De: http://voz-portucalense.pt – 21-Novembro-2012
Crentes e não crentes: aspiração comum de afirmar o valor da vida Humana
Átrio dos Gentios anima capitais europeias da cultura e da juventude
Realizou-se na Arquidiocese de Braga, nas cidades de Guimarães e Braga, nos dias 16 e 17 de Novembro, a primeira edição portuguesa do “Átrio dos Gentios”, projeto de encontro entre crentes e não crentes promovido pela Santa Sé. O tema central foi o “valor da vida”. A adesão ultrapassou as melhores expectativas. Participaram D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, cardeal D. Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício da Cultura, Marcelo Rebelo de Sousa, professor de Direito da Universidade de Lisboa, João Lobo Antunes, neurocirurgião, Padre Tolentino de Mendonça, vice-reitor da UCP, Assunção Cristas, ministra da Agricultura e Ambiente, Fernando Nobre, Presidente da AMI, Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, e os escritores Vasco da Graça Moura, Valter Hugo Mãe, Ana Luísa Amaral, entre outros. A coordenação foi de Isabel Varanda, professora da Universidade Católica (Braga).
(…) No encerramento D. Jorge Ortiga elogiou a realização do Átrio dos Gentios, que a arquidiocese acolheu naqueles dias e que deu brilho às capitais europeias da cultura e da juventude (Guimarães e Braga). (…) O Cardeal D. Gianfranco Ravasi referiu o assinalável êxito da iniciativa e manifestou a sua admiração pelas cidades e as gentes de Braga e Guimarães.
(Fonte: Ecclesia) - Texto (…incompleto…) de António Jesus Cunha.
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Associação Católica comemora os 140 anos
Continuam as comemorações dos 140 anos da Associação Católica do Porto (rua de Passos Manuel, 54) na sexta-feira 23 de Novembro, com um concerto jovem, pelas 21,30 horas (grupos “Os Polifónicos” de S. Paulo do Viso, a “Banda Missio” e “Os pródigos”); e na sexta-feira, 7 de Dezembro, com a Conferência «O movimento católico portuense na 2ª metade do séc. XIX»: «A fundação da Associação Católica do Porto», pelo Padre Adélio Abreu, às 21.30 h.
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Uma vela por cada desempregado
Caritas Portuguesa lança campanha de Natal 2012
No dia 8 de Novembro, a Caritas Portuguesa lançou em Lisboa a sua campanha de Natal 2012 com a 10ª edição da operação “10 milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz”. O Presidente da instituição apelou à participação dos portugueses, pedindo que seja adquirida uma vela por cada pessoa desempregada como gesto de “pedagogia do próximo”. Sublinhou: “O desafio que lanço é que este ano sejamos capazes de acender uma vela por cada desempregado, pelo menos os das estatísticas oficiais”. Disse ainda que a meta de uma vela por desempregado em Portugal, é “muito significativa” e olha em particular para os mais pobres. Alertou mais uma vez: “Há gente com fome, em risco objectivo de perder as suas casas, que não têm luz, que dispensam tratamentos”. Desafiou os empresários a “criar mais emprego, porque é isso que dignifica as pessoas”. “O emprego é fundamental para que muitas pessoas voltem a encontrar as condições de vida que perderam”.
Revelou que 65% do valor angariado com a venda de velas vai ser entreguei às Caritas Diocesanas de Portugal, a quem caberá a sua aplicação na “resposta às famílias” atingidas pela crise. O restante valor será aplicado num projeto internacional, as “Casas Familiares Rurais”, na Amazónia (Brasil). Os responsáveis da Caritas assumiram como objectivo ultrapassar as 500 mil velas vendidas em 2011, dado que o valor angariado é “muito relevante” para as 20 Caritas Diocesanas,. As velas têm um custo unitário de um €uro. A campanha de Natal 2012 da Caritas é apadrinhada por D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana da CEP, , pelo selecionador nacional Paulo Bento, pelo ator Nicolau Breyner e pela cantora Luísa Sobral.
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Como temos vindo a anunciar, realiza-se de 23 a 25 de Novembro, a Semana Social, promovida pela Conferência Episcopal Portuguesa, que este ano se realiza no Porto, na Casa de Vilar. Temos publicado também vários textos de enquadramento dos temas a abordar e de motivação para a participação nos seus trabalhos. Apresentamos hoje mais um desses textos, da autoria do Coordenador da Semana, Joaquim Azevedo, Presidente do Conselho Regional do Porto da Universidade Católica e Diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura. Apresentamos ainda os principais temas a apresentar no seu decurso.
Semana Social e Estado Social: que temos para dizer?
A Igreja Católica tem algo mais para dizer aos portugueses, para além de reafirmar que é ela que assegura, pela ação gratuita e comprometida dos seus crentes, que uma boa parte dos pobres e desempregados não caia no abismo. Mas tem revelado claras dificuldades em o fazer. Esta é uma excelente oportunidade.
A Semana Social de 2012, a decorrer no Porto de 23 a 25 de Novembro (www.semanasocial.pt), constitui, pela sua dimensão nacional e pela presença quer dos leigos mais comprometidos com as questões sociais do país, essa oportunidade de a Igreja dizer em que é que funda, aqui e agora, a sua esperança em dias diferentes e melhores, com mais justiça, dignidade e liberdade.
Não basta repetir sempre a mesma conversa, que já sabe a pouco, mesmo para os próprios cristãos quanto mais para os não crentes. Também não sei se é justo e adequado ao tempo presente, deixarmos os nossos bispos a falarem sozinhos sobre a crise que Portugal e a Europa vivem e sobre os modos de a ultrapassarmos. Somos nós, os cristãos comprometidos na polis, nos mais variados lugares e dos mais variados modos, que temos de tomar a palavra.
Este tempo não é nada propicio a meias respostas, meias tintas, palavrinhas redondas, seixinhos rolantes no meio do que é preciso dizer e fazer. Nem é dado a esconderijos, mesmo que seja atrás da hierarquia, pois a luz que se acende nos nossos corações e, um pouco por todo o lado, na sociedade portuguesa tem de ser colocada em cima da mesa. É Cristo que quer falar e é o Espírito Santo que se está a manifestar dos mais variados modos e palas mais diversas bocas.
O tema “Estado Social e Sociedade Solidária” foi escolhido há mais de um ano e não vem a reboque de nenhum apelo à “refundação” do estado e da sociedade. Mas ainda bem que há esta espantosa coincidência. Temos de fazer desta Jornada de Reflexão um importante momento para tomarmos a palavra e dizermos: em que é que já não acreditamos, que caminhos têm de ser abandonados, o que é que nos mobiliza hoje no nosso quotidiano, nos mais variados campos da ação social e política, o que é que vale a pena ser, para além dos números e gráficos, porque é que vale a pena viver e dar a vida!
A Doutrina Social da Igreja não é uma coisa de compêndios, embora eles existam e sejam úteis. É uma esperança que se faz ação, que sai das nossas mãos, que dá ritmo ao nosso coração e que, por isso, se vê nos olhos dos que estão desorientados, se sente nas mãos dos aflitos de todos os tipos, se percebe nos passos dos pobres e desempregados. E é sobre isto mesmo que é preciso virmos ao Porto para conversarmos, porque temos de ser mais fieis e mais fortes em porque a realidade de hoje precisa de nós, não por nós e pelos nossos olhos,. mas porque tem imensa sede do Amor de Deus: não, não pode ficar para depois, porque já será tarde, as Semanas Sociais decorrem de três em três anos e Deus quer-nos aqui e agora dizer, sem receios nem rodeios (não são só os dirigentes dos partidos políticos que estão aflitos quanto ao que dizer e fazer!) as razões da nossa fé e da nossa esperança.
Os pilares da Doutrina Social da Igreja, a saber, a dignidade da pessoa humana, a,solidariedade, a subsidiariedade e a liberdade, que edifício é que seguram hoje aqui?
O mesmo tipo de Estado, com o mesmo tipo de democracia representativa, com o mesmo tipo de assistencialismo social, com o mesmo tipo de participação dos cidadãos?
Até onde vai a nossa cegueira ideológica, que nos impede de ouvir os apelos dos outros, sobretudos dos que mais sofrem, e da realidade?
O que quer dizer hoje ser solidário, em Portugal e na Europa?
E que é que isso tem a ver com a disponibilidade para estar junto dos mais aflitos, para lhes dar mais poder para serem pessoas autónomas e livres?
Que rumos tem a a sociedade portuguesa de seguir para crescera em solidariedade e em respeito pela dignidade da pessoa humana?
As questões acuais não são simples para ninguém.
Não somos sobreviventes, somos criadores: o que nos olha e convoca (chama, interpela, questiona), na incerteza, é o que nos dá o nosso futuro, o futuro com o rosto humano e digno de cada uma e de cada um. E. Housset lembra que “a nossa esperança é estrangeira a toda a certeza e a toda a probabilidade”.
Este é um tempo de extraordinária beleza, porque um tempo que Deus nos abre uma extraordinária brecha para o seu Amor.
(Joaquim Azevedo – in http://voz-portucalense.pt) – 7-Novembro-2012
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Post em 24-11-12 - 11H42
ANTÓNIO FONSECA
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