(Post para publicação em 13 de Outubro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
A NOSSA PARTITURA
Todos nós, com a nossa vida simples, com o nosso trabalho mais humilde, com a execução cuidada das nossas tarefas em casa, no escritório, na fábrica, no campo, etc., todos nós contribuímos para a construção do mundo.
Green, historiador inglês do séc. XIX, escreveu estas palavras que nos devem estimular: «O mundo progride não apenas com os grandes impulsos dos seus heróis, mas também com o somatório das pequenas ajudas de cada trabalhador honesto».
Helen Keller, a mulher cega e surda que realizou maravilhas com a sua força de vontade, dizia que desejava cumprir tarefas nobres e grandiosas, mas como não podia, realizava então as pequenas tarefas do dia a dia como se fossem grandiosas.
Há tempos um amigo meu foi a uma romaria onde tocava uma banda de música de que fazia parte um seu vizinho. Desejoso por cumprimentá-lo, procurou-o num intervalo, encontrou-o e regressou feliz.
- «Que instrumento toca ele?» – perguntei:
-«Toca pratos!» – respondeu:
- «É o mais simples!» – respondi-lhe.
Estava ali tudo. Ele executava a sua parte da partitura como se tocasse o mais delicado e nobre dos instrumentos.
Por outro lado, o seu toque modesto contribuía para a boa execução de toda a sua banda.
É bom ter presente que o nosso trabalho, mesmo humilde, mesmo ignorado, é um contributo para a execução harmoniosa da orquestra do Universo.
«O mundo progride com o somatório das pequenas ajudas de cada trabalhador honesto…»
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
ACENDER UMA LUZ
Nesta manhã vamos refletir sobre esta bela e oportuna palavra que encontrei: «Se no caminho da tua vida acendeste uma única chama num momento de escuridão de alguém, não viveste em vão. Deus enviou-te para isso».
À nossa volta paira uma escuridão tremenda: é a tristeza, é a incerteza do futuro, é o desemprego, é a doença, é a ameaça da guerra, é a carência de muitos, é a faixa da miséria, é a violência em toda a parte começando pelos lares, é a angústia imensa que acabrunha.
Se por ventura acendemos uma luz – de conforto, de apoio, de esperança – rasgando alguma dessas trevas, não vivemos em vão;
Não foi estéril, como tantas, a nossa vida, mesmo pobre, mesmo humilde, mesmo ignorada. Nossa vida frutificou; criou alegria, criou felicidade, criou uma parcelazinha de paraíso. Criamos felicidade para os outros e indiretamente para nos.
Diz aquele pensamento: «DEUS ENVIOU-TE PARA ISSO».
Cada um de nós vem a este mundo com uma missão humilde ou gloriosa. E era bom que assumíssemos essa missão de criar felicidade, de tornar menos infelizes os outros – da família, do trabalho, da comunidade humana.
Deus enviou-nos para isso. Fomos criados para instrumentos de Deus ao serviço da felicidade dos outros.
É oportuna esta magnifica bênção celta:
«Quer a bondade de Deus esteja contigo
e te acompanhe durante toda a vida.
Que tu possas ser uma estrela na escuridão,
Um bastão para quem coxeia,
Que o amor de Jesus Cristo
Preencha os corações através de ti
E tu possas esperar ser preenchido
Por esse mesmo amor».
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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