1452-3
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.
28 de Outubro de 2012 – Domingo
XXX Domingo Tempo Comum
Mc 10, 46-52
Chegaram a Jericó. Quando ia a sair de Jericó com os Seus discípulos e uma grande multidão, o filho de Timeu, Bartimeu, um mendigo cego que estava sentado à beira da estrada, ouvindo dizer que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!» Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim!» Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem, levanta-te, que Ele chama-te». E ele atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Rabboni, que eu veja!» respondeu-lhe o cego. Jesus disse-lhe«Vai a tua fé te salvou!» E logo recuperou a vista e seguiu a Jesus na viagem.
1 – Este relato está redigido de forma que nele se destacam três coisas:
1) a situação de Bartimeu: era cego e mendigo;
2) a fé firme e insistente que teve este homem;
3) quando a fé é assim forte, o que a tem vence a sua condição de invisual e de pedinte, passando ao “discipulado” dos que seguem a Jesus.
2 – Mas a força deste relato compreende-se se se tiver em conta:
1) que a cegueira era considerada então como um castigo de Deus (Ex 4, 11; Jo 9, 2; Act 13, 11);
2) que os cegos se viam obrigados com frequência a mendigar (Mc 10, 46; Jo 9, 1);
3) que a cura de um cego se via como um ato portentoso (Jo 9, 16);
4) que a cegueira simbolizava as trevas do espírito e a dureza do coração (Is 6, 9 s; Mt 15, 14; 23, 16; Jo 9, 41; 12, 40) – (X. León-Dufour).
3 – É evidente que Jesus devolveu a este homem a vista, libertou-o da sua condição de mendigo e lhe restituiu a dignidade que as crenças religiosas e a sociedade lhe haviam arrebatado. A religião atribui a castigos divinos o que são desgraças humanas. E a sociedade marginaliza e despreza ao que não é reconhecido e estimado, seja pela sua mísera posição económica, pela sua indignidade ética ou pela sua imagem como crente. Jesus rompe com tudo isso. Para Jesus, o decisivo é a integridade da vida, a felicidade das pessoas e a dignidade dos que a “boa” sociedade e a religião mais “ortodoxa” considera indignos.
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Compilação (e tradução dos comentários) por António Fonseca
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NOTA FINAL:
Continuo a esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e
NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO.
Mais uma nota ainda:
Estes são os meus endereços atuais:
Para contactos normais: antoniofonseca1940@hotmail.com
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Post para publicação em 28-10-2012 - 10,30 h
Até lá, se Deus quiser.
António Fonseca
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