(Post para publicação em 3 de Novembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
O MILAGRE DO BAMBU
Não há ninguém que não tenha sentido uma certa frustração na vida por ter-se desgastado semeando verdade e justiça e amor,. tantas vezes com imenso sacrifício, e não ver surgir o resultado dessa sementeira entusiasta, desse esforço ingente, desse trabalho insano.
Para toda essa gente conto o milagre do bambu chinês.
Algum tempo depois da semente de bambu ser lançada à terra, começam a aparecer rebentos novos, cada vez mais altos, até o bambu atingir a sua altura máxima. mas o maior crescimento é o que ocorre debaixo do solo. desenvolve-se uma enorme rede de raízes que dá origem a um amplo sistema de suporte. O bambu, utilizando este sistema de suporte, cresce com, segurança e pode atingir 40 metros de altura.
Algo de semelhante acontece na vida. Semeamos, esforçamo-nos, lutamos, na mira de um resultado positivo: corrigir defeitos, modelar corações, orientar vidas, transformar mundos. E o resultado, muitas vezes, parece não surgir, parece ser nulo.
Mas o tempo – esse mago misterioso – o tempo vai esperando o milagre do bambu.
Na sombra de cada vida, no subsolo de cada pessoa, vai surgindo e crescendo invisivelmente uma rede de raízes que são o sistema de suporte, de estabilidade de cada pessoa – nova ou velha.
E é este sistema de suporte, como o que segura o bambu, que não deixará que qualquer vendaval ou furacão destruam os nossos sonhos ou as nossas civilizações.
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
ESCUTISMO
Há movimentos para jovens que são extraordinários nos seus efeitos, mas muito desconhecidos nos seus valores. Um deles é o escutismo.
Há tantos pais preocupados com os tempos livres dos filhos. Não sabem para onde os orientar, para que não caiam nos caminhos de perdição da droga, do alcoolismo, etc. .
E não sabem que o escutismo é a resposta, como tantos pais o reconhecem e afirmam.
Ouvi há dias nesta estação de rádio uma mãe, elogiando o escutismo, contar muito feliz: «O meu filho foi escuteiro. Ao entrar em casa, quando era pequeno, dizia: “Mamã, já fiz a minha boa acção”».
E a mãe explicou: «uma vezes empurrava a cadeira de rodas de um deficiente, outras ajudava um cego a atravessar as ruas, outras ia fazer compras para algum idoso, etc., etc. .
O escuteiro tem de fazer todos os dias uma boa acção. Por isso se esforça por encontrar oportunidades para praticar obras de bem-fazer.
Quantos jovens, em vez de uma boa acção, deixam no caminho de cada dia más ou péssimas acções!
Adolescentes ou jovens que se preocupam com a prática diária de uma obra de amor fraterno vão crescendo e amadurecendo inclinados para o bem. E serão uns adultos felizes, porque a felicidade, aspiração de todo o ser humano, consiste em fazer pelos outros algo que os torne um pouco mais felizes.
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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