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Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.
7 de Outubro de 2012 – Domingo
XXVII Domingo Tempo Comum
Mc 10, 2-16
Aproximaram-se uns fariseus e perguntaram-Lhe se era lícito ao marido repudiar a mulher. Esta pergunta foi feita para O experimentarem. Respondeu-lhes Ele: «Que vos preceituou Moisés?» «Moisés permitiu passar carta de divórcio e repudiá-la», responderam-Lhe. Jesus retorquiu-lhes: «Devido à dureza do vosso coração é que Ele vos deixou esse mandamento. Mas, ao princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por causa disso, deixará o homem seu pai e sua mãe; e passarão os dois a ser uma só carne. Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Aquilo, pois, que Deus uniu não o separe o homem». De regresso, já em casa, de novo os discípulos O interrogaram acerca disto. Jesus disse-lhes: «Quem repudiar a mulher e casar com outra comete adultério contra ela. E se a mulher repudiar o marido e casar com outro, comete adultério».
1 – O tema do divórcio apresentava-se no judaísmo, em tempos de Jesus, de forma muito distinta à que se apresenta no nosso tempo. O direito a divorciar-se estava exclusivamente da parte do homem. Os casos em que a mulher podia demandar o divórcio eram muito escassos e de difícil aplicação. E para complicar mais as coisas, o rabino Hillel interpretava a lei de Moisés (Dt 24, 1) de forma que qualquer coisa que desagradasse ao marido, lhe dava direito a este a repudiar a mulher.
2 – Portanto, a pergunta dos fariseus não era a pergunta pelo divórcio, tal como agora é apresentado o assunto, mas sim a pergunta pela desigualdade de direitos entre o homem e a mulher. Quer dizer, os fariseus perguntavam se os privilégios do homem eram praticamente ilimitados. Ora bem, isso é o que Jesus não tolera. A desigualdade de direitos está diretamente contra o Evangelho.
3 – E isso é o que Jesus argumenta recorrendo ao projeto original de Deus: que o homem e a mulher “não são dois, mas sim uma só carne”, quer dizer, fundem-se numa unidade, que é como dizer, uma perfeita igualdade na dignidade e direitos, por mais que sejam patentes as diferenças. A diferença é um facto. A igualdade é um direito. Deduzir deste evangelho o que Jesus não pode pretender dizer, já que nem lho perguntaram, é manipular (por ignorância) o que disse Jesus.
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Compilação (e tradução dos comentários) por António Fonseca
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NOTA FINAL:
Continuo a esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e
NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO.
Mais uma nota ainda:
Estes são os meus endereços atuais:
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Post para publicação em 7-10-2012 - 16,05 h
Até lá, se Deus quiser.
António Fonseca
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