UMA OPINIÃO… MUITO PESSOAL
Hoje, 5 de Outubro de 2012, celebra-se o 102º aniversário da Instauração da República Portuguesa, que, por decisão do Governo atual – e imposição da Troika, como se sabe, será o último (pelo menos nos próximos 5 anos).
Há ainda alguns portugueses que comentam acerbamente, o facto de o Governo ter escolhido este dia para ser excluído do grupo de Feriados nacionais, alegando que este, tal como o 25 de Abril são feriados de importância extrema – … para eles… – e, que se trata de um atentado aos direitos do povo português.
SERÁ? NÃO SERÁ? Não questiono a importância que lhe queiram dar, nem me interessa levantar quaisquer polémicas sobre o assunto.
Permitam-me porém, que faça uma simples pergunta. A par desta exclusão, o Governo decidiu também acabar com o 1º de Dezembro – Dia da Restauração de Portugal, ao que – os mesmos que protestaram com a retirada do 5 de Outubro – não se dignaram manifestar idêntico repúdio (e até possivelmente…) terão apoiado.
A pergunta que faço é a seguinte: Qual é mais importante, para os portugueses? A da Revolução que instaurou a República ou a revolta que originou a Restauração da Independência de Portugal?
Haverá quem me responda?
Existe ainda uma outra questão que provavelmente alguns portugueses se calhar, já se deram conta há muitos anos, mas que, ultimamente – pelo menos, há mais de 60 anos, altura em que estudei a História de Portugal – e, (para não ir mais longe), achei e continuo a achar que nunca se terá dado a devida importância.
Como decerto é sabido, em 24 de Junho, é comemorado – muito discretamente, diga-se de passagem – em Guimarães e talvez noutros locais que eu de momento não me recordo, a data de Fundação de Portugal (ou Lusitânia, como era então chamado) por Vimara Peres.
Toda a gente (que estudou, claro) sabe que D. Afonso Henriques terá assinado o Tratado de Zamora com o legado Papal, Guido de Vico e seu primo Afonso Raimundes, no qual ficou decidida a Independência do Reino de Portugal, (do qual ele já era considerado Rei a partir de 1138) em 4 e 5 de Outubro de 1143.
Essa data, ou melhor, essa efeméride que Eu e não só, consideramos muitíssimo importante ou a mais importante, nunca foi tida como feriado nacional, não sei bem porquê.
Mas é um facto insofismável que se não fosse este acto de Independência Nacional, Portugal nunca teria existido, e em consequência não existiriam Restauração nem Instauração da República, não é verdade?
No que respeita à cessação dos Feriados ou Dias Santos de guarda, que inclui o Corpo de Deus e o Dia de Todos os Santos, pessoalmente também não estou de acordo, – porque são dias considerados por toda a Cristandade (leia-se, por todos os países católicos, na generalidade), de suma importância e por isso mesmo são comemorados, em muitos locais até, com toda a pompa e circunstância – porém, como a Conferência Episcopal Portuguesa e o próprio Vaticano, não colocou quaisquer entraves a essas exclusões ou passagem das Festas respectivas para o Domingo a seguir, durante os próximos cinco anos, aceito a decisão e ponto final.
Para terminar – desejo esclarecer que expressei aqui apenas a minha opinião – e não tenho intenção de levantar quaisquer problemas ou objeções a quem entenda de outra forma, apesar de algumas pessoas exagerarem nas suas tomadas de posição, relativamente a este assunto.
Já agora, permitam-me ainda mais uma sugestão.
Se daqui a cinco anos (espero ainda cá estar, se Deus quiser), o Governo entender repor os feriados, não seria boa ideia que o 5 de Outubro pudesse passar a representar a data da FUNDAÇÃO DE PORTUGAL?
Tenho dito. Obrigado.
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Hino: "A Portuguesa"
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Post colocado em 5-10-12 - 14,55 horas
ANTÓNIO FONSECA
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