Caros Amigos:
Porque hoje passa o 1º aniversário sobre o falecimento do Padre MÁRIO SALGUEIRINHO BARBOSA e independentemente da tarefa a que me propus desde aquela data, em fazer publicar aqui todos os sábados, textos que deixou escritos nos Vitrais da VOZ PORTUCALENSE (que interrompi, na altura em que deixei de ter acesso ao seu blogue, pelo facto do mesmo ter sido retirado da NET – creio que, por decisão de sua família – e que respeito, em absoluto,) – passei a publicar textos de 2 livros que foram editados em Dezembro de 1998 e em Dezembro de 2003, intitulados “CAMINHOS DA FELICIDADE” e “DAR É RECEBER”.
Apenas com o intuito de fazer uma singela homenagem e apesar de ter publicado dois textos no passado sábado (dia 27) resolvi publicar neste dia, mais dois textos dos livros acima citados.
(Post para publicação em 29 de Outubro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
ORAÇÃO DO CÃO
No tempo de férias, muita gente abandona cruelmente os seus animais, principalmente os seus gatos e os seus cães.
A propósito, vamos refletir sobre uma curiosa oração que encontramos esculpida na pedra, à entrada de uma capelinha dedicada a Santo António, na aldeia de Mijas, a 30 quilómetros de Málaga, na vizinha Espanha.
É a «oração do cão», com bastante profundidade e realismo.
Diz assim :
Senhor de todas as criaturas,
faz que o homem que é meu amo
seja tão fiel para com os outros homens
como eu sou para ele.
Faz que ame a sua família e os seus filhos
como eu os amo.
Faz que guarde honestamente
os bens que lhe hás confiado,
como honestamente guardo os seus.
Dá-lhe, Senhor, um sorriso fácil e espontâneo,
como fácil e espontâneo
é o mexer da minha cauda.
Faz com que esteja tão inclinado ao agradecimento,
como eu estou pronto a acarinhá-lo.
Conserva nele a minha juventude de coração
e a minha alegria.
Senhor de todas as criaturas,
do mesmo modo que eu sou sempre verdadeiro cão,
faz que ele seja sempre verdadeiro homem.
Para lição dos homens, pouco mais a acrescentar:
A petição final – do mesmo modo que sou um verdadeiro cão, faz que ele seja sempre um verdadeiro homem – esta petição final recorda-nos o apelo veemente do Papa Paulo Vi, em Fátima:
«Homens sede homens».
Há muita gente que não é verdadeiramente homem, no seu pensamento, nos seus sentimentos, nas suas emoções, no seu comportamento.
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
PECADOS SOCIAIS
Não posso deixar de recomendar aos nossos estimados ouvintes a recente Carta Pastoral dos nossos Bispos intitulada. «Responsabilidade solidária pelo bem comum».
É uma inquieta exortação pensada e escrita por Pastores atentos e preocupados com os problemas do seu redil: as doenças físicas e morais, os desvios, os fracassos, a desilusão e o desenvolvimento da esperança num país desalentado.
Começam por lembrar.-nos “ que o homem nasceu para a felicidade. pela sua dedicação ao bem da comunidade, encontra a sua felicidade e a felicidade dos outros”.
“E ninguém pode excluir-se desta função de edificar uma sociedade mais justa e fraterna. Portugal poder ser diferente com o con tributo positivo de todos”.
Analisando a sociedade portuguesa, os nossos Bispos detectam alguns “pecados sociais” que é preciso corrigir para a construção do bem comum.
Eis os sete pecados sociais:
- Egoísmos pessoais ou grupais;
- Consumismo exagerado que acentua diferenças entre ricos e pobres e gera insensibilidade a valores espirituais;
- Corrupção, que “por todas as formas” prejudica o bem comum.
- a desarmonia do sistema fiscal;
- a irresponsabilidade na estrada, que fere e mata cruelmente;
- a comercialização e falta de transparência do fenómeno desportivo;
- a exclusão social, gerada pela pobreza, pelo desemprego, pela falta de habitação, de assistência na saúde, etc., etc..
A causa destes “pecados sociais” é o forte egoísmo que fecha as pessoas a partilhar com os carenciados.
Para combater estes pecados sociais, exige-se “a educação nos valores, o sentido do bem comum, a generosidade e a paixão por um Portugal melhor”.
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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