Nº 1306
Religioso (1163)
Nasceu, ao que parece, em Espanha, ou porventura na França. depois de ser cónego da Igreja de Tarazona e ermitão, entrou na Ordem reformada de Cister, no mosteiro de Scala Dei, na Gasconha. Encarregado de ajudar a estabelecer a reforma na Espanha, edificou o mosteiro de Santa Maria de Fitero, Navarra. E acabou por estabelecer-se na vila e fortaleza de Calatrava. Sendo muito difícil de manter Calatrava, por estar fronteira aos mouros, o rei D,. Sancho de Castela declarou que daria a praça a quem se dispusesse a defendê-la. Então, para defesa da cristandade, frei Diogo de Velásquez e S. Raimundo aceitaram-na por escritura de Janeiro de 1158; ficou desde então Calatrava pertencendo ao abade de Fitero na altura, e aos sucessores que viesse a ter. Pouco depois, vieram para Calatrava S. Raimundo e o seu companheiro; e com gentes e armas, que haviam reunido, fortificaram e abasteceram a praça, colocando-a a coberto dos ataques dos mouros. Assim se originou, como filha de Cister, a Ordem de Calatrava, de que se fala na história de Portugal. Governou Raimundo a Ordem com o título de abade, até que foi criada a dignidade de mestre, seis anos depois. Pôde então Raimundo consagrar-se inteiramente à vida interior, vindo a falecer a 15 de Março de 1163. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER
Confessor (1751-1820)
Clemente María Hofbauer, Santo
Filho duma família pobre da Morávia, na (antiga) Checoslováquia, foi sucessivamente aprendiz de padeiro, encarregado do refeitório no convento premonsteratense de Bruck, eremita perto de Mulfrauen, outra vez padeiro e outra vez eremita. Depois de completar os estudos na Universidade de Viena, partiu para Roma em 1784, fez-se redentorista aos 33 anos e foi ordenado sacerdote em 1786. Tornou-se quase imediatamente célebre. Em Varsóvia, Polónia, onde passou uns 20 anos, organizou na igreja da sua congregação uma espécie de missão perpétua; como era lá que se ouviam os melhores oradores (ele era um desses) e a melhor música, vinha gente de toda a parte; foram numerosas as conversões. Banido da Polónia, foi fazer a mesma coisa em Viena de Áustria, e com o mesmo resultado. O “Padre Hofbauer”, escrevia o Núncio Apostólico a Pio VII, “é atualmente o sacerdote mais influente de todo o império da Áustria”. Quando ele morreu, o mesmo Papa declarou que o catolicismo acabava de perder aí o seu principal sustentáculo. Morreu a 15 de Março de 1820, ao meio-dia, quando rezava as Ave-Marias. Tinha nascido em 1751. É realmente venerado como Santo desde que foi solenemente canonizado por S. Pio X, em 1909.. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
SANTA LUÍSA DE MARILLAC
Viúva (1660)
Luísa de Marillac, Santa
No dia de Pentecostes de 1623, na Missa Solene, a Senhora Le Gran, em solteira Luísa de Marillac, ouviu uma voz interior a certificá-la de que depressa encontraria um bom diretor. Encontrou, de facto, no ano seguinte, São Vicente de Paulo que triunfou onde todos os outros, incluindo S. Francisco de Sales, tinham errado; com efeito, S. Vicente de Paulo conseguiu libertá-la dos escrúpulos, obsessões, dúvidas sobre a fé e outras ideias fixas que a tornavam infeliz. Filha de Luís de Marillac, senhor de Ferrières, casara-se dez anos antes com António Le Gras, que era tido como fadado para uma brilhante carreira, mas, de facto, arrastava uma doença de que morreria, doze anos depois do casamento. Luísa cuidou dele com a maior atenção, ao mesmo tempo que educava o filho único dos dois. Ela tinha 34 anos quando enviuvou. Desde esse tempo reuniu-a Vicente de Paulo aos seus trabalhadores.
Luisa de Marillac, Santa
Quem curara essa alma, descobriu nelas riquezas imensas. Utilizou-as no serviço dos que eram seus preferidos e vieram a tornar-se também os dela; os enjeitados, os anormais, os desequilibrados, os velhos e os doentes abandonados. Colaboraram os dois durante 35 anos. Juntos fundaram a congregação das Irmãs de Caridade (1633) que deviam ter, dizia Vicente, “por mosteiro uma casa de doentes, por clausura a obediência, por grade o temor de Deus, por claustro as ruas da cidade ou as salas dos hospitais”. Luísa, que lhes escrevera as regras, dirigiu as irmãs até ao fim. Faleceu a 15 de março de 1660, com sessenta e nove anos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
SANTA LUCRÉCIA DE CÓRDOVA
Mártir (859)
Lucrécia de Córdoba, Santa
Nasceu em Córdova, de pais maometanos, mas um parente educou-a na religião católica. Lucrécia chegando à juventude, manifestou aos pauis a sua qualidade de cristã. Depois de estes se valerem de meios suaves, recorreram à perseguição. Lucrécia, porém, a fim de subtrair-se a novos perigos, refugiou-se junto do bispo Eulógio. Acolhedor e acolhida foram ambos presos, vieram a ser justiçados em 859 e as relíquias dos dois veneram-se na cidade de Oviedo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
BEATO PLÁCIDO RICCARDI, O. S. B.
Religioso (1844-1915)
Plácido Riccardi, Beato
A vida deste Servo de Deus pode resumir-se em poucas palavras: Foi um homem que se santificou, cumprindo fielmente a regra de S. Bento. De facto, o jovem Tomás Riccardi, que viera ao mundo em Trevi, Itália, a 24 de Junho de 1844, ingressou nos Beneditinos a 12 de Novembro de 1866, contando 22 anos de idade. Tomou essa decisão depois dos estudos de filosofia no colégio Angélico dos Padres Dominicanos em Roma. Numa peregrinação que fez ao santuário de Nossa Senhora de Loreto, sentiu o primeiro chamamento à vida consagrada. A fim de se certificar ser essa a vontade divina, submeteu-se aos exercícios espirituais segundo o método inaciano. Neles optou pela Ordem dos Beneditinos por ser mais conforme à sua inclinação para a soledade. Como era costume, ao ingressar na vida religiosa, trocou o nome de baptismo pelo de Plácido. Significava esse gesto o novo género de vida que o candidato abraçava. Terminado o noviciado, fez os votos simples e a 10 de Março de 1871, a profissão solene. No sábado, dia 25 desse mesmo mês, recebeu a ordem sacerdotal. Nos treze anos que ficou no convento de S. Paulo, entregou-se à oração contínua e à mortificação voluntária,. De 1884 a 1894 foi Vigário Abacial de S. Paulo e confessor ordinário das religiosas beneditinas do mosteiro de Ameria na Úmbria. Mais pelo seu exemplo que por grandes exortações, conseguiu que as religiosas se afervorassem no serviço do Senhor. De lá foi chamado para desempenhar as funções de Mestre de Noviços no convento de S. Paulo em Roma. Depois esteve 17 anos à frente da antigamente famosa basílica de Nossa Senhora de Farfa, cujo culto tinha decaído de tal forma que o monumento deteriorado se encontrava quase deserto. Logrou com seu zelo e espírito de sacrifício restaurar o templo e a piedade daquele povo rurícula, ensinando o catecismo às crianças e consagrando horas sem conta ao confessionário. Diariamente fazia a Via-Sacra e meditava nos sofrimentos da Virgem Maria. Isto levava-o a uma vida de contínuos jejuns e macerações do próprio corpo e à prática de todas as virtudes sobretudo as da humildade, caridade e paciência. A 12 de Novembro de 1912 sofreu um ataque de paralisia que o prendeu à cama como a de uma cruz. Durante os três anos que assim permaneceu nunca deixou a oração. reconfortado com os santos sacramentos, faleceu santamente a 15 de Março de 1915, com quase 71 anos de idade. Foi beatificado por Pio XII no dia 5 de Dezembro de 1954. AAS 27 (1935) 382-5; 36 (1944) 292-5. Do livro SANTOS DE CADA DIA , de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• Eva de San Martín de Liege, Beata
Monja,
Eva de San Martín de Liege, Beata
Etimologicamente significa “a que dá vida”. Vem da língua hebraica. Este nome, que levam tantas raparigas de qualquer cultura, aparece, de uma forma mais clara, no livro titulado “Vida da beata Juliana”, sua amiga íntima. Eram tão amigas que em tudo confiavam. Delas surgiu a celebração da festa de Corpus. Veio ao mundo em 1205. O ambiente em que se educou não era o mais propicio para alimentar uma profunda vida cristã. Era um mar de dúvidas. Pouco a pouco, sem embargo, Juliana lhe foi aclarando todo seu rico manancial –ainda que inexplorado– de sua alma estupenda. A amizade sincera ajuda em momentos cruciais da existência. Guiada, pois, por sua amiga entrou no convento de são Martín de Liege (Bélgica). Teve a fortuna de que a visitasse a miúdo sua amiga. Lhe confiava o gozo que sentia de haver fundado um instituto dedicado à glorificação do Sacramento da Eucaristia. Por diversas circunstâncias, Juliana teve que sair para estar junto a sua amiga Eva no mesmo convento. Aqui foi onde Eva constatou pessoalmente as arrebatamentos místicos de sua amiga. Ao principio duvidava de que os tivesse. Se convenceu mais tarde do alto grau de santidade de sua amiga e dos êxtases com que Deus a presenteava. Graças às duas, o Papa Urbano IV publicou a Bula em que anunciava a instituição da festa de Corpus para toda a Igreja. Esta Bula é um documento importante da data da instituição, em agosto- Setembro do ano 1264. Justamente, no ano seguinte morria em odor de santidade. Se lhe dá de forma indistinta o título de santa ou beata. Seus restos mortais por uma ou outras razões foram daqui para ali até 18 de Dezembro de 1746, data em que se colocaram no altar de são Martín. Sua popularidade vai sempre unida a Juliana.
Seu culto é aprovado em 1902 por León XIII. ¡Felicidades a quem leve este nome!
Médico,
Artemide Zatti, Beato
Martirológio Romano: Na cidade de Viedma, na República Argentina, beato Artémides Zatti, religioso da Sociedade de São Francisco de Sales, que se distinguiu por seu zelo missionário e estabelecendo-se na Patagónia, passou toda sua vida num hospital dessa região, ajudando com fortaleza de ânimo, paciência e humildade aos necessitados (1951). Artémide Zatti nasceu em Boretto (Reggio Emilia) em 12 de Outubro de 1880. Não tardou em experimentar a dureza do sacrifício, tanto que aos nove anos já ganhava o jornal como peão. Obrigada pela pobreza, a família Zatti, a princípios de 1897, emigrou para Argentina e se estabeleceu em Bahia Blanca. O jovem Artémides começou em seguida a frequentar a paróquia dirigida pelos Salesianos, encontrando no pároco dom Carlos Cavalli, homem piedoso e de extraordinária bondade, seu diretor espiritual. Foi este que o orientou para a vida salesiana. Tinha 20 anos quando entrou no aspirantado de Bernal. Assistindo a um jovem sacerdote enfermo de tuberculose, contraiu esta enfermidade. A paternal solicitude do P. Cavalli – que o seguia de longe – fez que o procurassem na Casa salesiana de Viedma, de clima mais propicio, e onde, sobretudo, havia um hospital missionário com um estupendo enfermeiro salesiano que fazia praticamente de «médico»: P. Evasio Garrone. Este convidou Artémides a rezar a María Auxiliadora para obter a cura, sugerindo-lhe que fizesse esta promessa: «Se Ela te cura, tu te dedicarás toda a vida a estes enfermos». Artémides fez de bom gosto tal promessa; e curou-se misteriosamente. Mais tarde dirá «Acreditei, prometi, curei». Estava já traçado seu caminho com claridade e ele o começou com entusiasmo. Aceitou com humildade e docilidade o não pequeno sofrimento de renunciar ao sacerdócio. Emitiu como irmão coadjutor sua primeira Profissão em 11 de Janeiro de 1908 e a Perpétua em 8 de fevereiro de 1911. Coerente com a promessa feita à Virgem, se consagrou imediata e totalmente ao Hospital, ocupando-se num primeiro momento da farmácia anexa, mas depois, quando em 1913 morreu o P. Garrone, toda a responsabilidade do hospital caiu sobre suas costas. Foi com efeito vice-diretor, administrador, destro enfermeiro apreciado por todos os enfermos e por todo o pessoal sanitário, que pouco a pouco lhe foi dando maior liberdade de ação. Seu serviço não se limitava ao hospital mas estendia-se a toda a cidade, e até às duas localidades situadas nas margens do rio Negro: Viedma e Patagones. Em caso de necessidade se movia a qualquer hora do dia e da noite, sem se preocupar do tempo, chegando aos tugúrios da periferia e fazendo tudo gratuitamente. Sua fama de santo enfermeiro se propagou por todo o Sul e de toda a Patagónia lhe chegavam enfermos. Não era raro o caso de enfermos que preferiam a visita do enfermeiro santo à dos médicos. Artémides Zatti amou a seus enfermos de maneira verdadeiramente comovedora. Via neles a Jesús mesmo, até tal ponto que quando pedia às irmãs roupa para outro rapaz recém chegado, dizia: «Irmã, ¿tem roupa para um Jesus de 12 anos?». A atenção para com seus enfermos alcançava rasgos muito delicados. Há quem recorda tê-lo visto levar às costas para a câmara mortuária o corpo de algum acolhido morto durante a noite, para o subtrair à vista dos outros enfermos: e o fazia recitando o De Profundis. Fiel ao espírito salesiano e ao lema deixado como herança por D. Bosco a seus filhos – «trabalho e temperança» – desenvolveu uma atividade prodigiosa com habitual prontidão de ânimo, com heroico espírito de sacrifício, com despego absoluto de toda satisfação pessoal, sem se tomar nunca férias nem repouso. Há quem tenha dito que seus únicos cinco dias de descanso foram os que transcorreu...¡na cadeia! Sim, conheceu também a prisão pela fuga de um preso recolhido no Hospital, fuga que quiseram atribuir a ele. Saiu absolvido e sua volta a casa foi um triunfo. Foi homem de fácil relação humana, com uma visível carga de simpatia, alegre quando podia entreter-se com a gente humilde.Mas sobretudo, foi um homem de Deus. Artémides o irradiava. Um médico bem incrédulo do Hospital, dizia: «Quando via o senhor Zatti, vacilava minha incredulidade». E outro: «Creio em Deus desde que conheço o senhor Zatti». Em 1950 o infatigável enfermeiro caiu de uma escada e foi nessa ocasião quando se manifestaram os sintomas de um câncer que o mesmo lucidamente diagnosticou. Continuou sem embargo cuidando de sua missão ainda um ano mais, até que após sofrimentos heroicamente aceites, se apagou em 15 de março de 1951 com total conhecimento, rodeado do afecto e do agradecimento de toda a população. Foi beatificado por Sua Santidade João Paulo II em 14 de Abril de 2002. Reproduzido com autorização de Vatican.va
• João Adalberto Balicki, Beato
Sacerdote,
Juan Adalberto Balicki, Beato
Martirológio Romano: Em Przemysl, cidade de Polónia, beato Juan Adalberto Balicki, presbítero, que se dedicou com ardor ao exercício de seu ministério em favor do povo de Deus, demonstrando uma especial disposição para pregar o Evangelho e assistir a às jovens descarriladas (1948). Juan Adalberto Balicki nasceu em 25 de Janeiro de 1869 em Staromiescie, Polónia (hoje o distrito de Rzeszow). Morreu de pneumonia e TBC em Przemysl em 15 de Março de 1948. Juan Adalberto viu a luz no seio de uma família profundamente religiosa e, ainda que materialmente pobre, eram ricos em honestidade e virtude. De 1876-1888 assistiu às escolas de Rzeszow sob a guia de educadores de alto nível e com amor pela cultura polaca. Em Setembro de 1888 entrou no Seminário diocesano de Przemysl. Depois de quatro anos de estudo preparação espiritual, em 20 de Julho de 1892 foi ordenado. O bispo o enviou para que fosse pastor auxiliar na paróquia de Polna. Foi apreciado como um homem de oração, confessor paciente e pregador dotado. Depois de aproximadamente um ano, o enviaram a Roma para seguir sua formação na Pontifícia Universidade Gregoriana. Durante seus quatro anos de estudo (1893-1897), era consciente de sua dupla responsabilidade: como sacerdote, para continuar fazendo progressos na perfeição Cristã, e como estudante, para completar seus estudos. Sua aproximação espiritual à teologia foi fruto posterior a seu período de aprendizagem. Escutava as conferências pela manhã. Pela tarde lia os autores de referência e, sobre todos, a Santo Tomás de Aquino. Então ia à capela para orar sobre o que havia estudado. Usou seu tempo livre em Roma para visitar as urnas dos Apóstolos e os quartos dos santos. Era uma maneira concreta de aprendizagem sobre a fé. No verão de 1897, regressou a sua diocese, onde foi colocado como professor de teologia dogmática no seminário. Era um convencido de que a Teología não só é a ciência relativa a Deus, mas sim a ciência que ajuda o homem a encontrar a Deus. Suas lições constituíam verdadeiras meditações sobre os mistérios divinos e tinham uma boa influência na formação moral de seus estudantes. A partir de 1900, Fr. Balicki também foi prefeito de estudos. Em 1927, no espírito de obediência, aceitou o posto de vice-reitor do seminário e um ano depois assumiu o reitorado. Se preocupava pela formação espiritual dos sacerdotes. Antes de apresentar os candidatos ao bispo, estudava as informações e orava pedindo iluminação para tomar a decisão apropriada. Em 1934 foi forçado a deixar seu cargo de reitor e de professor de teologia devido a pobre estado de saúde, mas continuou vivendo no seminário. De 1934-1939 fez só confissões e deu direção espiritual. Muitos de seus penitentes testemunharam que ele tinha um dom extraordinário para penetrar na profundidade de suas almas. Como confessor tinha um coração aberto para todos que o acercavam com sinceridade. Sempre estava disponível para receber confissão apesar de pobre saúde. Não era tão só um juiz justo ou um "dador de absolvições", fazia tudo o que podia para motivar seus penitentes para que crescessem espiritualmente. Deu também direção espiritual através de cartas. Em Setembro de 1939, Polónia submergiu-se na tragédia da Segunda Guerra Mundial. Em seguida a cidade de Przemysl ficou dividida em duas partes: a secção velha ocupada por tropas soviéticas, e o resto da cidade ocupada pelos alemães. Ainda que os sacerdotes, o bispo e seus colaboradores podiam mover-se livremente para o lado Alemão, Fr Balicki permanecia na zona soviética à espera de iniciar novamente a atividade de formação no Seminário. No final, foi obrigado a mudar-se para um quarto na casa bispal temporal. Em Outubro de 1941, as pelejas na zona terminaram e a barreira artificial que dividia a cidade foi demolida. Fr Balicki permaneceu ali em seu quarto temporal no bispado. Na segunda metade de Fevereiro de 1948, se pôs gravemente enfermo e se lhe diagnosticou pneumonia bilateral e tuberculose em fase avançada. Foi admitido no hospital onde morreu em 15 de Março. Foi considerado por todos um "sacerdote santo" e "a humildade personificada". Depois de sua morte, a fama de sua santidade se estendeu ao longo e mais além de Polónia através dos emigrantes polacos. Logo as pessoas começaram a informar as autoridades as respostas a suas orações em que eles pediam a Juan Adalberto que intercedesse por eles. Em 22 de Dezembro de 1975, o então Cardeal Wojtyla escreveu a Paulo VI pedindo-lhe que seja reconhecido como um modelo para os presbíteros de nosso tempo. Foi beatificado por João Paulo II em Cracóvia (Polónia) em 18 de Agosto de 2002. Reproduzido com autorização de Vatican.va traduzido por Xavier Villalta
• Zacarias, Santo
XCI Papa,
Zacarias, Santo
XCI Papa
Reinou de 741 a 752. Se desconhece o ano de seu nascimento. Morreu em Março de 752. Zacarias provinha de uma família grega que vivia na Calábria. Seu pai- segundo o "Liber Pontificalis"- se chamava Policrónio. Muito provavelmente Zacarias era um diácono da Igreja Romana e com esse carácter firmou os decretos do Concilio Romano de 732. Sepultado seu predecessor, Gregório III, em 29 de Novembro de 741, em seguida foi eleito por unanimidade, consagrado e elevado ao trono de Pedro em 5 de Dezembro do mesmo ano. Seu biógrafo em"Liber Pontificalis" o descreve como um homem afável e de temperamento conciliatório, caritativo para com o clero e todos os demais. O novo Papa sempre se mostrou hábil e conciliatório em suas ações e foi por isso que sempre teve êxito no que empreendeu. Pouco depois de sua eleição mandou informar disso a Constantinopla. É de notar que sua synodica (carta) não ia dirigida ao patriarca iconoclasta Anastásio, mas sim à Igreja de Constantinopla. Os enviados do Papa também levavam uma carta para o imperador. Constantino V. Coprónimo havia sucedido a León III à morte deste (18 Junho, 741). Sem embargo, o cunhado de Constantino, Artabasdo, em 742 levantou-se contra o novo imperador e se estabeleceu em Constantinopla, de modo que quando o enviado papal chegou a essa cidade, já encontrou a Artabasdo como governante. Até ao ano 743 as cartas papais se fechavam de acordo ao ano do reinado de Constantino V, mas a partir de 744 começaram a apegar-se ao reinado de Artabasdo. Não obstante, os enviados papais nunca estabeleceram relações próximas com o usurpador em Constantinopla, apesar deste último restabelecer o culto às imagens. Logo que Constantino V recuperou o trono os enviados do Papa lhe entregaram as cartas em que Zacarias o exortava a restabelecer a doutrina e a prática da Igreja com relação ao culto às imagens. O imperador recebeu amigavelmente aos núncios e entregou à Igreja de Roma as povoações de Nimfa e Norbia, em Itália, cujos territórios se estendiam até ao mar. Ao ascender Zacarias ao papado, a situação da cidade e o ducado de Roma era muito delicada. Luitprando, rei dos lombardos, estava preparando uma nova incursão ao território romano. O Duque Trasamundo de Espoleto, com quem o Papa Gregório III se havia aliado contra Luitprando, não respeitou sua palavra de ajudar aos romanos a reconquistar as cidades que haviam sido tomadas pelos lombardos. Como consequência, Zacarias abandonou a aliança com Trasamundo e tratou de proteger os interesses de Roma e de seu território usando sua influência pessoal com Luitprando. Para isso viajou a Terni para entrevistar-se com o rei lombardo, que o recebeu com todas as honras possíveis. Zacarias obteve que Luitprando devolvesse as cidades de Ameria, Horta, Polimartium e Blera, e todo o património da Igreja Romana que os lombardos haviam levado como despojos durante os trinta anos anteriores. Também conseguiu uma trégua de vinte anos entre o Ducado de Roma e os lombardos.
(…) Zacarias trabalhou zelosamente na restauração dos templos de Roma, a que fez valiosos donativos. Também restaurou o Palácio Lateranense e estabeleceu grandes terrenos como possessões (domus cultoe) da Igreja romana. Trasladou a cabeça do mártir São Jorge, que havia sido encontrada ao reparar-se o Palácio de Latrão, ao templo de São Jorge em Velabro. Era muito caritativo com os pobres, para que periodicamente destinava esmolas que eram distribuídas desde o recinto papal. Inteirado de que alguns mercadores venezianos compravam escravos em Roma para os vender aos sarracenos em África, o Papa comprou-os todos, para que nenhum cristão fosse posse dos pagãos. Numa época conflituosa o Papa Zacarias demonstrou ser um sucessor de Pedro capaz, excelente, enérgico e caritativo. Também realizou estudos teológicos e traduziu para o grego os Diálogos de Gregório Magno, dado que dita língua era comum então no Oriente. À sua morte, Zacarias foi sepultado em São Pedro.
• Pío Conde Conde, Beato
Sacerdote e Mártir
Pío Conde Conde, Beato
Pío Conde nasceu em Portela, província de Ourense, Espanha em 4 de Janeiro de 1887 e foi batizado no dia seguinte. Fez o noviciado em Barcelona realizando sua profissão religiosa sendo ordenado em 3 de Fevereiro de 1906. Realizou seu apostolado em colégios de Madrid, Valência, Salamanca, Santander, Béjar, Sarria, sendo diretor em alguns deles. Iniciada a revolução, foi vítima dos milicianos por sua condição de sacerdote sendo preso e enviado para ser julgado num tribunal de Valência, mas foi assassinado na viagem. Era 15 de Março de 1937. Beatificado por Sua Santidade Bento XVI em 28 de Outubro de 2007, junto a outros 498 mártires da perseguição contra a fé em Madrid e Sevilha.
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90525 > Beato Arnaldo
90087 > Beato Artemide Zatti MR
45400 > San Clemente Maria Hofbauer Sacerdote MR
92869 > Sant’ Eusebio II Vescovo di Vercelli
91082 > Beato Giovanni Balicki Martire MR
93347 > Beato Guglielmo Hart Sacerdote e martire MR
45390 > Santa Leocrizia (Lucrezia) di Cordova Vergine e martire MR
93960 > Beato Ludovico de la Pena Mercedario
31600 > Santa Luisa de Marillac Vedova e religiosa MR
45380 > San Menigno di Pario Martire MR
92187 > Beati Monaldo da Ancona, Francesco da Petriolo e Antonio Cantoni da Milano Martiri
93985 > Beato Pietro Pasquale Mercedario
94008 > Beato Pio Conde Conde Sacerdote salesiano, martire
45410 > San Sisebuto Abate MR
91636 > San Zaccaria Papa MR
Recolha, transcrição e tradução incompleta
– por António Fonseca
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