Nº 1549 - (3)
Desejo a continuação de
BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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LEÃO VI
Leão VI
(928)
Marózia, que se autoproclamava senadora e patrícia, e dominava Roma, deve ter tido influência na eleição de Leão VI, em Maio de 928.
Do seu curto pontificado, cerca de sete meses, de Maio a Dezembro, sabe-se apenas que escreveu uma carta encíclica aos bispos da Dalmácia, para lhes recomendar obediência ao arcebispo João de Split, que lutou contra os muçulmanos e as incursões ferozes dos húngaros e que incrementou as artes, o comércio e a indústria.
Morreu, asfixiado, ao que se diz, a mando de Marózia.
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ESTÊVÃO VII
Estêvão VII
(928-931)
Deve ter sido mais um pontificado por diligências de Marózia, então Marquesa de Túscia, a famosa e ambiciosa filha de Teofilato. Foi eleito em Dezembro de 928.
O pouco que se sabe deste pontificado é a concessão de alguns privilégios outorgados a certos mosteiros da Itália e da Gália Narbonense.
Suspeita-se, sem confirmação, que Estevão VII tenha sido assassinado na prisão, o que é muito possível dado o fim trágico dos seus antecessores no período negro em que Marózia punha e dispunha dos pontificados à sua vontade.
Está sepultado nas grutas do Vaticano.
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JOÃO XI
João XI
(931-935)
De acordo com Luitprando e outros historiadores, seria filho de Marózia e de Sérgio III, mas outros julgam-no filho de Marózia e de Albérico, duque de Espoleto.
Seja como for, assumiu o pontificado em Março de 932, com apenas 25 anos – coisa rara –, por influência de sua mãe, que o arrastou na sua inevitável queda.
Marózia, tendo-se casado em terceiras núpcias com Hugo, rei da Provença, pensou fazê-lo coroar imperador pelo papa seu filho. Mas Marózia tinha outro filho, Albérico, e este, zangado, conseguiu levar a nobreza a encarcerar a mãe e o irmão – o papa –, os quais, segundo vários historiadores, teriam sido assassinados na prisão. Segundo outra versão, Marózia teria ido para o desterro e João XI ficaria retido em Latrão, destituído de qualquer poder político, confinado às questões meramente eclesiásticas, até à morte.
Seu irmão Albérico, sem se intrometer nos assuntos eclesiásticos, tornou-se o senhor absoluto de Roma, ficando a dever-se-lhe a vinda do abade de Cluny. Santo Odão, a quem cedeu um dos seus palácios, o qual, convertido em mosteiro, irradiaria a reforma de vários mosteiros, como o de São Paulo e de Subiaco, que estiveram na base de uma grande atividade agrícola e espiritual.
Roma tornava-se uma cidade laica. O papa era apenas tolerado e nada representava politicamente. Todos os documentos de carácter jurídico, económico e político eram assinados assim: «Nós, Alberico, por graça de Deus, príncipe e senador de todos os romanos».
João XI está sepultado em Latrão.
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LEÃO VII
Leão VII
(928)
Foi eleito em 3 de janeiro de 936 por influência de Alberico II, da familia Túsculo, que então mandava em Roma, dominando o Estado Pontifício. Por isso Leão VII permaneceu submisso a esse domínio.
Pouco depois, Hugo, rei da Provença, padrasto de Alberico, desejoso de reaver o antigo prestigio, ataca Roma, mas é mal sucedido, porque uma epidemia, dizima-lhe o exército.
Alberico, por iniciativa do papa Leão VII, resolve favorecer o estabelecimento de abadias e conventos na Campânia romana sob a égide de Cluny.
Para além deste empenho na reforma monástica e de um apelo ao bispo Gerardo de Salzburgo, para que vigiasse a observância dos cânones e algumas exortações aos príncipes alemães, deplorando certos usos e costumes contra a disciplina eclesiástica, nada mais se sabe sobre a sua atuação como papa.
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Post colocado em 2-2-2013 – 10H15
ANTÓNIO FONSECA
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