártires: VIVIANO, MILITÃO, CÂNDIDO, LEÔNCIO, CLÁUDIO, NICOLAU, LISINÍACO, TEÓFILO, QUIRÃO, DÓNULO, DOMINICANO, EUNOICO, SISÍNIO, HERÁCLIO, ALEXANDRE, JOÃO, ATANÁSIO, VALENTE, HELIANO, ECDÍCIO, ACÁCIO, HÉLIO, TEÓDULO, CIRILO, FLÁVIO, SEVERIANO, VALÉRIO, CUDIÃO, SACERDÃO, PRISCO, EUTÍQUIO, ÊUTIQUES, ESMARAGDO, FILOTÍMAN, AÉCIO, XANTETE, ANGIAS, HESÍQUIO, CAIO e GORGÓNIO. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
SÃO MACÁRIO DE JERUSALÉM
Bispo (335)
Macário de Jerusalém, Santo
Bispo de Jerusalém (312-34).
Macário, embora pertencente a uma família judaica, foi educado nos sãos princípios da religião de Jesus Cristo. E subiu ao sacerdócio logo que atingiu a idade necessária. Dois anos depois, tendo vagado a Sé de Jerusalém, foi unanimemente aclamado e consagrado bispo e patriarca; isto no ano de 313. Deu exuberantes exemplos de virtude e ciência. Em 321 escreveu uma célebre carta a santo Alexandre, felicitando-o por ter segunda vez condenado a heresia ariana. Concorreu em 325 ao famoso concílio 1º de Niceia, no qual se distinguiu pela sabedoria profunda. Constantino e sua mãe Santa Helena veneraram este santo, que no ano de 329 descobriu, com outros, os sagrados instrumentos da Paixão do nosso Salvador. Os Lugares Santos foram sumptuosamente aformoseados por Constantino, a instâncias do santo bispo Macário. Faleceu no ano de 334. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
BEATA MARIA EUGÉNIA MILLERET BROU
Fundadora (1817-1898)
María Eugenia de Jesús Milleret Brou, Santa
Martirológio Romano: Em Paris, em França, beata María Eugenia Milleret de Brou, virgem, fundadora da Congregação de Irmãs da Assunção, para a educação cristã de meninas. Etimologia: Eugénia = aquela que é bem nascida, é de origem grego Nascida numa família burguesa, em 1817 em Metz (França), após a derrota definitiva de Napoleão e a Restauração da Monarquia, Ana-Eugenia Milleret não parecia estar destinada a traçar um caminho espiritual na Igreja de França. Seu pai, liberal e seguidor das ideias de Voltaire, desenvolve sua atividade como banqueiro e na vida política. Ana-Eugenia, dotada de uma grande sensibilidade, recebe de sua mãe uma educação que lhe dá um carácter forte e o sentido do dever. A vida familiar desenvolve nela uma curiosidade intelectual e o espírito romântico, um interesse pelas questões sociais e um amplo olhar. PARA SABER MAIS SOBRE SANTA MARIA EUGÉNIA DE JESUS MILLERET BROU, ver sites HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL, e www.jesuitas.pt - www.santiebeati.it
Elias do Socorro, Beato
Mártir
Elías del Socorro, Beato
Mateo Elías Nieves nasce em Yuriria (Guanajuato - México). Filho de modestos agricultores, muito cedo manifestou o desejo de ser sacerdote, mas aos doze anos seu pai era assassinado por uns salteadores, e lhe resultou necessário deixar os estudos para poder ganhar algum dinheiro com que contribuir ao sustento da família. Em 1904, não obstante sua escassa preparação e a sua idade adulta, conseguiu ser admitido no seminário agostiniano de Yuriria. As dificuldades por causa dos estudos iniciados por quem aos 21 anos abandonava as fainas do campo foram superadas com vontade e esforço. Nas provenientes da carência de recursos económicos e da débil constituição física - esteve a ponto de perder a vista - nunca faltou quem lhe deitasse a mão. Em reconhecimento à ajuda do alto em tantos momentos de sua vida e movido de sua filial devoção a Maria, ao professar em 1911 mudou o nome de Mateo Elías pelo de Elías del Socorro. Ordenado sacerdote em 1916, exerce seu ministério em diversas localidades de Bajío, até que em 1921 é nomeado vigário paroquial de La Cañada de Caracheo (Gto.), um povoado nos arrabaldes de "Culiacán". Neste centro de escassos recursos económicos, desprovido de serviços sanitários e de escola pública não se limitou à assistência espiritual de sua grei. Havendo conhecido o trabalho manual e a indigência, não lhe pesaram nem as privações nem a pobreza, que compartilhou com ânimo generoso, jovial disponibilidade e confiança na Providência. Foi precisamente durante estes anos quando nasce o movimento popular dos "cristeros". O P. Nieves, que se manteve à margem desta revolução armada, quando em finais de 1926 se chegou à efetiva perseguição da Igreja, apesar de seu carácter tímido, em vez de obedecer à ordem do governo de passar a viver nas cidades, se estabeleceu na gruta de um monte próximo, assegurando assim a seus fieis a assistência religiosa. Esta clandestinidade forçada, levada adiante durante catorze meses finalizará na manhã em que tropeçou com um destacamento de soldados, aos que chamou a atenção que sob o vestido branco de camponês se entrevia o escuro que empregava em seu ministério pastoral noturno. Interrogado, declarou sua condição de sacerdote, sendo preso imediatamente junto com um par de rancheiros que se ofereceram a acompanhá-lo. Ao amanhecer de 10 de marzo de 1928 militares e prisioneiros se puseram a caminho em direção ao pequeno centro urbano de Cortazar. Na primeira paragem o capitão à frente do destacamento deu a ordem de passar pelas armas aos dois acompanhantes do Padre, testemunhas incómodas, que depois de se confessarem morreram vitoriando a Cristo Rei. Na seguinte parada, já próximos ao povoado, o capitão se dirige ao Padre dizendo-lhe: "Agora toca-lhe a si., vamos a ver se morrer é como dizer missa". O P. Nieves pediu uns momentos para se recolher, depois deu a bênção aos soldados e começou a recitar o credo enquanto estes preparavam as armas para o fuzilar. Suas últimas palavras foram um sonoro "Viva Cristo Rei". Seus restos descansam na igreja paroquial de la Cañada. Foi solenemente beatificado em 12 de outubro de 1997.
• Simplício Santo
Papa
Simplício Santo
São Simplício nasceu em Tivoli (Itália) e exerceu seu ministério pontifício de 468 a 483, um período de graves dificuldades para a vida da Igreja e do Estado. Em 476, Odoacro, depois de haver eliminado a Orestes, deportou o filho Rómulo, último representante imperial. O confinou numa vila perto de Nápoles e lhe assinou uma renda anual de 6.000 libras de ouro, e as insígnias imperiais foram enviadas ao imperador de Oriente, Zenón. Tampouco este se encontrava vivendo seus melhores dias, porque precisamente em 475-476 teve que fazer frente à rebelião de Basilisco. Logrou vencê-lo só com a ajuda de Teodorico, rei dos ostrogodos, que depois destronou a Odoacro. Esta série de acontecimentos prejudicava também a vida da Igreja no Ocidente e no Oriente, pois Odoacro e Teodorico eram seguidores da heresia ariana, e Basilisco era monofisita. O monofisismo havia sido suscitado por Dióscoro, patriarca de Alexandria do Egito, e sobretudo pelo monge Eutiquio. Sua tese central, e que lhe dá o nome, era que em Cristo não há senão uma só natureza, a divina. Apesar da importante e enérgica intervenção de são Leão Magno, a heresia triunfou no chamado “latrocínio de Éfeso” de 449; mas aos dois anos a doutrina ortodoxa ficou confirmada com claridade no concilio de Calcedónia, que assumiu como artigo de fé o documento de são Leão Magno. Este concílio emanou também o famoso Canon 28, que reconhecia uma certa preeminência no patriarcado de Constantinopla. Os enviados do Papa a julgaram como uma inovação perigosa, e foi combatida também por são Simplício. A controvérsia sobre O monofisismo durou por algum tempo: responsável disso foi o imperador Zenón que em 482 intentou um impossível compromisso com seu Henoticon, contra o qual o Papa Simplício tomou uma clara posição. Além desta defesa da doutrina cristã genuína, são Simplício tem o mérito de haver restaurado e dedicado algumas igrejas romanas como a de santo Esteban Rotondo e santa Bibiana. Também salvou da destruição alguns mosaicos pagãos que se encontravam na igreja de santo Andrés. As relíquias de são Simplício repousam em sua cidade natal, Tivoli.
• Juan Ogilvie, Santo
Religioso Mártir
Juan Ogilvie, Santo
O padre Juan Ogilvie procedia de uma família nobre. Nasceu em Drum-na-Kelth (Escócia), no ano 1579 e foi educado no calvinismo. Aos treze anos seu pai o enviou a França, Itália e Alemanha para lhe dar uma educação mais completa. Ali teve os primeiros contactos com o catolicismo dado que as controvérsias religiosas eram muito populares nesses lugares. Se converteu ao catolicismo e foi recebido na igreja do colégio escocês de Lovaina em 1596, aos dezassete anos. Abraçar a fé católica significava para Juan a ruptura com a família e a perda de apoio que dela recebia, a renúncia a uma carreira brilhante e a perseguição reservada aos traidores. Em 15 de Novembro de 1599 ingressou no noviciado dos jesuítas em Brno, estudou filosofia em Gratz, foi professor do colégio dos jesuítas em Viena e finalmente estudou a teologia em Olmutz, sendo ordenado sacerdote em París o ano 1610. Depois de três anos de vida pastoral na cidade de Ruão conseguiu permissão para ir a Inglaterra. Chegou a Escócia, sob a guia de um ex-oficial, dedicado ao comércio de cavalos, com o pseudónimo de Juan Watson e fingindo-se tratador de cavalos, pois as leis contra os sacerdotes que ingressavam na Grã Bretanha eram muito severas. Desembarcou em Novembro de 1613 no porto de Leith. Concentrou sua atividade em Renfrewshire, Edimburgo e Glasgow, enfrentando mil perigos. A comunidade católica do padre Ogilvie começou a crescer na clandestinidade e se fez famoso pela insistência com que pregava o fervor na vida católica; com grandes perigos, visitava aos católicos: sir James MacDonald recordava com satisfação as visitas na prisão do padre Ogilvie, que foi atraiçoado e preso em Glasgow em 14 de Outubro de 1614.
Juan Ogilvie, Santo
Foi submetido a torturas e interrogatórios prolongados para que denunciasse aos católicos, chegando a ser privado do sono por oito dias consecutivos. Sendo interrogado sobre se a jurisdição do Papa se estendia à autoridade do rei em matéria espiritual, o afirmou constantemente declarando que estava disposto a morrer para o defender. Em todos os julgamentos que se prolongaram durante meses, já em Glasgow, já em Edimburgo, o padre não retrocedeu porque não podia, nem queria atraiçoar a Deus. A noticia de seu heroísmo correu por toda Escócia, de tal maneira que os perseguidores e especialmente o arcebispo anglicano teriam dado qualquer coisa para que renegasse de sua fé e aceitasse a supremacia do rei. Ainda que os guardas começassem a tratá-lo com maior rigor, o padre Ogilvie pôde escrever em latim um relato sobre sua prisão; quando o terminou, conseguiu fazê-lo deslizar por debaixo da porta a alguns católicos que haviam entrado na cadeia. No fim declarou: Salvarei minha vida somente se posso salvá-la sem ser forçado a perder Deus. Não podendo conservar ambas as coisas, perco voluntariamente o bem menor, para conservar o maior. Foi sentenciado a morrer como traidor. Os verdugos ofereceram-lhe a liberdade se renegasse da fé. Morreu enforcado em 10 de março de 1615, em Glasgow. Foi beatificado em 1929 pelo papa Pío XI e canonizado em 1976 pelo papa Paulo VI.
• Juan (João) de Mata, São
Fundador
Juan de Mata, San
Este santo é o fundador da Comunidade da Santíssima Trindade, ou Padres Trinitários, que tem 75 casas no mundo com 580 religiosos. Nasceu em França, nos limites com Espanha, em 1160. Durante seus primeiros anos se dedicou aos estudos de bacharelato e à equitação e ao desporto da natação.Mas as duas atividades que mais lhe agradavam eram a oração e o dedicar-se a ajudar os pobres. Frequentemente se retirava para uma ermida afastada do povo e ali passava vários dias dedicado à meditação. Seu pai o enviou a París e lá obteve o doutorado e logo foi ordenado sacerdote. As antigas crónicas dizem que durante a celebração de sua Primeira Missa teve uma visão celestial: viu a uns pobres cristãos prisioneiros dos maometanos e com perigo de renunciar a sua religião, e observou como um religioso vestido de branco e com uma cruz vermelha e azul no peito os livrava e os salvava de perder sua fé. Com isto acreditou sentir um convite celestial a fundar uma comunidade para libertar cristãos. João foi a consultar a São Félix de Valois, que vivia retirado meditando e rezando e depois de vários dias de rezar com ele, lhe narrou a ideia que tinha de fundar uma comunidade de religiosos para libertar cativos. A São Félix lhe pareceu muito boa ideia e os dois se foram a Roma a conseguir a permissão do Papa. Inocêncio III não era muito amigo de fundar novas congregações religiosas mas as orações destes dois santos lograram a boa vontade do Pontífice e lhes concedeu sua aprovação. Juan foi consagrado bispo e os religiosos se lhes concedeu um hábito branco com uma cruz roja e azul no peito. Superior Geral da Comunidade foi nomeado em favor dos prisioneiros, e assim nosso santo fez várias viagens a África a libertar cativos. Os piratas maometanos chegavam às costas espanholas e francesas e levavam prisioneiros a todos os que encontravam. E havia o grave perigo de que aqueles pobres escravos, no meio de tão terríveis sofrimentos, renegassem de sua fé para que não os tratassem mal. Por isso San Juan de Mata se propôs resgatá-los. No ano 1201 Juan de Mata e seus religiosos conseguiram resgatar em Marrocos 186 prisioneiros. No ano seguinte em Tunes resgataram 110 prisioneiros. Por cada um havia que pagar uma maior soma de dinheiro, e os Padres Trinitários iam de cidade em cidade e de campo em campo conseguindo com que pagar o resgate dos pobres escravos. San Juan de Mata teve que sofrer muito por parte dos maometanos que lhe tinham muita antipatia pelos sábios conselhos que dava aos escravos cristãos para que não deixassem tirar sua santa religião. Um dia em que Juan voltava de Africa com 120 prisioneiros cristãos que havia libertado da escravidão dos muçulmanos, um grupo de piratas maometanos assaltou seu barco, destruiu o timão e rasgou as velas (telas pelas quais o vento empurrava a embarcação). Os passageiros acreditaram que iam a naufragar no mar, mas o santo fez umas novas velas unindo os mantos de todos eles, e se pôs a rezar, e assim sem timão, mas cheio de confiança em Deus, e suplicando que Nosso Senhor fizesse de piloto, e colocando-se na proa do barco com um crucifixo nas mãos,conseguiu ter uma próspera viagem e desembarcaram sãos e salvos em Ostia (Itália). Os últimos anos passou-os em Roma dedicado à pregação e a conseguir ajudas para os pobres e morreu santamente em 1213. Este santo se preocupou sempre em ocultar os actos mais admiráveis de sua vida. Ele cumpria aquele antigo principio: "Há que amar e permanecer oculto e a não ser conhecido". Um religioso de sua comunidade, o Padre Juan Gil, resgatou em 1580 a Miguel de Cervantes, autor de Quixote, que estava preso dos muçulmanos desde 1575. Em 21 de Outubro de 1666 o Papa Alexandre VII autorizou o culto a San Juan de Mata, e hoje em dia são muitos os que no mundo inteiro seguem recebendo de Deus o mesmo chamamento que ele recebeu do céu: ir a ajudar os que sofrem em cadeias e prisões. Os trinitários o festejam em 17 de Dezembro
• Juan de Vallumbrosa, Beato
Monge
Juan de Vallumbrosa, Beato
Etimologicamente significa “Deus é misericórdia”. Vem da língua hebraica. Este monge descobriu em sua própria vida o que são tentações por dedicar-se a coisas que não estavam de acordo com a regra beneditina que professou livremente. Nasceu em Florença e morreu no ano 1380. A história de Juan nos recorda que teve muitas tentações, não só contra o sexo, mas também por suas leituras contínuas acerca de livros proibidos. Todas estas leituras o levaram á prática de necromancia e das Artes Negras. Antes de que o descobrissem, havia exercido o cargo de abade do mosteiro. Quando o submeterem a julgamento, negou seu pecado contra a humildade e a bondade de Deus. O encarceraram até que, finalmente, confessou seus pecados. Seu encarceramento o fez pensar muito. Se considerou um pecador e culpável de quanto havia negado antes. Desde este momento, se dedicou a fazer penitência com severidade e uma austeridade digna de encómio para os irmãos monges. Estes lhe rogavam de vez em quando que voltasse à vida de comunidade. Ele, sem embargo, preferia ficar na prisão como um anacoreta até que chegasse o instante de sua morte. Em sua solidão alcançou uma grande santidade. Dedicava seu tempo, além da oração e da penitência, a escrever formosos livros. ¡Felicidades a quem leve este nome!
44380 > Sant' Attala Abate di Bobbio MR
92625 > Santi Caio ed Alessandro Martiri ad Apamea MR
44370 > San Drottoveo Abate a Parigi MR
90154 > Beato Elia del Soccoro (Matteo Nieves) Sacerdote agostiniano, martire MR
91963 > Beato Giovanni Delle Celle Abate
44375 > San Giovanni Ogilvie Martire MR
44300 > San Macario di Gerusalemme Vescovo MR
44400 > Santa Maria Eugenia di Gesù (Anna Milleret de Brou) Fondatrice MR
43650 > San Simplicio Papa MR
44350 > San Vittore Martire in Africa MR
www.es.catholic - www.santiebeati.it - www.jesuitas.pt
Compilação e tradução de
António Fonseca
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