sábado, 13 de outubro de 2012

Carta de um bebé no ventre de sua mãe - 13 de Outubro de 2012

 

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Sexualidade e Bioética

Mamãzinha eu te sigo amando...
Mas... não me mates nas tuas próprias entranhas. Deixa-me...., deixa-me nascer

Autor: Lili Claver | Fuente: http://rosarioporlavida.ning.com

Mamãzinha, Mamãzinha,
desde esta adorável casinha em que vivo
com todo o carinho de alma te escrevo.
Recebe esta carta doce Mãezinha
como uma prece, como uma oração.
sou alguém que no fundo de tua alma palpita.
Alguém, que é um pedaço de teu coração.
Floresci em teu ventre,
como aquele luzeiro,
que brilha nos altos cumes celestiais
como a promessa do melhor Janeiro.
Desde aqui te escrevo....desde aqui te abraço,
com toda a força vital do meu ser,
e sou a semente desta tua gravidez
que quer em teus braços de mãe fazer nascer.
Meu ser é tão frágil como um raio de Lua.
A mais leve sombra a pode danificar,
tudo me faz pressentir que numa noite
em teu ventre me vão matar.
Quando eu seja grande e tu sejas velhinha
cobrirei de rosas teu caminho verde.
Tu serás o céu e eu a estrelinha
que nos brancos lírios de tu ser se perde.
Lâmpada acesa junto de tua frente,
serei eu nas noites quando estejas doente:
de tuas alegrias, eu serei a fonte.
E o que não se cansa e o que não adormeça
E quando tu sofras e a dor te fira,
com meus muitos beijos secarei teu pranto.
Te darei as flores de minha primavera,
porque sou o filho que te quer tanto
Se teu amor me leva até teus joelhos
com meus puros beijos estarei em tua boca.
E ouvirás meus gritos e as maravilhas
que terão os tons de minha risada louca.
Mas... não me mates em teu próprio seio.
Deixa-me...., deixa-me nascer.
Retira para muito longe, o que a mim me danifica.
Sou como o rocio do amanhecer.
Não sou um estranho.
Não sou teu inimigo.
O Amor mais belo me engendrou a vida.
Sou teu próprio sangue.
Teu melhor amigo.
O que tua cintura tem florescida.
Talvez teus amigos te dirão
que agora destruiu tua vida,
Mas de tua noite, eu serei a aurora
e de teus trigais, o trigo maduro.
Desde tuas entranhas, Mãezinha minha.
Te escrevo esta carta,
a escrevo chorando.
Tua resposta espero... quando chegue o dia...
Mas ainda que me mates...
Eu te sigo amando!.

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Post colocado em 13-10-2012 – 11.00 horas

ANTÓNIO FONSECA

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